Fanfics Brasil - Capitulo 4 Meu Acompanhante de Luxo (Adaptada) AyA [Finalizada]

Fanfic: Meu Acompanhante de Luxo (Adaptada) AyA [Finalizada] | Tema: Rebelde, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 4

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Não conseguiu concentrar-se no trabalho durante o resto do dia. Acabou saindo mais cedo e, para sua própria surpresa, começou a perambular pelas lojas, olhando as vitrines com um interesse que não sentia há séculos.


Numa delas viu um vestido de Calvin Klein, de um crepe acetinado cor de fogo, que de repente pareceu-lhe divino.


Instintivamente entrou na loja e pediu para prová-lo. O cetim caía maravilhosamente bem em seu corpo, o decote chegando quase até a cintura. Era terrivelmente caro e exatamente o oposto de tudo que costumava usar, mas apesar de tudo terminou por comprá-lo, mesmo achando que seria uma loucura usar uma roupa dessas em um jantar tranqüilo e despretensioso no campo.


Assim que chego a casa, ainda mal recuperada de sua extravagância, o telefone tocou. Ouviu a voz de Maite do outro lado.


- Você vem mesmo, não é, Annie? Estou ansiosa para vê-Ia. Tenho andado tão infeliz!


Anahí apressou-se a confirmar sua presença.


- Rodrigo também ficará muito contente. Às vezes, desconfio que acha a minha companhia cansativa. Sei que tenho estado meio deprimida desde que perdi o bebê, e Rodrigo nunca gostou de mulheres chorosas. Sinto-me um fracasso total, Annie... Não posso nem mesmo ser mãe...


- O que está dizendo, Mai? Precisa tirar essas coisas da cabeça.


- Eu sei. Mas não consigo evitar. Estou terrivelmente sozinha. Quando pretende chegar?


- Bem... Será que posso levar um amigo comigo?


- Um homem? Annie querida, conte-me tudo a respeito dele.


- Espere e veja por si mesma. - Como poderia falar de um homem que ainda nem encontrara?


Esta notícia pareceu operar uma rápida transformação no estado de espírito de Maite, que começou a conversar animadamente, como nos velhos tempos. Quando finalmente desligou, Anahí estava convencida de que tomara a decisão acertada. Agora só restava esperar que a agência mandasse alguém de boa aparência. Fora realmente precipitada, pois devia ter pedido para ver ao menos uma fotografia, ou tentado saber as qualificações de seu acompanhante. Infelizmente, aquele homem arrogante a impedira de mostrar sua costumeira eficiência.


O sábado chegou mais rápido do que desejava, mas não adiantava se lastimar. Quando a campainha tocou, às nove da manhã, já estava pronta há muito tempo, dominada por uma espécie de nervosismo que não experimentava desde... desde Aaron, realmente.


Por isso mesmo olhou-se no espelho mais uma vez, como uma criança insegura. Estava usando o mesmo conjunto de veludo do outro dia só que prendera o cabelo com uma bela fita dourada, o que lhe dava um aspecto mais descontraído.


Apanhou a bagagem e o chaveiro e abriu a porta, arregalando os olhos ao reconhecer o homem encostado displicentemente contra a parede.


- Você!


Sem se incomodar com sua reação, ele tomou-lhe a mala das mãos e fechou a porta com as chaves que ela deixara cair, tal a agitação que a possuía.


- O que faz aqui? - perguntou furiosa, percebendo que se comportava mais uma vez como uma perfeita idiota, este homem tinha o dom de desorientá-la por completo.


- Não queria um acompanhante para o fim de semana? Pois aqui estou eu. - Fez uma pequena pausa. - Acho melhor irmos andando. As estradas ainda estão praticamente vazias a essa hora. Suponho que estas sejam as chaves do carro. - Colocou-as no bolso com a maior calma, devolvendo o chaveiro a Anahí com um sorriso charmoso e conduzindo-a até o elevador.


