Fanfics Brasil - 11 Lição de Ternura AyA Finalizada

Fanfic: Lição de Ternura AyA Finalizada


Capítulo: 11

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olá galera desculpem ... agr  voltei  vou terminar de postar 


Anahí lutou - contra Poncho e contra si mesma. Tentou livrar a boca aprisionada, mas ele entrelaçou os dedos por seus cabelos e lhe imobilizou a cabeça. Mesmo assim, procurou desvencilhar-se, empurrando-o pelo peito. Também em vão. Poncho permaneceu firme.

Enquanto isso, o beijo se intensificava.

O desejo voltou a brotar dentro dela. Anahí insistiu na luta, desta vez mais em desafio aos próprios sentimentos do que às ações dele. Não queria aquele ou qualquer outro homem em sua vida.

Poncho continuou indiferente. E o desejo, alimentado pela sensualidade das carícias dele, aos poucos floresceu, mais ardente do que nunca.

A resistência de Anahí já não se revestia da mesma determinação de instantes antes. Ao contrário, ela logo cedeu à persistência e à perícia daquele homem, transformando murmúrios de protesto em manifestação de prazer, enquanto as mãos que o empurravam passavam a lhe massagear o peito. O combate terminava com sua capitulação - ela o abraçou pelo pescoço e correspondeu ao beijo. 

- Assim está bem, querida, venha para mim - ele sussurrou e, como que em recompensa, soltou-lhe os cabelos e deslizou as mãos provocativamente pelas suas costas.

Os corpos molhados se amoldavam um ao outro. Anahí suspirou, revelando confusão e prazer. Poncho cobriu de beijos seu rosto e pescoço, antes de apertá-la ainda mais nos braços.

- Fui rude demais? - perguntou-lhe ao ouvido, arrepiando-a com o hálito quente. - Machuquei você?

Ela sacudiu a cabeça em negativa.

- Ficar de pé não a cansa?

- Só um pouco - ela mentiu, porém não o convenceu.

- Vamos. - Poncho a carregou no colo outra vez. E, diante do rosto querido tão próximo ao seu, não resistiu à tentação de beijá-la novamente. - Nunca mais diga que não é desejável. - como não obtivesse resposta, insistiu: - Entendeu? - Ela permaneceu calada, obrigando-o a segurar seu queixo para que o encarasse.

Anahí assentiu com um gesto de cabeça. Sorridente, Poncho aninhou-a contra o peito.


 


Desejável... Anahí repetiu a palavra mentalmente.
Alfonso Herrera a considerava desejável!
A constatação era tão inebriante quanto um bom vinho. Ela não havia imaginado que ele a queria. Mas tivera a prova do desejo dele. Também sentira algo mais: que partilhavam mais do que o contato físico, algo emocionalmente particular. Fora natural, e nem um pouco embaraçoso, tocá-lo com tanta intimidade.

Se bem que tocá-lo também a tivesse assustado. Assim como beijá-lo. 
As duas coisas desencadeavam sensações desconhecidas, fortes. Sentimentos de descontrole, de inadequação.
Era capaz de dar prazer a um homem? De agradá-lo sexualmente? Antes não fora. Suspirou confusa, com o medo a invadir sua mente como sombras à espreita numa noite hostil. Não conseguia defini-las, contudo sabia que de algum modo Alfonso Herrera a ameaçava.

E agradava.

E fazia sorrir.

E sensibilizava de mil outras maneiras indescritíveis.

Ao ouvi-la suspirar, Poncho a envolveu mais nos braços, movido pelo impulso irreprimível de protegê-la. Alguém a havia magoado no passado.


 


 


 


Se antes suspeitava da existência de tal homem, agora tinha certeza. Queria pedir a ela que lhe contasse tudo. Entretanto, algo em seu íntimo, algo no coração que se enchia de amor por aquela mulher exigia que Anahí o fizesse por iniciativa própria, Muito embora pudesse investigá-la um pouco.

- Gostaria de falar a respeito do que acabou de acontecer?

Ela hesitou.

- Não. Isto é, não sei o que dizer. Não sei o que aconteceu. Nem o que estou sentindo. Eu... Eu só sei que me assustou.

- Assustei?

- Você me faz sentir... Você me faz sentir que vou perder o controle.

A apreensão desapareceu do rosto de Poncho, dando lugar a um sorriso travesso.

- Era essa a minha intenção, boba. É assim que você me faz sentir também. E gosto da sensação.

- Pois eu não.

Poncho analisou palavra por palavra aquele diálogo. Não era psicólogo, claro, porém, não precisava de treinamento na arte de interpretar o comportamento humano para compreender o que Anahí sentia. Pelo menos em linhas gerais.
Ela já havia mencionado a sensação de perda de autodomínio ao saber da doença. Essa perda tinha óbvia e naturalmente feito com que se preocupasse em regras rígidas sobre seu próprio comportamento. E, considerando o fato de que algum homem abusara de sua confiança, era normal que se apegasse demais ao controle. O que sentia agora por ele ameaçava isso. Constituía um bom sinal, Poncho ponderou, um sinal que talvez, apenas talvez, Anahí começava a gostar dele.


