Fanfic: ∞ Até o fim dos tempos ∞ | Tema: Laliter.

“This is my life... These are my dreams... And I feel like I can face the day, I can forgive, And I`m not ashamed to be the person that I am today... These are my words that I`ve never said before, I think I`m doing okay, and this is the smile that I`ve never shown before”

Acordei com o sol batendo no meu rosto, como de costume. Minha mãe não gostava de ficar me chamando, então achou esse jeito: sempre ia ao meu quarto e abria a janela quando estava na hora e eu acordava só. Bom, acordar não quer dizer levantar da cama... Passei alguns minutos deitada, criando coragem pra começar o dia. Levantei-me enfim e fui ao banheiro tomar banho e me arrumar pra ir à aula. 
Desci pra tomar café e já estavam todos na mesa: meus pais, Maria e Carlos, e meus irmãos, Laura e Patrício (Pato). Sentei, beijei Laura que estava na cadeira ao lado da minha, peguei algumas torradas e comecei a comê-las. 

Mari: Bom dia! A benção?
Carlos&Maria: Deus te abençoe!
Mari: E aí bandido?
Pato: Oi retardada – mamãe sempre nos olhava torto quando falávamos com essas expressões, acabava que fazíamos isso só pra encher o saco dela -
Carlos: É bom se apressar que já to de saída.
Mari: Hã? Mas eu vou com a Euge, como sempre – falei bebendo um gole do leite –
Carlos: Então serve pra você, Pato.
Pato: Já tô pronto, coroa! – se levantou já saindo da cozinha, até que se virou – Ah Mari, o Pablo ligou ontem, você tinha dormido, eu ia te acordar mas ele disse que não precisava.
Mari: Ok, brigada. – me levantei, tomei uns poucos goles de leite –
Maria: Mariana, senta e come direito! Só bebeu o leite.
Mari: Não agüento, ainda to farta de ontem – peguei minha bolsa – Até mais tarde – fui saindo e elevando um pouco a voz a medida que me afastava – Bom dia pra vocês!

Como de costume, ia passsar na casa da Euge pra irmos juntas à escola.
Eugenia Suarez é a minha melhor amiga, nos conhecemos desde o jardim de infância. E já da primeira série íamos à escola juntas.
Eu praticamente me sinto um membro da família Suarez. Todo fim de semana estou lá. Normalmente eu e Euge passamos os sábados juntas, durmo lá e no domingo pela manhã volto pra casa.
Já na portaria, Euge me avistou e foi saindo. Agradeceu o porteiro e veio.

Euge: Estudou?... Sério, vou me ferrar nessa prova, eu tava olhando o livro agora pra pelo menos ter uma noção de resposta, mas é muita coisa.
Mari: Estudando ou não, não faz diferença. Não da pra colar mesmo – dei de ombros -
Euge: A esperança é ultima que morre, vai que o fiscal dá bobeira, sabe-se lá o que pode acontecer.
Mari: Aham Euge, sonha! – dei uma batidinha no ombro dela –
Euge: Ai, que pessimista! - nós rimos - Ei, hoje de noite não da pra fazer o trabalho, eu te disse, né?
Mari: Disse o quê?
Euge: O Peter tá voltando, chega hoje a noite!
Mari: O seu irmão? – perguntei espantada –
Euge: E tem outro?
Mari: Ah, sei lá! Faz anos que ele não pisa aqui, e pra falar a verdade, eu tinha até esquecido que você tinha irmão - sempre fui um tico sarcástica -
Euge: Eita que exagero! Ele veio aqui no natal.
Mari: Natal? De mil novecentos e quando? – ela me olhou com cara de tédio -
Euge: Ok, faz um bom tempo, mas ele tá voltando e isso que importa! E, por isso, não vai dar pra fazer o trabalho hoje... Foi mal - deu aquele sorriso sem graça -
Mari: Deixa disso! Não tem problema! Eu aproveito e fico com o Pablo hoje a noite. Mas me fala, porque ele vai voltar?
Euge: Diz ele que os melhores momentos da nossa vida são com a família, e ele não quer deixar isso passar, quer recuperar o tempo perdido e blábláblá...

