Fanfics Brasil - Capítulo 1 ~ Parte III O duque e eu ~ Adaptada

Fanfic: O duque e eu ~ Adaptada | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 1 ~ Parte III

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Naquele exato momento, Christopher Uckermann, o novo duque de Hastings — assunto da conversa de Blanca e Dulce María —, estava sentado no White’s. Sua companhia era ninguém menos que Alfonso Saviñon, o irmão mais velho de Dulce María. Os dois formavam uma dupla formidável, ambos altos e fortes, com cabelos bem fartos e olhos extraordinariamente penetrantes.


Tinham sido eses olhos, mais do que qualquer coisa, que haviam conferido a Christopher sua reputação de homem importante e influente. Quando encarava alguém com firmeza e determinação, a pessoa se sentia desconfortável se dosse homem e estremecia se fosse mulher.


Mas não Alfonso. Os dois se conheciam havia anos, e o rapaz apenas ria quando Christopher levantava uma sobracelha e lançava seu olhar gelado para ele.


— Nem tente. Já vi você com a cabeça enfiada num penico — dissera-lhe Alfonso certa vez. — Desde então ficou difícil levá-lo a sério.


— Sim, mas, se não me falha a memória, era você quem estava me segurando sobre aquele receptáculo perfumado — respondera o amigo.


— Um dos meus melhores momentos, sem dúvida. Mas você teve sua vingança na noite seguinte, na forma de uma dúzia de enguias na minha cama.


Christopher se permitiu sorrir ao lembrar tanto o incidente quanto a conversa sobre ele. Alfonso era um bom amigo, exatamente do tipo com que um homem gostaria de contar em caso de necessidade. Havia sido a primeira pessoa que Christopher procurara ao retornar à Inglaterra.


— Que bom que você voltou, Clyvedon — disse Alfonso depois que os dois se sentaram no White’s. — Ah, imagino que você prefira que eu lhe chame de Hastings agora.


— Não — afirmou Christopher de forma categórica. — Hastings será sempre meu pai. Ele nunca atendeu por qualquer outro nome. — fez uma pausa. — Assumirei o título dele, se for obrigado a isso, mas não usarei seu nome.


— Se for obrigado a isso? — Alfonso arregalou os olhos. — A maioria dos homens não pareceria tão conformada diante da perspectiva de receber um ducado de herança.


Christopher passou a mão pelos cabelos claros. Sabia que deveria cuidar de seu direito de nascença e exibir um orgulho incontestável pela história cheia de glórias da família Uckermann, mas a verdade era que tudo aquilo o deixava mal. Passara a vida inteira sem corresponder às expectativas do pai. Agora parecia ridículo tentar ficar à altura do nome dele.


 — Esse título é um fardo maldito, isso sim — resmungou ele por fim.


— É melhor você se acostumar — disse Alfonso de forma pragmática. — Porque é como todos irão chamá-lo.


Christopher sabia que era verdade, mas duvidava que o nome algum dia lhe caíssem bem.


— De qualquer forma — acrescentou Alfonso, respeitando a privacidade do amigo ao não insistir num tema que claramente o deixava desconfortável —, estou contente por ter você de volta. Tavez enfim tenha alguma paz de próxima vez que acompanhar minha irmã a um baile.


Christopher recostou-se e cruzou as pernas longas e musculosas.


— Que comentário intrigante.


Alfonso ergueu uma sobrancelha.


— Um comentário que você tem certeza que eu explicarei?


— Mas é claro.


— Eu deveria deixá-lo descobrir por si mesmo, mas nunca fui um homem cruel.


Christopher riu.


— Diz o homem que enfiou minha cabeça num penico.


Alfonso descartou o comentário com um aceno.


— Eu era jovem — justificou-se.


— E agora é um exemplo de maturidade e decoro?


Alfonso sorriu.


— Isso mesmo.


— Então me diga — continuou Christopher —, como exatamente eu tornarei sua existência tão mais tranquila?


— Imagino que você esteja planejando assumir seu lugar na sociedade.


— Imaginou errado.


— Mas está pensando em ir ao baile de Lady Danburry, esta semana — argumentou Alfonso.


— Apenas porque adoro aquela senhora. Ela diz o que pensa e... — Christopher semicerrou os olhos.


— E? — perguntou Alfonso.


Christopher balançou a cabeça.


— Nada. É só que ela foi muito gentil comigo quando eu era criança. Passei alguns feriados escolares na casa dela com Riverdale, seu sobrinho.


Alfonso assentiu.


— Sei. Então você não tem intenção de entrar para a sociedade. Estou impressionado com sua determinação. Mas deixe-me lhe dar um aviso: mesmo que não queira participar dos eventos sociais, elas vão encontrar você.


Christopher, que estava no meio de um gole de conhaque, engasgou com a tensão no rosto de Alfonso quando ele disse “elas”. Depois de alguns instantes tossindo, enfim conseguiu perguntar:


— Por favor me diga: quem são “elas”?


Alfonso estremeceu.


— As mães.


— Como não tive uma, não sei se entendo o que quer dizer.


— As mães da sociedade, seu tolo. Aqueles dragões cuspidores de fogo que têm filhas em idade de casar, que Deus no ajude. Você pode fugir, mas é impossível se esconder delas. E devo alertá-lo que a minha é a pior de todas.


— Minha nossa... E eu pensando que a África era perigosa.


Alfonso lançou um olhar de pena ao amigo.


— Elas caçarão você. E quando o encontrarem, você se verá preso a um diálogo com uma moça pálida vestida de branco que não consegue falar sobre nada além do clima, clubes de debutantes e fitas de cabelo.


