Fanfic: Story Of My Life - Herroni | Tema: Trauma Herroni: Maite Perroni & Alfonso Herrera.

046 – Conversa de irmãos.

Alfonso Narrando.

Graças a Deus a May acordou e meu Deus...como eu a amo. Vê-la naquela situação estava acabando comigo, mas pelo simples fato de senti-la ao meu lado e saber que estava tudo bem com ela agora, eu me sentia bem, aliviado. Depois de aplicarem um soro nela, trocamos algumas palavras e ela dormiu nos meus braços. Eu não queria dormir, queria ficar ali velando o seu sono, para ter certeza que nada aconteceria com ela e para ela não acordar e precisar de mim, nem nada do tipo. Continuei acordado, acariciando seus cabelos e ela só acordou uma vez, o efeito do soro havia passado e ela sentia dor, mas logo os médicos cuidaram disso e ela novamente, adormeceu. Suspirei e acabei dormindo um pouco também, estava cansado.

Já era manhã, quando acordei e vi que Maite ainda dormia. Ela não gostaria de acordar e não me ver aqui, então apenas sai da cama e fui para a poltrona, peguei meu celular e mandei mensagens para Dulce e Shailene, avisando que a Maite já havia acordado e que com fé em Deus, melhoraria logo. Ela acordou e logo um médico apareceu na sala. Ela fez algumas perguntas, do tipo, quando sairia dali, mas ele falou que ainda tinha que ficar em observação por um tempo. Com a ajuda de uma médica, May tomou banho e eu a ajudei a tomar o café da manhã. Ela me perguntou sobre a Mia e o Davi e disse que estava com saudades, mas eu a tranquilizei quando disse que eles iam a visitar, já que os médicos já haviam liberado mais de uma visita. Ela dormiu quase o dia todo, pelos efeitos do remédio e a tardezinha, o Chris foi a visitar.

“Licença...Boa tarde” – Ele disse, entrando no quarto e sorrindo de lado. Sua expressão demonstrava cansaço.

“Boa tarde” – Eu disse.

“Chris” – May disse baixinho e ele suspirou se aproximando.

“Eu posso falar com você?”

“Uhum” – Ele sentou-se na outra poltrona e inclinou o corpo sobre ela, suspirando novamente antes de começar. Ela ergueu a mão para ele, que a segurou e os dois se miraram.

“Eu vou sair...” – Eu disse, mas Maite, logo contestou.

“Não Poncho...fique, por favor” – Pediu e Chris assentiu. Então eu fiquei e ele começou a falar.

“Olha...eu sei que tudo aconteceu muito rápido e que você descobriu ser minha irmã da pior maneira possível, mas eu vou te explicar tudo...Javier também abandonou a mamãe e a mim. Ele nos abandonou e então conheceu a sua mãe e pelo jeito, fez tudo isso de novo, eu sinto muito pela sua mãe, May. Eu sinto muito mesmo e não apenas por isso, também por termos um pai como ele. Eu nunca imaginaria ter uma irmã, mas ele apareceu novamente lá em casa e eu ouvi uma conversa dele com a mamãe, onde ele dizia que estava procurando a sua outra filha. Derrick sempre foi meu amigo, meu melhor amigo e acabou me dizendo que havia encontrado a minha irmãzinha, mas ele falou maldoso, dizendo que faria chantagens com o seu noivo, mas eu o convenci do contrário e então ele me deu as informações. Eu não podia bater na sua porta e simplesmente dizer que eu era seu irmão de parte de pai, afinal, você teria medo de mim. Ele também me bateu, May, ele me bateu muito e na minha mãe também, mas eu cresci e cansei disso. Decide vim atrás de você e a única opção que encontrei, foi me infiltrar na boate do seu noivo e assim ir descobrindo cada vez mais um pouquinho de você e te conquistar...foi então que recebi uma ligação do Derrick, ele falava fraco e dizia que você estava em perigo, que o Javier descobriu onde estava e atirou nele, depois de arrancar todas as informações necessárias. Foi então que tudo isso aconteceu...e eu peço desculpas por tudo, May. Me perdoe por você está nesta cama agora e a única coisa que posso dizer para te confortar é que ele morreu...” – Ele suspirou e nesse momento o rosto de Maite já estava molhado por lágrimas, Chris estava com os olhos marejados e eu apenas apertava a mão dela a passando força. Ela ficou um tempo em silêncio, depois fungou e o mirou novamente.

“Você poderia me dar um abraço?” – Perguntou baixinho e ele assentiu se levantando e a abraçando com cuidado, deixando as lágrimas caírem e os dois choraram baixinhos abraçados, sem eu tirar a minha mão da de Maite. “Obrigado por tudo e não me peça perdão, não foi sua culpa” – Ele assentiu e depois de um tempo, eles se afastaram. Ela deitou novamente com cuidado e ele beijou sua testa, secando suas lágrimas. Depois passou a mão no rosto e fungou.

“Bom...Eu já vou, depois eu venho te visitar, Okay? Fica bem” – Sorriu fraco pra ela que assentiu, retribuindo o sorriso. “Alfonso” – Me cumprimentou, balançando a cabeça e eu fiz o mesmo. Ele saiu e eu mirei Maite.

“Agora acabou?” – Ela perguntou, com os olhos marejados e eu a beijei docemente, tentando acalma-la, depois a abracei devagar e me afastei um pouco secando suas lágrimas.

“Sim meu amor, acabou. E eu nunca mais vou deixar isso acontecer, tá bom?” – Ela assentiu e eu suspirei. Ela pegou no sono e eu me encostei na poltrona.

Ainda não havia acabado. Tinham várias pessoas por trás dessa história e existiam vários problemas a resolver. Mas a Maite nunca mais sairia ferida, nem ela, nem os meus filhos.

Isso eu não permitiria jamais.