Fanfic: • Um Romance Inesquecível - Ponny - Adaptada | Tema: Rebelde
Na semana seguinte, Anahí estava no antigo escritório do seu pai revendo a lista de convidados do baile de gala anual da Puente Foundation quando o interfone tocou suavemente. Ela fez um movimento corporal abrupto e a caneta deslizou pelo papel.
A voz de sua assistente soou abafada no viva-voz.
– O sr. Gastão está vindo para encontrá-la e tenho alguns papéis para você assinar.
Ótimo, pensou ela. Tudo que ela precisava era de outro encontro com aquele homem. Todas as vezes em que eles conversavam, a relação se deteriorava ainda mais.
– Venha antes que ele chegue.
Anahí mexeu no lenço da Hermès que usava no pescoço. Ao afrouxar o nó e perceber que ainda assim se sentia amarrada, ela puxou o lenço e o arrancou. As cores tangerina e amarela do tecido formaram um tom vibrante sobre a escrivaninha.
Ela estava ficando enjoada e cansada de fugir daquilo o tempo todo. Os ataques eram provocados por uma série de coisas, tais como telefone tocando, passos no corredor e barulhos repentinos. Ela se sentia feito uma marionete, presa por cordas sobre as quais não tinha o menor controle.
Era uma quantidade e tanto de exercícios, pensou ela, apoiando os braços sobre a mesa e alongando-os.
A cadeira e a mesa tinham sido o posto de comando do seu pai. Havia itens maciços de mobília, feitos de mogno e confeccionados à mão, apropriados para o tamanho majestoso e para o comportamento de Enrique Puente Portilla. Ela sempre amou aquela mobília. Na infância, quando o pai a trazia para o escritório durante os finais de semana, ela sentava-se sobre o colo dele e sentia-se totalmente segura, cercada pela força de seus braços e pelo peso daquela madeira.
Agora, como havia somente ela para preencher o espaço daquela cadeira, sentia-se solta, apequenada pelo apoio alto das costas e pelos braços espessos do móvel. Mesmo assim, ela relutava em substituir aqueles móveis. Eles eram uma parte do seu pai, assim como as pinturas dramáticas dependuradas nas paredes, a mesa formal onde ele realizava suas reuniões e as prateleiras recheadas de livros com capas de couro.
Anahí pensava no pai toda vez que entrava no escritório.
Passando pelo cachimbo e por uma bomboniere ainda bem abastecida com balas de menta que ele adorava, ela olhou para um busto de bronze com a imagem do pai. Moldado quando ele tinha cinquenta anos, o busto mostrava um homem bonito, com um sorriso distante e olhos penetrantes.
Ultimamente, as lembranças do pai pareciam as únicas aliadas que ela tinha na Fundação.
Quando ele morreu em função de um ataque cardíaco, deixou para ela quase 1 bilhão de dólares em seu testamento, bem como o título de presidente e CEO da Puente Foundation. Esse dinheiro seria dela após a comprovação da validade do testamento. A detenção dos títulos era absolutamente dela. O trabalho foi dado a Anahí por direito desde que ela nasceu, mas também porque ela fora treinada desde que começou a trabalhar como estagiária na Fundação, ainda na faculdade. Infelizmente, o desejo de Enrique estava claro apenas nos papéis, e as outras pessoas tinham uma ideia diferente de quem deveria estar no comando.
Anahí estava à altura da liderança. Ela conhecia os funcionários, a missão e a estratégia para o futuro da Fundação. Sabia o que precisava ser feito tanto nos negócios quanto no lado social, que despejava milhões nos cofres da Fundação a cada ano. Ela também sabia que existiam pessoas que não acreditavam na sua capacidade de realizar o trabalho. Que achavam que ela era muito jovem e inexperiente. Que uma mudança de gestão poderia ser algo bom.
Alguns dos dissidentes mais velhos ainda se opuseram porque ela era uma mulher. Essa crítica em especial a deixava muito irritada. Como se vestir calças fosse um pré-requisito para o sucesso.
O centro dos seus opositores era um grupo pequeno de diretores, liderado por Charles Bainbridge, o presidente do Conselho de Administração. Eram todos homens mais velhos, que tinham muito respeito pelo pai dela, mas que não estavam satisfeitos em tê-lo gerindo do seu túmulo caso considerassem que Enrique estava errado em relação a alguma coisa. Ela cresceu cercada por aqueles homens, que participavam das festas de Natal em família e das festividades da Independência dos Estados Unidos. Provavelmente, alguns deles viram-na usando fraldas e ainda se lembravam de quando ela usava aparelho ortodôntico.
Ela conseguia compreender por que era difícil para aqueles homens vê-la além daquela menininha toda enfeitada, mas estava determinada a convencê-los. Esperava apenas que houvesse tempo suficiente para isso antes que eles a deixassem de lado e colocassem Gastão Diestro em seu lugar.
Autor(a): barbieruiva
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 7
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beca Postado em 12/11/2014 - 16:41:56
Sumiu?
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barbieruiva Postado em 11/09/2014 - 09:27:02
Olá meninas, estão gostando? Leitores fantasmas, apareçam :(
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barbieruiva Postado em 04/09/2014 - 10:11:52
Oii Beca, fico feliz que esteja gostando! Seja bem-vinda! Vou postar :)
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beca Postado em 04/09/2014 - 08:49:09
Leitora nova continua
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iza2500 Postado em 22/08/2014 - 16:34:16
amando a fic, amei o beijo de los A <3, postaaaaaaaaaa mais!!!!!!
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barbieruiva Postado em 22/08/2014 - 14:16:52
Olá Iza, seja bem-vinda! Vou postar sim, essa história é super bacana!Creio que vai adorar ;) Obg por comentar!
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iza2500 Postado em 22/08/2014 - 11:52:11
Continuaaaaaaaaaaaaa...