Ela estava irritadíssima. Por que estaria permitindo uma coisa dessas?! Ninguém controlava sua vida, principalmente homens como ele, que usavam seu charme pessoal para sobreviver. Ficou chocada com o próprio preconceito, mas teve de admitir que considerava mais natural uma mulher explorar a própria beleza para ganhar a vida do que um homem.


Consciente do papel ridículo que fazia, caminhou até o elevador, lamentando que a agência não tivesse enviado outro acompanhante. Sentira por aquele o que se chama de uma antipatia à primeira vista, e agora teria de suportar a maneira calma e segura como estava tomando conta de tudo sem pedir licença.


O rapaz comportou-se como um perfeito cavalheiro, segurando a porta do elevador para que ela entrasse o que a irritou mais ainda. Ao passar a seu lado teve a sensação de que adivinhava seus pensamentos, e calculou com amargura que o fim de semana, se já não a agradava, a partir de agora tornava-se simplesmente intolerável.


- Por que não mandaram outra pessoa? - perguntou entre dentes, ao entrarem na garagem do prédio. - Ou será que foi você que não quis perder a oportunidade de ganhar o dinheiro por esse serviço?


- Considera desprezível o desejo natural de assegurar a própria sobrevivência? Ou será que implica apenas com o modo como eu ganho a minha vida?


Anahí engoliu em seco, reconhecendo que fora traída por suas próprias emoções e que fizera um julgamento errado.


- Tudo indica que está sempre em guerra com o sexo masculino. Por quê ? - continuou ele.


- Não contratei você para fazer perguntas.


- Gosta de pensar que está me pagando, não é mesmo? Será que a satisfaz o fato de poder dar ordens a um homem? Isso ajuda a curar antigas feridas, Anahí?


Recusou-se a admitir a veracidade daquelas palavras. O ar de intimidade com que pronunciara o seu nome já era bastante chocante, e não apenas isso. Estava sentindo uma curiosa vibração, que não podia definir nem analisar.


- Eu era o único candidato adequado de que a agência dispunha no momento - ele falou finalmente, ao pararem junto do Mercedes prateado de Anahí. - Caso não me aceite, ainda pode cancelar o contrato.


Ficou em silêncio e o rapaz acrescentou:


- Ótimo, Quem cala consente. Nesse caso talvez seja melhor apresentar-me apropriadamente. Meu nome é... Alfonso Herrera.


Anahí cumprimentou-o muito de leve, seus dedos recuando instintivamente ao tocar naquela quente mão masculina.


Ele curvou-se para abrir a porta do carro, encarando-a com curiosidade.


- Não espera que eu permita que vá dirigindo! - disse ela.


- Por que não ? Tenho uma carteira de motorista, se é o que a preocupa. Você parece tensa e cansada, e imaginei que quisesse aproveitar a oportunidade para relaxar, antes de encontrar seus amigos. Obviamente não está nada entusiasmada com esse fim de semana...


- Como adivinhou?


- Se não precisasse ficar na defensiva de alguma maneira, certamente eu não estaria aqui na qualidade de acompanhante.


Não havia como refutar um argumento tão lógico, e Anahí terminou entrando no carro sem mais nenhum protesto, enquanto Alfonso colocava as malas no bagageiro.


Independente do que pudesse dizer a respeito dele, era obrigada a admitir que estava extremamente bem vestido, com uma calça de lã bege, camisa xadrez e sapatos marrons esportivos, o tipo de roupa que altos executivos usavam no campo. Enrolado ao pescoço trazia um belo suéter de cashemere. Anahí sentiu uma dor no coração ao observá-lo. como era estranho que, com todo seu sucesso, beleza e fortuna, tivesse de pagar a alguém para acompanhá-la até a casa de Maite! O que estava errado em sua vida?


Nada, disse para si mesma, enquanto Alfonso ligava o motor. Tinha tudo que queria, tudo. Sabia por experiência própria que o amor era uma ilusão, simplesmente não existia em parte alguma. E não precisava ir muito longe, bastava observar suas amigas casadas!


