Fanfic: ∞ Até o fim dos tempos ∞ | Tema: Laliter.

Peter e eu havíamos conversado o caminho todo da escola, super empolgados e impressionados com nós mesmos. Infelizmente, ele era mais velho do que eu um ano, então não estaria na mesma sala que a minha. Seria legal tê-lo na sala, ele é bem piadista e sabe como me tirar o riso.
Na aula de Biologia fomos brincar de Jogo da Sigla. Ainda não aceito a criatividade de Nico:
SUSPENSÃO – Sempre Ulisses Sai Peidando. Então Não Sabemos Aspirar Oxigênio.
Dessa vez ele se superou.

Mari: E aaaí, como foi a aula? – Sorri enquanto sentava na bancada –
Peter: Hey! – retribuiu o sorriso - Foi boa, os professores são muito bons, e a galera é gente boa também.
Mari: E por que tá aqui sozinho?
Peter: Lendo um pouco - ergueu a mão me mostrando o livro -
Mari: Hum, gosta de ler, é? – perguntas retóricas feitas por mim since sempre –
Peter: Poesia em geral, gosto de rimas. Por quê? Também curte?
Mari: Mmm... Digamos que sou uma eterna apaixonada por palavras. Mas sou mais ligada na música do que em poesia.

Peter: Ah, é? E tu curte o quê?

Mari: De tudo um pouco, mas curtir mesmo é Mpb, a isso meu coração não consegue resistir. - sorri -

Peter: Boa informação! - fiz expressão de desentendida porque de fato não entendi – Sei lá, pode me servir num futuro próximo – ele riu -

Mari: Que safado! Sai pra lá – ri também e bati no ombro dele – E tu? Gosta de quê?

Peter: Gosto de nadar, de dormir, de jogar play, de comer – o interrompi -

Mari: Tô falando do tipo de música, para de se fazer de idiota – rimos os dois -

Peter: Eu gosto de rock sabe, música pra mim é mais festa, sei lá. - fiz olhar de desaprovação -

Ih! Lá vem a bacaninha que gosta de Chico me dá lição de moral – fez chacota e riu -

Mari: Oxe! Tá se queimando sozinho, nem falei nada. -sorri - Mas, que pena! Pensava que iamos ser amigos musicais – rimos -

Peter: Não, mas é brincadeira. Eu gosto de mpb também, gosto de muita coisa, na verdade. Só não sou muito ligado em música como você.

Mari: E quem te disse que eu sou tanto assim? - arqueei as sobrancelhas -
Peter: Eu percebi.
Mari: Hã? Como? - ok, eu tava que nem burra que nunca entendia nada -
Peter: Sei lá, só percebi – riu -
Mari: Você é doido! – ri dele – Mas me conta, eu quero saber de você! Como foi lá? O que fez esse tempo todo longe daqui?
Peter: Ah, eu praticamente aprendi tudo o que podia.
Mari: Tipo o quê? – perguntei com cara de interessada -
Peter: Bom, lá eu estudava e trabalhava. Aprendi a cuidar de mim mesmo, a cuidar da casa, aprendi até a cozinhar.
Mari: A cozinhar? Nossa, pra onde você foi mesmo? Temos que recomendar esse lugar pros outros meninos – caímos no riso – Na verdade não só pra eles – estiquei um sorriso sem graça -
Peter: Pra ver né! E vou te dizer, modesta parte, cozinho muito bem!
Mari: Você? Naaaa, duvido!
Peter: Tudo bem, vou te provar qualquer dia desses! E você vai me louvar – falou irônico balançando o dedo indicador no ar - Mas e você, como passou esse tempo por aqui?
Mari: Normal sabe. Meu tempo é divido em cinco partes: estudo, Pablo, amigos, família e um tempo pra mim é bom de vez em quando, né?
Peter: Certamente! – sorriu de canto – Quem é Pablo?

Mari: Meu namorado.

Peter: Porra, Mariana! Estragou esse climão entre a gente – brincou e riu logo depois. Pra variar, não entendi se ele tava dando mesmo em cima de mim ocultamente, ou se simplesmente o bom humor dele era realmente bom. Quis acreditar na segunda opção, até porque bom humor é comigo mesmo. Taí uma coisa que me cativa! - E a família como está?
Mari: Todos bem! Só painho que anda meio estressado por conta do trabalho.
Peter: Uhum. Mas é normal! Sorte dele ter filhos como vocês, isso sem contar a Tia Maria que é um amor! – fiquei sem jeito – Saudade da Tia Maria e do pudim dela – rimos – E você fica bonitinha com vergonha – apertou minha buchecha de leve, fazendo chacota –

Mari: Para! – falei enquanto ria e tirava a mão dele da minha bochecha - E seus avós como estão?
Peter: Mais vivos que eu – falou rindo – Eles tem uma energia e tanto, chega a ser impressionante. – nessa hora Pablo passou ao longe, indo em direção a mesa dos meninos do tênis. Fiquei o observando e Peter me seguiu, olhando-o também. Assim que ele me viu, ficou meio inseguro e foi saindo de vista, como se estivesse me evitando. Abaixei e coçei a sobrancelha tentando disfarçar a decepção – Esse é o Pablo?

Mari: É – dei aquele sorriso amarelo forçado –

Peter: E tá tudo bem entre vocês?

Mari: Tá sim – me levantei – vou ali ao banheiro, ok? Depois a gente se fala – falei andando de costas em direção ao banheiro -
Peter: Certo – falou dando um sorriso meio confuso –