Fanfic: Story Of My Life - Herroni | Tema: Trauma Herroni: Maite Perroni & Alfonso Herrera.

016 – Primeiros Passos.

A semana com a Shailene aqui, passou tão rápido que eu quase nem senti. Eu amei tanto a companhia dela, tinha com quem conversar e ela me divertia muito. Porém ela tinha que voltar a visitar o Grupo de Apoio e teve que ir embora. Porém nós sempre nos comunicávamos pelo e-mail, às vezes ela me ligava dizendo quanto foi tedioso o Grupo de Apoio, o quanto a cada dia se apaixonava mais por Ansel e me obrigando a postar fotos no instagram que ela havia me obrigado a criar e que até hoje, só tinha apenas uma foto que era uma minha e dela. Eu não sabia mexer nessas redes sociais todas, mas ela me ensinou muitas coisas. Era sábado e a família de Alfonso viria nos visitar no dia seguinte, no Domingo. E eu estava muito nervosa. Quando acordei, fiz toda a minha higiene pessoal e fui para a sala. Alfonso já estava lá.

"Bom dia" – Eu disse, indo para a cozinha.

"Bom dia" – Ele respondeu, vidrado na tv, Mia estava sentada no tapete com alguns brinquedos.

"Já acordou meu amor?!" – Indaguei e ela sorriu, pegando um brinquedinho e me mostrando.

"Quedo titaa" – Ela disse e eu sorri.

"Tita?" – Poncho perguntou me mirando, enquanto eu colocava um pouco de suco no copo.

"Ela inventou este apelido" – Dei de ombros. Mia pegou uma boneca e veio até mim.

"Eite?" – Perguntou e eu sorri, a pegando no colo e a enchendo de beijinhos, ela gargalhou, atraindo a atenção de Poncho.

"Não é leite não menina esperta...É suco"

"Uco?" – Perguntou franzindo o cenho, a coloquei sentadinha no balcão.

"Uhum, quer?" – Ela balançou a cabeça afirmando e eu coloquei um pouquinho no seu copinho, a entregando em seguida. Ela colocou a boneca do seu lado e depois pegou o copo, bebeu um pouquinho e engoliu, logo depois começou a beber todo o resto. "Pelo jeito gostou" – Eu disse e abri um potinho de biscoito, pegando alguns em seguida e os colocando no prato. "Quer biscoito, também?" – Ela assentiu e pegou um. Mordeu um tiquinho de nada, colocou tudo na mão e depois na boa de novo.

"Ecaa filha, não faz isso" – Poncho disse, chegando na cozinha e abrindo a geladeira, ela gargalhou e mordeu de novo, fazendo a mesma coisa. "Você está se tornando uma mocinha rebelde" – Ela gargalhou de novo, enquanto eu prendia o riso, bebendo um pouco do suco.

"Belde" – Ela disse e bebeu um pouco do suco.

"Sim rebelde e não pode" – Ele disse, agora bebendo a água que havia pego.

"Pode xim" – Ela disse, mandona.

"Não, não pode" – Ele insistiu.

"Pode" – Ela rebateu e ele a mirou com um olhar gélido. "Pode naum" – Eu não aguentei e sorri, Alfonso tentou permanecer sério, mas não conseguiu sorrindo em seguida, enquanto Mia nos olhava, depois deu de ombros e continuou a comer. Depois não quis mais o biscoito e colocou no meu prato, pegou a boneca com a mão babada e a apertou. A boneca "falou" "Mamãe" e Mia franziu o cenho, Alfonso a mirou.

"Mama" – Mia repetiu e eu senti o desconforto de Alfonso. Mia apertou novamente e a boneca "falou" mamãe de novo. Mia gargalhou. "Mamã" – Mia disse e ia apertar de novo, mas Alfonso tomou a boneca.

"Não Mia" – Ele disse e ela fez beicinho. "Não chora..." – Ele pediu, mas foi tarde demais ela começou a chorar. Devia ser difícil para ele, ouvi-la falando essa palavra, devia sentir falta da mulher.

"Vem, vamos pegar outro brinquedo" – Ele tentou, mas quando a pegou no colo ela se debateu, o chutando e gritando, chegando a ficar vermelha. Eu queria poder acalmá-la, mas não podia, Poncho tinha que fazer isso. "Para Mia" – Ele disse coma voz grossa, mas foi em vão, ela apegou chorou mais colocando a mão na boca e me mirando com seus molhados olhinhos verdes, meu coração apertou.

"Titaaaaa" – Ela gritou e eu apertei os olhos, resistindo. Ouvi Davi chorar e virei, saindo dali para pega-lo, devia ter acordado com os gritos de Mia.

"Oi meu amorzinho" – Eu disse e ele coçou os olhinhos me olhando e deitando em seguida. "Preguiçoso" – Eu disse sorrindo e ele me mirou. Em seguida, ergueu os bracinhos e eu o peguei, o beijando no rosto e o levando para a sala, onde Mia estava sentada no sofá e Poncho agachado a sua frente. Parei na porta, observando os dois.

"Mia, não pode fazes essas coisas, isso é feio" – Ele disse e ela continuou se debatendo, ele a segurou e a colocou sentada novamente, com mais um pouco de força, ela parou de se debater e voltou a gritar, chorando em seguida. "Mia...Eu tô tentando ficar calmo, colabora..." – Ele pediu, mas Mia bateu no rosto dele com a força que ela tinha e Alfonso bufou, aquilo foi demais, engoli a seco, quando vi ele a pegando e a colocando em uma poltrona no canto da sala.

