Fanfic: ∞ Até o fim dos tempos ∞ | Tema: Laliter.

Euge chegou depois do almoço, fomos fazer aquela coisa básica de amigas: assistir filme, fazer as unhas, comer até não poder mais e conversar sobre tudo. Bom, conversar nem tanto... Os acontecimentos do dia me deixaram muito pensativa, e então quase não conversei com a Euge. E lógico, ela percebeu. 
Estávamos no quarto, deitadas na cama, quando ela perguntou.

Euge: O que você tem? Pensei que estaria pelo menos um pouquinho melhor...
Mari: Desculpa, é que... – cocei as sobrancelhas – eu tô confusa!
Euge: Sobre?
Mari: Quando você pensa demais em alguém, tecnicamente isso quer dizer que você tá apaixonada, né? – olhei pra ela um pouco aflita -
Euge: Bom... É. – me confirmou com a cabeça -
Mari: E quando você gosta de tudo que essa pessoa faz, isso também quer dizer que você tá apaixonada? – voltei a fitar o teto -
Euge: Sim!
Mari: E mesmo que seja coisas que a pessoa faça pra te irritar, mas no fundo, no fundo, você gosta, isso também é tá apaixonada?
Euge: Olha só! Eu pensava que você tava mal por causa do Pablo, mas pelo que eu tô vendo...
Mari: Ai, Euge! – a interrompi - É claro que eu tô mal por causa do Pablo, por mais que ultimamente não houvesse amor entre a gente, eu passei muito tempo com ele, e terminar nos deixa mal. Ainda mais sendo porque ele vai embora...
Euge: Tá, mas... Você tá apaixonada por quem?
Mari: Eu apaixonada? – olhei pra ela como quem diz: “tá louca?” - Que isso! Eu só tava perguntando! – Euge riu escandalosamente –
Euge: Olha, eu sou loira, mas também não é pra tanto, né? Você tá apaixonada sim!
Mari: Sabe o que é? – amansei a voz e desabafei - Eu tenho medo, porque poxa, eu terminei com o Pablo ontem, mas eu gosto mesmo da outra pessoa.
Euge: Na verdade, teoricamente faz dois meses que você terminou com o Pablo, na prática que foi ontem.
Mari: E sei lá, você não acha errado? – voltei a olhá-la -
Euge: Bom, depende muito, né?... Se você conversou com o Pablo direito, ficou claro que vocês dois tinham morrido a dois meses e que realmente não dá pra ter nada já que ele vai embora...
Mari: Sim, isso a gente deixou bem claro um pro outro. Mas, sei lá, se eu aparecer de repente amanhã com outra pessoa, ele não iria ficar magoado?
Euge: Eu acho que não, já que o amor morreu faz tempo.

Mari: Mas morreu pra mim só. Pra ele não... Aliás, eu acho que não. Não sei. Vai que ele conseguiu se acostumar... Mas mesmo assim! Eu tô confusa! Não é que eu esteja apaixonada, sabe?

Euge: Seeeei – falou debochada. Franzi a testa desaprovando –

Mari: Para com isso! É sério.

Depois de conversarmos um pouco sobre amores, Euge teve que ir pra casa. Felizmente consegui enrolar ela e ocultar a informação de quem era a outra pessoa que não deixava minha cabeça em paz.
Eu tomei um banho e coloquei meu pijama. Durante o resto da noite, fiquei deitada escutando música, segurando o celular, esperando alguma ligação ou mensagem, estava ansiosa e ao mesmo tempo confusa, tentando pensar em como isso realmente aconteceu, tentando pensar no que eu faria quando encontrasse Peter novamente. Mas nada de mensagem ou ligação. Foi nessa mistura de sentimento, nesses pensamentos e devaneios que adormeci.