Fanfics Brasil - Capítulo 1 ~ Parte I O duque e eu ~ Adaptada

Fanfic: O duque e eu ~ Adaptada | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 1 ~ Parte I

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Os Saviñon são, de longe, a família mais fértil da alta sociedade. Essa qualidade da viscondessa e do falecido visconde é admirável, embora se passa dizer que suas escolhas de nomes para os filhos sejam bastante infelizes. Alfonso, Bendict, Christian, Dulce María, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth. É claro que a organização é sempre algo benéfico, mas seria de esperar que pais inteligentes fossem capazes de manter os filhos na linha sem precisar escolher seus nomes em ordem alfabética.


Além disso, a visão da viscondessa e de todos os seus oito filhos num único ambiente é o bastante para que se ache que está vendo dobrado, ou triplicado, ou pior. Esta autora nunca tinha presenciado um grupo de irmãos tão absurdamente parecidos. Embora a autora não tenha memorizado as cores de seus olhos, todos têm estruturas ósseas semelhantes e os mesmos cabelos grossos e castanhos, a excessão da senhorita mais velha, Dulce María, que aparentemente, foi a única a vir com a mesma cabeleira ruiva do pai. É lamentável, que a viscondessa, que está atrás de bons casamentos para a prole, não tenha tido filhos mais elegantes. Ainda assim, há vantagens numa família de aparência tão consistente: não há dúvida de que todos são legítimos.


Ah, gentil leitor...Sua dedicada autora gostaria que fosse assim entre todas as grandes famílias...


CRÔNICAS DA SOCIEDADE DE LADY WHISTLEDOWN,


26 DE ABRIL DE 1813


— Aaaaaaaahhhhhhhhhh! — Blanca Saviñon amassou o jornal de apenas uma página numa bola e o atirou para o outro lado da elegante sala de estar.


Sua filha Dulce María foi sensata e não fez comentário algum. Fingiu estar concentrada em seu bordado.


— Você leu o que ela escreveu? — perguntou Blanca. — Leu?


Dulce olhou para a bola de papel, agora embaixo de uma mesa de canto de mogno.


— Não tive a oportunidade de ler antes de você, hã, terminar.


— Leia, então! — gritou ela, agitando o braço no ar de forma dramática. — Veja como aquela mulher nos difamou!


Dulce largou calmamente o bordado e pegou o jornal amassado embaixo da mesinha. Esticou a folha no colo e teu o texto sobre a família. Piscou algumas vezes, depois ergueu o olhar.


— Não é tão ruim, mãe. Na verdade, é uma bênção comparado ao que ela escreveu sobre os Featheringtons na semana passada.


— Como posso conseguir um marido para você com essa mulher difamando seu nome?


Dulce María se obrigou a respirar fundo. Depois de quase duas temporadas em Londres, a simples menção da palavra “marido” era suficiente para fazer sua cabeça latejar. Ela queria se casar, de fato queria, e não estava sequer sonhando com um amor verdadeiro. Mas desejar um marido por quem tivesse ao menos um pouco de afeição era pedir muito?


Até então, quatro homens haviam pedido sua mão, mas quando pensara em viver o resto de seus dias na companhia de qualquer um deles, Dulce simplesmente não conseguiu aceitar. Havia vários cavalheiros que ela acreditava que poderiam ser maridos razoáveis, mas o problema era que nenhum deles estava interessado nela. Ah, eles gostavam dela. Todo mundo gostava dela. Todos a achavam divertida, gentil e bem-humorada. Nenhum deles a considerava feia, mas também não ficavam hipnotizados por sua beleza, sem fala diante de sua presença, nem inspirados a compor poemas em sua homenagem.


Os homens — pensava ela com desagrado — estavam interessados apenas em mulheres que os amedrontavam. Ninguém parecia inclinado a cortejar alguém como ela. Todos a adoravam, ou ao menos era o que diziam, porque ela era muito simpática e parecia entendê-los.


Certa vez, um dos homens que Dulce María julgara que poderia ser um marido aceitável dissera: “Por Deus, Dul, você não é como a maioria das mulheres. Você é absolutamente normal.” Ela poderia ter considerado isso um elogio, se ele não tivesse saído para correr atrás da beldade loira mais recente.


Dulce olhou para baixo e percebeu que estava com o punho cerrado. Então ergueu os olhos e se deu conta de que a mãe a encarava, sem dúvida esperando que ela dissesse alguma coisa. Como já havia suspirado, Dulce María pigarreou e afirmou:


— Tenho certeza de que essa coluninha de Lady Whistledown não vai prejudicar minhas chances de encontrar um marido.


— Dulce, já faz dois anos!


