Fanfic: • Um Romance Inesquecível - Ponny - Adaptada | Tema: Rebelde
Vick Alston estava morta.
As palavras martelaram a cabeça de Anahí durante todo o dia, desde o momento em que Alfred a avisara sobre a terrível notícia. Ela ainda não conseguia acreditar no que tinha acontecido, não conseguia compreender que a amiga havia sido assassinada na noite anterior, enquanto elas estavam na festa do embaixador.
O surrealismo daqueles fatos tinha sido uma companhia terrível em sua longa viagem da cidade de Nova York a Adirondacks. Entre os quilômetros de rodovias, de estradas municipais e das montanhas sinuosas, seu pensamento lutava contra a tragédia, produzindo incessantemente lembranças felizes, que estavam agora cobertas pelas cinzas da tristeza.
Como aquilo poderia ser verdade?, pensou ela de novo ao chegar à mansão enorme às margens do lago Sagamore. Desligou o motor da Mercedes e ficou observando a escuridão.
Ela não gostou do silêncio nem da falta de movimento. Sem distrações, sua mente chegou muito perto da histeria. Não apenas pelo fato de que Vick estava morta, mas porque agora ela também estava em perigo.
Anahí envolveu os dedos ao redor do volante e o apertou. Sua consciência lhe dizia que ela não tinha sido seguida por ninguém. Mas uma ponta de medo lhe dizia que sim, alguém poderia estar seguindo-a. Ela olhou para a noite, à procura de sombras. À luz da lua, encontrou-as se movimentando e se retorcendo, provocadas pelos galhos das árvores que balançavam com o vento.
Até o dia anterior, ela não precisaria procurar por cantos escuros nem se perguntar o que havia escondido neles. Mas vinte e quatro horas antes, alguém que ela conhecia tinha sido brutalmente assassinado.
Ela abaixou a cabeça e apoiou a testa no volante.
Tudo aquilo era inimaginável, era como um sonho ruim. Vick fora encontrada morta na sala de espera da cobertura do luxuoso Central Park West dos Alston. Próximo ao corpo, havia um artigo recente sobre as seis mulheres mais importantes da cidade. Vick era a primeira a ser mencionada no artigo e sua foto tinha sido arrancada.
O texto encerrava com um elogio à Anahí.
E foi por isso que ela tinha passado a tarde em uma delegacia. Ninguém, além do próprio assassino, sabia com certeza quem seriam as próximas cinco vítimas, mas Anahí pôde sentir qual era o palpite da polícia. O tenente a tratou com toda a delicadeza quando ela compareceu para o interrogatório, apesar de ele ter uma voz áspera e rouca e o olhar cansado de um homem que não se impressionava com pouco. Ele estava, como ela percebeu, tratando-a como uma vítima.
Quando ela entrou na sala apertada, ele fez de tudo para esconder as fotos da cena do crime, mas não houve tempo hábil para isso. Ela viu rapidamente as fotos e quase vomitou. O pescoço de Vick tinha sido cortado em pedaços e havia um buraco na garganta onde deveria ser a laringe.
Anahí não precisava de um diploma médico para compreender toda aquela violência. Alguém tinha esfaqueado Vick várias vezes. Não apenas para matá-la, mas para retalhá-la.
Sentiu uma náusea súbita e abriu a porta, inclinando a cabeça em direção ao chão, apesar de estar usando o cinto de segurança. Como ela havia deixado a chave na ignição, o carro continuou emitindo sinais sonoros, e ela contou os momentos que se passavam pelo som eletrônico. Olhando para os pedregulhos da estrada, ela se perguntou como conseguiria limpar a sujeira se o seu estômago cumprisse a ameaça.
Seria bom ter algo agradável para dizer quando sua amiga mais antiga abrisse a porta. “Eu vomitei no seu jardim” não era exatamente o tipo de saudação que ela queria oferecer. Seria muito melhor começar com “Parabéns pelo casamento, Dulce”. Ou então “Qual é a sensação de ser a sra. Chistopher Uckermann?”.
Anahí olhou para a casa. Alguém passou pela janela e ela pensou sobre o quanto odiou o fato de ter perdido a cerimônia de casamento de Dulce e Chistopher. O pai dela tinha sido enterrado no dia em que os dois se casaram, e esses dois acontecimentos da vida, um sobre o começo e outro sobre o final, significavam que nenhuma das duas amigas pôde estar junto à outra para prestar apoio. Mas elas trocaram muitos telefonemas.
E agora havia outro motivo para procurar a amiga. No momento em que Anahí imaginou que não poderia suportar outra surpresa terrível, já que a perda do pai parecia um peso impossível de carregar e o fracasso do seu casamento parecia uma âncora que a puxava para baixo, a vida lhe preparara outro golpe.
Levando em consideração todos os fatos, aquele tinha sido um ano horrível. O ponto culminante foi seu casamento em janeiro, e as coisas pareciam cada vez piores desde então.
Pelo menos já era setembro, e não faltava muito para o ano acabar.
Autor(a): barbieruiva
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 7
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beca Postado em 12/11/2014 - 16:41:56
Sumiu?
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barbieruiva Postado em 11/09/2014 - 09:27:02
Olá meninas, estão gostando? Leitores fantasmas, apareçam :(
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barbieruiva Postado em 04/09/2014 - 10:11:52
Oii Beca, fico feliz que esteja gostando! Seja bem-vinda! Vou postar :)
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beca Postado em 04/09/2014 - 08:49:09
Leitora nova continua
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iza2500 Postado em 22/08/2014 - 16:34:16
amando a fic, amei o beijo de los A <3, postaaaaaaaaaa mais!!!!!!
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barbieruiva Postado em 22/08/2014 - 14:16:52
Olá Iza, seja bem-vinda! Vou postar sim, essa história é super bacana!Creio que vai adorar ;) Obg por comentar!
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iza2500 Postado em 22/08/2014 - 11:52:11
Continuaaaaaaaaaaaaa...