Fanfic: Story Of My Life - Herroni | Tema: Trauma Herroni: Maite Perroni & Alfonso Herrera.

Capítulo 001 – Uma dor insuportável.

Maite Narrando.

 Era impossível de acreditar. Como ele pode partir? Como pode me deixar? Como conseguirei suportar uma dor insuportável? E mais uma vez, eu vejo quem eu amo partindo. Hoje foi o seu velório. Todas as pessoas já haviam ido embora, só restava eu e o irmão dele, Alfonso. A partir de hoje, eu iria ficar com ele, pelo menos essa era a vontade de Chris.

 "Por que se foi, Chris?" – Sussurrei, entre lágrimas, abaixada ao seu tumulo. "Eu só tinha você...Apenas você..." – Completei e coloquei uma rosa vermelha em cima do local. "Eu sempre te amarei..." – Disse e limpei as lágrimas, que eram constantes.

 "Vamos". – O irmão dele disse e só então percebi que ele estava em atrás de mim. "Já esta tarde. Temos que ir." – Ele completou com a voz rouca e o mirei. Limpei novamente as lágrimas que não paravam de cair e funguei.

"Uhum..." – Disse apenas e o segui até o carro. Ele abriu a porta da frente e entrei, depois arrodeou e entrou, dando partida no carro, em seguida. Durante todo o caminho, eu fui encostada na janela chorando. Em nenhum momento trocamos palavras, afinal, eu não o conhecia, apenas de vista. Ele é sempre muito sério, eu percebia pelo eu olhar que estava sofrendo, mas ele nunca transparecia isso, muito pelo contrário. Parecia uma torre inabalável. Ele estacionou o carro em um local que eu não conhecia. Descemos e de repente ficamos lotados de seguranças, que nos protegiam de diversas câmeras, flashes e repórteres enlouquecidos. Eu estava perdida em meio a tanta confusão, quando senti sua mão puxando bruscamente minha cintura e me guiando para onde era o elevador. Entramos e por um milagre, conseguimos entrar apenas com dois seguranças. Só então ele me largou. "O que querem?" – Perguntei baixo.

 "Minha entrevista. Querem saber tudo sobre a morte do meu irmão." – Respondeu, com a mesma voz rígida de sempre.

 "Que insensíveis..." – Forcei-me a dizer. "Eles não entendem que as pessoas sofrem?!" – E então ele me mirou. Trocamos olhares rápidos, antes dele voltar a mirar a porta do elevador e responder.

 "Nesse mundo não existem mais pessoas  sensíveis. Eles querem apenas ganharem dinheiro, com a dor dos outros." Disse amargo e resolvi não dizer mais nada. A porta se abriu e entramos em um apartamento. Os dois seguranças ficaram do lado de fora. Estranhei não estar vazio.

 "Papai...Papai..." – Ouvi uma menininha dizer e a mirei, ela corria desajeitada em encontro ao pai com os bracinhos levantados, ele a pegou no colo. Era tão lindinha, os cabelinhos castanhos claros e os olhos verdinhos. Ele tinha filha? Ou melhor...Filhos? Mirei o tapete, onde tinha mais um bebezinho mexendo as perninhas com alegria e sorrindo para o pai.

 "Pa-pa-pa..." – Ele dizia animado.

 "Que bom que chegou, sr. Herrera." – Ouvi uma mulher dizer e a mirei.

 "Está liberada Lupi. Pode ir." – Ele disse, abraçando a filha com carinho. Meus olhos marejaram e fraquejei, uma lágrima caiu.

 "Quem é ela? Oh, menina...não chore." – Ela disse terna e Alfonso me mirou. Limpei a lágrima e a mirei sem jeito.

 "Desculpa, eu..."

 "Não precisa pedir desculpas...Espere ai, ok?" – Assenti. Ela saiu dali e logo voltou com uma rosa branca. "Aqui está." Me entregou. "Você é muito linda, não merece sofrer e sinto muito por tudo o que já passou." – Ela disse e franzi o cenho. "Eu já sou velha...Reconheço olhares tristes, quando vejo um. Você é uma pessoa boa." – Ela disse e eu tentei sorri.

 "Obrigado..." – Minha voz fraquejou.

 "E então como se chama?"

 "Maite." – Eu disse e ela sorriu docemente.

 "Guadalupe. Mas me chame de Lupi." – Eu assenti.

