Fanfics Brasil - Capítulo 016 Efeito Borboleta

Fanfic: Efeito Borboleta


Capítulo: Capítulo 016

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Anahí: Eu... – Ele a viu hesitar, formulando frases em plena exasperação, até que no fim desistiu – É o que?   
Alfonso: Você vai se casar comigo. – Disse, com a mesma frieza e praticidade com a qual fechava negócios. Anahí formulou uma frase de novo, então se aproximou, olhando-o com cautela enquanto se sentava, como se ele estivesse tendo um surto, ou algo assim.  
Anahí: Não sei se falamos a mesma língua... – Ele estava totalmente sem paciência, mas esperou – O que você define por “casamento”?   
Alfonso: Oh, você sabe. Igreja, vestido branco, todo aquele blábláblá. – Dispensou, entediado.  
Anahí o encarou por um instante, completamente exasperada, então aos poucos caiu no riso. Ele não gostou. O riso dela era uma afronta e uma ofensa pessoal a ele, mas ainda assim ele não deixou transparecer. Com um sorriso morto, cruzou as pernas, passado novamente o dedão no lábio inferior.  
Alfonso: Se você não aceitar minhas condições... – Disse, ainda durante o riso dela – Vou aniquilar a empresa do seu pai. Queimar as ações e demolir o prédio. – O sorriso dela morreu, e ele parou com o dedo no lábio, erguendo as sobrancelhas, agora ele sorrindo – Oh, porque parou? Continue rindo! – Insistiu, cruzando as mãos.  
Anahí: Por pior que a empresa esteja, as ações ainda valem algo. – Disse, ultrajada.  
Alfonso: Valem o troco da ração do cachorro que eu não tenho. – Dispensou, gesticulando com a mão – Mas imagino que seja um golpe e tanto pro ego do seu pai quando a noticia da demolição sair nos jornais. – Anahí olhou por um instante, os olhos azuis frios, parecendo tentar compreender algo sem conseguir.   
Anahí: Eu não entendo. – Disse, por fim – Você me odeia. Mal consegue olhar na minha cara, e mesmo assim quer me ter ao seu lado. – Ele riu de leve – Eu simplesmente não entendo. 
Alfonso: Tudo bem. – Disse, falsamente paciente – Por um lado, eu quero que você saia por essa porta, saia do meu prédio e volte pro buraco imundo de onde saiu, para que eu mande faxinarem o caminho que você pisou e nunca mais precise voltar a pensar em você outra vez. – Explicitou. Anahí respirou fundo, engolindo a ofensa, e a ignorou.  
Anahí: Então...   
Alfonso: Mas por outro lado... A idéia de fazer você pagar é irresistível. – Anahí ergueu as sobrancelhas, entendendo – De apagar essa pretensão do seu rosto, esse olhar superior... Eu me lembro bem. Você sempre achou que, por alguma razão, era superior aos outros. A mim. – Disse, duro – A idéia de te mostrar o seu verdadeiro lugar... É tentadora demais. Eu não posso evitar.   
Anahí: Mesmo se eu aceitasse essa idéia absurda, casamento não dá direito de você me infligir qualquer tipo de sofrimento. Exceto pelo da sua presença, é claro. – Alfinetou. Ele notou que ela, apesar de não demonstrar, estava furiosa. Ele sorriu, se recostando na cadeira.  
Alfonso: A minha definição de casamento, sim. Ao começarmos, haveria um contrato assinado por ambos garantindo-me todos os direitos da compra. – Lançou, e viu ela respirar fundo de novo.   
Anahí: Um documento assinado entre quatro paredes que não teria valor legal algum. – Desacreditou, debochada.  
Alfonso: Oh, querida, sua falta de credibilidade me ofende. – Disse, mudando de posição na cadeira, como se tivesse se ofendido – Eu não cheguei até aqui com amadorismo. Um documento assinado entre quatro paredes, por duas pessoas, acompanhadas de duas testemunhas e um juiz legal, que teria todo o valor do mundo. – Assegurou, e ela se retraiu na cadeira. Nunca fora tão ofendida em toda sua vida.   
Anahí: Você é louco. Só pode ser. – Ele esperou, plenamente a vontade, agora que o ultraje dela era visível – Eu sou casada. – Blefou. 
Alfonso: Foda-se você, seu marido e seu pai então. Pior pra você. – Dispensou, direto. Ela grunhiu, raivosa, com a ofensa – Você está blefando. É péssima nisso, e eu não tenho tempo indisponível pra você. – Cortou.  
