Fanfics Brasil - Capítulo 010 Efeito Borboleta

Fanfic: Efeito Borboleta


Capítulo: Capítulo 010

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Alfonso ficou, no mínimo, arrasado quando um dos folhetos chegou na sua mão. Ele contemplou a foto da Anahí fraca, sentada em uma cadeira de jardim, sorrindo pra câmera, e sentiu raiva de quem fez aquilo. Ficou muito confuso com tudo. Alexandre chegou à escola poucos minutos depois, e os gritos vindos da direção eram audíveis nos corredores. Por fim ele saiu, abraçando a filha, e a levou até o carro que os aguardava no final da escadaria. Anahí tinha o rosto pálido, uma expressão perdida, como de alguém que ainda não acreditava que aquilo estava acontecendo com ela. Alfonso os viu saindo, e sentiu mais pena ainda. Tá, ela não era a mais agradável das criaturas, mas também não merecia aquilo. Ela sabia ser doce, quando deixava alguém se aproximar. Não que ela deixasse, é claro. Mais tarde, na mansão dos Portilla... Anahí tomara um banho bem demorado. Ao contrário das meninas da sua idade em New Jersey, ela tinha uma suíte só dela, e o quarto era enorme. Tomou um banho quente, perfumado, lavou os cabelos. Por fim vestiu a roupa debaixo (um top e uma calcinha pretos) e se pôs a secar o cabelo com o secador na frente do espelho. Ouvia os gritos do pai vindo do andar de baixo. Ao terminar, ela parou, se olhando no espelho. Não era mais aquela garota bulimica – ela era linda. Seu corpo era lindo, seus olhos eram lindos, seus cabelos eram lindos. Ela era impecável. Deitou a cabeça pro lado, olhando a si própria.
Por ser nova, o corpo não tivera tempo de se desenvolver completamente, mas ela tinha seios bonitos (Brad vivia tentando, naquelas brincadeiras com fundo de verdade, abrir o primeiro botão da camisa dela pra ter alguma visão), sua barriga era fina, o corpo delineado. Tudo perfeito. Por fim ela se encarou no espelho, todo o susto e o estremecimento superados. A garota no espelho não precisava que ninguém sentisse pena dela. Aquela garota era perfeita, e podia conseguir o que quisesse. Aquela garota era a rainha de St. Jude. Precisaria de muito mais para derrubá-la. Ela sorriu pra si mesma, suspirando, e foi se vestir.
Alexandre: Eu simplesmente não me importo em como aconteceu. – Disse, agarrado ao telefone, perto da janela – Escute, eu vou processar aquela escola, e eu vou tirar TUDO deles, até que eles não tenham como se manter de pé. – Disse, e pôde se ver de onde Anahí herdara sua crueldade – NÃO ME IMPORTO, NINGUÉM VAI FAZER ISSO COM A MINHA FILHA E SAIR ASSIM! – Rugiu, esmurrando a mesa a sua frente. Houveram batidas na porta – Providencie os papeis. – E desligou.
Anahí: Papai? – Chamou, entrando no escritório. Ele assentiu pra ela e ofereceu a mão. Anahí foi até ele, se sentando em seu colo, e ele a abraçou forte.
Alexandre: Estou resolvendo tudo, sim? – Disse, ninando ela – Nós vamos pra New York. Vamos morar lá, não é o que você sempre quis? – Mimou, e Anahí permaneceu quieta – Você não precisa voltar lá. Só me dê alguns dias pra cuidar da mudança. Vou cuidar de você.
Anahí: Papai... – Interrompeu, se soltando do abraço. Ela usava um vestido solto, azul claro com uns poucos detalhes brancos na bainha e tinha os cabelos presos numa poupa.
Alexandre: Vamos começar do zero, longe de todas essas pessoas. – Prometeu, e ela sorriu de canto.
Anahí: Mais uma vez? – Perguntou, com um sorriso que não aparecia em seus olhos. O sorriso do pai murchou aos poucos. – Começar de novo? Uma escola nova, pessoas novas, uma casa nova, tudo outra vez? – Perguntou, hesitante.
Alexandre: Esse sempre foi o plano. – Lembrou. O pai de Anahí tinha uma empresa, cuja matriz ficava em NY. Eles viviam em New Jersey, que era mais calma, porque ele a escolhera quando Anahí saíra da reabilitação. Ela precisava daquilo, daquela paz, e ele daria, mas vivia viajando a negócios. O plano era que quando Anahí se formasse, os dois se mudariam. Ela queria estudar em Princeton, ele fazia gosto, logo iriam para a mansão que possuíam, porém não usavam muito, em NY.
