Fanfics Brasil - Capítulo 014 Efeito Borboleta

Fanfic: Efeito Borboleta


Capítulo: Capítulo 014

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12 anos depois...   
Um prédio se erguia, imperioso, no centro de Nova York. Era a sede da Herrera Enterprises Holdings, Inc. Uma multinacional tocada pelos membros de uma família e amigos próximos. Sabia-se que havia começado como um negocio pequeno, tendo como base apenas uma idéia, algum fundo financeiro e muita força de vontade. Foi tocado com maestria, de forma que em uma década se tornara a empresa de maior porte e poder aquisitivo de quase todas as áreas de negocio dos Estados Unidos. E eles continuavam, a todo vapor, crescendo de forma desmedida. Muito pouco se sabia sobre os Herrera, eles não eram de se exibir. Sabia-se que se mantinham juntos, como família, desde sempre. Os quatro se formaram com louvor em faculdades da Ivy League. Trabalhavam no mesmo prédio, viviam no mesmo prédio. Eram quatro irmãos. Desses dois eram casados, exceção a caçula e ao do meio. Apesar de se saber pouco sobre a vida pessoal deles, algo era obvio: Não se devia mexer com um Herrera.  
Rebekah: Irmão... – Chamou, entrando na sala. Três pares de rosto se viraram para encará-la, e ela recuou – Alfonso. – Definiu, continuando – Acabei de receber isso, é o relatório de avanço do Golden. Quero que você dê uma olhada. – Disse, passando uma pasta pra Alfonso. A pasta era preta, simples e tinha um H médio, prata, na frente.  
Alfonso: Você sabe que precisa parar com isso de “irmão” quando estivermos os três juntos, não sabe? – Perguntou, obvio, abrindo a pasta. Robert enfatizou aquilo com um suspiro.   
Havia muito a se reparar dentro daquela sala. A começar, a pequena Rebekah não tinha mais nada de pequena. Tornara-se uma mulher linda, confiante, dona e segura de si. Os cabelos, de um louro claro fascinante caiam lisos pelos ombros, cacheando brevemente nas pontas. Os olhos claros, em um tom sereno de azul. Em sua parte da empresa Rebekah abrira uma cadeia de shopping centers, academias e boates em Manhattan, a inicio, e deu certo em uma proporção monstruosa. As idéias dela eram coerentes e ela tinha mão de ferro para coordenar os negócios. Esperou, parada de pé, usando salto alto, calça social, camisa branca e um terninho por cima. Apesar da fachada séria, acariciava o ombro de Christopher.  
Alfonso: Pelo que eu vejo... Tudo nos conformes. – Disse, passando uma folha – Você resolveu o problema do estacionamento? – Perguntou, distraído. Golden era o novo projeto de Rebekah, acabara de ser lançado e estava em fase de teste, de modo que a atenção dela estava focada nele.  
Rebekah: Em andamento. – Ele assentiu, fechando a pasta. 
Alfonso: Tudo certo. – Disse, pondo a pasta de lado.  
Rebekah: Reunião de família e eu não fui convidada? – Perguntou, encarando os três, e Alfonso sorriu.  
Alfonso: Coincidência. – Garantiu, encostando-se à cadeira. A sala de Alfonso era revestida de uma vidraça que o dava plena visão do central park e do alvoroço que era Nova York. Pela altura, dava-se a impressão de que ali eles estavam acima de tudo aquilo. Ele parecia muito à vontade com isso.   
Christopher: Bom, eu já vou. Você precisa ligar pra mamãe. – Disse, e Rebekah assentiu. Estivera superlotada a manhã toda, mas isso não era razão. – Vamos jantar com ela hoje. – Avisou, e Rebekah assentiu de novo. Christopher se levantou.  
Madison: Com licença. – Disse, entrando na sala.  
Apenas os membros mais próximos da família podiam entrar na sala de Alfonso sem se anunciar. Madison Salvatore, agora Madison Herrera, era esposa de Christopher. Cabelos pretos, pele branca, olhos negros. Se conheceram na faculdade, e já deixaram Harvard com a certeza de que não era nada leviano. Casaram-se dois anos depois. Ela e Christopher, por sua vez, eram mais alternativos. Christopher era ganancioso e ela apreciava isso nele. Os dois trabalhavam com ações, investindo nas que valessem à pena, tornando a empresa dona de grande parte das principais marcas de tudo o que se pode pensar dentro daquele país. Trabalhavam também em investimentos na bolsa de valores. Alguns chamavam de boa sorte, mas Christopher tinha um faro infalível para ações, quase que prevendo suas altas e quedas, de modo que os prejuízos que os alcançavam eram mínimos. A ganância dele e a tenacidade dela combinadas colocava os dois no ranking dos casais mais bem sucedidos dos Estados Unidos. O casamento era ótimo: Os dois se amavam, ele era loucamente apaixonado por ela e ela adorava o chão que ele pisava. Funcionava muito bem.  
Madison: Vamos, querido? – Chamou, e Christopher assentiu – Olá. – Disse, e os outros assentiram.  
Rebekah: Mad, estive pensando, podemos consultar minha mãe hoje à noite sobre o evento. – Disse, interada do jantar em família. 
Robert: Vocês não vão parar com isso, não é? – Perguntou, exasperado. A própria Kristen andava com a cabeça distante, focada no maldito evento.  
Rebekah: Cale a boca, Robert. – Alfonso riu.  