Quando Alfonso ajudou-a a colocar o cinto de segurança, o ligeiro roçar de seus dedos fortes contra os dela a perturbou de uma forma absolutamente curiosa. Olhou sem querer para as mãos dele. Pêlos escuros enroscavam-se no finíssimo relógio de ouro em seu pulso. Presente de uma cliente agradecida, talvez, pensou maldosamente, odiando-se por estar tendo idéias tão mesquinhas.


- Tudo pronto?


Annie assentiu com a cabeça, esforçando-se por lembrar que Alfonso não passava de um instrumento para protegê-la de Rodrigo e nada mais.


Como Alfonso previra aquela era a hora ideal para evitar o tráfego. Deixaram Londres em pouco tempo e foram por uma estrada diferente da que Annie costumava pegar quando ia à casa da amiga. Passaram por pitorescas vilas e lindas paisagens, desfrutando a beleza do campo no início da primavera. Alfonso comentou que sempre procurava escolher o caminho mais agradável quando viajava, e em seguida elogiou o carro, perguntando há quanto tempo o possuía, sem a menor inveja, ao contrário, seu tom era levemente divertido. Irritada, Anhaí respondeu friamente que o comprara há seis meses, como presente de aniversário.


- Viu que dissera uma bobagem no mesmo momento em que acabou de falar.


- Quer dizer que resolveu gratificar-se? - Uma certa piedade era tão patente nos olhos dele que teve uma vontade louca de magoá-lo, mas preferiu não abrir a boca. Afinal, que importância tinha o que pensava ou deixava de pensar? Após o fim de semana, não o veria nunca mais. Fechou os olhos, fingindo dormir, mas sem conseguir esquecer aquela expressão de Alfonso.


- Logo estaremos em New Forest.


Falara em voz baixa e suave para não despertá-la, caso estivesse mesmo dormindo, e Anahí levantou a cabeça, olhando pela janela com curiosidade.


- Gostaria de parar para o almoço?


- Maite está esperando por nós - Ela retrucou secamente. Não gostava da maneira como ele tentava assumir o controle de tudo.


Alfonso encolheu os ombros com indiferença, e ela sentiu-se a própria criança emburrada, ao lado de um adulto tolerante.


- Fale-me mais sobre seus amigos. Há quanto tempo estão casados? Têm filhos? Quer você queira, ou não, tenho de saber alguma coisa, ou eles não me aceitarão como uma pessoa ligada a você.


Admitindo a contragosto que estava coberto de razão, Anahí contou-lhe a respeito do aborto de Maite e da depressão nervosa da amiga.


- Mas isso ainda não explica sua necessidade de uma companhia masculina. Não se trata, obviamente, de um caso de exibição, tipicamente feminino. Não faz o seu gênero. Tenho certeza de que não me disse toda a verdade.


- Já lhe disse tudo o que precisa saber - Ela retrucou veementemente, baixando a vista, pois não poderia suportar por muito tempo aquele olhar profundo e indagador, que parecia alcançar o fundo de sua alma.


Fizeram o resto da viagem mais ou menos em silêncio e, assim que o Mercedes parou em frente da simpática casa de Maite e Rodrigo, uma jovem morena e simpática apareceu na porta, correndo para abraçar Annie, carinhosamente.


- Annie querida, como você está linda! - cumprimentou-a, irradiando sinceridade. Maite era bastante graciosa, não muito alta e com uma certa tendência para engordar. - E este é... - disse, olhando de Alfonso para Anahí com ar brejeiro.


- Alfonso - Anahí apresentou seu companheiro apressadamente. - Espero que não se incomode... - Não conseguiu terminar a frase, o rosto em brasas, diante do largo sorriso de Mai.


- Como poderia me incomodar? Ao contrário fico muito contente por você. Mas por que não me contou nada antes? Você deve ser um homem muito especial - acrescentou, voltando-se para Alfonso, indiferente à agitação e ao embaraço de Annie. - Ou não estaria aqui. Já nem sei mais quando foi a última vez que minha amiga passou o fim de semana com algum dos seus... Ah, aqui está Rodrigo.


