Fanfics Brasil - Capitulo-20 Lição de Ternura AyA Finalizada

Fanfic: Lição de Ternura AyA Finalizada


Capítulo: Capitulo-20

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Em suma, a semana fora perfeita.
E se Any não estivesse certa de amar Poncho ao chegarem ali, agora estava. Entretanto, por levarem vidas tão diferentes, não questionava a fundo onde aquele relacionamento acabaria. Por enquanto bastava que ele lhe sorrisse e lançasse olhares mais radiantes do que a primavera que florescia ao seu redor... Enquanto impacientemente esperava para entrar em ação no jogo.

Jason mirou a primeira bola, mas errou.

Como uma entusiasta do esporte e espectadora parcial que era, May torcia da beira do campo. Diante da expressão de desapontamento do menino, ela quis correr ao seu encontro. No mesmo instante Christian deixou a posição para consolá-lo e orientá-lo. MAy cedeu ao impulso e se juntou aos dois. Any observou a amiga, com uma paciência fora do comum, e Christian, com uma gentileza que não combinava com seu porte gigantesco, posicionarem as mãozinhas de Jason mais alto no bastão. Os três mais pareciam uma família, invocando perguntas do gênero: quanto tempo ainda teriam de esperar pela resposta da agência de adoção? Era sério o relacionamento entre eles dois?

Enquanto Any se entretinha com essas questões, May voltou para a margem do campo e Christian para sua posição, deixando Jason pronto para rebater.


 


- Vamos, Jase! - May incentivou.

- Vamos pegá-los, companheiro! - Chris berrou, preparando-se para correr, caso Jason concretizasse a jogada.

Outros incentivos surgiram de várias partes.

Um silêncio de expectativa reinou a partir do momento em que o arremessador posicionou o braço para trás. Quando ele soltou a bola, Jason a rebateu com toda a força. Os espectadores irromperam em aplausos e assobios.

A expressão do menino desafiava qualquer descrição, embora seu sorriso se expandisse de um lado a outro do rosto.

Terminada a partida, Poncho correu para junto de Any. Estava suado, o rosto queimado pelo sol e os cabelos despenteados pelo vento. Um sorriso se formara em seus lábios, o maroto de que ela tanto gostava, no instante em que se pusera a correr, e se alargava a cada passo.

- São e salvo - ele desabafou, parando diante dela.

Anahí examinou-o dos pés à cabeça, com um olhar sedutor.

- Tem certeza, Herrera? 

A insinuação não passou despercebida.
Os gracejos tinham sido uma constante durante toda a semana. Agora os dois mal disfarçavam a ansiedade.

Haviam feito amor apenas naquele maravilhoso período de vinte e quatro horas... Um mês atrás. De fato, embora tivessem conversado todas as noites pelo telefone, sequer se avistaram antes da chegada dela ali, no domingo anterior, para acertar os últimos detalhes da semana.

Com a casa lotada - Christian, May, um médico que lhes cedia parte das férias e alguns outros adultos -, eles decidiram não se contentar com fragmentos de suas noites. Nada afeito a concessões, desejavam tudo ou nada. Com as crianças por perto, mantinham o relacionamento o mais discreto possível, e a espera os deixava impacientes.
Nenhum dos dois agüentava mais se contentar com beijos roubados e promessas tórridas.

- Se não parar de falar assim, se não parar de me olhar desse jeito, vou...

- Vai o quê?


 


Ele se apoiou nos braços da cadeira dela e aproximou o rosto até quase seus narizes se roçarem, embriagando-a com o cheiro de grama misturado ao seu próprio, viril e sedutor.

- Se eu não a beijar logo, ficarei maluco.

- Eu sei. - Ela mais do que ninguém conhecia aquela sensação.

De repente as vozes e os risos morreram, as pessoas, o campo e o dia primaveril desapareceram, Poncho inclinou a cabeça e Any ergueu a sua para receber o beijo.