Na aula de álgebra, faltei morrer de tédio, números números e mais números, eu detestava a área de exatas, a minha praia era mesmo a literatura. Sou apaixonada por palavras, música, poesia etc.
A aula de álgebra passou e chegou a de física. Um horror atrás do outro! Mas por sorte, eu tenho um amigo lindo que senta na minha frente, que me tira desse tédio terrível: o Nicolás! Meu amigo desde uns anos atrás, super engraçado e bagunceiro. Durante a aula a gente fazia um grupo, de mais ou menos quatro pessoas, pra brincar do Jogo da Sigla. Pra quem é de fora, que não participa da brincadeira, fica sem graça e sem sentido. Mas pra quem joga passa a ser engraçado.
O jogo é justamente pra ver aonde vai nossa criatividade. Ele segue assim: uma pessoa escolhe uma palavra qualquer e escreve na folha, passa a folha pra outra pessoa e a outra pessoa tem que criar uma frase com as letras daquela palavra, assim que ela elabora a frase, ela já põe outra palavra e já passa pra outra pessoa, e assim vai rolando a brincadeira. Bom, o Agustín escolheu a palavra e o jogo começou comigo, saiu mais ou menos assim:

COLETE – Comi Ontem Leite E Torrada, Entendeu? (Eu)
ESTRELA – Esse Seu Tatu Rasteja E Late, Aff. (Nico)
CILADA – Comida Instantânea Leva Arrozes De Amêndoas (Euge)
COMIDA – Cortejo O Meu Irmão Desde Antes (Agus)
NOME – Nico Olha Muito Euge [ te amo amiga
SIM – Sim, Isso Mesmo! [ hehehe ] (Nico)
EUGE – É Ulisses, Gente! Erraram [ Mari retardada ;@ ] (Euge)
CANETA – Caiu A Nave, Extra Terrestres Apareceram! (Agus)
CHAPOLIN – Compre Hoje A Pomada Ou Luís Irá Nascer [ KKKKKKKK ] (Eu)
MUNDO – Meu Umbigo Não Doeu Ontem [ hehe Mari, foi a melhor de hoje ] (Nico)
VIDA – Vi Imagens De Amanhã (Euge)
CONTO – Cabeça, Ombro, Não Tem Ouvido. (Agus)
FIM – Foi Imensuravelmente Mongol (Eu)

Na hora do intervalo fui falar com Pablo antes de me juntar com a galera. Ele estava sentado na mesa junto com os meninos do tênis. O abracei por trás, e beijei sua face.

Pablo: Oi! – falou enquanto sorria. Se virou de lado, me olhando – Te liguei ontem, já tava dormindo.
Mari: O Pato me disse, capotei fazendo o trabalho. Foi mal! – sentei na cadeira vazia ao lado -
Pablo: Tudo bem! 
Mari: Olha, hoje a noite eu tô livre, a Euge não vai poder ir lá pra casa, a gente podia ficar junto, né? – falei enquanto mexia no seu cabelo e sorria –
Pablo: Claro! Que horas posso ir?
Mari: Depois das seis?
Pablo: Tudo bem, até mais tarde então!

Selei meus lábios nos seus rapidamente e saí.
Ultimamente Pablo estava sendo muito frio comigo. Na verdade, ele nunca foi muito de falar e se expressar, mas sempre me enchia de caricias, e nos últimos meses ele vem estado estranho. E o pior é que essa mudança não foi só comigo, ele realmente mudou. Anda meio desligado, com o pensamento longe. Já pensei em perguntar o que é, mas não encontro ocasião pra isso.

Mais tarde, depois das cinco, fui me arrumar pra quando Pablo chegasse. Vesti um short e uma regata, nada de muito especial. Nem passei maquiagem, só passei um perfume que ele gosta.
Passou das seis e eu estava à espera dele. Deu 18:30 e ele não chegava. 19:00 e nem sinal de vida. Comecei a estranhar. Pablo é super responsável e pontual. Nunca falta um compromisso e nem chega atrasado.
Enquanto eu pensava no que poderia ter acontecido, no meu celular chegou uma mensagem de Pablo que dizia assim:

“Amor, me enrolei c os estudos, 
to c umas matérias acumuladas,
tenho que estudar, 
n vou conseguir ir. Bjs”

Eu realmente não entendi. Porque ele mandou mensagem em vez de me ligar pra falar isso? Bom, não ia adiantar eu julgar ou imaginar N coisas, afinal a gente ia se ver no dia seguinte e ele iria me explicar.
Jantei e planejei o resto do dia. Como tinha a noite livre, dividi em duas partes. Desfiz-me em música e depois em livros.
Já mais tarde, me ajeitei pra dormir, deitei na cama, liguei a televisão e a ultima coisa que lembro que fiz foi bocejar, depois...