Fanfic: ∞ Até o fim dos tempos ∞ | Tema: Laliter.

"Por isso estou aqui! Vim cuidar de você, te proteger, te fazer sorrir! Te entender, te ouvir e, quando tiver cansada, cantar pra você dormir... Vou secar qualquer lágrima que ousar cair, vou desviar todo o mal do seu pensamento, estar contigo a todo momento!"

Euge: Você é um idiota! - fez uma pausa. Eu não respondi e esperei ela continuar a falar - Olha só! Não me importa o fato de você sair sem a Lali, de dançar com a pessoa que ela mais odeia no mundo, até porque ela que insiste. Agora, você sabe de toda a situação aqui - falva séria e indignada - Eu vi seu telefone tocar, eu vi que você viu e vi também que você não quis atender sabe-se lá porque - a interrompi -
Peter: Euge, você sabe que ia dá merda eu antender a Lali com a Rochi na minha frente dançando e cantando feito louca.
Euge: Não me interessa! - me interrompeu de volta - O ponto é justamente esse, você sabe do que tá acontecendo! Você sabe que pode dá merda a qualquer momento - dessa vez os olhos dela marejaram - Se você quiser se fazer de idiota, que faça! Mas faça bem longe! Porque ninguém tem a mínima obrigação de avisar pra você que a sua namorada não tá passando bem. E a Mariana não merece esse tipo de confusão que deu hoje. Eu não vou e nem quero me meter na relação de vocês, mas tô falando sério que se você não começar a tomar partido do que faz
Peter: Mas o que foi que eu fiz de errado, Eugenia? - perguntei também meio alterado, interrompendo ela - Eu nem queria ir pra essa festa, a Mariana que insistiu, você sabe disso
Euge: Tu é lento, burro ou o quê? - perguntou mais alterada ainda - Vê se presta atenção, vou ser direta! - me olhou fixo - A minha melhor amiga, que por acaso é sua namorada, tá doente. A vida dela não é a mesma de antes, Peter, vê se acorda! Sempre a gente tem que ter um pé atrás porque sempre vai ter a possibilidade de acontecer alguma coisa. E se a gente te liga, não hesite em pensar que pode ter acontecido alguma coisa, porque SIM, SEMPRE VAI PODER TER ACONTECIDO ALGUMA COISA! - enfatizou - Deu pra entender agora? - continuou séria -
Peter: Foi mal - não consegui dizer outra coisa. Suspirei e liguei o carro -
Euge: Foi péssimo!

Fomos do hospital até em casa em silêncio. Ninguém disse mais nada. Assim que chegamos mandei uma mensagem pra La pedindo que ela me ligasse assim que se sentisse melhor, ou então que me desse sinal de vida que eu mesmo poderia ligar. Passaram umas seis horas que mais pareciam uma eternidade até ela ligar. Perguntei se poderia vê-la e por sorte ela disse que sim. Fui até a casa dela, seu Carlos me abriu a porta, conversamos um pouco ali. Ele me contou o que havia acontecido de madrugada já que eu não tinha falado mais com a Euge. Me senti mal por saber como a Mari tinha se sentido mal a ponto de desmaiar. Só queria vê-la e abraça-la depois disso. Encurtei a conversa com ele e fui até o quarto dela.