— E ela escreve há apenas três meses, de modo que não vejo como a culpa possa ser dela.


— Posso culpar quem eu quiser — resmungou Blanca.


As unhas de Dulce María feriram as palmas de suas mãos enquanto ela se esforçava para conter as palvras. Sabia que no fundo a mãe tinha apenas as melhores intenções, que a amava. E o amor era recíproco. Na verdade até Dulce chegar à idade de ser desposada, Blanca com certeza havia sido a melhor das suas mães. Ainda era, quando não estava desesperada pelo fato que, depois de Dulce, tinha mais três filhas para casar.


Blanca pousou delicadamente a mão no peito.


— Ela disse infâmias sobre sua linhagem.


— Não — afirmou Dulce, com certa cautela. Era sempre aconselhável ter cuidado o contradizer a mãe. — Na verdade, o que ela disse foi que não poderia haver dúvida de que somos legítimos. Isso é mais do que se pode dizer da maioria das grandes famílias da sociedade.


— Ela não deveria sequer ter mencionado isso — falou Blanca, torcendo o nariz.


— Mamãe, ela escreve um jornal sensacionalista. Faz parte do trabalho dela falar desse tipo de coisa.


— Ela nem sequer é uma pessoa de carne e osso — acrescentou Blanca, irritada. Pousou as mãos nos quadris estreitos então mudou de ideia e sacudiu o dedo no ar. — Whistledown, rá! Nunca ouvi falar de nenhum Whistledown. Quem quer que seja essa mulher perversa, duvido que seja uma de nós. Como se alguém de berço fosse escrever mentiras tão ferinas...


— É claro que ela é uma de nós — disse Dulce María, com ar divertido — Se não fosse menbro da sociedade, não teria conhecimento do tipo de notícia que dá. A senhora acha que ela é uma espécie de impostora, que espia através de janelas e escuta atrás de porta?


— Não estou gostando do seu tom, Dulce María Saviñon — advertiu Blanca, estreintando os olhos.


A jovem tentou conter uma risada. “Não estou gostando do seu tom” era a resposta padrão de sua mãe quando um dos filhos estava ganhando uma discussão.


Mas era muito divertido provocá-la.


— Eu não me supreenderia — falou, virando a cabeça de lado — se Lady Whistledown fosse uma de suas amigas.


— Dobre a sua língua, Dulce María. Nenhum amiga minha chegaria a um nível tão baixo.


— Muito bem — admitiu —, provavelmente não é uma delas. Mas tenho certeza que é alguém que conhecemos. Nenhum intruso jamais conseguiria as informações que ela tem.


Blanca cruzou os braços.


— Eu gostaria de acabar com ela de uma vez por todas.


— Se é isso que deseja, não deveria apoiá-la comprando o jornal. — Dulce não resistiu à observação.


— E de que isso me serviria? — questionou a mulher. — Todo mundo lê. Meu boicotezinho insignificante não faria nada além de me deixar com cara de boba quando todos estiverem rindo do último mexerico.


Isso era verdade, Dulce pensou. A alta sociedade de Londres em peso lia as crônicas de Lady Whistledown. O misterioso jornal chegara à solera da porta de todas as pessoas importantes da cidade três meses antes. Ao longo de duas semanas, fora entregue invariavelmente às segundas, quartas e sextas-feiras. E então, na terceira segunda-feira, quando os mordomos de todas as famílias de prestígio esperavam pelo entregador, descobriram que cada exemplar do periódico de fofocas estava sendo vendido pela exorbitante quantia de cinco pennies.


Dulce María sentia-se obrigada a admirar a inteligência da fictícia Lady Whistledown. Quando começou a cobrar pelas fofocas, toda a sociedade estava viciada. Todos entregavam suas moedas e, em algum lugar, uma mulher intrometida estava ficando muito rica.



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Autor(a): ny.carol

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Enquanto Blanca andava de um lado para o outro bufando por conta daquela “terrível ofensa” contra a sua família, Dulce deu uma olhada para ter certeza de que sua mãe não estava prestando atenção nela e começou a ler o restante do jornal. O Whistledown — como a publicação passou a ser chamada &md ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • alice_dul7_vondy1 Postado em 30/08/2014 - 23:14:12

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaa pfvr

  • camilla_gabriel Postado em 30/08/2014 - 14:38:17

    Oii, leitora nova amando,

  • alice_dul7_vondy1 Postado em 30/08/2014 - 07:59:12

    q susto pensei q chris era mudo com q um homen desse q q uma criançao fassa coisa de adulto

  • gigi_rbd Postado em 24/08/2014 - 09:16:04

    oi,sou leitora nova ja estou amando.continua


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