Fanfic: Meu Acompanhante de Luxo (Adaptada) AyA [Finalizada] | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho
O pequeno avião ganhava altura rapidamente apesar da espessa névoa, mas Anahí decidiu manter-se o mais firme possível, pois não queria de forma alguma revelar a Alfonso a extensão do medo que sentia.
Se tivesse algum bom-senso teria se recusado a participar desta aventura com ele, mas agora era tarde demais para recuar. Confiava em seu orgulho ferido para resistir a qualquer provocação, e foi exatamente isso que lhe deu coragem para acompanhá-lo quando ele apareceu aquela manhã, exatamente na hora marcada.
Voavam agora em direção às ilhas Ocidentais, com Alfonso sentado ao lado do piloto, o que a deixava livre para observá-lo à vontade, o coração sangrando ao pensar no quanto ele fora capaz de dissimular. E nem mesmo tivera a delicadeza de pedir desculpas!
Por que recomendara sua agência ao pai? Como uma forma de compensação, ou teria algo a mais em mente? Será que percebera sua louca paixão e pretendia atormentá-la mais ainda? Por que faria isso?, perguntava a si mesma pela milésima vez, cada vez mais angustiada. Infelizmente, também não havia explicação lógica para o fato de ele ter bancado o funcionário da agência de acompanhantes; de fingir que não tinha dinheiro; de passar uma noite ardente em seus braços quando havia outra mulher na vida dele. E, sobretudo, por ter se aberto com Rodrigo, logo com Rodrigo!
Apenas seu orgulho a impedira até agora de fazer-lhe perguntas a respeito de tudo aquilo, por mais que a provocasse.
- Tudo bem com você?
Tomada de surpresa, Anahí olhou para o rosto sorridente dele, dando-se conta de repente da fragilidade dos seus argumentos e de que, se havia uma razão para estar ali agora, era unicamente o fato de que ainda o amava.
- Anahí, você está bem?!
Alfonso parecia realmente preocupado, mas era melhor não alimentar falsas esperanças.
- Estou. Qual é a duração do vôo?
- Cerca de vinte minutos, dependendo do tempo. Creio que demoraremos mais um pouco por causa da neblina.
- Fale-me mais sobre a ilha - ela sugeriu, procurando dar à conversa um tom profissional. - Como foi parar nas mãos de sua família?
- Foi um presente do Rei George a meus ancestrais, a título de agradecimento pela participação na luta contra o príncipe Charles. Dizem que o prédio original foi construído por um dos meus antepassados, amigo íntimo de Mary Stuart. Naquela época os escoceses, pelo menos os que viviam na Corte, eram considerados muito mais civilizados do que seus vizinhos ingleses. Uma prova disso é que, durante um trabalho de restauração feito há dez anos, foram encontrados aqui alguns documentos relacionados com várias aquisições para o castelo; tapeçarias, tapetes e outros artigos de luxo não multo comuns naquele tempo. Não se sabe bem onde um simples proprietário de terras conseguiu tanto dinheiro. Há rumores de que era um dos favoritos da rainha, mas não sei se é verdade. O certo é que casou com uma rica herdeira francesa, e foi seu filho quem fundou o lado inglês da família. Após brigar com o pai e fugir de casa, virou protestante e abriu caminho na Corte de Elizabeth.
- Deve ser fascinante poder traçar a árvore genealógica da própria família – Anahí comentou com entusiasmo, esquecendo por um momento as dúvidas que a atormentavam. Sua veia romântica ressurgiu de repente, despertando-lhe o desejo de ouvir mais.
- Meu pai é a pessoa indicada para contar a história da família. E seu grande divertimento quando não está trabalhando. Encontrou nisso um certo conforto desde que perdeu minha mãe, há alguns anos. Eram muito ligados.
Subitamente Anahí teve uma enorme vontade de chorar; não tanto pelas palavras que acabara de ouvir mas pela frieza de Alfonso, como se fizesse questão de manter um tom impessoal, impedindo-a de penetrar em seu universo particular.
-Quando meu pai se queixa da falta de netos, faço questão de lembrar que ele próprio só casou depois dos trinta. Talvez por essa razão seu casamento tenha sido tão feliz. Dizem que as chances de felicidade conjugal são bem maiores para os casais maduros, com personalidades bem firmadas.
Anahí não sabia o que dizer. Seria aquela uma forma muito sutil de mostrar que não servia para o papel? Um modo de lembrar-lhe que estava longe de seu ideal feminino?
- Cuidado para não tornar-se um solteirão excêntrico.
- Oh, não penso que corro esse perigo - ele gracejou, confundindo ainda mais sua cabeça. Será que a garota ruiva que encontrara em Corfu era uma noiva em potencial?
- Se olhar agora, vai ter uma visão de Marne.
Obedientemente Anahí olhou pela janela, identificando uma pequena mancha verde no profundo azul do mar. Como tinha vertigem de altura, afastou-se quase imediatamente da janela.
Ao contrário do que esperava, Alfonso não mostrou a menor simpatia ao perceber o seu mal-estar.
- O que é isso, Anahí? Não confia no piloto? Esse é todo o seu problema, garota, com relação a tudo. Falta de confiança.
- Talvez seja melhor assim. - Sua acusação era muito injusta. Confiara totalmente nele e o resultado fora um completo desastre. Pensara até em dividir com ele tudo o que tinha, seu dinheiro e a agência. Pensando nisso, via agora o ridículo da situação; sua fortuna não era nada comparada à dele.
- Se sofre de vertigem de altura é melhor fechar os olhos agora - Alfonso preveniu quando o avião começou a mergulhar. - O campo de pouso é minúsculo. Esta é a razão de só usarmos esse tipo de avião. E tão pequeno que pode aterrissar em qualquer lugar. Mas fique calma, não vai acontecer nada!
