Fanfic: Story Of My Life - Herroni | Tema: Trauma Herroni: Maite Perroni & Alfonso Herrera.

007 – Entrevista/Primeiro Beijo. (Parte 2)

"Vocês formam um lindo casal, mas me conte, Maite..." – De novo o meu nome, ai meu Deus... "De onde você é? Me fala sobre a sua família" – Ela diz e eu gelo por dentro, minha mão começa a soar, não...tudo, menos o meu passado...minha família. Eu paraliso a olhando. "Perdão...Disse algo que não devia?" – Ela pergunta, Alfonso não solta a minha mão, eu respiro fundo e tento sorrir...consigo.

"Não. Perdão, digo eu...Bom, eu vim do interior do México, um lugar humilde, vim para cá, em busca de Emprego, então acabei conhecendo ele e bom...me apaixonei" – Eu digo, tentando não desabar em lágrimas ali mesmo, se fosse verdade...e nada do que eu passei, tivesse acontecido.

"E seus pais?" – Continuo a tentar manter a calma, mas está difícil...

"Anne..." – Alfonso diz, como se a repreendesse.

"Não, está tudo bem...Minha mãe faleceu"

"Nossa...Sinto muito...E seu pai?"

"Meu pai...Meu pai me abandonou, quando eu era pequena" – Eu disse e queria tanto que aquela fosse a verdade, mas não. Foi muito pior do que isso.

"Hum...Perdão por tocar no assunto" – Ela diz e mira novamente a caderneta, Alfonso não tira os olho de mim. Meus olhos marejam e abaixo a cabeça, recuperando o fôlego e tentando não deixar nenhuma lágrima escapar. Não sei porque, mais o miro, ele me da um leve sorriso e acaricia minha mão, assentindo. Eu me tranquilizo um pouco. Ele faz eu me sentir bem. "Então...O que mais te encantou, quando viu Alfonso?" – Ela perguntou. Meu Deus.

"O sorriso..." – Eu digo, sorrindo e corando ao mesmo tempo. "Embora, ele seja um homem muito sério, quando ele sorri...nossa, é um sorriso tão lindo e sincero, que é capaz de fazer você se apaixonar com um gesto tão simples" – Eu digo, naturalmente...Naturalmente demais. Oh Deus, o que estou fazendo. Abaixo um pouco a cabeça envergonhada.

"Que lindo...E você Alfonso, o que mais te encantou quando a viu?" – Perguntou e eu fui incapaz de mira-lo.

"Tudo, Anne" – Ele diz e eu o miro, ele falou da mesma forma que eu. "Quando eu vi aquele rosto angelical, foi amor a primeira vista e quando a conhece melhor...e descobri o seu jeito simples e doce de ser, me apaixonei completamente" – Ele disse, me mirando, me perdi em seu olhar e então ele sorriu, aquele sorriso apaixonante que eu falei...Desviei o olhar.

"Nossa...O que temos aqui?! Um casal apaixonado" – Ela diz e eu coro ainda mais. Já acabou? Tá perto de acabar? "Porém, essa decisão...noivado, foi muito rápida, certo?"

"Sim, concordo. Porém, quando o amor é verdadeiro, não queremos passar um segundo longe da pessoa amada, ou estou enganado?" – Ele a convence e ela sorri.

"Claro que está certo...E as alianças? Onde estão as alianças de noivado?" – Ela pergunta. E agora?

"Mandei gravar os nossos nomes nelas, por isso, ainda não estão aqui" – Ele é rápido. Nossa, como ele menti bem.

"Claro...O detalhista Alfonso, sempre pensando em tudo" – Ela diz e suspira. "Bom, encerramos por hoje, porém, antes, com um beijo do casal, pelo menos, né?!" – Ai meu Deus. Beijo? Iria que ter beijo? Como assim beijo? Eu miro Alfonso, desesperada, trocamos olhares, antes dele se aproximar de mim, soltar minha mão suada e gelada ao mesmo tempo, levanta o meu queixo e junta nossos rostos, nossas testas ficam coladas, nossas respirações ofegantes e então ele me beija. Sela os nossos lábios com delicadeza. Eu fico um pouco sem jeito no começo, mas logo retribuo. Nos beijamos docemente e é inexplicável dizer o que eu senti no momento. Porém aquele beijo técnico, mudou, quando ele colocou sua língua, eu estranhei, mas dei espaço para a mesma passar e retribui da mesma forma...Estávamos nos beijando, de verdade. Isso é parte do show...não é? Nos afastamos e nos miramos, recuperando o fôlego.