 


- O truque, Anahí, minha querida, é encontrar a pessoa com quem seja seguro perder o controle.

Algo nos olhos esverdiados, uma nuance entre paixão e promessa, provocou uma onda de calor da cabeça até a ponta dos pés de Anahí. 
Talvez por causa da palavra "querida", expressa como numa canção de amor. Fosse qual fosse o motivo, ela se arrepiou.

- Está com frio?

- Sim - ela respondeu, embora na verdade sentisse frio e calor ao mesmo tempo, misturados a outros extremos físicos e emocionais.

- Não é de admirar. - Ele voltou a sorrir. - Está toda molhada.

- Molhada? - ela fingiu um tom de descrença.

- Sim, o que andou fazendo? Mergulhando na fonte Trevi?

- Sem avisar, Poncho voltou com ela para dentro da banheira.

- Bem-vinda a Roma.

Desta vez permaneceram ali por dez relaxantes minutos. A tensão anterior, tanto a positiva da paixão quanto a negativa do desacordo, lentamente abriu caminho para a conversa. Anahí falou sobre seu trabalho; estava excitada com os planos para a semana no hotel-fazenda e já tinha uma lista de aproximadamente cinqüenta crianças inscritas.
Poncho, por sua vez, contou o quanto havia gostado de voltar para casa. Ela falou também que May estava cuidando de Jason; e ele, que Christian tinha passado a semana anterior em sua casa e vindo junto para Nova Orleans com a intenção de ver Mayte.


 


- Eu soube que ele andou telefonando para ela - Anahí comentou.

- Poderíamos sair todos juntos na sexta à noite.

Quando Anahí caiu em si já havia concordado com a sugestão. Essa facilidade a surpreendeu.

- Colocarei suas roupas na secadora - ela disse, minutos depois, ao saírem da banheira.

- É a melhor oferta que tive o dia todo. - Ele pegou uma toalha e então tirou a camisa.

Anahí calçava os chinelos e, quando ergueu o olhar, deparou com o peito dele nu. Como que hipnotizada, viu Poncho deixar a camisa ensopada na borda da banheira e voltar a enxugar o tronco com a toalha. Tentou desviar o olhar, mas foi em vão. Não queria reparar nos pêlos que cobriam o peito musculoso, entretanto, não só reparou, como ficou afetada pela visão. E parecia não haver nada que pudesse fazer a respeito!

Exceto engolir em seco.

Poncho levantou a cabeça e a flagrou a observá-lo.

- Eu... Eu vou trocar de roupa - ela gaguejou.


 


- Aproveite e me traga um lençol, está bem? - Diante do ar interrogativo dela, explicou: - A menos que queira que eu apanhe um resfriado andando por aí ao natural.

- Ah, certo... - ela balbuciou.

Anahí vestiu um roupão, deixou um lençol à porta do jardim de inverno e levou as peças molhadas para a secadora. Em questão de minutos, Poncho se juntou a ela na área de serviço anexa à cozinha. 
Estava envolto, da cintura para baixo, numa roupa de cama cor-de-rosa que não diminuía em absoluto o seu charme masculino.

- Tem certeza de que não lhe dará trabalho? - ele perguntou ao lhe entregar as roupas.

- Claro - ela respondeu, sem encará-lo. Só depois de regular a máquina, olhou para ele. - Gostaria de tomar um café enquanto as roupas secam?

- Aceito. Aliás, por que não me deixa prepará-lo?

- Nada disso. Sei onde encontrar tudo.

Sentado à mesa da cozinha, ele observou cada movimento de Anahí. Durante o tempo que ela levou para preparar o café, Poncho ganhou uma nova visão sobre o significado de ser artrítico. Sua admiração por aquela mulher aumentou dez vezes. Anahí contou que comprava os utensílios domésticos conforme sua facilidade de manuseio, leveza e resistência. Os mais usados eram guardados na primeira prateleira do armário, enquanto uma espécie de pinça grande servia para apanhar os objetos de difícil alcance. Ela mantinha ali um banco alto em que se acomodar enquanto preparava o que quer que fosse, para não se cansar.


 


 


 


Em dado momento, Anahí se questionou se não falava demais. Talvez Poncho não estivesse interessado em por que os vasilhames eram de alumínio, embora não parasse de fazer perguntas. Por outro lado, porém, falar a ajudava a esquecer que Alfonso Herrera estava em sua cozinha praticamente nu.

A cafeteira elétrica terminava de coar o café e o relógio de parede marcava quase nove e meia, quando a campainha da secadora avisou que as roupas estavam secas. Anahí fez menção de descer do banco.

- Fique sentada - disse Poncho. - Deixe que eu apanho as roupas. - Instantes depois, ele passava pela cozinha a caminho do quarto.

- Poncho, obrigada pelo perfume e o óleo de banho. - Até então ela hesitara em agradecer devido aos sentimentos contraditórios que o presente havia gerado.

