Fanfics Brasil - Capitulo-16 Lição de Ternura AyA Finalizada

Fanfic: Lição de Ternura AyA Finalizada


Capítulo: Capitulo-16

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Como se houvesse um pacto tácito, nenhum dos dois abordou o assunto de outra noite juntos. Por volta das oito, Anahí ameaçou tomar medidas drásticas, caso ele não a deixasse tomar um banho e trocar de camisola. Poncho acabou cedendo e fez o mesmo depois. Christian lhe trouxera uma muda de roupa.

- O que está fazendo? - ele perguntou ao sair do banheiro e enquanto deixava o relógio sobre a mesinha da cabeceira, como se ali fosse seu lugar habitual.

- Vendo uma revista de moda. Senão vou me vestir toda errada nesta primavera - ela falava mais para dissipar o nervosismo que de repente se manifestava diante da questão: onde ele ia dormir? - Pelo visto o jeans será "in"... - A visão de Dulce Maria a paralisou.

Curioso com a interrupção abrupta da fala de Anahí, Poncho espiou a revista. De imediato percebeu o que se passava. Naturalmente ela sabia que ele fora casado com aquela mulher.

- Ela é muito bonita - Anahí comentou, timidamente.

- Sim, é.

- Ela é tão... Tão... Perfeita. - Depois de contemplar o belo rosto da modelo, seu porte gracioso, mirou a bengala recostada ao pé da cama e pensou no quadril dolorido. Nunca antes se conscientizara tanto da sua deficiência. - E eu sou tão... Imperfeita. -As palavras soaram como um lamento no silêncio do quarto. Anahí ergueu o olhar, odiando-se pelo que tinha dito e rezando para não encontrar piedade nos olhos de Poncho. Não encontrou. O que viu foi uma ternura sem fim.


 


Poncho tirou-lhe a revista das mãos e se sentou na beirada da cama.

- Fique sabendo, minha doce menina, que ninguém é perfeito. Cada um de nós tem coisas que gostaria de ocultar. A perfeição, física ou espiritual, é um objetivo distante, inalcançável por qualquer ser humano. 

Anahí não soube o que dizer. De qualquer maneira, as palavras jamais sairiam, pois os lábios de Poncho cobriam os seus. O beijo lembrava a luminescência de uma lua prateada num céu à meia-noite. E se revestia de um caráter ao mesmo tempo sensual e casto.

- Além disso, a perfeição entedia - ele sussurrou, antes de mais um beijo, absolutamente inevitável. Sentia o corpo arder e arder...E de repente rompeu o contato. Atordoado com a repressão ao próprio desejo, ergueu-se para apagar a luz. - Você precisa de uma boa noite de sono. - Ao voltar para perto da cama, tirou a camisa.

Anahí viu de relance seu peito nu antes que ele apagasse o abajur também. Com o quarto em total escuridão, ouviu o abrir de um zíper, seguido pelo ruído surdo de jeans caindo sobre o carpete. Então sentiu as cobertas serem puxadas e o colchão ceder ao peso de Poncho.

Ela prendeu a respiração.

Enquanto isso, Poncho procurava acalmar as batidas de seu coração, mas inutilmente, pois no instante em que a puxou para os braços a pulsação acelerou desenfreadamente.

- Durma - ele sussurrou, a mão deslizando pela coxa de Anahí.

Nada mais foi dito. Exceto com o corpo. Poncho massageava as coxas de Anahí, enquanto ela pousava as mãos no peito dele, e suas pernas se entrelaçavam. O contato dos corpos permitia que um soubesse o quanto afetava o outro. Anahí suspirou, ansiando por acariciá-lo, embora fosse prudente demais para isso. Era mesmo? O que aconteceria, se fizesse o que desejava? Ao ouvi-lo suspirar fundo, deu-se conta de que o acariciava. Sob os lençóis, seus dedos faziam uma exploração ousada, uma espécie de reconhecimento de terreno. E ardendo de desejo, ansiou por ser tocada também.


 


A mão que lhe acariciava a coxa subiu pelo ventre, quente, insinuante, até tocar o seio. Céus, como era bom tocá-la! Tinha de tocá-la! Realmente tocá-la!

Movido pelo desejo incontrolável, Poncho abriu os botões da camisola de Anahí. Sentiu-se recompensado pela ousadia. Nada podia ser mais agradável, mais sublime, que deslizar os dedos sobre aquela pele aveludada... Mas arrepiada de desejo.

Anahí não conteve um murmúrio de prazer nem uma dor pulsante em sua parte mais íntima. Oh, Deus, o que ele estava fazendo? A noite ficou mais quente. Os corpos ficaram mais quentes, de um calor escaldante... Abrasador... Intenso demais.

De repente, com uma força de vontade que julgava não possuir, Poncho recolheu a mão e deteve a dela. Por um longo instante, enquanto o coração voltava ao ritmo normal, manteve os dedos entrelaçados aos de Anahí. Finalmente beijou-lhe a mão e fechou os botões de sua camisola. Envolveu-a de novo nos braços, terna e apaixonadamente. Tudo sem que uma única palavra fosse dita.

