Fanfic: Amantes do desejo `vondy` | Tema: hot e romance
— Ao contrário, é o primeiro café decente que tomo nesta empresa.
— respondeu Christopher com um tom impaciente.
— Vamos continuar com a apresentação.
Vexada e frustrada pelas críticas, Dulce não perdeu tempo em responder ao sinal de Annabel para que se apressasse e servisse logo a todos. No afã de cumprir tal missão e escapar rapidamente da sala de conferência, Dulce tropeçou em um dos fios espalhados no chão. Perdeu o equilíbrio e caiu, de frente, sobre o carpete. O computador cujo fio enroscou-se no pé de Dulce tombou logo em seguida. Por alguns segundos, o silêncio reinou no recinto. Christopher observou a ruiva de bruços com uma incredulidade sardônica. Ela parecia uma obra de arte sem igual, mas, sendo humana, tinha um defeito fatal: ao se mover era um acidente em potencial.
— Por que não olha por onde anda?
— um dos executivos a repreendeu em tomde desespero.
— Sinto muito.
— disse Dulce, sem graça, olhando consternada para o computador.
— O memory stick partiu ao meio — o homem resmungou. — Terei quetirar outra cópia da apresentação e mandar por e-mail para o senhor. Pura impaciência estampou-se na face de Christopher, pois estava com prazos muito apertados. Não satisfeita em quase ter derramado café em cima dele, Dulce havia conseguido, sozinha, arruinar a reunião.
— Como pode ser tão incrivelmente desastrada?
— ele murmurou friamente. Horrorizada com o estrago que havia causado e desolada pela reprimenda, Dulce se levantou rapidamente e disse, em voz baixa: — Sinto muito, senhor. Não vi o fio.
Naquele momento Christopher se perguntou o que havia naqueles traçosdelicados e na palidez daquela pele de tão familiar. Os olhos agoraestavam levemente lacrimejantes, deixando o verde da íris ainda mais brilhante. Havia um crachá de identificação na blusa, mas Christopher não conseguia ler o que estava escrito. Ele a estudou sob a proteção dos cílios. Os olhos brilhavam com intensidade. Os lábios carnudos e vermelhos eram tentadores.
— E você é...?
— ele perguntou secamente. — Dulce... Dulce Maria Saviñón. Dulce avistou Annabel e viu a superior balançar a cabeça, indicando claramente que deveria sair dali o mais rápido possível. Voltou para o carrinho e foi em direção à saída. Sentia tanto calor, frustração e raiva que teve de lavar o rosto com água fria parase acalmar.
Quando finalmente tinha a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Christopher Uckermann, havia conseguido causar a pior impressão possível de si mesma.
Estremeceu com a suspeita de que ele tivesse visto as lágrimas involuntárias de desgosto em seus olhos ao perceber a extensão do estrago que causara. Como pôde ser tão pouco profissional? O que a incomodou ainda mais foi o tipo de comportamento que teve na frente dele. Eram irritantes a ingenuidade e a inexperiência que demonstrava quando o assunto era homem.
Na verdade, tivera poucas oportunidades de adquirir vivência na área amorosa, pois havia passado toda a adolescência e o início da juventude presa às responsabilidades da casa.
Era impossível ter vida social, nunca podia sair. Em alguns aspectos, era mais madura que as meninas da sua idade, pois convivera muito com os avós. Quando se mudou para Londres, para procurar emprego, depois que a avó faleceu, descobriu que não estava em sintonia com a maioria das pessoas da sua geração. Sexo casual e bebedeira iam contra os princípios que havia aprendido a respeitar. Porém, Dulce era honesta o suficiente para admitir que, no momento em que entrou naquela sala de conferência e viu Christopher Uckermann, descobriu que nunca havia se sentido tão genuinamente atraída por um homem.
Naquele instante, seu cérebro parecia derreter, e o corpo, um ente independente e estranho que respondia a impulsos que desconhecia que possuía.
A força daquele instinto físico a tinha pego de surpresa, e mesmo depois, ao relembrar os acontecimentos, ficava chocada. A consciência perturbadora de algumas partes íntimas do corpo não a deixava em paz, percebendo que tinha estímulos sexuais que havia ignorado, até então, por precaução ou medo. Será que ele desconfiara dos motivos por que ela havia ficado tão alterada ao lado dele? A suspeita a fez encolher-se de apreensão. Mesmo que ele estivesse acostumado a chamar a atenção feminina, era compreensível que esperasse um comportamento mais prudente e reservado por parte de uma de suas empregadas.
Autor(a): x_joh_x
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Senhorita Saviñón? — Annabel Holmes murmurou da porta. —Posso conversar com você? Dulce empalideceu, afastou-se obedientemente do carrinho que estava limpando e encarou a gerente. — Tem certeza de que está bem? Foi uma queda e tanto — disse Holmes de um jeito um tanto ríspido. — Estou ótima, apena ...
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