Anahí: Eu não acredito nisso. – Disse, tirando o cabelo do rosto.  
Alfonso: Eis o que vai acontecer: Você não quer aceitar, porque acha que vale mais que isso. Só que o remorso e a divida que você crê ter com o papai não te deixam levantar e sair daqui. – Debochou – Imagine só, ele trabalhou naquela empresa a vida inteira, e eu vou derrubá-la, transformando tudo em entulho. – Continuou, a voz que antes gaguejava agora fluida e confiante, e voltou a passar o dedo no lábio distraidamente – Então você vai se casar comigo, pelo bem dele. E eu vou dedicar a minha vida a extrair cada gota de felicidade e esperança que eu conseguir detectar em você. – Concluiu, cruel.   
Anahí: Você é mesmo um filho da puta frustrado, não é? – Perguntou, como se o que visse fosse algo surreal. E era.    
Alfonso: Já disse que não tenho tempo pros seus devaneios. Meu tempo é muito caro e você não pode pagar por nem 5 minutos dele, então preste atenção. – Cortou, humilhando-a mais a cada palavra – Não crie esperanças. Não sou a criança que você humilhou anos atrás. Sou um homem de palavra, vou dar a empresa e mantê-la de pé para o seu pai brincar o quanto quiser, mas uma vez sendo minha esposa você vai perder tudo. – Esclareceu, e a pele de Anahí se arrepiou involuntariamente, um reflexo ao olhar que ele dirigia a ela. Era ódio em seu estado mais puro, mais concentrado.  
Anahí: Você fala como se algum dia eu tivesse tido medo de você, garoto Herrera. – Ele sorriu.  
Alfonso: Você tem. É por isso que está ai, sentadinha como uma marionete, com medo de aceitar e passar pelo que eu vou te sujeitar, e com medo de me dar às costas e ter que assistir eu destruir o seu pai. – Debochou, maldoso – Das duas, uma. – Disse, com um falso lamento no rosto.   
O telefone tocou e ele se virou, atendendo-o. Os movimentos dele eram fluidos, uma demonstração evidente de um homem que sabia o que queria e sabia exatamente o que precisava fazer para consegui-lo. Agora era Anahí que enxergava vermelho. Queria esmigalhá-lo debaixo de suas unhas, fazê-lo sumir por tê-la colocado nessa posição, com essa decisão em mãos. Pelo que ela entendeu, alguém que ele esperava havia chegado, e ele era solicitado. Ele desligou o telefone, o olhar se voltando pra ela, que estagnara com o ódio na boca. 
Alfonso: Tenho uma reunião. – Disse, fechando um botão do terno caro – Seu tempo acabou. Sua resposta é...?  
Anahí: É não, seu grande filho da puta. – Disse, se levantando. Ele sorriu – O que você acha? Que o seu dinheiro muda quem você é? Não muda. – Ela riu de leve, tomada pela raiva. Ele se recostou na cadeira, deliciado – Você ainda é o mesmo garoto patético em que eu pisei há 10 anos. Vai continuar sendo ele, não importa o que você faça. – Jogou, e ele sorriu, vendo-a dar as costas pela segunda vez.  
Alfonso: Você tem cinco dias. – Disse, e ela parou de andar com um grunhido. Era o inferno. – Na segunda-feira pela manhã me reunirei com meus assistentes e darei as ordens finais em relação a sua empresa. Se vão ser dinamites ou investimentos, é responsabilidade sua. – Ela se virou, o olhar torturado encarando-o – Se não houver uma resposta até lá, considerarei como um não, e nós sabemos o que acontece. – Disse, se levantando – 5 dias. – Lembrou, dispensando-a.   
Anahí: A resposta é não. – Grunhiu, furiosa, e saiu dali, deixando-o só.  
Alfonso sorriu da ingenuidade dela, totalmente tranqüilo. A resposta era "não" agora, mas será que ainda seria "não" até a segunda feira?  



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Autor(a): fanficfoda

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Anahí espumou de raiva durante todo o caminho pra casa. Quem aquele ninguém achava que era? Ela repassou a cara dele quando ela o rejeitou na cabeça durante o trajeto, sorrindo de canto ao se lembrar do baque do balde de sangue virando no teto. Fora bem feito, afinal. Porém, ao estacionar em frente de casa, ela suspirou, apoiando a testa no volant ...


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