Anahí: Sim, mas quando eu me formasse. Se formos agora, terei que recomeçar em um colégio de ensino médio, e só por um ano, então terei que recomeçar de novo, em Yale. – Explicou.
Alexandre: O que eles fizeram com você aqui... – Ele suspirou, se lembrando do maldito folhetim.
Anahí: Não quero ir, papai. – Pediu – Eu vou ficar, e vou encarar isso. Eu sou a rainha do St. Jude, eles vão ter que se curvar a mim de novo. – Alexandre sorriu. Achava graça no modo que os adolescentes se portavam com Anahí – É o natural. Não quero fugir. Por favor.
Alexandre: Meu bebê, sempre tão forte. – Disse, pondo um fio do cabelo dela atrás da orelha.
Anahí: Não processe o colégio. Eu tenho MID amanhã. Vou pra aula, e coitado de quem se atrever a me olhar torto. – Alexandre riu. O que não faria por ela?
Alexandre: Você tem certeza? – Perguntou, e ela suspirou, assentindo – Sabe que pode mudar de idéia, não é? – Ela assentiu de novo. – Então está tudo bem. Você fica. – Anahí riu, radiante, abraçando-o de novo – Mas só dessa vez. Se alguém tentar algo contra você de novo...
Anahí: Não vai acontecer. – Interrompeu – A pessoa que fez isso vai pagar e vai ser lição para que todos os outros saibam que não se deve mexer com a rainha. – Alexandre riu de novo.
Alexandre: Aquele garoto está envolvido nisso? – Perguntou, os olhos sondando-a. Anahí franziu o cenho. – O loiro que joga Lacrosse, que vive atrás de você e você insiste que não é seu namorado. – Reprovou. Anahí riu.
Anahí: Não. Brad não tem nada a ver, e ele não é meu namorado. – Lembrou, apertando o nariz do pai, que riu de leve – Ele até ajudou. Reuniu o time e tirou os folhetos de circulação. – Alexandre ergueu as sobrancelhas. A campainha tocou.
Alexandre: Certo, ele subiu um pouco no meu conceito. Um pouco. – Anahí riu. A campainha tocou – Chame suas amigas hoje à noite, pra ficarem com você. E chame quem você quiser: Massagista, manicure... Coisas de garota. O que você quiser. – Anahí ergueu as sobrancelhas, sorrindo – Hoje você tem passe livre. – Disse, beijando a testa dela.
Anahí: Obrigada, papai. – Disse, abraçando-o com força.
Alexandre: Pra você, tudo, meu bebê. – Respondeu, sorrindo de canto.
Empregada: Senhorita Anahí? – Anahí e Alexandre olharam – Visita para a senhorita. – Anunciou. Anahí se levantou do colo do pai.
Anahí: Combinados? – Confirmou, brincando com o colar que usava.
Alexandre: Combinados. Agora vou retirar uma pilha de processos de cima do St. Jude, se você não se importa. – Brincou, apanhando o telefone, e ela sorriu, saindo.
Não é que a casa dos Herrera fosse humilde. Não era. Era uma casa em um ótimo bairro da cidade, ampla, espaçosa, cada um tinha o seu quarto (o do casal, Alfonso, Christopher, Rebekah, e agora Jennifer, que ficara com o quarto de Robert, o irmão mais velho, que se formara e fora pra faculdade). Tudo era de ótima qualidade. Mas a casa de Anahí era uma mansão. Alfonso passou pelo corredor de entrada, que era todo em madeira mogno, e foi mandado esperar em uma enorme sala de espera. Tinha uma lareira enorme, agora apagada, sofás e poltronas beges, o chão em madeira mogno, tudo muito refinado. Em cima da lareira haviam porta retratos. Alfonso esqueceu um pouco do nervosismo ao ver as fotos de Anahí ali. Tinham fotos dela mais nova, fotos atuais, fotos dele em NY, em Madri, Londres. Ela sorria em todas.
Anahí: Oh. – Disse, parando no portal. Alfonso se virou. Ela estava linda, como sempre, e isso o deixou mais nervoso ainda – Oi. Desculpe, com tudo não deu pra eu ir hoje. – Disse, entrando na sala. Não ficara obvio? – Mas está tudo certo pro MID aman... – Interrompida.
Alfonso: Não é isso. – Disse, ajeitando os óculos – Como você está? – Perguntou, observando-a. Ele usava jeans, uma camisa branca e uma jaqueta por cima. Simples, nada comparado ao cetim do vestido dela.
Anahí: Estou bem, obrigada pela preocupação. – Disse, educada. Ele fora ali pra isso?
Alfonso: Escute, eu sei que vou me embolar um pouco já estou me embolando até é de esperar... – Disse, tudo junto, atropelando as palavras, e ela ergueu as sobrancelhas – O que quero dizer é, você não deve dar atenção a aquilo. – Ela esperou – É besteira de alguém que estava com inveja e queria te atingir, não que você merecesse, mas as pessoas são assim... – Ele suspirou.