- Não tem por que agradecer, sua bobinha.

O quarto e o banheiro de Anahí correspondiam às expectativas de Poncho. Eram bem femininos. Por toda parte havia concessões à sua deficiência. Dois colchões na cama e calços de madeira sob os pés de uma poltrona deixavam esses móveis mais altos que o normal. 
Outro par de pinças se encontrava à mão, sobre uma das mesinhas-de-cabeceira.


 


Após se vestir, ele foi até o banheiro e parou diante do espelho. 
Na falta de pente, passou os dedos pelos cabelos. Então percorreu o olhar pelo ambiente, reparando no vaso sanitário também mais alto e nas barras estrategicamente colocadas ao lado da banheira... Um banco de pernas compridas atrás da cortina rosa chamou sua atenção. Sobre o móvel, repousava um chuveiro de mão.

Poncho assumiu um ar grave ao notar o frasco de óleo de banho em meio aos de xampu e creme. Então relanceou o olhar para a banheira, obviamente fora de uso, e compreendeu tudo.



- Por que não me contou? - perguntava instantes depois, de volta à cozinha.

- Sobre o quê?

- Sobre a inutilidade do óleo de banho.

A preocupação estampada nos olhos esverdeados sempre tão alegres magoou o coração de Anahí. Aliás, até aquele momento ela não se achava capaz de sofrer tanto por outra pessoa. Com uma pontada de remorso, percebeu que, ao receber o presente, havia pensado somente em si mesma. Nem de longe imaginara o que Poncho sentiria, se tomasse consciência de seu deslize.


 


- Bem, talvez eu possa passar o óleo pelo corpo antes de entrar no chuveiro.

- Sim, e correr o risco de deslizar do banco e cair. - Mudando o tom e voz ele acrescentou: - Anahí, queira me desculpar. Não sou um insensível. Só não aprendi ainda todas as regras. Poderia me dar algum tempo para isso? - E acariciou-lhe o rosto.

Ele pedia mais do que tempo, no entender de Anahí - pedia para fazer parte de sua vida, para que ela esquecesse o que dissera antes quanto a não querer um homem ao seu lado.

- Está bem? - ele insistiu, roçando os lábios nos seus.

Quando ela assentiu, Poncho não resistiu à tentação e lhe deu um beijo demorado, caloroso, apaixonado. No entanto, mais tarde, a caminho do hotel, deu-se conta de que ela evitara qualquer resposta direta à sua pergunta, limitando-se apenas a um gesto. Anahí se conscientizou da mesma coisa, já na cama. E naquela noite sonhou que corria por trás de um muro alto que, de repente, se desmoronava. Do outro lado surgia uma figura sombria, montada num cavalo negro enorme. O homem sussurrava-lhe algo sobre lhe dar tempo, amedrontando-a e intrigando-a. Mas, ao acordar no meio do sonho, ela sentiu apenas solidão.


 


Os dois casais saíram juntos. Disposta a se divertir, Anahí decidiu esquecer pelo menos por uma noite as sensações confusas, contraditórias que a tinham perseguido a semana toda, e que não conseguia explicar. Principalmente a si mesma. Sabia apenas que abrigava uma batalha interna entre a ameaça que Alfonso Herrera representava e a necessidade crescente dele. Ou, em outras palavras, a luta interna entre querê-lo e não querê-lo.

- Eles vão estranhar nossa demora - murmurou ela, entre um beijo e outro de Poncho. May e Christian esperavam no carro.

- Eles devem estar fazendo a mesma coisa - que nós - argumentou ele, insistindo em outro beijo.

Anahí cedeu de bom grado. A troca de beijos entre os dois tornara-se algo natural, embora fosse ainda o limite máximo de carícias que se permitiam.

- Agora vamos - propôs Poncho depois de algum tempo. Enquanto a ajudava a vestir o casaco, acrescentou: - É melhor levar um guarda -chuva. Parece que vai chover.

- Vai, sim.

- Não me diga que prevê o tempo nas horas vagas!

- Bem que eu poderia. Quando está prestes à chover, quase sempre sinto dores pelo corpo, causada por alterações na pressão do ar.



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Autor(a): eduardah

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Com as mãos em seus ombros, ele a olhou dentro dos olhos, o semblante marcado pela preocupação. - Se não quiser ir... - É claro que quero. Não me sentirei melhor ficando aqui. A noite estava fria e o ar tão úmido como se carregasse o orvalho da manhã. As estrelas tinham desaparecido do céu. - O que &ea ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • dessaya Postado em 21/01/2015 - 19:42:52

    u.u

  • franmarmentini Postado em 21/01/2015 - 13:57:34

    :)

  • franmarmentini Postado em 25/08/2014 - 16:34:36

    consegui ler tudo ;)

  • franmarmentini Postado em 25/08/2014 - 07:53:46

    nossa...fiquei muito feliz por vc repostar denovo :) ja vou começar a ler por aki os primeiros capitulos ;)


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