Fanfic: ∞ Até o fim dos tempos ∞ | Tema: Laliter.

Por incrível que pareça, as aulas passaram voando, e eu adorei, parecia que o tempo queria que eu e Peter ficássemos juntos. 
Passei a tarde enfiada nos estudos, como geralmente faço. Antes das seis, cuidei em tomar um banho, comer e ficar pronta pra quando Peter chegasse.
Parece bobo isso, mas sabe quando bate o friozinho na barriga? Quando a ansiedade parece que fica a flor da pele? Era assim que eu estava.

Peter: Não quero ir pra casa, quero ficar aqui – me abraçava e fechava os olhos ao mesmo tempo, eu sorria ao escutá-lo –
Mari: Amanhã a gente vai se ver – o abraçava fazendo carinho no seu cabelo, enquanto ele repousava em meu ombro –
Peter: Mas a gente não vai poder sumir no intervalo de novo, porque senão vão começar a criar as coisas.
Mari: Mas você pode vir aqui de noite.
Peter: Pode ser, mas mesmo assim seria muito confuso, todo mundo sabe que eu não sou de sair muito, principalmente sozinho. Vai que a minha mãe pensa que eu tô me drogando – levantou a cabeça do meu ombro e começou a rir –
Mari: Credo! - ri também - Mas olha – eu acariciava seu queixo com a ponta dos dedos – A gente vai se ver, então...
Peter: E se me der vontade de te beijar? – ele me olhava fixo e sereno - 
Mari: Pra quê o beijo se pode ter o meu olhar? – o olhei com a mesma serenidade e calma que me oferecia os olhos verdes dele –
Peter: Linda! – sorriu e selamos nossos lábios demoradamente –
Mari: Agora vai! Já faz tempo que você tá aqui e quem vai começar a criar as coisas é o pessoal daqui de casa.
Peter: Tá me expulsando? – ele me olhou com cara de mal –
Mari: Não, né? Se fosse por mim você poderia dormir aqui até – falei erguendo um pouco as sobrancelhas, ele sorriu –
Peter: Tá vendo? Tá apaixonada por mim! Me quer todo o tempo! – falou sorrindo feito um bobo –
Mari: Hum – fiz uma pausa e mudei minha expressão serena pra uma mais sensual - Quer dizer que você não está? – falei bem baixinho, próximo dele, quase encostando nossos lábios –
Peter: Não – falou meio zonzo, se perdendo nos meus olhos e na minha boca -
Mari: Então tá – mordi meu lábio inferior e sai –
Peter: Não, espera aí! Eu tava brincando, Mariana. Só mais um beijo, vai... - falou enquanto vinha me agarrar pela cintura e me beijar -

Pelo resto da noite, fui ler A metamorfose. Tava meio chato, não conseguia me concentrar, tava com uma dor nas costas terrível. Resolvi então deitar e escutar música, talvez eu relaxasse um pouco.
Mas não, a dor só aumentava e aumentava, era muito incomodo, eu não conseguia encontrar uma posição confortável na cama. Bendita dor nas costas! Acho que é genético. Minha mãe sofre de enxaqueca quase todo dia e eu de dor nas costas. Hoje ela tava insuportável! Tanto que acabei ficando de mau humor. E sobrou pra quem? Pois é... Coitadinho!

Mari: Alô - falei seca -
Peter: Oi pequena, tava dormindo?
Mari: Não.
Peter: Que foi?
Mari: Que foi o quê?
Peter: Ta tão fria... Aconteceu alguma coisa?
Mari: Ah, não! Desculpa! Tô com uma dor chata nas costas e acabei ficando de mai humor.
Peter: Hum... Você fez algum esforço hoje, algum exercício pesado?
Mari: Não que eu lembre, mas tenho quase certeza que não. – falava toda murchinha -
Peter: Humrum, pois então vou te deixar descansar e...
Mari: Não, a gente pode conversar – o interrompi –
Peter: Não pequena, relaxa! Descansa!
Mari: Tá bom então.
Peter: Ei...
Mari: Oi?
Peter: Não vejo a hora de te ver de novo. – sorri em meio a dor –
Mari: Para, né? Não precisa mais me deixar sem graça.
Peter: Já devia ter se acostumado. – senti ele sorrir do outro lado da linha - Quero bis da noite de hoje, viu? – sorri de novo –
Mari: Tá bem, a gente marca outro dia.
Peter: Tem que ser logo, tá? Agora vou desligar pra você poder descansar. Boa noite e dorme bem, pequena!
Mari: Boa noite, bobão!
Peter: Até amanhã!
Mari: Até.

Não lembro se minha dor passou. Só lembro de estar pensando na vida e tudo no que vinha acontecido em tão pouco tempo. Era tudo ainda estranho e delicioso... Enfim, só sei que dormi.