Fanfics Brasil - Capítulo 03 - II • Um Romance Inesquecível - Ponny - Adaptada

Fanfic: • Um Romance Inesquecível - Ponny - Adaptada | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 03 - II

558 visualizações Denunciar


Havia algo acontecendo com o marido, pensou ele.


                Ao vê-la em silêncio, ele perguntou:


                – E então, agora que te contei as informações que tenho, pode me falar quais são as suas?


                Houve uma pausa prolongada. Ela estendeu uma mão até a janela e a apoiou no vidro. Suas unhas estavam impecavelmente limpas e aparadas, mas sem esmalte. Aquilo foi outra surpresa, mas fez todo o sentido. Ela também não tinha exagerado na maquiagem.


                Quando finalmente virou-se para olhá-lo, seu rosto estava cuidadosamente coberto por uma expressão de tranquilidade. Aquela era uma bela tentativa de fingir, pensou ele enquanto desviava o olhar para o gracioso traço do pescoço dela. A condessa levou a mão esguia até o pescoço e mexeu no colar, como se tivesse sentido os olhos dele sobre a sua pele.


                Havia elegância e delicadeza na maneira como ela se movia. Ficou surpreso ao se dar conta do quanto aquilo lhe parecia atraente. Quando ela começou a falar novamente, sua voz estava demarcada por um senso de urgência e ele sabia que ela lhe contaria tudo. Ou quase tudo.


                – Percebi há três semanas que estava sendo seguida. Foi logo depois da morte do meu pai. Eu estava caminhando até o Puente Building, já tinha escurecido e pensei ter visto alguém atrás de mim. Quando saí do prédio uma hora depois, havia uma pessoa do outro lado da rua. Esperando por mim.


                As palavras de Anahí foram ditas com rapidez e nervosismo, como se estivessem sendo despejadas, e ele pensou que muito provavelmente ela guardava aquilo para si na maior parte do tempo. E mantendo toda aquela beleza, sem dúvida.


                – Era um homem ou uma mulher?


                – Não consegui identificar muito bem. Mas creio que era um homem.


                – E como você sabe que a pessoa estava esperando por você?


                – Porque quando cheguei no carro, ele foi embora. Para ser sincera, poderia ter sido apenas um paparazzo. Eles estão Loucos para me pegarem em um momento de luto e tristeza.


                – Mas no fundo você não acredita que era um fotógrafo, não é?


                – Ele não tirou nenhuma foto. E, alguns dias depois, tenho certeza de que o meu carro foi seguido. Estava indo para Newport com as cinzas do meu pai. Foi meu motorista quem percebeu primeiro. Havia um carro sedan branco atrás de nós, no caminho até Connecticut.


                As mãos da condessa se ocuparam com seu relógio; ela brincava com o acessório, abrindo-o e fechando-o, abrindo-o e fechando-o, fazendo um pequeno ruído a cada movimento. Ele imaginou que, por debaixo daquela pele delicada, ela gritava por dentro.


                – Mais uma vez, disse para mim mesma que deveria ser a imprensa, que a informação de que estávamos levando o meu pai para descansar tinha vazado. Havia fotógrafos no cemitério e vi um sedan branco do lado de fora dos portões.


                – Mas ainda assim, você continuou se sentindo ameaçada.


                Ela assentiu, com relutância.


                – E ainda continuo. Quando saio de um restaurante sempre vejo alguém atrás de mim, escondido em algum canto. Saio para trabalhar e, juro, vejo alguém na rua. Ontem de manhã, quando saí do prédio, acredito que havia alguém na esquina.


                A condessa fez uma pausa e olhou para o lago. Ela franziu as sobrancelhas, comprimindo a pele da testa. Ela está procurando por respostas, pensou ele. Herrera tinha visto o mesmo olhar questionador em pessoas que sentiam que suas vidas estavam fugindo do próprio controle.


                Subitamente, Herrera sentiu que deveria dizer algo. Ele não era muito bom em demonstrar empatia, especialmente com mulheres que sabiam que suas vidas estavam correndo perigo. Emoções não eram a sua especialidade. Ele era bom em salvar vidas, não em oferecer apoio, mas havia algo nela que lhe parecia único e valioso. A condessa não era uma mulher histérica que fingia ter medo para chamar atenção. Ela estava com medo, estava verdadeiramente assustada, mas ainda assim mantinha a cabeça erguida, tentando fazer tudo o que podia para se manter forte.