Madison: Claro. As opiniões de Grace jamais devem ser dispensadas. – Disse, sorrindo. Christopher a alcançou – Até a noite. – Disse, abraçando o marido pela cintura, e os outros responderam. Rebekah se sentou no lugar que Christopher esvaziara.  
 Rebekah: A sala de Jennifer continua com problema no ar condicionado. Ela está furiosa. – Disse, e Alfonso franziu o cenho. Robert gemeu. Jennifer estava tirando a paz de todo e qualquer ser humano vivente por causa daquele ar condicionado. – Já demitiu três pessoas hoje. Eu não sou babá dela. – Ressaltou, cruzando as pernas.  
Robert: Pelo amor de Deus, porque vocês não mandaram arrumar isso ainda? – Perguntou, atordoado. Alfonso massageava a ponte do nariz.  
Alfonso: Você acha que eu não mandei? – Perguntou, exasperado. O celular de Robert tocou e ele atendeu. Era o toque do hospital, então não se questionou nada.  
Robert, o mais velho dos Herrera, se graduara primeiro na faculdade. Fizera medicina em Princeton, e não descansou até atingir o sucesso. Encarara estágios, então a residência, foi então que os irmãos o alcançaram. Sua parte na empresa era a rede de hospitais espalhadas pelo país, equipadas com o que havia de melhor em equipamentos e profissionais, não admitindo uma falha que fosse em nada. Robert não trabalhava integralmente na sede da empresa – Exercia a profissão no hospital que ficava em Nova York, o maior deles. Conhecera Kristen, sua esposa, casualmente, apresentada por amigos. O relacionamento teve alguns altos e baixos, mas era inegável que se amavam.  
Robert: Sim. – Disse, coçando a sobrancelha – É claro. E a saturação? Sim. – Respondeu, respirando fundo – Chego ai em 20 minutos. Tirem outra ressonância enquanto isso, quero uma comparação com a primeira. – E desligou, se levantando – Até a noite. – Se despediu, saindo. 
No começo isso irritava Rebekah, mas agora era normal. Robert se revezava entre a administração dos hospitais e a residência de um deles, o que tornava essas saídas repentinas normais. No fim, concluíram que se Kristen, que era mulher dele, agüentava isso 24h por dia, eles também podiam. Sobraram Rebekah e Alfonso na sala. Ela encarou o irmão, calada, e ele ergueu a sobrancelha.  
Alfonso: Não tem nada pra fazer? – Cortou, a típica implicância entre irmãos sobrevivendo mesmo na fachada empresarial e profissional dos dois. Alfonso era forte, e isso se mantinha mesmo sobre o terno preto. Tinha olhos intensos, e o cabelo castanho escuro mantido curto.   
Rebekah: Estou bem aqui, obrigada. – Ele revirou os olhos.   
Por ultimo, Alfonso Herrera. A sala dele ficava na cobertura do edifício. Alfonso trabalhava com fusões e aquisições. Era conhecido por ser uma arma de destruição em massa. Comprava empresas com dificuldades financeiras, então declarava sua falência, destruindo-as e vendendo os pedaços como fosse mais conveniente, atraindo para a Herrera Enterprises Holdings uma fortuna desmedida. Alfonso era cruel, calculista, e no seu ramo de trabalho isso era fundamental. Com a família, entretanto, sempre era diferente.  
Rebekah riu depois de um instante, então reparou em uma pasta na mesa dele. Era cinza, o que indicava que o projeto ainda estava em andamento. Ela apanhou, abrindo-a, só por fazer. Alfonso se recostou na cadeira, os olhos verdes sondando a reação da irmã. Rebekah passou pelas primeiras linhas, então ergueu a sobrancelha.  
Rebekah: Alexandre Portilla... – Disse, vendo o nome do proprietário. Uma rápida passada de olho já a informara que a empresa estava em desgraça. Alfonso ia comprá-la e destruí-la, como era de costume - Porque esse nome me soa familiar?  
Alfonso: Não é o nome, é o sobrenome. – Disse, cruzando os dedos em frente ao rosto, passando o dedão no lábio inferior, os olhos insondáveis observando-a. Rebekah olhou pra frente, pensativa. Que Portilla ela conhecia? Ele viu o choque do reconhecimento riscar o rosto da irmã. Ela sorriu.  
Rebekah: Você está brincando comigo. – Disse, avaliando a situação da empresa. Era uma catástrofe. 
Alfonso: Não sou homem de brincadeiras. – Disse, se inclinando na mesa, apoiando os cotovelos – Vou comprar isso só pelo prazer de tirar tudo o que ela tem, tudo o que ela preza. Não vai haver proveito para a empresa, não quero nada que venha daquilo. Vou simplesmente destruí-la e mandar demolir o prédio, para que não sobre nem a fundação. – Disse, a voz fria como o sorriso em seu rosto. Rebekah sorriu, fechando a pasta.  
Rebekah: Brindaremos a isto hoje à noite. – Disse, devolvendo a pasta a mesa dele com um sorriso deliciado no rosto. A compra já fora executada, apenas uns tramites ainda estavam em andamento. Pouca coisa, quase nada.   
O mundo gira. Situações se invertem, tudo muda. O jogo em si mudara. Nesse novo, os Herrera estavam por cima. E o principal: Alguns deles tinham sede de vingança.    



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Autor(a): fanficfoda

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