Apoiado sobre o cotovelo, Poncho estava deitado de lado sobre a cama. À sua frente, Anahí acomodava-se sobre uma pilha de almofadas e continuava de camisola, a mesma da noite anterior. Apesar de discretamente fechados, os botões lembravam explicitamente tanto a um quanto ao outro o que acontecera ao se deitarem juntos. Embora nenhum dos dois tocasse no assunto, o ar se impregnava de lembranças ardentes.

- É a sua vez - ele a lembrou pela enésima vez enquanto jogavam baralho.

- Já? Que monótono, minha vez, depois a sua e vice-versa. Se ao menos fôssemos três jogando...


 


- Não seja rabugenta, Anahí. Não pense que vai estragar meu humor numa tarde tão bonita.

Realmente era uma bela tarde de segunda, com o prenúncio da primavera no ar. O sol brilhava no céu, os raios dourados se infiltravam pela janela para avivar o buquê de flores que chegara na hora do almoço. No instante em que as tinha visto, Anahí soubera, como no caso das rosas brancas enviadas ao seu escritório, de quem vinham. Reprimira lágrimas de emoção, bem como o impulso de agradecer com um beijo a Poncho. Julgara mais prudente evitar qualquer contato físico.

- O que houve? - ela perguntou ao notar o ar contrariado dele.

- Você acaba de jogar um coringa. Não está prestando a menor atenção ao jogo.

- Se acha que não sou boa parceira...

- O que eu acho é que você não quer jogar.


 


- Tem razão. Quero voltar ao trabalho.

- De jeito nenhum.

- Só um pouco, por favor!

Discutiam a questão desde cedo, quando Poncho telefonara Susan para avisar que Anahí tiraria o dia de folga.

- Jogue.

- Não quero jogar cartas.

- Eu lhe dei chance de escolher, e você optou por este jogo

- Bela escolha entre damas e buraco!

No fundo, Anahí sabia que sua inquietação não se referia apenas ao trabalho. Tinha a impressão de estar esquiando sobre o gelo fino no meio de um lago profundo. Nunca experimentar semelhante agitação emocional. Nunca experimentara uma necessidade tão palpável. Jamais desejara ser tocada a ponto de isso se tornar mais premente que o ar que respirava.

Poncho também sentia o corpo tenso. Se não a tocasse logo, corria o risco de dali a pouco estar tão nervoso quanto ela. Se bem que não tinha garantia de que o mesmo não aconteceria, caso acariciasse. Na dúvida, preferiu reprimir-se por mais algum tempo.

- Jogue - repetiu, a voz não tão firme quanto antes.

Ela aquiesceu, com mãos trêmulas. Ao jogar uma carta, Poncho vibrou:
- Bati!


 


- Outra vez? Oh, não! Bem que eu preferia trabalhar. Olhe já me sinto bem e tenho uma dúzia de providências a tomar...

- Lamento muito - ele a interrompeu, concentrado em embaralhar as cartas. - Quem dá agora?

- Ninguém, chega! - Num gesto impulsivo, arrebatou o baralho das mãos dele.

- Devolva isso. - Poncho estendia a mão, obtendo como resposta um sorriso travesso, do tipo que se via mais comumente nos lábios dele. - Devolva isso - repetiu.

O sorriso de Anahí se alargou e os olhos faiscavam em desafio, enquanto erguia mais ainda o braço com as cartas.

- Obrigue-me.

Um silêncio eletrizante caiu sobre o quarto. De repente, uma torrente de tensão sensual inundou os corpos dos dois. A um só tempo, ambos se lembraram vividamente da noite anterior - o contato inebriante com a pele nua, as batidas aceleradas do coração, o ardor do desejo. E agora queriam trilhar juntos o mesmo terreno, sem restrições. Devagar, como em câmara lenta, a mão estendida de Poncho se aproximou do rosto de Anahí e um dedo - apenas um - seguiu seu contorno. No momento do contato, um arrepio percorreu o corpo dela. Um arrepio que repercutiria no dele. Apesar de toda sua simplicidade, a carícia era forte, profunda, embriagadora. Para ambos.


 


Tal como um artista diante de uma tela, Poncho continuou a deslizar o dedo pelo pescoço de Anahí, depois pela curva do ombro e ao longo do braço. Ignorando as cartas em sua mão, saltou para a cintura, prosseguindo então a lenta pintura pelo corpo feminino.
A trajetória foi interrompida no meio da coxa, pois de onde ele estava não alcançava mais adiante. Os olhos esverdiados se desviaram para se enredar com os azuis dela. "Sente o que sinto!" os dela perguntavam. "Sim" os dele responderam. "E você, quer o que quero?" 

"Sim" veio a confirmação.
"Não sente minha pele formigar em cada ponto que tocou como se uma centena de abelhas me picassem com veneno quente e doce?"

"Não percebe..." - o diálogo mudo continuava - "...que sinto o mesmo formigamento quente e doce em meu corpo!"