 "Ela morará comigo. Depois eu te explico tudo. Se quiser dar um tempo aqui, lá em baixo tá lotado". – Ele disse e eu fiquei observando a menininha que brincava com a sua barba.

 "Da-da-da..." – Ouvi o menininho falar e ele já estava bem a minha frente, com os braçinhos para cima. Eu me abaixei a sua frente e acariciei suas mãozinhas, mirei Alfonso que nos observava atento.

 "Eu posso?" – Perguntei e ele assentiu. Peguei o menininho no colo que logo aninhou-se a mim, com um lindo sorriso bangelo. Foi inevitável não sorrir.

 "Nossa! Ele gostou de você. Geralmente demora, para se adaptar as pessoas e te pediu até colo." – A Lupi disse e eu sorri. O apoiando em um braço e cheirando a rosa que ela havia me dado, o bebê ao meu colo viu meu ato e colocou a mãozinha sobre a minha, querendo levar até o nariz. Assim o fiz não aproximando muito. Ele sentiu o cheirinho e sorriu. Percebi a troca de olhares de Guadalupe e Alfonso e os mirei, sem graça.

 "Bom...Ele se chama Davi e ela Mia, são meus filhos." – Ele disse e eu assenti. "Serão sua companhia, quando eu não estiver aqui. Algum problema?" – Eu balancei a cabeça negativamente. Fiquei feliz em saber que ficaria com dois anjinhos como eles.

 "Devem estar cansados...Vão ficar ai em pé?" – Lupi perguntou e só então me dei conta que nem havíamos entrado direito ainda. Nós dois entramos e nos sentamos no sofá. Davi ainda estava no meu colo, quando comecei a observar a casa.

 "É estranho não morar mais com ele..." – Eu pensei alto e Lupi me mirou.

 "Então o conhecia?" – Afirmei. "Aaah, vocês dois eram...namorados?" – Assenti novamente, corando em seguida. "Ata e..."

 "Lupi, pelo amor de Deus. Depois eu te explico tudo, ok?" – Alfonso disse, antes que ela fizesse mais perguntas e logo mudamos de assunto. Alfonso e eu não nos comunicávamos diretamente. Acho que ele não gosta muito de mim não. Nessa conversa, descobri que eu moraria ali com ele e os seus dois dois filhos, descobri que sempre ficaríamos cercados de seguranças e não entendi o porque, mas deixei para lá. O apartamento era enorme, parecido com o que eu morava com Christian mais ainda maior e mais luxuoso.

 "Opa...O garotão dormiu." – Lupi disse e só então percebi que Davi dormia tranquilamente com a cabecinha no meu peito. Sorri fracamente e ela o pegou dos meus braços. "Vou coloca-lo no berço." – Ela disse e saiu da sala. Alfonso levantou em seguida, levando Mia em seguida para o quarto, ela também havia pego no sono, brincando com barba do pai. Fiquei sozinha na sala e suspirei olhando pro teto. Chris, Chris, Chris...Só ele vinha na minha mente.

 "Está exausta...Tome um banho e logo jantaremos." – Ouvi a voz de Alfonso que me mirava e levantei assentindo.

 "Ok...Mas eu sinceramente não quero jantar." – Disse e ele assentiu, só então fui tomar banho.

***

"Pode ficar com o meu quarto, é mais confortável" - Ele disse, assim que eu sai do banho.

"Não, eu não me sentiria bem com isso, posso ficar com o de hóspedes" - Eu disse e ele pensou um pouco.

"Tem certeza que quer ficar lá?"

"Sim. Só me diz...onde fica" - Ele me levou lá e abriu a porta.

"Aqui...Depois eu mando arrumarem um quarto melhor para você, ok?"

"Esse está ótimo, não se preocupe"

"Ok..." - Suspirou. "Então...Boa noite." – Ele disse.

 "Boa noite." – Eu respondi, entrando no quarto de hóspedes e me deitando em seguida, deixando minhas lágrimas caírem de uma vez. Chorei muito, quase a noite toda, pensando em todos que eu perdi em tão pouco tempo e em como aquilo doia.

 Era uma dor insuportável, eu já havia passado por aquilo antes e naquele momento eu sabia que estava sozinha, mais uma vez, sozinha.

***

Primeiro Capítulo postado. Postarei um capítulo por dia nesta web.

Como perceberam estou respondendo os comentários lá em baixo, para não perder tempo na hora da postagem.

Até amanhã. Beijos <3