Suas bocas quase se uniam, suas respirações quase se fundiam quando ouviram alguém chamá-lo, rompendo a magia do momento.

- Droga! - ele praguejou. - Há alguma lei contra estrangular a governanta?


 


- Acho que sim. Ainda mais quando ela é uma pessoa tão simpática.

Poncho concordou, com uma expressão nada convincente. Ao erguer o olhar, deparou com a senhora corpulenta, parada a alguma distância, as mãos ao redor da boca.

- Telefone! - ela gritou.

- Obrigado, Elita! - Então Poncho voltou-se para Anahí. Ela parecia tão frustrada quanto ele. - Provavelmente foi melhor assim. Depois de todo esse tempo de celibato forçado, não creio que me contentaria com um beijo apenas. Voltarei já.

Anahí seguiu-o com o olhar até ele entrar na casa. Deu-lhe razão. Nenhum dos dois se satisfaria àquela altura com um simples beijo. Ela queria mais. Muito, muito mais.

Ele voltou em seguida, o cenho franzido, aflito. Percorreu o olhar pelo campo antes de gritar:

- May!


 


Ela estava ajoelhada, ajustando a muleta de uma garotinha, e, com ar interrogativo, foi ao encontro de Poncho, agora parado ao lado da cadeira de Anahí. Instintivamente apressou o passe diante da sensação de urgência que parecia impregnar o ar. Sua amiga também tinha a mesma impressão e não tirava os olhos de companheiro.

- O que foi? - Mayte perguntou, preocupada.

- Há um telefonema para você. É da agência de adoção.

Mayte ficou paralisada, atônita, sem qualquer reação. Agora que chegara o momento pelo qual tanto esperara, não sabia em absoluto o que fazer.

- Estou com medo - confessou, olhando para Any como que busca força.

Any não se fez de rogada e estendeu os braços para ele
- Eles não podem ser estúpidos a ponto de não enxergar que mãe maravilhosa você seria.

- Mas, talvez...

- Nem mas, nem talvez. - Vendo Mayte ainda hesitar, disse - Terei de atender o telefone por você? Vá logo! Estou ansiosa para saber se sou tia. - E apertou-lhe a mão, reconfortando-a.


 


- Poderia me emprestar um pouco de sorte irlandesa? - May dirigia-se a Poncho.

- Você pode ter mais do que um pouco. - O olhar dele era tão fervoroso que valia mais do que um punhado de trevos de quatro folhas.

Enquanto May corria para casa, Christian, que havia notado que acontecia algo, aproximou-se de Any e Poncho.
- O que houve?

Poncho contou-lhe sobre o telefonema, e os três começaram uma vigília caracterizada por olhares impacientes e preces silenciosas. 
Até que Anahú se levantou e, contrariando as recomendações médicas, se pôs a andar de um lado a outro. Àquela altura, continuar sentada se tornara o pior de dois males.

- Por que não se senta? - Poncho sugeriu, preocupado.

- Não posso.

Anahí amou-o ainda mais por não insistir. Ele possuía um jeito instintivo de saber quando instigá-la e quando ceder.


 



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Autor(a): eduardah

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Passaram-se cerca de quinze minutos antes de May voltar.Foi Anahí quem a viu primeiro. Ela caminhava devagar e, quanto mais se aproximava, mais se evidenciava que havia chorado. Entretanto, o brilho dos seus olhos falava de felicidade, não de tristeza.As duas se olharam, ambas invadidas pela emoção, numa comunicação silenciosa result ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • dessaya Postado em 21/01/2015 - 19:42:52

    u.u

  • franmarmentini Postado em 21/01/2015 - 13:57:34

    :)

  • franmarmentini Postado em 25/08/2014 - 16:34:36

    consegui ler tudo ;)

  • franmarmentini Postado em 25/08/2014 - 07:53:46

    nossa...fiquei muito feliz por vc repostar denovo :) ja vou começar a ler por aki os primeiros capitulos ;)


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