Anahí não ficou tão certa assim ao observar que o piloto concentrava toda sua atenção num pequeno triângulo que, segundo Alfonso, devia ser o "aeroporto". Foi então que seus olhos maravilhados vislumbraram o castelo - nada de lúgubre ou austero como imaginara, mas delicado, misterioso, suas torres iluminadas pelo sol que voltara a brilhar.
Assim que pousaram Alfonso saltou do avião e ajudou-a a descer, a mão dele em seu braço despertando-lhe mil lembranças, mil desejos.
- Ok, John, pode apanhar-nos esta tarde. Digamos às quatro horas. Desse modo teremos tempo de ver tudo. - E, virando-se para Anahí. - Encontraremos um velho jipe naquele galpão. Venha.
Ao ouvir o barulho do avião que decolava, Anahí virou-se para observar a cena, um pouco inquieta.
- Onde está todo mundo? - indagou.
- O que quer dizer por "todo mundo"? Não há mais ninguém nessa ilha a não ser você e eu.
- Estamos sozinhos aqui? - Anahí perguntou, inconformada.
- Meu Deus, quanto puritanismo! Está com medo, Anahí?
Antes que pudesse responder, Alfonso desapareceu dentro do galpão para pegar o jipe. Logo estava sentada a seu lado, rodando por uma pequena estrada.
- A ilha não tem sido habitada por ninguém nos últimos vinte anos. É pequena demais para proporcionar os meios de sustento necessários. Houve uma época em que havia alguns lavradores, mas os jovens não voltaram depois do tempo de escola e eventualmente os outros ou foram embora ou morreram. Essa é uma das razões de meu pai estar tão interessado em transformar isto aqui em uma luxuosa estação de férias. Há espaço suficiente para um bom campo de golfe, sem falar na possibilidade que oferece de belas pescarias e da existência de um lago interior. Uma vez por semana alguém vem aqui para ver se está tudo em ordem, além de ligar o aquecimento e limpar a casa, mas meu pai deseja vê-Ia realmente habitada e funcionando.
Não havia razão em ficar tão enervada pelo fato de serem os dois os únicos habitantes da ilha no momento, nem mesmo iriam passar a noite ali, o que tornava as coisas mais simples.
Alcançaram o castelo em pouco tempo, entrando nele através de uma ponte levadiça, que conduzia a um jardim com grandes espaços abertos.
- Era o local favorito de minha mãe – Alfonso explicou abruptamente ao estacionar o jipe. - Meus pais moraram aqui durante alguns anos e foi então que o irmão dela, meu tio, morreu em um acidente de barco, um dia em que estava vindo para visitá-los. Depois disso, ela nunca mais suportou viver aqui.
- Você deve ter sentido muita falta de tudo isso - Anahí observou, olhando em torno, deslumbrada com a atmosfera de encantamento que envolvia aquele lugar .
- Nem tanto assim, pois na época passava a maior parte do tempo no internato. E a mudança para Londres foi boa para os interesses comerciais do meu pai. Bem, vou mostrar-lhe o castelo e depois daremos uma volta pela ilha, para que sinta melhor o conjunto.
- Alfonso, por que sugeriu o nome de minha firma para seu pai? Sei que foi você que fez isso, porque somos uma agência pequena e quase desconhecida, embora muito boa, eu reconheço. Mas o fato é que não existimos para uma multinacional do porte da Rodriguez.
- Por quê? Pelo amor de Deus, Anahí, use um pouco sua imaginação! Não é tão difícil assim de adivinhar
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Com esta resposta inesperada, Alfonso afastou-se para abrir a pesada porta de carvalho, fortemente guarnecida por tachões de ferro. Para Anahí, as palavras dele não eram tão claras assim. Talvez fosse uma forma silenciosa de pedir desculpas pelo que tinha acontecido, mas ao mesmo tempo ele não mostrava o menor sinal de arrependimento por s ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 81
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debyguerra0208 Postado em 04/07/2019 - 00:43:26
Me apaixonei. Parabéns!
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debyguerra0208 Postado em 03/07/2019 - 14:03:57
Que nojo desse homem.
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queren_fortunato Postado em 17/09/2015 - 16:47:43
PARABÉNS a Web foi lindaaaaa <3333
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maryangel Postado em 27/04/2015 - 23:56:11
LINDOOOOS! Ameiii *-*
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brunahponny Postado em 13/12/2014 - 04:28:06
AMEEI fic peerfeita como smp Bellaa <3
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franmarmentini Postado em 08/09/2014 - 13:55:47
AMEI MUITO MUITO MUITO A FIC* *.*
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franmarmentini Postado em 08/09/2014 - 11:53:19
meu deus sabia sabia que o poncho era rico kkkkkkkkkkkkkkkkk poxa mas pq ele ta falando desse jeito com a any :/
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franmarmentini Postado em 08/09/2014 - 10:48:41
affffffffffffffff eu sou muito azarada :/ a fic* acabou e eu ainda não li o final...to lendo agora...
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vondy4everponny Postado em 05/09/2014 - 00:38:57
Aaaaaaaaawn, amei a fic, do inicio ao fim! Que lindooo eles terem ficados juntos *--------* SANTA DULCE KK! Merecia até um Ucker depois dessa kkkkkk Só achei ruim o final da Maite, ela continuou com ele mana :/ Mas amei amei amei e amei de novo. Suas fics são perfeitas Bellinha. Beijos gemea! <3
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beca Postado em 04/09/2014 - 22:00:06
Linda fic parabéns Bellaê um pena que acabou