Fanfics Brasil - Capítulo 019 Efeito Borboleta

Fanfic: Efeito Borboleta


Capítulo: Capítulo 019

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As semanas que se seguiram a aquele dia foram, no mínimo, curiosas. Todos os tablóides estavam cheios de fotos de Anahí e Alfonso, e todos especulavam se o magnata da H.E.H. finalmente havia sido fisgado. A empresa fora devolvida ao pai de Anahí, que não podia acreditar na sorte que dera: O CEO da Herrera Enterprises Holdings estava saindo com a sua garota. Os dois compareceram a eventos públicos ou a simples jantares íntimos, que eram insuportavelmente desagradáveis, mas nas fotos estavam sempre como cúmplices: Olhares, mãos dadas. Cada minuto era uma provação pra ambos.
Jennifer: Que diabo você está fazendo? – Perguntou, jogando um jornal na mesa dele. Na capa havia uma foto de Anahí e Alfonso juntos em um jantar beneficente na noite anterior. Posavam juntos, ele sereno como sempre, sorrindo de canto, a mão na base da coluna dela, reservado, e ela ofuscantemente linda ao lado dele, o cabelo preso em um coque trabalhoso e em um vestido vermelho vinho com um decote ousado, porém sem ser vulgar. Eram um lindo casal.
Jennifer Lawrence crescera. O corpo se desenvolvera, como era de se esperar, sendo modestamente farto. Era mais ou menos da altura de Anahí, e tinha os cabelos castanho escuro na raiz e loiro médio até as pontas, que eram cacheadas. Ela usava uma calça social e uma camisa branca, os cabelos presos em um rabo de cavalo. Era uma mulher muito bonita.
Alfonso: Jenny... Isso não é nada. – Disse, se levantando.
Jennifer: Não é nada?! – Perguntou, indignada – Você esqueceu o que nós vivemos por causa dela? Porque a está trazendo de volta, Alfonso?!? – Perguntou, recuando quando ele se aproximou.
Alfonso: É um projeto. Você não tem porque se alterar. – Garantiu, e ela balançou o rosto, desgostosa. Precisava desviar o rosto – O ponto forte de Alfonso pra desarmar as pessoas era o olhar.
Jennifer: Eu achei que era brincadeira, mas você aparece com ela em todos os lugares. – Disse, se afastando de novo... Pra se bater na mesa – Com tudo que passamos na morte de Richard, logo ela?!
Alfonso: Shh... Jenny, está tudo bem. – Tranqüilizou, os olhos verdes parecendo líquidos. Ela respirou fundo, reprimindo a raiva. – Um projeto. – Ressaltou – Com inicio, meio e fim.
Jennifer: Porque Grace está saltitante de alegria por você, então? – Atacou, presa entre ele e a mesa.
Alfonso: Mamãe se empolga fácil, você sabe. – Ele colocou o cabelo dela atrás da orelha, dando um beijinho demorado no lóbulo da orelha dela – Você sabe que não precisa se preocupar, não sabe? – Jennifer ficou calada. Porém um estrondo na porta interrompeu a quase vitória de Alfonso.
Rebekah: Pelo visto seu poder de sedução não está enferrujado. – Disse, batendo a porta atrás de si. Estava furiosa. Jennifer escapou dos braços do primo, recobrando o controle. Alfonso suspirou, se virando – Ao contrário da faca que você cravou nas minhas costas. – Rosnou.
Alfonso: Bekah...
Rebekah: Bekah é o cassete! – Disse, atirando o mesmo jornal que Jennifer levara nele, que se esquivou – Eu liguei pra mamãe. Sabe o que ela me contou, super empolgada? Que você vai pedir aquela vagabunda em casamento! – Jennifer se virou, parecendo uma cobra atiçada.
Jennifer: Casamento? Esse é o seu projeto, se casar com ela?! – Perguntou, a fúria transbordando.
Rebekah: Ele está prestes a fazer o pedido! – Atacou. Alfonso se sentou, suspirando – Sério, o que há de errado com você?
Alfonso: Certo, eu tentei pelo lado tranqüilo, mas tudo bem: Não se metam nisso. – Dispensou, abrindo os botões do terno. Rebekah recuou como se tivesse sido atacada. Jennifer estava estancada no mesmo lugar.
Jennifer: Não vou participar disso. Vou sair do país hoje, e você que se vire pra explicar a Grace. – Avisou, e saiu a passadas largas, batendo a porta.
