Fanfics Brasil - Capítulo 04 - IV • Um Romance Inesquecível - Ponny - Adaptada

Fanfic: • Um Romance Inesquecível - Ponny - Adaptada | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 04 - IV

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                 Quando o interfone tocou, sentiu um estalo na cabeça.


                – O sr. Gastão está dizendo que precisa ir para uma outra reunião.


                – Certo. Estou indo – respondeu Anahí.


                Na verdade, ela não estava indo para lugar nenhum. Sua mente estava perturbada e seu corpo não respondia. De repente, sentiu um aperto no peito, como se tivesse inalado algo tóxico e levantou-se. Ela sabia o que estava por vir.


                O ataque de ansiedade veio rápido e forte, trazendo uma sensação de sufocamento. Ela não conseguia respirar. Ela não conseguia… não havia… ar em seus pulmões.


                Abriu a boca e tentou tranquilizar a si mesma reafirmando que estava de fato sugando o ar para dentro dos pulmões. Ela sentia o ar passando por entre os lábios e pela língua, mas era como se não conseguisse levá-lo mais adiante. Como o corpo lhe fugiu da mente, ela se apoiou na mesa e começou a suar frio. Respirações curtas e rápidas. Desesperada, levantou uma mão e tentou limpar a testa. Mas que ótima ideia. Agora seus dedos estavam dormentes e tinham se enroscado nos fios do seu cabelo.


                Anahí virou-se, olhou para as janelas enormes e para a vista incrível e soltou um gemido enquanto sua cabeça girava. Ela inclinou o corpo para frente, apoiou-se na parte detrás da poderosa cadeira e abaixou a cabeça, colocando-a entre seus braços.


                Tentou pensar em épocas mais felizes. Seu pai na formatura da faculdade, radiante em meio àquela multidão. A maneira como ela havia se sentido quando terminou sua primeira maratona. A pintura de Thomas Cole que ela acabara de comprar.


                Coisas boas, acontecimentos felizes. Coisas que não tinham nenhuma relação com morte. Invasão. Terror. Coisas que bloqueavam a imagem de Vick caída num chão de mármore e morta.


                Aos poucos, quase que imperceptivelmente, ela começou a notar que suas pernas tremiam. E suas mãos também. E o sutiã continuava espetando as suas costas.


                A respiração começou a voltar ao normal. O batimento cardíaco ficou mais lento.


                Quando se sentiu bem, ela levantou a cabeça e correu a mão trêmula sobre o coque. Alguns fios de cabelo estavam deslocados e ela colocou-os para trás da orelha.


                A exaustão invadiu seu corpo, mas foi um alívio. Qualquer coisa era melhor do que aquela explosão repentina de medo.


                Meu Deus.


                Ela não sabia como poderia seguir adiante.


                Alguns minutos depois, Anahí saiu do escritório e atravessou as portas duplas que levavam até a recepção. Quando deparou-se com o olhar enfurecido de Gastão Diestro, já tinha retomado o autocontrole.


                – Desculpe por deixá-lo esperando – ela ficou orgulhosa por ter conseguido sorrir suavemente e pelas palavras rotineiras.


                Gastão passou pelo lado dela sem lhe dar atenção e lançou uma ordem por trás do seu ombro.


                – Bia, pode me trazer um chá? E dessa vez traga quente.


                Bia fez uma careta e levantou-se da mesa quando Anahí fechou a porta, aborrecida.


                Logo que ele se sentou, Gastão desabotoou cuidadosamente seu paletó e tirou algo do bolso da calça. Ao bater o sapato no canto da mesa, ouviu um ruído agudo. A impaciência foi uma das primeiras coisas que ela sempre observou no homem. Bem, isso e a colônia que ele usava.


                Anahí colocou a mão em frente ao nariz para cobrir o espirro.


               


                – Saúde! – disse ele, demonstrando solicitude. – Está ficando doente?


                Como se internamente ele desejasse que ela tivesse algo letal e definitivo.


                – Nem um pouco – Anahí sentou-se, observando os olhos do homem a fitá-la. Ela sabia que não era atração sexual. Ele não desejava seu corpo, mas sim o posto dela e o lugar naquele móvel onde ela colocava o traseiro.


                O celular dele tocou.


                – Perdão – disse ele, retirando o aparelho do bolso do paletó.


                Enquanto o homem disparava uma sequência de sim e certamente, Anahí se perguntava há quanto tempo o conhecia. Ele havia começado a trabalhar na Fundação há alguns anos, no degrau mais baixo. Ele trabalhava meio período enquanto terminava o mestrado em História na Universidade de Nova York e era responsável por peneirar os candidatos a subsídios. Quando Anahí assumiu o posto na administração em tempo integral, ele tinha subido vários degraus na Fundação e o auge de sua carreira aconteceu quando o pai dela o promoveu ao mais alto escalão da administração.



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Autor(a): barbieruiva

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



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  • beca Postado em 12/11/2014 - 16:41:56

    Sumiu?

  • barbieruiva Postado em 11/09/2014 - 09:27:02

    Olá meninas, estão gostando? Leitores fantasmas, apareçam :(

  • barbieruiva Postado em 04/09/2014 - 10:11:52

    Oii Beca, fico feliz que esteja gostando! Seja bem-vinda! Vou postar :)

  • beca Postado em 04/09/2014 - 08:49:09

    Leitora nova continua

  • iza2500 Postado em 22/08/2014 - 16:34:16

    amando a fic, amei o beijo de los A <3, postaaaaaaaaaa mais!!!!!!

  • barbieruiva Postado em 22/08/2014 - 14:16:52

    Olá Iza, seja bem-vinda! Vou postar sim, essa história é super bacana!Creio que vai adorar ;) Obg por comentar!

  • iza2500 Postado em 22/08/2014 - 11:52:11

    Continuaaaaaaaaaaaaa...


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