Fanfics Brasil - Capítulo 03 - III • Um Romance Inesquecível - Ponny - Adaptada

Fanfic: • Um Romance Inesquecível - Ponny - Adaptada | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 03 - III

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               – Não, você não tem.


                Ela arregalou os olhos novamente.


                – Não me diga o que eu penso.


                – Então seja sincera comigo e eu não terei de fazer isso.


                A condessa empinou um pouco mais o queixo.


                Diante do desejo de intimidá-la e de convencê-la de que deveria contratá-lo, Herrera perguntou a si mesmo o que ele estava fazendo. Não era da conta dele se ela fosse assassinada. O fato de que ele estava até mesmo acalentando a ideia dela se proteger lhe causou irritação. Por que diabos ele se importaria?


                Herrera ficou de pé e começou a caminhar para fora da sala.


                – Para onde você está indo?


                Ele respondeu olhando por cima do próprio ombro.


                – Apesar de saber do artigo que foi encontrado junto ao corpo da mulher assassinada e de admitir que está sendo perseguida, você não está pronta para levar isso a sério. Não foi sincera com a polícia e sabe que não está sendo totalmente honesta comigo. Além disso, você diz que nem tem certeza de que quer ajuda. Não temos mais nada para conversar.


                – Então você está indo embora? É isso? – ela começou a segui-lo enquanto ele se dirigia até o Puente de entrada da casa.


                – Não vou falar sobre como você deve se proteger. Mas vou te fornecer uma previsão gratuitamente. Uma dessas duas coisas vai acontecer: você vai cair na real e me chamar ou então vai se machucar. É a sua vida que está em jogo e você tem o direito de escolha.


                A voz da condessa estava tensa quando ela estendeu a mão e tocou o braço dele.


                – Você acha que isso é sério?


                Ele olhou para a mão dela e em seguida para seus olhos. Ela se afastou abruptamente.


                – É você que não consegue dormir à noite.


                – Como você sabe que não estou conseguindo dormir?


                – Experiência.


                Ele enfiou a mão no bolso de trás. Com o gesto, seu paletó se abriu. Ele percebeu que ela olhou para a arma que ele portava e achou que ela ficou apreensiva.


                – Aqui está o meu cartão – ele rabiscou um número no verso. – Este é meu celular.


                Ela pegou o cartão da mão dele.


                – Você vai vir se eu ligar?


                – Talvez – ele deu de ombros.


                – Mas e se eu precisar de você?


                – A vida é minha e devo escolher quem precisa de mim.


                Ela olhou novamente para o cartão. Ficou com a boca entreaberta, como se fosse dizer algo, mas então mexeu os ombros, resignada.


                – Parece justo – quando seus olhos encontraram os dele, seu queixo delicado ficou empinado novamente, cheio de determinação. – Acho que isso é um adeus.


                Ao olhar fixamente para os olhos dela, ele teve a sensação de que ela moveria céus e terras para não ter de ligar para ele.


                Ainda bem que Herrera não levou aquilo para o lado pessoal.


                – Até logo, condessa – ele abriu a porta da frente e saiu em direção à luz do sol de outono.


                – Você me beijou apenas porque estava com raiva, não é?


                As palavras, suaves e ditas em baixo tom, fizeram-no parar imediatamente. Ele não esperava que ela trouxesse à tona o que havia acontecido entre eles de forma alguma, muito menos de uma forma tão direta.


                Herrera voltou-se para ela. O brilho tênue da luz do sol resplandecia sobre o rosto dela como uma cascata, realçando as maçãs do rosto e a curva delicada dos seus lábios. Seus fios de cabelo loiro também resplandeciam.


                – Sim, eu estava com raiva.


                – Foi o que pensei – uma insegurança curiosa invadiu a expressão dela, algo que ele não pôde compreender. – Obrigada por ter sido sincero.


                Bem, ele tinha sido quase totalmente sincero. A parte que ele continuou a beijá-la porque não conseguia parar, manteve guardada consigo mesmo.


                Então ficou claro para ele.


                 – Isso não vai acontecer de novo se eu trabalhar com você – disse ele, irritado. Esse foi um tipo de aviso que ele nunca havia feito antes.


                Ela assentiu.


                – Nunca mais?


                – Nunca mais – aborrecido, ele sorriu diante da hesitação dela.


                Se ao menos ela soubesse quão pouco ela teria de se preocupar… Ele tinha a reputação de ter a cabeça fria e o coração frio. Não, querida boneca Barbie, por mais bonita que você seja, não vai mudar isso. Nem ele.


                A condessa ficou parada na porta. Nem dentro, nem fora da casa.