Anahí: Calma. – Disse, tentando achar um modo de ele falar o que queria de uma vez.
Alfonso: Eu sei que isso deve ter atingido você. Eu vi. – Ele oscilou no lugar, tomando coragem – O que eu quero dizer é, o que eu vim dizer é que eu gosto de você. – Pronto, falara.
Anahí: Gosta de mim? – Repetiu lentamente, observando-o. É o que?!
Alfonso: Gosto de você. Sempre gostei. Desde o primeiro ano, desde a primeira vez que eu te vi. Mesmo quando você nem sabia quem eu era. – Ele olhava o chão, tomando coragem pra deixar as palavras saírem – Eu era louco por você antes mesmo de você ter reparado que eu existia.
Anahí: Oh, meu Deus. – Disse, mortificada.
Alfonso: E não digo isso querendo cobrar alguma coisa, as ultimas semanas foram maravilhosas, é claro, mas você não me deve nada, eu só digo porque quero que você perceba a garota incrível que você é, independente daquela porcaria toda. Todos nós temos algo ruim, e nem por isso as pessoas ficam esfregando na cara de ninguém. – Ele estava perdendo a coerência. Ergueu os olhos pra ela, nervoso. Ela o observava, estancada no lugar.
Anahí: Não sei o que dizer. – Admitiu, o cérebro em curto pela segunda vez no dia. Só que agora era... Hilário.
Alfonso: Não precisa dizer nada, não era a intenção. – Disse, passando a mão no cabelo. Falara tudo errado, agora ela achava que ele era um idiota, que ótimo.
Anahí: Alfonso... – Começou, então os olhos dela bateram no relógio. Eram 15:30 – Você não devia estar no hospital? – Perguntou, antes de se conter.
Alfonso: Como você sabe que eu estava no hospital? – Ela hesitou – Ok, não importa, eu já estou voltando pra lá, eu nem vim te cobrar nada, eu nem diria nada se não tivesse acontecido isso, eu só quis que você soubesse que você não deve se sentir diminuída porque alguém foi idiota com você. Qualquer garoto no mundo seria muito, muito feliz, o mais feliz de todos, por ser seu namorado. Eu seria, assim como o Brad é. – Ela esperou. Primeiro Rebekah dando uma de mulher maravilha, depois Alfonso se declarando pra ela. Qual era o problema dos Herrera? – Eu vou embora. Espero que você fique bem.
Anahí: Vou ficar. Nos vemos amanhã, no MID? – Perguntou, observando o nervosismo dele pra sair dali.
Alfonso: MID, claro. Você vai, eu vou, vamos fazer a prova. – Afirmou. Ela assentiu – Desculpe o incomodo. – E se apressou, saindo. Ela o acompanhou até o corredor. Quando ele finalmente ia alcançando a porta...
Anahí: Alfonso? – Ele a olhou, sobressaltado – Sua irmã fez isso comigo. – Entregou. O nervosismo dele esmaeceu aos poucos.
Alfonso: Rebekah? – Anahí assentiu – Impossível. Ela não faria isso, ela não é assim.
Anahí: Eu te disse que ela estava com raiva de mim. – Semeou, brincando com as perolas falsas do colar outra vez.
Alfonso: Mas daí a invadir o arquivo do colégio... – Ele suspirou – Porque você acha que foi ela?
Anahí: Porque ela me disse, hoje de manhã mesmo. – Confirmou – E me mandou ficar longe de você. – Concluiu.
Alfonso: A culpa disso tudo é minha, então. – Murmurou pra si próprio, e Anahí esperou – Me perdoe. – Ela assentiu – Eu vou cuidar de Rebekah. Desculpe.
E saiu dali às pressas, totalmente atordoado. Rebekah, arriscando ser expulsa, invadindo o passado das pessoas só por capricho! Assim que a porta se fechou, um sorriso de canto nasceu lentamente no rosto de Anahí. Rebekah e se arrependeria amargamente. E a primeira parcela era o irmãozinho dela que iria cobrar.



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Autor(a): fanficfoda

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- Você enlouqueceu?!? Gritos na casa dos Herrera não eram comuns, mas essa noite era diferente. Lamentavelmente, Grace não estava em casa, o que significava um ninho de adolescentes furiosos, incluindo um Alfonso a beira de um ataque cardíaco. Jennifer: O que foi? – Perguntou, aparecendo no segundo andar, estranhando. Alfonso não grita ...


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