Maite sorriu, e Anahí percebeu a nota de incerteza em sua voz. Ficou ainda mais apreensiva ao ver a expressão dura e fria dos olhos de Rodrigo.


- Olá, Anahí, espero que seu amigo não se incomode de eu lhe dar um beijo - mas contentou-se em tocar de leve com os lábios na testa dela.


Anahí estava consciente de que Alfonso os observava com especial interesse. Era muito esperto e havia algo em sua maneira de olhar que a enervava imensamente. Talvez fosse um ator desempregado, simplesmente estudando as reações humanas, embora ao vê-lo apertar com firmeza a mão de Rodrigo tivesse que admitir que sua atitude, de modo geral, não era a de alguém imerso em especulações filosóficas.


- Vamos entrar - Maite convidou. - O almoço já está pronto, mas antes eu os levarei até seu quarto.


O quarto deles! Anahí gelou ao ouvir essas palavras. Com a voz calculadamente suave, Rodrigo aproximou-se dela, dizendo-lhe quase ao ouvido:


- Finalmente persuadi Maite a ingressar no século vinte e compreender que casais adultos não dormem em quartos separados.


Anahí percebeu claramente que fizera isso para provocá-la. Teve vontade de protestar; sentiu-se presa em uma armadilha e sabia que Rodrigo aguardava sua resposta. Foi então que Alfonso passou o braço por sua cintura, apertando-a contra seu corpo. Sentiu o calor que emanava dele, seu jeito carinhoso e protetor, e quase chorou ao ouvi-lo murmurar:


- Tem amigos maravilhosamente discretos, meu amor! Confesso que odeio vagar pela escuridão em busca do quarto certo!


 


 



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O almoço foi um verdadeiro pesadelo, durante o qual Rodrigo procurou humilhar Maite de todas as maneiras, ou então interrogar Alfonso com uma condescendência irritante. Alfonso enfrentou seu desagradável anfitrião com a mais perfeita calma, desviando as perguntas mais impertinentes com um misto de altivez e indiferença que maravilhou ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 81



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  • debyguerra0208 Postado em 04/07/2019 - 00:43:26

    Me apaixonei. Parabéns!

  • debyguerra0208 Postado em 03/07/2019 - 14:03:57

    Que nojo desse homem.

  • queren_fortunato Postado em 17/09/2015 - 16:47:43

    PARABÉNS a Web foi lindaaaaa <3333

  • maryangel Postado em 27/04/2015 - 23:56:11

    LINDOOOOS! Ameiii *-*

  • brunahponny Postado em 13/12/2014 - 04:28:06

    AMEEI fic peerfeita como smp Bellaa <3

  • franmarmentini Postado em 08/09/2014 - 13:55:47

    AMEI MUITO MUITO MUITO A FIC* *.*

  • franmarmentini Postado em 08/09/2014 - 11:53:19

    meu deus sabia sabia que o poncho era rico kkkkkkkkkkkkkkkkk poxa mas pq ele ta falando desse jeito com a any :/

  • franmarmentini Postado em 08/09/2014 - 10:48:41

    affffffffffffffff eu sou muito azarada :/ a fic* acabou e eu ainda não li o final...to lendo agora...

  • vondy4everponny Postado em 05/09/2014 - 00:38:57

    Aaaaaaaaawn, amei a fic, do inicio ao fim! Que lindooo eles terem ficados juntos *--------* SANTA DULCE KK! Merecia até um Ucker depois dessa kkkkkk Só achei ruim o final da Maite, ela continuou com ele mana :/ Mas amei amei amei e amei de novo. Suas fics são perfeitas Bellinha. Beijos gemea! <3

  • beca Postado em 04/09/2014 - 22:00:06

    Linda fic parabéns Bellaê um pena que acabou


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