"Pare de chorar, agora" – Ele disse alto e com a voz firme, ela parou de gritar e o mirou, com os olhinhos arregalados e derrubando lágrimas grossas. "Você vai ficar de castigo, porque fez coisa feia, não pode bater no papai Mia, também não pode ficar se debatendo assim, isso é feio" – Ele disse sério, Davi olhava atento para a cena. Mia fungou e Alfonso secou suas lágrimas. "Vai ficar ai, até o papai mandar você sair, ok?" – Ela não disse nada. Ele levantou e sentou no sofá, sem a mirar, voltando a assistir no canal de esportes. Mia chorava silenciosamente e eu queria ir lá, mas não podia. Me sentei com Davi no sofá, mas logo ele desceu e foi para o tapete engatinhando. Eu levantei e fui em direção a cozinha, agora só ouvia-se as fungadas de Mia.

"Tita" – Ela me chamou baixo, a mirei e seu narizinho estava vermelho, as lágrimas caiam e ela fungava. Mirei Alfonso e suspirei.

"Eu disse ai, até quando eu quiser, Mia" – Alfonso disse grosso e ela continuou chorando. Entrei na cozinha e continuei a tomar café. Ela errou, mas ele foi grosso demais. Depois lavei o prato e o copo que sujei e quando cheguei na sala, Davi estava tentando ficar em pé se apoiando no sofá, sorri e me encostei na parede para ver até onde ele iria. Depois de cair de bunda no tapete três vezes, ele tomou sustento e ficou em pé.

"Ooonw meu Deus, olha Poncho" – Eu disse me aproximando de Davi e Alfonso se deu conta de que o filho havia acabado de ficar em pé. Davi me mirou e caiu em seguida, eu sorri e fui até ele. O levantei e segurei seus bracinhos o dando apoio, Alfonso desligou a tv. Ficando de frente para a gente.

"Vem aqui, vem filho" – Ele disse e Davi ia andando, ainda com o meu apoio, trocando as perninhas e se desequilibrando, mas eu estava o segurando.

"Poncho segura ele, para eu tirar uma foto" – Ele assentiu e eu peguei meu celular rapidamente. "Temos que registrar esses momentos, certo?" – Ele assentiu, olhando para Davi orgulhoso. "Pronto, só é ajeitar ele" – Eu disse e assim Poncho o fez, segurando seus bracinhos. "Davi...Olha pra tia aqui" – E quando ele olhou , eu bati a foto , sorri a olhando, que lindo meu Deus. "Agora vem aqui com a tia" – Eu disse, coloquei meu celular no sofá e o mirei, Poncho agora o guiava e havia soltado uma mãozinha.

"Será que se eu soltar a outra ele cai?"

"Não sei...Vai o segurando e quando perceber que ele está firme o solte" – Eu disse e ia me afastando a medida que eles se aproximavam, até que Poncho o soltou e ele se desequilibrou, colocando as mãozinhas no chão, porém logo levantou. "Vem meu amorzinho" – O incentivei, agora parando.

"Vai garotão" – Poncho disse, orgulhoso e Davi sorriu, vindo em minha direção, os dois passos foram os mais lentos, porém logo se adaptou e veio "correndo", trocando as perninhas, a sorte é que caiu bem no meu colo. Eu sorri orgulhosa e o abracei com força

"Parabéns meu amor" – Eu disse, enquanto Poncho se aproximava, ouvi as fungadas de Mia que agora chorava mais ainda...Ela estava com ciúmes. Tadinha, oh meu Deus, meu coração se apertou novamente, mas sorri ao ver Poncho rodando Davi no ar, cheio de orgulho.

"Poncho" – Eu o chamei e ele me mirou com um sorriso no rosto. "Deixa eu..." – Disse com a voz baixa, temerosa e ele mirou Mia, desfazendo o sorriso.

"Pegue-a" – Ele disse somente e eu mirei Mia, ela ergueu os bracinhos, fazendo beicinho e eu a peguei. Ela me abraçou, enquanto as lágrimas caiam dos seus olhos, a apertei em meus braços.

Os primeiros passos do Davi, foram  incríveis. Eu senti uma mistura de sentimentos por estar presente ali. Imaginar como o meu filho estaria e como seria mágico se eu pudesse acompanhar coisas tão simples como os primeiros passos, ainda doía. Mas acompanhar aquilo com o Davi, foi maravilhoso. Eu já havia criado um carinho muito especial por Davi e Mia. A verdade era que ali, eu já os amava  incondicionalmente.

***

Prontinho. Postei mais um, agora só amanhã, rsrsrs.

Espero que estejam gostando, eu estou amando escrever essa web e tenho que dizer que é bem fofa, claro que tem capítulos tensos, tristes, mas faz parte...Não é? Só tenho a dizer que teram várias surpresas por vir.

Muito obrigada pelos comentários de vocês e como sempre me supreendem pra valer.

Herroni não é um trauma que atrai muitos fãs, mas eu amo e fico feliz que vocês também.

Para as traumadas, logo, logo Vondy entra na Fanfic também.

E eu estou pensando em quando completarmos 100 comentários, fazer uma mini maratona, ou quem sabe até uma maratona dependendo dos capítulos que já estiver escritos aqui no computador.

O que acham? Beijos <3

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