Rebekah: Nós encobrimos seu caso com Jennifer, porque são primos de 3º grau, e se querem transar o problema é de vocês, mas Anahí, Alfonso? É doentio! – Disse, se aproximando – Trazê-la pra nossa família, dar nosso nome a ela!
Alfonso: Irmã, confie em mim. – Pediu, e Rebekah respirou fundo.
Rebekah: Então explique. Me faça entender como isso não é um absurdo. – Exigiu, cruzando os braços. A relação Rebekah-Alfonso era muito próxima, mais que a dos outros. Ele suspirou.
Alfonso: Suba ao meu apartamento hoje a noite, e conversaremos. – Desistiu, e ela assentiu, observando-o – Mas, para que você passe o dia em paz, acredite: Não é o que você está pensando. Eu não estou apaixonado por ela. – Garantiu. Rebekah assentiu, mesmo sem entender. Alfonso não mentia pra ela, nunca. Se ele dizia que não estava, era verdade. Então ela podia esperar.
Rebekah: Ok. Hoje a noite. – Alfonso assentiu – É melhor você ter uma boa história pra contar, Herrera. – Disse, dando as costas pra sair, e ele riu.
Alfonso: Vou fazer melhor. Vou te dar um ótimo livro pra ler. – Disse, sorrindo, e ela franziu o cenho.
Rebekah: Certo, isso está ficando interessante. – Ele assentiu – Sabe que Jennifer vai mesmo sair do país, não é? – Perguntou, ao chegar na porta.
Alfonso: Deixa. É melhor que ela esteja longe nos próximos meses. – Rebekah assentiu e saiu.
Naquela noite, na cobertura da torre negra, Alfonso entregaria o contrato pra Rebekah, que o leria, e logo acharia graça do que Anahí viria a passar. Ela iria aceitar. Ia acobertar e se oferecer para ajudar. E, no fim das contas, a marcha nupcial se ouvia cada vez mais alta.

O quarto de Anahí possuía uma mesa ampla de madeira em um dos cantos. Essa estava coberta de retalhos de tecidos brancos presos em mostradores, e papéis por todas as partes. Ela usava todo seu ódio naquele trabalho. Tivera que jantar com o desgraçado do Herrera de novo. Alexandre, imerso em felicidade pelos investimentos milionários feitos na empresa, mal acreditou quando ela anunciou que haveria um jantar entre as duas famílias. Isso só podia significar uma coisa: Casamento. Anahí só levaria ele, de sua parte.
Dulce: Ele vai acabar com você. – Disse, lendo o contrato. Anahí estava debruçada na mesa, olhando algo. Do lado da mesa havia um manequim usando um corpete branco, luxuoso, e o molde de uma saia. Anahí tinha um croqui quase pronto, o esboço de um vestido de noiva. Como designer Anahí não pensara em se voltar pra esse tipo de costura, mas o vestido de casamento da esposa do magnata Alfonso Herrera seria uma ótima publicidade para sua linha.
Anahí: Isso se eu não acabar com ele antes. – Disse, distraída, apanhando uma amostra de renda na mesa e olhando mais atentamente, virando-a na mão com um floreio. Desistiu e apanhou outra. Essa, após olhar, ela levou até o manequim, pondo-a em cima do molde, pensativa - ...E filigramas de prata no acabamento. – Pensou consigo mesma, assentindo – Certo, eu preciso de 2 metros disso aqui. – Disse, guardando a amostra na bolsa – Vamos?
Não tinha muito tempo hoje, de modo que Dulce teve que desfiar sua preocupação no carro. Ao voltar pra casa Anahí deixou o pacote da renda na mesa e foi se aprontar. Optou por um vestido azul escuro, tomara que caia, de um linho delicado, e uma gargantilha bonitinha, de prata com um diamante único. Prendera os cabelos em um coque frouxo, se maquiou, e ao calçar os louboutins pretos que escolhera, estava simplesmente deslumbrante.