                Herrera ficou fascinado com a demonstração de disposição, especialmente considerando que ela estava nervosa.


                A condessa respirou fundo e virou-se na direção dele, dizendo:


                – A polícia me ligou na manhã seguinte após o corpo de Vick ter sido encontrado. Eles me fizeram diversas perguntas.


                Herrera voltou a pensar nos acontecimentos daquela noite. Ele lembrou-se da expressão de sofrimento de Alfred Alston no momento em que o embaixador chegou, quando estava sentado ao lado de uma cadeira vazia. A esposa de Alston nunca conseguiu chegar porque os seus planos para aquela noite tinham sido interrompidos por uma tragédia. Em vez de aproveitar o jantar e participar dos bate-papos descontraídos e agradáveis do dignitário internacional, a mulher passou a noite lutando contra o seu assassino e sangrando até a morte, cercada por encantadoras obras de arte e valiosos artigos de antiguidade, que não puderam salvá-la.


                Segundo a polícia, a identidade do assassino era um mistério e a motivação do crime era desconhecida. A única peça real de evidência tinha sido o artigo de jornal encontrado junto ao corpo dela. Não era preciso ser um gênio para saber que logo o assassino atacaria novamente.


                – O que o seu marido diz a respeito de tudo isso? – indagou Herrera.


                Ela comprimiu os músculos faciais e permaneceu em silêncio, como se estivesse tentando formular uma resposta.


                – Condessa, onde está o seu marido?


                Ela tencionou os músculos do corpo.


                – Na Europa.


                – E quando ele volta?


                Houve uma pausa.


                – Isso é relevante?


                – O homem é casado com você. Na verdade, me surpreendo por ele não estar aqui hoje. A maioria dos maridos não se sente bem diante da possibilidade da esposa ser a próxima na lista de um assassino.


                – Ele é um homem muito ocupado. Não quero incomodá-lo – ela desviou os olhos.


                Herrera estreitou o olhar.


                – E por que a polícia não sabe que você está sendo seguida? Você também não queria incomodá-los?


                Ela recomeçou a mexer em seus anéis.


                – Como você sabia que…


                – Meus companheiros do distrito policial foram muito atenciosos e demonstraram muita disposição em me contar o que eles sabiam sobre você. Eles não me contaram que você estava sendo perseguida – explicou ele, com frieza. – Por que guardar isso com você?


                Ela deu de ombros.


                – Pelo o que sei, quanto menos eu disser à polícia, melhor. Vazamento de informações acontece, e estou cansada de ir para as primeiras páginas dos jornais há duas semanas sem parar. A última coisa que preciso agora é me expor com alguma paranoia sobre a possibilidade de assassinato.


                – Então você prefere aparecer morta nos jornais?


                Ela envolveu os braços ao redor do próprio corpo.


                – Isso é uma coisa dura de se falar.


                Impaciente, Herrera passou uma mão pelos cabelos. Surpreendeu-se com o quão frustrado ele estava com ela.


                – Sinto muito.


                 – Obrigada – a condessa pigarreou. – Como eu disse antes, não tenho certeza se preciso de você… de seus serviços. Temos a nossa própria força de segurança no Puente Building e com uma simples ligação tenho pessoas à disposição dia e noite. De qualquer forma, tenho certeza de que tudo isso vai passar.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): barbieruiva

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

               – Não, você não tem.                 Ela arregalou os olhos novamente.                 – Não me diga o que eu penso.   & ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • beca Postado em 12/11/2014 - 16:41:56

    Sumiu?

  • barbieruiva Postado em 11/09/2014 - 09:27:02

    Olá meninas, estão gostando? Leitores fantasmas, apareçam :(

  • barbieruiva Postado em 04/09/2014 - 10:11:52

    Oii Beca, fico feliz que esteja gostando! Seja bem-vinda! Vou postar :)

  • beca Postado em 04/09/2014 - 08:49:09

    Leitora nova continua

  • iza2500 Postado em 22/08/2014 - 16:34:16

    amando a fic, amei o beijo de los A <3, postaaaaaaaaaa mais!!!!!!

  • barbieruiva Postado em 22/08/2014 - 14:16:52

    Olá Iza, seja bem-vinda! Vou postar sim, essa história é super bacana!Creio que vai adorar ;) Obg por comentar!

  • iza2500 Postado em 22/08/2014 - 11:52:11

    Continuaaaaaaaaaaaaa...


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais