Fanfic: Lição de Ternura AyA Finalizada
Any gemeu de prazer. Como ele era quente e macio e no entanto tão firme. Ela se sentia mais do que fisicamente preenchida.
Emocionalmente também.
Poncho se extasiava com o calor e a maciez daquele corpo adorado. Queria mais e mais. Quando ela, como se adivinhasse seu desejo, arqueou os quadris, ele quase morreu. De prazer.
- Anahí!
Amaram-se com intensidade e atingiram juntos a plenitude do ato. Nesse momento Poncho confessou o sentimento que guardava.
- Eu amo você. - Encheu os ouvidos dela com a doçura dessas palavras enquanto preenchia seu corpo com a doçura da vida.
Será que ela não tinha escutado? Ou simplesmente não sabia como lidar com uma declaração? Essa possibilidade o perturbou. Ou melhor, o magoou. Como uma faca enterrada em suas entranhas.
- Anahí? - Ele ansiava por ouvir algo, mesmo que não fosse o que esperava.
Estavam deitados de lado, face a face, e ela não o encarava. Somente ao chamado de seu nome, ergueu o olhar. Cheio de lágrimas reprimidas.
- Falou... Falou sério?
- Acha que eu diria isso, se não fosse sério?
- Não.
- Então creio que já tem a resposta.
Anahí reprimia as lágrimas, mas o peso em seu coração exigia desabafo. Queria dizer que jamais se sentira assim, literalmente sufocada por emoções; queria dizer que nunca esperara ouvir uma declaração de amor outra vez. As palavras, porém, não saíam.
- Any... - Ele a puxou para si, aninhando-lhe o rosto contra seu peito. - Não pretendia fazê-la chorar, querida.
Ao que tudo indicava, a declaração de amor tinha sido demais para ela.
Tudo acontecera muito rápido. Ele compreendia a reação, mas como lhe explicar aquela sensação de predestinação que experimentara desde a primeira vez que a vira? Como, se nem ele próprio entendia?
- Não lute contra o meu amor, Anahí. Apenas deixe acontecer. Apenas goze o momento. Não pedirei nada de você agora. Nunca, se for como quiser. - Eram palavras difíceis, apenas superadas em dor pelas seguintes. - Não precisa me amar. Só me deixe amar...
- ... você. - Anahí havia falado, mas ele não a escutara, concentrado na própria súplica.
- Amo você - ela repetiu, num sussurro abafado contra o peito dele. O silêncio dominou o ambiente.
À medida que os minutos passavam, Anahí imaginou que ele não a tinha ouvido.
- Poncho? - Ao erguer o olhar, encontrou o dele vidrado.
- Fala sério? Mas está dizendo isso apenas porque...
- Acha que eu diria isso, se não fosse sério?
- Não. - Poncho respondeu sem pestanejar.
- Então creio que já tem a resposta. - Ela sorria, as faces molhadas.
Nenhum dos dois voltou a falar exceto repetidos "eu te amo", pois ele a beijou longamente noite adentro.
- Será que May e Christian estão passando o tempo deste jeito? - Any indagou já tarde da noite, a voz lânguida.
- Talvez... Provavelmente. Se tiverem algum juízo... O que está fazendo?
- Tocando você.
- Imaginei que... - A voz lhe faltou quando Any tocou sua virilidade.
Ela se regozijava com o poder de afetá-lo tanto.
- Isso... Machuca... Sua mão? - Em meio à excitação, ele ainda se preocupava.
- Não. Machuca seu...
- Sim! De um jeito maravilhoso. Acho melhor parar.
Ela continuou.
- Anahí... - Ele segurou-lhe a mão com a intenção de deter o movimento. Em vez disso, porém, involuntariamente mostrou-lhe outra forma de agradá-lo. Ela sorriu.
- Sim, Alfonso. O que é?
- Acho melhor... Parar.
- Agora?
- Sim... - a excitação crescente o impedia de falar.
- Quero observar você - ela sussurrou, continuando a carícia que o induzia ao clímax. - Você me observou uma vez. Agora é a minha vez.
Poncho sentia as pálpebras pesadas demais para manter os olhos abertos.
O peito arfava.
Estava literalmente nas mãos dela. Um escravo que não desejava liberdade. Logo uma exclamação de prazer precedeu o clímax.
Any observou tudo com o coração tão cheio de amor que precisava desabafar. E depositou uma amostra do que sentia nos lábios dele em forma de beijo.
- Eu te amo - murmurou maravilhada com o poder de ser mulher, mas maravilhada ainda com o poder de ser a mulher de Alfonso Herrera.
Como a imagem num caleidoscópio, a felicidade era um sentimento multifacetado. Any sentia todas as suas nuances e matizes por uma simples razão: estava apaixonada.
Ela e Alfonso acordaram na manhã seguinte lado a lado, partilhando as mesmas emoções. Depois do café da manhã e da ida de May com Christian para a cidade a fim de comprar roupas novas para Jason, os dois trocaram sugestões provocativas sobre como passar o sábado.
- Baralho? - ele propôs.
- Não sou boa parceira, lembra-se?
- Sei como obter retribuição, lembra-se?
- Isso me deu uma boa idéia. - Ela sorriu com malícia.
- Sua mente é pervertida, Giovanna.
- A sua não?
- Tem razão. Deixemos o decoro de lado e vamos logo voltar para cama.
- Seu devasso.
- Sou um apaixonado, isso sim. - Ele a tomou nos braços.
Ao contato dos corpos, desejos primitivos ganharam vida.
- Esqueça a cama. Faremos amor aqui mesmo na cozinha.
**
Enfim, e um sem-número de beijos depois, decidiram por um piquenique. Anahí preparou uma cesta com sanduíches, queijos, biscoitos, barras de chocolate deixadas pelas crianças e uma garrafa térmica com coca-cola gelada. Enquanto isso, Poncho selava o garanhão negro. Com ela na garupa, ele guiou o cavalo pela trilha mais regular até a beira de um riacho tortuoso e veloz. Estenderam a toalha à sombra de um carvalho, e com o cuidado de sempre Poncho acomodou Anahí sobre uma almofada que haviam levado.
Comeram e riram, conversaram e se tocaram, até o cair da tarde.
Anahí suspirou de puro contentamento. Poncho estava deitado com a cabeça em seu colo e os olhos fechados. Ela não conseguia recordar um momento tão feliz em sua vida. Segurando a mão dele, examinou cada detalhe, desde as veias sob a pele bronzeada até os pêlos escuros no pulso e as linhas na palma.
- Esta é sua mão arremessadora?
- Ahã - ele murmurou, sem energia para uma resposta mais elaborada.
- É bonita. - Ela entrelaçou os dedos aos dele. - E forte, capaz de arremessar uma bola por toda a extensão de um campo...
- Talvez nem tanto.
- Capaz de derrotar o time adversário sozinha...
-Também lhe contei que pulo sobre prédios altos com um só impulso e...
- Capaz de me fazer sentir como... - Ela se interrompeu, pensando em todas as sensações que aquela mão lhe causara.
- Como o quê? - Ele entreabriu os olhos.
- Como uma mulher.
Sem tirar os olhos dela, Poncho levou aos lábios a mão entrelaçada à sua e lhe deu um beijo.
- Eu te amo.
Para Anahí o momento era um daqueles raros em que há tanta beleza e pureza emocional, tanta sinceridade e perfeição que extrapola o alcance da mente. Ela parecia sufocar em meio à riqueza da vida. Sentia um nó na garganta, uma ardência no peito uma dor indescritível em cada célula do corpo. Amava e era amada. Dessa constatação nasceu a primeira fagulha de medo. Aquilo não era simplesmente bonito demais para durar? O amor não constituía algo de que sempre fora obrigada a se despedir?
Uma lágrima, mistura de felicidade e temor, escorreu do canto de seu olho.
- Eu te amo - ela sussurrou, convencendo-se de que daquela vez seria diferente. Quando Poncho se sentou para tomá-la nos braços, Anahí se agarrou a ele com mais intensidade do que nunca.
O momento passou, a lágrima secou e ela ocultou o medo no fundo do coração.
Voltaram para casa no meio da tarde. Sem nada dizer, Poncho carregou-a até a hidromassagem ao ar livre, cercada por uma tela alta, e começou a lhe desabotoar a blusa.
- Poncho!
- Quem vai ver? O vizinho mais próximo está a quilômetros de distância.
- Mas May e Christian...
- Não voltarão tão cedo. - Ele a despiu da blusa e desabotoou o sutiã num movimento ágil.
- E se eles decidirem... - um murmúrio abafou a palavra seguinte em reação a um beijo no bico do seio - ... voltar mais cedo?
- Diremos a eles para irem embora.
- Parece-me lógico.
Com ela nos braços, Poncho mergulhou nas águas quentes e borbulhantes.
- Há tanto tempo que não fazíamos amor - ele disse enquanto começava a corrigir a falha. Com a total cooperação de Anahí. Amaram-se com frenesi, ajudados pelo efeito amortecedor da água sobre o corpo de Anahí. Atingiram juntos o clímax.
- Bem-vinda ao paraíso - Poncho murmurou ao ouvido dela.
- Acho que... Acabamos de descobrir... Algo novo. - A respiração de Anahí continuava irregular, como as batidas do coração. O corpo saciado estava lânguido.
- Agora basta desenvolvermos guelras para não precisarmos mais sair daqui - ele sugeriu, mordiscando-lhe a orelha. Anahí riu, tanto das palavras quanto do gesto dele.
Autor(a): eduardah
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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dessaya Postado em 21/01/2015 - 19:42:52
u.u
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franmarmentini Postado em 21/01/2015 - 13:57:34
:)
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franmarmentini Postado em 25/08/2014 - 16:34:36
consegui ler tudo ;)
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franmarmentini Postado em 25/08/2014 - 07:53:46
nossa...fiquei muito feliz por vc repostar denovo :) ja vou começar a ler por aki os primeiros capitulos ;)