Fanfic: Give Love a Try | Tema: AyA Ponny

A chuva caia lá fora, Anahi estava encostada na janela, não conseguia dormir, havia perdido totalmente o sono, tentava entender o motivo dessa angústia e dessa preocupação, seu pai já havia viajado milhares de outras vezes mas porque logo nessa viagem ela estava assim? Eram perguntas que ela não tinha respostas, apenas pressentia que algo ruim iria acontecer, quando seu pai saiu do escritório um arrepio tomou conta de seu corpo, na hora ignorou mas agora já pensava que aquilo era um sinal, um sinal para ter impedido a viagem de seu pai, mas ela não o fez. Ali perdida em seus pensamentos, também recordava das noites em que não dormia e ia para o quarto de seus pais, considerava o lugar entre sua mãe e seu pai, o lugar mais seguro no mundo, ali ninguém podia machuca-lá, nada de ruim a afetaria, era onde seu coração se acalmava, mesmo depois de crescida, ali era seu lugar seguro, não existia outro.

Perdida em seus devaneios voltou a realidade com as batidas na porta de seu quarto, seu coração foi até a boca e voltou, fez esse caminho diversas vezes, sabia que a realidade que a esperava do outro lado da porta não era a melhor, correu até a porta e abriu, deparando-se com sua mãe em prantos, pronto, seu mundo já havia começado a desmoronar

Anahi: O que houve mãe?- abraçando ela

Marichello: Seu pai ...

Anahi: O que houve com o papai? To ficando assustada.

Marichello: Seu pai e o Fernando sofreram um acidente.

Anahi: Eles estão bem? Pra que hospital eles foram?- falou nervosa

Marichello: Eles se foram, seu pai, o Fernando.

Anahi: Não, não

Anahi não queria acreditar que o seu herói, seu maior exemplo, seu melhor amigo tinha partido, em sua cabeça vieram milhões de coisas, o que aconteceria daqui pra frente? Um dia iria conseguir seguir sua vida? Porque seu pai se foi tão cedo? Só queria acordar daquele pesadelo, queria receber o cafuné de seu pai até dormir novamente. Mas pelo visto seria impossível, fechou os olhos e pediu a Deus força, força para encarar o futuro incerto que batera a sua porta. Abraçou sua mãe e buscou um pouco de conforto, deitaram na cama e ficaram caladas, a dor falava por elas, choraram muito, mas teriam que encarar de frente tudo.

Mari então resolveu ligar para sua melhor amiga que compartilhou os momentos mais maravilhosos de suas vidas, como seus casamentos, depois Lurdes descobriu que estava gravida e logo Mari também engravidou, sempre apoiaram uma a outra, sempre compartilharam alegrias, mas aquele momento era tristeza profunda, uma ferida recém aberta que demoraria a cicatrizar. No terceiro toque Lurdes atendeu.

Lurdes: Amiga

Marichello: Meu mundo acabou, tiraram um pedaço de mim, imagino que se sinta assim também.

Lurdes: Sinto, porque isso tinha que acontecer?

Marichello: Não tenho respostas, Any está arrasada, pobre da minha menina.

Lurdes: Digo o mesmo do Poncho, ele está agitado, porque vocês não vem aqui em casa? Assim a gente se conforta, fica junto, já que não podemos fazer muito.

Marichello: Juntas até na dor amiga, nossa história daria um filme, vamos ir sim, nos espere.