Com ousadia, o dedo viajante tocou o seio de Anahí. Ela murmurou de prazer em reação ao delicado contato, e com mais prazer ainda com o movimento circular da carícia.
Ambos olhavam em fascinação sensual o percurso da espiral que, provocativamente, se afunilava ao redor do mamilo, há muito intumescido. Havia, porém, mais emoções por vir.
Os lábios de Poncho seguiram o rastro deixado pelo dedo, e Anahí esperou impaciente que eles tomassem o que de coração sabia pertencer somente àquele homem.

Quando Poncho finalmente beijou-lhe o bico do seio, ela gemeu e se deitou na cama, deixando o baralho se esparramar pelo chão.

- Maravilhoso! - ele exclamou, olhando para o círculo molhado na camisola a deixar transparecer o mamilo latejante de desejo. - Tão macio aqui - sussurrou, acariciando-lhe o seio - e tão teso aqui - referia-se ao bico. - Macio. Teso. Como o ato do amor. A maciez da mulher contra a ereção do homem. A suavidade do cetim contra a firmeza da sarja. - Essas palavras enlouqueciam Anahí.


 


- É o que estamos fazendo? - ela perguntou ofegante. - Amor?

- Creio que não temos escolha, Any. Nós dois estamos prestes a chegar ao fim da linha. Eu, pelo menos, com toda certeza.

- Mas... - O pânico assaltava seus sentidos. - Não sei... Quero dizer, não tenho certeza...

- Shh... Duas pessoas criativas e razoavelmente inteligentes podem encontrar algo que satisfaça a ambos. Concorda? 

Naquele momento ela não conseguia raciocinar. Não com os lábios de Poncho selando os seus. Ele a beijou como sempre - consciente de suas necessidades especiais, mas não como se fosse frágil. Exigia resposta e a obtinha. Anahí passou os braços por seu pescoço e o puxou para perto de si.

- Any... Você é tão macia... Tão macia...

E ele firme. Ninguém melhor do que ela podia sentir isso.

- Se eu fizer alguma coisa que a machuque - Poncho sussurrou - me diga. Certo?

- Está bem...

- E se você fizer alguma coisa que me machuque - ele acrescentou, com ar maroto - eu lhe direi.


 


- O que eu poderia fazer para machucá-lo? - Anahí sorria também.

Não me amar. O pensamento cruzou a mente dele como um raio, deixando em seu rastro um olhar de incerteza.

Anahí viu a expressão e, embora não pudesse interpretá-la ao certo, sabia que ele também estava emocionado.
Era engraçado, pois esperava que o Malandro Irlandês fosse um amante experiente e controlado. Gostou que não fosse. Gostou de ver suas mãos tremerem.

- Me ame - pediu de repente, sentindo segurança com aquele homem. 

Ele a beijou com doçura enquanto acariciava seu corpo e a trazia para mais junto de si. Avidamente ela começou a lhe desabotoar a camisa.

- É assim mesmo, querida - ele a instigou, repetindo o gesto com os botões da camisola dela, para então aninhar os seios nus ao seu peito coberto de pêlos.

As carícias continuaram, a mão dele descendo sobre o ventre macio até tocar os pêlos do púbis. O sangue nas veias de Any corria como um rio escaldante para o vale mais íntimo do corpo de uma mulher.
A dor do desejo era tão intensa que a assustou. A sensação ameaçava seu autocontrole.


 


- Al... Alfonso?

Ele percebeu sua retração momentânea e, sem mudar a posição da mão, tratou de tranqüilizá-la:

- Não lute contra o que sente, Any. Apenas deixe acontecer. Se for bom, deixe acontecer.

Ela não resistiu mais, abandonando-se aos tremores de prazer que eram provocados pelo toque cada vez mais íntimo.

- Você é tão quente! - ele sussurrava. - Tão macia e tão quente!

Com a mão ainda a cobrir sua feminilidade, Poncho ergueu mais a camisola para olhá-la sem censura. E olhou. A pele cor de marfim tinha uma cicatriz discreta, embora longa, do lado direito do quadril até a coxa. Era aquela marca, quase imperceptível, que ela chamava de imperfeição?

Ao voltar a fitar Anahí, percebeu que seus olhos azuis brilhavam de desejo. Os cabelos loiros estavam despenteados e os lábios levemente intumescidos pelos beijos trocados. Embora ainda continuasse de camisola, com os seios aparecendo por entre a abertura da frente, parecia mais sensual do que se estivesse nua.



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Autor(a): eduardah

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Apartando-lhe um pouco as pernas, ele continuou o ritual de carícias alucinantes. Anahí gemeu de prazer e fechou os olhos. Poncho não ficou imune à sensualidade do momento. Seu corpo enrijecia sob o jeans.Com toques cada vez mais ousados, explorou a********quente e úmida, ciente de que estava percorrendo um território jamais violenta ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • dessaya Postado em 21/01/2015 - 19:42:52

    u.u

  • franmarmentini Postado em 21/01/2015 - 13:57:34

    :)

  • franmarmentini Postado em 25/08/2014 - 16:34:36

    consegui ler tudo ;)

  • franmarmentini Postado em 25/08/2014 - 07:53:46

    nossa...fiquei muito feliz por vc repostar denovo :) ja vou começar a ler por aki os primeiros capitulos ;)


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