"Uau...Que beijão" – Anne diz sorrindo e só então eu lembro que estamos diante a câmeras, a uma jornalista e que acabamos de fazer uma entrevista. "Fechamos com chave de ouro, mas agora eu preciso ir..." – Ela se levanta assim como nós dois. "Desculpe qualquer coisa e parabéns, espero que sejam muito felizes...Fico feliz que tenha superado a perda da Anahi, Alfonso, sinceramente, estou feliz por você...ou melhor, por vocês" – Ela diz. Anahi...Então Anahi é a mãe de Mia e Davi...Ele sorri para ela.

"Obrigado você Anne...Vamos acompanha-la até a porta, amor?" – Ele me chamou de amor. Nossa, que encenação em...Eu sorrio para ela, assentindo. Minutos depois estamos sozinhos.

"Nossa" – Ele diz, se sentando no sofá. "Pensei que não acabaria nunca" – Ele diz folgando a gravata. "Desculpe por tudo, pelo beijo e pelas perguntas indiscretas, a Anne tem essa mania de ser indiscreta" – Ele diz.

"Sem problemas..." – Digo sorrindo fraco. E me sento no outro sofá, suspirando em seguida.

"Maite, agora que dissemos que somos noivos, temos que agir como tais..." – Ele suspira e me mira. "Me desculpe"

"O que quer dizer, como agir como tais? O que teremos que fazer?"

"Você terá que se apresentar em jantares públicos e privados comigo, a eventos em que a nossa família é convidada e o pior..."

"Pior?" – Mordo o lábio – mania de quando estou nervosa. "Como assim?" – Pergunto e de repente ele mira meus lábios e depois me olha nos olhos.

"Para com isso..." – Diz com a voz suave. Eu franzo o cenho. "Os lábios...Pare de morde-los" – Eu paro na hora. Sem entender o motivo e então ele continua... "O pior é a minha família, amanhã mesmo, quando essa entrevista for divulgada, todos vão ligar, querendo te conhecer e bla, bla, bla" – Ele diz e eu sorrio de lado.

"Eu sinceramente prefiro a sua família nos enchendo de perguntas, do que esses entrevistadores" – Eu digo e ele assenti sorrindo.

"Você não gosta de falar de família, não é?" – Ele pergunte de repente, eu desvio o olhar.

"Não"

"Hum...Se você, de repente quiser...quiser conversar, eu estou aqui...ok?" – Eu o miro, ele está sendo sincero, percebo pelo seu olhar.

"É difícil falar disso, sabe...A única pessoa que sabia de tudo da minha vida era o Christian. É difícil para mim, confiar em outras pessoas, porém o senhor me passa uma confiança, embora não entenda muito bem certas coisas..." – Eu sou sincera.

"Eu te entendo" – Ele diz. "Eu também não sou de confiar nas pessoas, na verdade, não confio quase em ninguém, porém você é uma das poucas pessoas em que confio, me passou confiança desde o dia que entrou aqui" – Eu sorrio docemente para ele e ele retribui.

"Bom...Vou tomar banho" – Digo me levantando. "Boa noite, senhor Herrera"

"Boa noite, senhorita Perroni" – Ele diz e eu viro, indo para o meu quarto. "Senhorita..." – Eu o miro. "Não me chame de senhor, me chame de Poncho"

"Então, não me chame de senhorita e sim de Mai, afinal..."

"Somos noivos" – Ele brinca e sorrimos.

"É né..." – Dou de ombros e vou para o quarto. Noiva. Digo, falsa noiva, do irmão do meu grande amor. Que confusão....

E naquela noite, eu também entendi que o seu jeito sério, frio e grosso...era apenas para quem ele não conhecia e não confiava, porém me senti bem quando ele disse que confiava em mim, afinal, eu também confiava muito nele e então, quando a farsa de "Noivos" começou, uma nova amizade surgiu entre mim e Alfonso. Uma amizade que surgiu da dor da perca. Mas uma amizade sincera.

***

Meus amores, me perdoem, ocorreram alguns emprevistos e eu não pude aparecer, mas hoje eu vou postar dois capítulos. Daqui a pouco posto outro, vou ter que sair agora, mas apareço, prometo.

Beijos <3