Fanfic: Story Of My Life - Herroni | Tema: Trauma Herroni: Maite Perroni & Alfonso Herrera.

033 – Mamama.

Eu fui a primeira a acordar naquele dia, Poncho estava com sua perna sobre mim, seus braços ao redor do meu corpo e sua cabeça enfiada no meu pescoço. Sorri e fiquei acariciando seus cabelos negros por um bom tempo, até que ouvi sua risada e o mirei, ele estava me mirando e sorrindo.

“Que delicia acordar assim...” – Sussurrou e me deu um selinho. “Bom dia meu amor”

“Bom dia” – Sorri. Ele enterrou a cabeça em meu pescoço novamente e me encheu de beijinhos, eu sorri porque estava fazendo cosquinhas...

“Para amor...” – Eu disse automaticamente e ele me mirou com os olhos brilhando, eu corei.

“Você me chamou de que?” – Perguntou sorrindo.

“Hum...de...de amor” – Eu disse e corei novamente. Ele virou por cima de mim, me enchendo de selinhos que logo se transformou em um beijão de tirar o fôlego.

“Faz tanto tempo que não me chamam assim” – Sorriu levemente.

“É...você é o único que me chama de meu amor também, desde que o Chris partiu” – Eu disse e ele assentiu. Ouvimos o chorinho do Davi.

“Ai meu Deus” – Eu disse e ele saiu de cima de mim, suspirando.

“Filhos...” – Disse e eu sorri, ele estava completamente nu, o que me fez corar, ele sorriu e vestiu um short.

“Vai lá pegá-lo que vou...vestir a roupa” – Eu disse, meio envergonhada e ele se inclinou sobre mim na cama, me dando um selinho e um beijo na testa.

“Parece até que eu não vi tudo isso ai a noite” – Sussurrou no meu ouvido e eu corei ainda mais. Ele gargalhou e saiu de cima de mim. Puxou minha coberta, me deixando nua, eu gritei “Ponchoooo” e ele saiu do quarto sorrindo, sem parar de rir. Sorri negando com a cabeça e fui para o banheiro, tomei um banho rápido e me enrolei na toalha, indo para o meu quarto. O Davi já havia parado de chorar e Poncho ainda estava no quarto com ele. Vesti uma roupa simples, escovei os dentes e sai de lá, Poncho estava deitado no sofá com Davi sobre o seu peitoral nu e os dois “assistiam” uma corrida de fórmula um qualquer que passava na televisão. Sorri e caminhei até eles. Dei um beijinho no pescoço do Davi e ele me mirou atento, me dando um sorrisinho bangelo.

“Bom dia príncipe” – Eu disse e ia caminhar para cozinha, quando ouvi Poncho falar algo.

“E eu? Não ganho beijinho?” – Perguntou e eu sorri e me aproximei dele, dando o beijo na bochecha. Ele fez um bico fofo e eu selei nossos lábio rapidamente. Davi ficou nos mirando atento e eu sorri de lado. Quando virei novamente ouvi algo que me fez paralisar e meus olhos marejaram na hora.

“Mamama” – A vozinha de Davi soou no meu ouvido e eu rapidamente o mirei ele estava sentado na barriga do pai e me olhava com as mãozinhas erguidas, abrindo e fechando.

“O...O que ele disse?” – Eu perguntei, sem acreditar.

“Ele disse, ele disse Mamãe?” – Poncho perguntou, tão surpreso quanto eu.

“Mama” – Davi repetiu fazendo o mesmo gesto na minha direção.

“Oh meu Deus...Não meu amor, Maite, Tita” – Eu disse, me abaixando a sua frente sem saber se Poncho gostaria ou não dele me chamando de Mamãe, o que me deixou muito emocionada.

“Mamã” – Davi insistiu, como se entendesse tudo o que ouvia e o que falava. Eu mirei Poncho e ele me lançou um sorriso doce, olhando em seguida para Davi.

“Sim, meu amor. Mamãe. Ela é a sua mãe agora” – Disse e lágrimas de felicidade saíram dos meus olhos.

“Onw meu Deus” – Peguei Davi no colo e o abracei, ele colocou os bracinhos ao redor de mim. Nos afastamos e eu mirei seu rostinho, ele passou a mãozinha no meu rosto e eu soltei um risinho.

“Mamã” – Repetiu, me fazendo chorar ainda mais. Era tão bom ouvir aquela palavra. Eu era mãe. Mãe de coração, mas era mãe. Eu mirei Poncho e ele sorria para mim. Eu levantei um pouco e o abracei com força, depois de colocar Davi no tapete.

“Obrigado Poncho...Obrigado”

“Não agradeça, meu amor. É isso que você é. Mãe deles desde o dia que entrou aqui”

E naquele momento eu estava muito mais feliz. Eu não sei o que fiz para merecer Poncho, Davi e Mia, não sei. Mas eu nunca os deixaria ir, nunca.

***

Mais tarde, Mia e Davi assistiam desenho na televisão e Lupi já estava lá, limpando a casa. Depois de conversar um pouquinho sobre ela e sobre a Shai, eu fui ao escritório que Poncho estava desde cedo. Bati na porta e ele disse um “entra”, eu entrei e ele sorriu ao me ver, deixando os papeis e o óculos que estava em cima da mesa.

“Que foi?” – Ele perguntou, me chamando com as mãos e eu me aproximei dele,  pegando sua mão, automaticamente ele me puxou para o seu colo. Eu sorri.

“Vou ficar acostumada com isso” – Eu disse.

“Acostumada com o que?” – Ele perguntou sorrindo.

“Com esses seus carinhos, seus mimos” – Eu disse sorrindo e ele acariciou meu rosto.

“Você merece...Mas, o que te trouxe aqui? Tava com saudades?” – Perguntou, maroto.

“Também...” – Sorrimos. “Mas é que....hum...” – Suspirei.

“Pode dizer, o que foi?”

“Eu estou cansada de ficar aqui, eu sei que pode ser perigoso, mas a gente não pode sair só um pouquinho, só para nos divertimos” – Eu disse e ele pensou um pouco me mirando.

“Podemos sim, mas com uma condição”

“Qual?” – Perguntei, alegre. Queria sair um pouquinho com Poncho e as crianças.

“Davi e Mia ficam aqui, pelo menos hoje, porque eu quero que conheça um lugar muito importante para mim” – Ele disse e agora eu pensei um pouco, mas logo depois o mirei.

“Ok, mas vamos sair algum dias com eles também não é?”

“Claro” – Ele disse e eu sorri, assentindo.

“Então tá bom...vou me arrumar” – Me levantei. “Mas peraí, para onde vamos?”

“Surpresa” – Sorriu e eu retribui o sorriso, negando com a cabeça.