                – Tem mais alguma coisa que esteja te preocupando? – perguntou ele diretamente. – Você quer as minhas referências ou algo do gênero?


                Ela sacudiu a cabeça enquanto olhava para o cartão de visitas dele.


                – Não, não preciso de referências. Sei que você é o melhor porque Chistopher Uckermann diz que você é. E a maneira como você se comporta demonstra que você não é nada menos que isso.


                Pelo menos isso ela entendeu.


                Herrera fez uma pausa.


                – Cuide-se – disse ele ao se afastar.


                – Onde você mora?


                – Desculpe? – ele voltou-se para ela. Na verdade, Herrera olhou a condessa.


                Estava pronto para ir embora, ansioso para deixá-la para trás. Ele não estava acostumado a responder perguntas pessoais. Geralmente, seus clientes estavam tão envolvidos com os seus próprios problemas que sua vida pessoal nunca era trazida à tona. Essa era uma das coisas que ele mais gostava em sua profissão.


                Ela encolheu os ombros.


                – Só queria saber para onde você está indo.


                – Estou indo embora. E isso é tudo de que você precisa saber.


                Então ele caminhou a passos largos até seu carro.


   


                Anahí observou Herrera entrando em um SUV preto e partindo em seguida. Depois que o carro saiu, a poeira da estrada de terra subiu formando uma névoa de pó no ar. A condessa olhou para o cartão de visitas uma vez mais. Era feito de um papel branco grosso e as letras estavam gravadas com tinta preta.


                Black Watch Ltda. Havia um número no canto inferior esquerdo, mas sem o endereço.


                Ela virou o cartão e olhou para os números que ele havia escrito no verso com uma caligrafia ousada. Passou a ponta dos dedos sobre eles.


                Anahí não tinha a intenção de contar tudo a ele. Queria que aquele encontro tivesse sido rápido e amigável, que não tivesse se transformado naquilo. Ela sorriu friamente. Não havia nada de rápido nem de amigável em Alfonso Herrera.


                E certamente ela não tinha a intenção de trazer o beijo à tona. Aquelas palavras saltaram para fora de sua boca, um deslize traiçoeiro da língua. Foi uma pergunta estúpida. Será que ela realmente esperava que ele dissesse que tinha beijado-a porque ela era irresistível?


                Afinal de contas, ele era um dos homens mais agressivos e selvagens que ela já tinha visto, por mais fortes que fossem. Diabos! Ele parecia capaz de mastigar aço e cuspir pregos. Obviamente ele desejava uma mulher atraente para complementar aquela virilidade. Alguém que fosse extremamente feminina. Alguém que pudesse se deitar de costas, nua, pronta, esperando por ele e provocando-o com toda sexualidade dela. Alguém que se transformasse em uma pessoa selvagem e enGastãoquecida enquanto fazia amor.


                E não uma mulher embrulhada e piegas, muito menos uma que fosse o modelo da sociedade civilizada.


                A frustração recobriu seu estômago.


                Esqueça-o, disse para si mesma. Esqueça-o.


                Anahí segurou a maçaneta de bronze e jogou o peso do próprio corpo para fechar a porta pesada. Ao entrar na casa, ela olhou pela última vez para a nuvem de poeira que flutuava sobre o ar na estrada, como se fosse uma promessa das coisas que viriam.


 
 Nome da empresa estatal e federal de transporte ferroviário dos Estados Unidos. (N.T.) 



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Autor(a): barbieruiva

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                 Na semana seguinte, Anahí estava no antigo escritório do seu pai revendo a lista de convidados do baile de gala anual da Puente Foundation quando o interfone tocou suavemente. Ela fez um movimento corporal abrupto e a caneta deslizou pelo papel.           ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



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  • beca Postado em 12/11/2014 - 16:41:56

    Sumiu?

  • barbieruiva Postado em 11/09/2014 - 09:27:02

    Olá meninas, estão gostando? Leitores fantasmas, apareçam :(

  • barbieruiva Postado em 04/09/2014 - 10:11:52

    Oii Beca, fico feliz que esteja gostando! Seja bem-vinda! Vou postar :)

  • beca Postado em 04/09/2014 - 08:49:09

    Leitora nova continua

  • iza2500 Postado em 22/08/2014 - 16:34:16

    amando a fic, amei o beijo de los A <3, postaaaaaaaaaa mais!!!!!!

  • barbieruiva Postado em 22/08/2014 - 14:16:52

    Olá Iza, seja bem-vinda! Vou postar sim, essa história é super bacana!Creio que vai adorar ;) Obg por comentar!

  • iza2500 Postado em 22/08/2014 - 11:52:11

    Continuaaaaaaaaaaaaa...


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