Um sobretudo por cima, e estava pronta. Alexandre a esperava na sala, elegante em um terno preto aberto por cima de uma camisa branca. Ele sorriu pra ela, o que a fez perceber que todo aquele calvário tinha algum motivo. Um motivo que valia a pena. A limosine mandada por Alfonso chegou na hora marcada, e eles avançaram pela Nova York turbulenta em silencio. Aos poucos se afastaram do caos do centro, adentrando bairros mais residenciais. Anahí se preparava espiritualmente pra mais uma noite daquela tortura... Então o pai sorriu pra ela, e ela assentiu. Pararam um instante na frente de um portão, e ela parou pra olhar. Era um muro imenso, imponente, cinza claro. Havia uma grade preta em frente a uma porta imensa de madeira mogno. Quando a limousine entrou, Anahí riu de deboche consigo mesma. A propriedade era imensa. Havia um jardim gigante na frente da casa, com uma fonte de água luminosa, cercado pela estrada de pedras que era a passagem de carros. Devia haver mais nos fundos. A porta se abriu e ofereceram a mão pra ela descer. Anahí olhou a mansão um instante, parada em frente a escadaria, feita de mármore branco. A mansão devia ter, no mínimo, três andares, em um estilo colonial, toda em tons claros. Refletores posicionados em frente a ela lançavam uma luz clara, serena sobre a mesma, que passava a idéia de paz. A torre Branca, Anahí lembrou da pesquisa que fizera. Não teve muito tempo para observar, entretanto. Um dos Herrera a esperava no topo da escadaria. Anahí suspirou, sentindo o deslumbre com a arquitetura sumir.
Alfonso: Alexandre. – Cumprimentou, e os dois apertaram a mão. Anahí reprimiu um grunhido – É um prazer recebê-lo esta noite.
Alexandre: O prazer é inteiramente meu. – Alfonso sorriu, educado, e avançou, beijando a testa de Anahí, o que arrancou um suspiro de desgosto dela.
Alfonso: Anahí. – Cumprimentou, e ela sorriu. Sabia que Alexandre estava observando. Olhar dos dois, porém, entregava o nojo com aquela cena.
Eles entraram, e a família Herrera esperava na sala da frente. Anahí só reparou que havia uma escadaria que bifurcava na metade, levando aos dois lados da mansão, em mármore branco. A próxima coisa que ela percebeu era que todos os Herrera sabiam que aquilo era um teatro, exceto por Grace, que foi cumprimentar Alexandre, sorrindo afetuosamente. Christopher estava parado no pé da escada, com a mão na cintura de uma mulher branca e cabelos negros, que vestia preto e olhava Anahí com uma curiosidade moderada. Parecia perfeitamente à vontade com o abraço do marido. Este, por sua vez, parecia tranqüilo. Ao lado estava Robert, de mãos dadas com uma mulher de olhos verdes e cabelos castanhos, com uma matiz meio cobre, usando um vestido creme. Pelas alianças, a mulher dele. Por ultimo estava Rebekah, usando um vestido champanhe com detalhes pretos. Essa sorriu, deliciada, ao encontrar o olhar de Anahí. Tinha as mãos no ombro de um garotinho, cabelos escuros e olhos cinzentos, que parecia animado. Um empregado levou o casaco de Anahí, e as apresentações foram feitas. Anahí representou seu papel muito bem. Logo todos foram para a sala de visitas, onde foi servido um vinho delicioso, bem frutado, e logo todos estavam dispersos, conversando tranquilamente.
Madison ria, abraçada a Christopher, que tinha uma mão em volta da esposa e uma no bolso da calça, sorrindo pra Robert, com quem conversava. Kristen e Rebekah estavam sentadas, alheias em sua conversa que parecia intima. Grace usava um vestido vermelho bem escuro, totalmente composto, e conversava com Alexandre, em um canto.
Gregory: Olá. – Disse, educado, se aproximando. Estava todo bonitinho, os cabelos lisos bem penteados, usando um terninho. Anahí se virou, olhando-o, e sorriu com a pose de rapazinho que ele falava.
Anahí: Olá. – Disse, cruzando os braços, com a taça em uma das mãos. Ela só provara o vinho. Não bebia. – Você é o Gregory, certo? – Perguntou, sabendo que não fazia sentindo maltratar o menino. Esse sorriu.
Gregory: Sou sim. Você precisa de alguma coisa? – Perguntou, todo educado, e Anahí negou com a cabeça – Está muito bonita. – Elogiou, tendo ouvido Robert elogiar Kristen assim uma vez. Anahí riu de leve.
Anahí: Ora, obrigada. – Disse, mas logo seu sorriso foi interrompido.
Alfonso: Não está dando em cima da minha noiva, está, Greg? – Perguntou, se aproximando. Greg olhou o irmão, a pose de rapazinho toda composta de novo.
Gregory: Azar seu se ela preferir a mim. – Alfonso ergueu as sobrancelhas e Anahí riu, se permitindo bebericar do vinho com aquilo.