Mari: Hey - soltou um meio sorriso quando bati a porta e coloquei a cabeça para olhar -
Peter: Posso? - perguntei e ela assentiu. Entrei e, com as mãos nos bolsos, fiquei observando-a do lado da cama - Tá se sentindo bem? - tentei ser natural. Tava me sentindo um pouco culpado, de certa forma -
Mari: Tô sim, apesar de não parecer - sorriu e sorri por isso. Já disse que amo o sorriso dessa mulher? -
Peter: Tá cansada?
Mari: Algo - fez uma pausa - Mas tudo bem, não precisa se preocupar.
Peter: Depois de hoje não tem como - sorri nervoso enquanto sentava no puf do lado da cama, ela me observava com um olhar meigo e fraco ao mesmo tempo - Queria pedir desculpa - falei sério a encarando de fato - Acho que ainda tô meio aéreo com isso tudo que tá acontecendo e queria me desculpar - por um momento pensei em dizer da mesma forma que Eugenia tinha me dito, mas resolvi ficar na minha - Quase fiquei louco de desespero sem notícia - suspirei - Me desculpa! - ela bateu na cama como quem pedisse pra eu sentar ali, me levantei e fui até lá, sentei e ela segurou minha mão -
Mari: Pode deitar - falou rindo e eu ri também -
Peter: Tem certeza? Vai te incomodar
Mari: Vai não - falou afastando mais pro outro lado, dando espaço pra que eu deitasse. Deitei de lado pra tê-la de frente pra mim, ela fez o mesmo. Nos olhamos em silêncio por alguns segundos, ela acariciou meu rosto e selou seus lábios nos meus suave e demoradamente, logo depois disse - Tudo é novo pra mim também, não precisa se desculpar. Tá todo mundo descobrindo junto o que é e como deve agir
Peter: Eu sei, mas - desviei o olhar por um momento e suspirei - Eu não te atendi porque eu não quis. Eu vi. Vi que era você. - fiz uma pausa - Mas nessa hora a Rochi tava na minha frente e eu sabia que você não ia gostar e... Eu fui um idiota, eu sei. Eu não me liguei que podia ser alguma coisa séria e - me interrompeu -
Mari: Tudo bem, já foi. - falou se virando e olhando pro teto -
Peter: Desculpa!... E em relação a Rochi, você sabe. Não tem nada a ver! Tanto que eu tô falando logo pra você em vez de você mesmo imaginar as coisas
Mari: Eu já sabia - falou com um meio sorriso, olhando pra mim -
Peter: Hã? - perguntei franzendo a testa -
Mari: Vico me contou que você tava lá dançando com ela a festa inteira
Peter: Isso é mentira! Eu não dancei com ela a festa toda
Mari: Mas dançou - falou rindo e olhando pro teto -
Peter: Te incomoda assim?
Mari: Um pouco.
Peter: La, você sabe que - me interrompeu -
Mari: Posso perguntar uma coisa? - demorei um pouco a responder por pensar no que vinha aí -
Peter: Duas! - respondi sério, mas sereno -
Mari: Você contou pra ela? - olhou pra mim séria, mas também serena -
Peter: Não. - pensei em mentir, mas seria pior. Ela voltou a olhar o teto - Mas se isso é tão importante pra você, eu posso falar agora - falei pegando meu celular no bolso. Ela balançou a cabeça negativamente ao me ouvir -
Mari: Não se trata disso! - voltou a me olhar - Você não é meu troféu, não é que eu queira mostrar e dizer pra todo mundo que você é meu namorado.
Peter: E então?
Mari: Acontece que você é muito bom - se virou de lado novamente, ficando de frente pra mim - Você é puro e pensa que tá tudo bem por isso... A Rochi tá afim de você e nem adianta você dizer que não! E você sendo assim, agindo naturalmente como se nada tivesse acontecido, ainda que não goste dela, só instiga ela mais. Pra ela você ainda tá disponível... - entendi o que ela queria dizer então assenti. Passamos um tempo nos olhando em silêncio. Até que aproximei meu rosto do dela, ela completou o espaço e iniciamos um beijo lento, delicado e bem aproveitado! Durou bastante e logo depois a abracei, ela retribuiu encostando sua cabeça entre meu peito e meu rosto.
Peter: Eu te amo! - me fastei um pouco pra dizer olhando nos olhos dela, ela sorriu meigo com os olhos semicerrados -
Mari: Eu te amo! - respondeu e selou mais uma vez nossos lábios enquanto acariciava meu rosto. Depois voltou a apoiar sua cabeça em mim e cerrou os olhos. Eu fazia carinho na sua nuca e no seu cabelo. Até que senti o corpor dela amolecer e cair no sono. Quando isso aconteceu, com o maior cuidado fui me afastanto dela pra poder sair da cama. Sentei no puf ao lado da cama e fiquei a observando dormir... Era linda até assim! Sorri por me dá conta do tão afortunado que sou. Me levantei, beijei sua testa e fui embora.