Uma expressão animada tomou conta do rosto de Christopher.


— Suponho, então, que durante minha estada no exterior você tenha se tornado um cavalheiro elegível.


— Não por vontade própria, posso lhe garantir. Se dependesse de mim, eu fugiria de eventos sociais como o diabo foge da cruz. Mas minha irmã debutou ano passado e sou obrigado a acompanhá-la de vez em quando.


— Dulce María?


Alfonso olhou para o amigo, surpreso.


— Vocês já se conhecem?


— Não — admitiu Christopher — Mas me recordo das cartas que ela mandava para você na escola. E lembrei que era a quarta dos filhos, de modo que seu nome teria que começar com D, e...


— Ah, sim — interrompeu Alfonso, revirando levemente os olhos. — O método Saviñon de batizar os filhos. Uma garantia para ninguém se esqueça de quem são eles.


Christopher riu.


— Funcionou, não foi?


— Escute, Christopher — falou Alfonso de repente, inclinando-se para a frente. — Prometi à minha mãe que jantaria na Casa Saviñon esta semana, com a família. Por que não vai comigo?


O rapaz levantou a sobrancelha.


— Você não acabou de me alertar sobre as mães da sociedade e suas filhas debutantes?


Alfonso riu.


— Farei com que minha mãe se comporte. E não se preocupe com Dul. Ela é a exceção que comprova a regra. Você gostaraá muito dela.


Christopher estreitou os olhos. Alfonso estava bancando o casamenteiro? Não tinha como dizer.


Como se lesse seus pensamentos, Alfonso riu.


— Meu Deus, você não acha que estou tentando juntar você e Dulce, acha?


Christopher não disse nada.


— Vocês nunca dariam certo — completou — Você é muito taciturno para o gosto dela.


O rapaz achou o comentário estranho, mas em vez de falar sobre isso preferiu perguntar:


— Então ela recebeu alguma proposta?


— Algumas. — Alfonso bebeu o restante do conhaque e suspirou com satisfação. — Eu permiti que ela recusasse todas.


— Muito benevolente de sua parte.


O jovem deu de ombros.


— Talvez seja muito, hoje em dia, querer se casar por amor, mas não vejo por que ela não deva ser feliz com o marido. Recebemos propostas de um home com idade para ser o pai dela, de outro com idade para ser irmão mais novo do pai dela, de um que era arrogante demais na opinião de nosso barulhento clã e esta semana, meu Deus, foi pior!


— O que aconteceu? — perguntou Christopher, curioso.


Alfonso esfregou as têmporas.


— Este último era bastante agradável, mas de raciocínio meio lento. Era de esperar que depois dos nossos dias de libertinagem eu estaria completamente insensível...


— Mesmo? — perguntou Chistopher com um sorriso diabólico? — Era de esperar?


Alfonso repreendeu-o com o olhar.


— Não gostei muito de partir o coração do pobre coitado.


— Há, não foi Dulce María quem fez isso?


— Sim, mas fui eu quem deu a notícia a ele.


— Não há muitos homens que permitam às irmãs tamanha liberdade em relação a suas propostas de casamento — disse Christopher, baixinho.


Alfonso apenas deu de ombros novamente, como se não pudesse se imaginar tratando Dulce de qualquer forma.


— Ela é uma boa irmã. É o mínimo que eu posso fazer.


— Mesmo que signifique levá-la ao Clube Almack’s? — desafiou Christopher.


Alfonso resmungou.


- Mesmo assim.


— Eu o consolaria dizendo que tudo estará terminado em breve, mas você tem, o quê, outras três irmãs esperando para debutar?


Alfonso se afundou na cadeira.


— Eloise daqui a dois anos e Francesca daqui a três. Mas depois terei um pouco de paz até chegar a vez de Hyacinth.


Christopher riu.


— Não invejo as suas responsabilidades nesse aspecto.


Mas, ao dizer isso, experimentou um desejo estranho e se perguntou como seria não se sentir tão sozinho no mundo. Não tinha planos para começar a própria família, mas quem sabe se tivesse uma, para início de conversa, sua vida não teria sido diferente.


— Então você irá comigo? — perguntou Alfonso, se levantando. — Será um jantar informal, é claro. Nunca fizemos refeições formais quando estamos apenas em família.


Christopher tinha muito a fazer nos dias seguintes, mas antes que pudesse lembrar a si mesmo que precisava se organizar, pegou-se dizendo:


— Eu adoraria.


— Ótimo. Nos encontramos na festa de Lady Danbury antes?


Christopher estremeceu.


— Não se eu puder evitar. Meu objetivo é entrar e sair em menos de meia hora.


— Você realmente acha que vai conseguir ir à festa, cumprimentar Lady Danbury e ir embora? — perguntou Alfonso, erguendo uma sobrancelha.


Christopher assentiu de forma contundente e direta.


Mas a gargalhada de Alfonso não foi muito reconfortante.




Finalmente, estou de volta. Espero que estejam todos por aí e a espera de novos capítulos, porque é isso que vamos ter!


xx.



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Autor(a): ny.carol

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • alice_dul7_vondy1 Postado em 30/08/2014 - 23:14:12

    continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaa pfvr

  • camilla_gabriel Postado em 30/08/2014 - 14:38:17

    Oii, leitora nova amando,

  • alice_dul7_vondy1 Postado em 30/08/2014 - 07:59:12

    q susto pensei q chris era mudo com q um homen desse q q uma criançao fassa coisa de adulto

  • gigi_rbd Postado em 24/08/2014 - 09:16:04

    oi,sou leitora nova ja estou amando.continua


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