Fanfic: • Um Romance Inesquecível - Ponny - Adaptada | Tema: Rebelde
– Não, você não tem.
Ela arregalou os olhos novamente.
– Não me diga o que eu penso.
– Então seja sincera comigo e eu não terei de fazer isso.
A condessa empinou um pouco mais o queixo.
Diante do desejo de intimidá-la e de convencê-la de que deveria contratá-lo, Herrera perguntou a si mesmo o que ele estava fazendo. Não era da conta dele se ela fosse assassinada. O fato de que ele estava até mesmo acalentando a ideia dela se proteger lhe causou irritação. Por que diabos ele se importaria?
Herrera ficou de pé e começou a caminhar para fora da sala.
– Para onde você está indo?
Ele respondeu olhando por cima do próprio ombro.
– Apesar de saber do artigo que foi encontrado junto ao corpo da mulher assassinada e de admitir que está sendo perseguida, você não está pronta para levar isso a sério. Não foi sincera com a polícia e sabe que não está sendo totalmente honesta comigo. Além disso, você diz que nem tem certeza de que quer ajuda. Não temos mais nada para conversar.
– Então você está indo embora? É isso? – ela começou a segui-lo enquanto ele se dirigia até o Puente de entrada da casa.
– Não vou falar sobre como você deve se proteger. Mas vou te fornecer uma previsão gratuitamente. Uma dessas duas coisas vai acontecer: você vai cair na real e me chamar ou então vai se machucar. É a sua vida que está em jogo e você tem o direito de escolha.
A voz da condessa estava tensa quando ela estendeu a mão e tocou o braço dele.
– Você acha que isso é sério?
Ele olhou para a mão dela e em seguida para seus olhos. Ela se afastou abruptamente.
– É você que não consegue dormir à noite.
– Como você sabe que não estou conseguindo dormir?
– Experiência.
Ele enfiou a mão no bolso de trás. Com o gesto, seu paletó se abriu. Ele percebeu que ela olhou para a arma que ele portava e achou que ela ficou apreensiva.
– Aqui está o meu cartão – ele rabiscou um número no verso. – Este é meu celular.
Ela pegou o cartão da mão dele.
– Você vai vir se eu ligar?
– Talvez – ele deu de ombros.
– Mas e se eu precisar de você?
– A vida é minha e devo escolher quem precisa de mim.
Ela olhou novamente para o cartão. Ficou com a boca entreaberta, como se fosse dizer algo, mas então mexeu os ombros, resignada.
– Parece justo – quando seus olhos encontraram os dele, seu queixo delicado ficou empinado novamente, cheio de determinação. – Acho que isso é um adeus.
Ao olhar fixamente para os olhos dela, ele teve a sensação de que ela moveria céus e terras para não ter de ligar para ele.
Ainda bem que Herrera não levou aquilo para o lado pessoal.
– Até logo, condessa – ele abriu a porta da frente e saiu em direção à luz do sol de outono.
– Você me beijou apenas porque estava com raiva, não é?
As palavras, suaves e ditas em baixo tom, fizeram-no parar imediatamente. Ele não esperava que ela trouxesse à tona o que havia acontecido entre eles de forma alguma, muito menos de uma forma tão direta.
Herrera voltou-se para ela. O brilho tênue da luz do sol resplandecia sobre o rosto dela como uma cascata, realçando as maçãs do rosto e a curva delicada dos seus lábios. Seus fios de cabelo loiro também resplandeciam.
– Sim, eu estava com raiva.
– Foi o que pensei – uma insegurança curiosa invadiu a expressão dela, algo que ele não pôde compreender. – Obrigada por ter sido sincero.
Bem, ele tinha sido quase totalmente sincero. A parte que ele continuou a beijá-la porque não conseguia parar, manteve guardada consigo mesmo.
Então ficou claro para ele.
– Isso não vai acontecer de novo se eu trabalhar com você – disse ele, irritado. Esse foi um tipo de aviso que ele nunca havia feito antes.
Ela assentiu.
– Nunca mais?
– Nunca mais – aborrecido, ele sorriu diante da hesitação dela.
Se ao menos ela soubesse quão pouco ela teria de se preocupar… Ele tinha a reputação de ter a cabeça fria e o coração frio. Não, querida boneca Barbie, por mais bonita que você seja, não vai mudar isso. Nem ele.
A condessa ficou parada na porta. Nem dentro, nem fora da casa.
– Tem mais alguma coisa que esteja te preocupando? – perguntou ele diretamente. – Você quer as minhas referências ou algo do gênero?
Ela sacudiu a cabeça enquanto olhava para o cartão de visitas dele.
– Não, não preciso de referências. Sei que você é o melhor porque Chistopher Uckermann diz que você é. E a maneira como você se comporta demonstra que você não é nada menos que isso.
Pelo menos isso ela entendeu.
Herrera fez uma pausa.
– Cuide-se – disse ele ao se afastar.
– Onde você mora?
– Desculpe? – ele voltou-se para ela. Na verdade, Herrera olhou a condessa.
Estava pronto para ir embora, ansioso para deixá-la para trás. Ele não estava acostumado a responder perguntas pessoais. Geralmente, seus clientes estavam tão envolvidos com os seus próprios problemas que sua vida pessoal nunca era trazida à tona. Essa era uma das coisas que ele mais gostava em sua profissão.
Ela encolheu os ombros.
– Só queria saber para onde você está indo.
– Estou indo embora. E isso é tudo de que você precisa saber.
Então ele caminhou a passos largos até seu carro.
Anahí observou Herrera entrando em um SUV preto e partindo em seguida. Depois que o carro saiu, a poeira da estrada de terra subiu formando uma névoa de pó no ar. A condessa olhou para o cartão de visitas uma vez mais. Era feito de um papel branco grosso e as letras estavam gravadas com tinta preta.
Black Watch Ltda. Havia um número no canto inferior esquerdo, mas sem o endereço.
Ela virou o cartão e olhou para os números que ele havia escrito no verso com uma caligrafia ousada. Passou a ponta dos dedos sobre eles.
Anahí não tinha a intenção de contar tudo a ele. Queria que aquele encontro tivesse sido rápido e amigável, que não tivesse se transformado naquilo. Ela sorriu friamente. Não havia nada de rápido nem de amigável em Alfonso Herrera.
E certamente ela não tinha a intenção de trazer o beijo à tona. Aquelas palavras saltaram para fora de sua boca, um deslize traiçoeiro da língua. Foi uma pergunta estúpida. Será que ela realmente esperava que ele dissesse que tinha beijado-a porque ela era irresistível?
Afinal de contas, ele era um dos homens mais agressivos e selvagens que ela já tinha visto, por mais fortes que fossem. Diabos! Ele parecia capaz de mastigar aço e cuspir pregos. Obviamente ele desejava uma mulher atraente para complementar aquela virilidade. Alguém que fosse extremamente feminina. Alguém que pudesse se deitar de costas, nua, pronta, esperando por ele e provocando-o com toda sexualidade dela. Alguém que se transformasse em uma pessoa selvagem e enGastãoquecida enquanto fazia amor.
E não uma mulher embrulhada e piegas, muito menos uma que fosse o modelo da sociedade civilizada.
A frustração recobriu seu estômago.
Esqueça-o, disse para si mesma. Esqueça-o.
Anahí segurou a maçaneta de bronze e jogou o peso do próprio corpo para fechar a porta pesada. Ao entrar na casa, ela olhou pela última vez para a nuvem de poeira que flutuava sobre o ar na estrada, como se fosse uma promessa das coisas que viriam.
Nome da empresa estatal e federal de transporte ferroviário dos Estados Unidos. (N.T.)
Autor(a): barbieruiva
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Na semana seguinte, Anahí estava no antigo escritório do seu pai revendo a lista de convidados do baile de gala anual da Puente Foundation quando o interfone tocou suavemente. Ela fez um movimento corporal abrupto e a caneta deslizou pelo papel. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 7
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beca Postado em 12/11/2014 - 16:41:56
Sumiu?
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barbieruiva Postado em 11/09/2014 - 09:27:02
Olá meninas, estão gostando? Leitores fantasmas, apareçam :(
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barbieruiva Postado em 04/09/2014 - 10:11:52
Oii Beca, fico feliz que esteja gostando! Seja bem-vinda! Vou postar :)
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beca Postado em 04/09/2014 - 08:49:09
Leitora nova continua
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iza2500 Postado em 22/08/2014 - 16:34:16
amando a fic, amei o beijo de los A <3, postaaaaaaaaaa mais!!!!!!
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barbieruiva Postado em 22/08/2014 - 14:16:52
Olá Iza, seja bem-vinda! Vou postar sim, essa história é super bacana!Creio que vai adorar ;) Obg por comentar!
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iza2500 Postado em 22/08/2014 - 11:52:11
Continuaaaaaaaaaaaaa...