Anahí: Se você fosse uns 20 anos mais velho, com certeza. – Disse, piscando, e o menino sorriu, radiante. Alfonso riu, revirando os olhos.
Alfonso: Kristen quer falar com você. – O menino atravessou o irmão, que achou graça – Ande, garoto, vá. – Greg assentiu.
Gregory: Com licença. – Pediu, educado, e saiu.
Anahí: Gregory Eric. – Disse, brincando com os nomes. Incomum, pensou novamente.
Alfonso: Que palhaçada é essa? – Perguntou, ainda com aquele sorriso afetuoso, mas os olhos duros.
Anahí: Eu só cumprimentei o garoto, tente não ser paranóico. – Dispensou, revirando os olhos.
Alfonso: Não me refiro a isso. Por sinal, fique longe dele. – Alertou. Greg era pequeno demais pra se meter com aquela sujeira – Eu disse pra você trazer sua família, não só seu pai. Onde está sua mãe? – O rosto de Anahí endureceu.
Anahí: Minha mãe não é da sua conta. – Rosnou, lutando pra manter a expressão suave no rosto. – Sou filha única, de modo que minha única família é meu pai, e ele está aqui. Fim de assunto.
Alfonso: Ela é viva, saudável e mora em New Orleans. – Anahí respirou fundo, ao perceber que ele mandara investigar – Porque ela não está aqui?
Anahí: Minha mãe eu não temos um relacionamento. Não nos falamos há anos. – Disse, falsamente paciente, e ele ergueu as sobrancelhas.
Alfonso: Por Deus do céu, nem sua mãe agüenta você. – Disse, fascinado, e Anahí revirou os olhos.
Anahí: Falando em mãe... A sua me parece curiosa. Quantos anos ela tem? – Alfinetou, maldosa – Quero dizer, Gregory é jovem. Deve ter sido uma gravidez de risco. – Reprovou, e Alfonso cerrou os dentes – Porque o pai dele não está aqui, a propósito?
Alfonso: O menino é adotado, não seja ridícula. – Dispensou. – Você não bebe? – Reparou, mas Anahí foi salva de ter que dar a resposta. Todos foram chamados para o jantar, de modo que a conversa terminou.
Grace cuidou e educou os filhos com todo o amor, carinho e cuidado. Porém, uma vez que Richard morrera e todos foram para a faculdade, ela ficou só em casa. Levou algum tempo, então, como não pretendia ter outro relacionamento, decidiu adotar uma criança. Meses depois os Herrera receberam Gregory, um bebê lindo, com covinhas e olhos cinza. Ele sabia que era adotado, mas nunca foi tratado como se fosse. Recebera o sobrenome Herrera e era tratado com igualdade máxima pela família. Ele seguiram até a sala de jantar, onde uma enorme mesa estava preparada com uma porcelana fina. Robert puxou a cadeira da cabeceira da mesa pra mãe, que sorriu em agradecimento. Os Herrera só se sentaram quando Grace estava acomodada. A ordem era: Grace na cabeceira, Christopher na direita, Rebekah na esquerda. Madison ao lado de Christopher, Robert ao lado de Rebekah, Kristen ao lado de Robert, Alfonso ao lado de Madison, Gregory ao lado de Kristen, Alexandre ao lado de Gregory e Anahí, pra sua total desgraça, ao lado de Alfonso. Foram servidos vários pratos sofisticados, varias opções. A entrada foi uma salada Waldorf, seguida pelo prato principal uma vitela ao porto e molho de frutas secas acompanhada por batatas gratinadas com um leve toque de alecrim, e a sobremesa foi brownie de chocolate com calda de frutas vermelhas. Tudo impecável. Enquanto Greg parecia satisfeitíssimo com seu brownie, Anahí dispensou a sobremesa. Sabia que precisava de estomago para o que viria a seguir. Todos seguiram para a sala de visitas novamente, e Alfonso pediu a atenção. O pedido de casamento foi feito, e, embora seu estomago se revirasse, ameaçando colocar o jantar pra fora, Anahí aceitou com o melhor sorriso que conseguiu colocar no rosto. Uma aliança de platina com um diamante no topo deslizou no anular direito dela, e pesou como uma bigorna, porque estava no contrato que ela teria de usar em tempo integral.
Logo as congratulações começaram. Foi meio estranho, mas todos cumprimentaram o casal. Então Grace abraçou Anahí, e seu afeto era genuíno. Anahí estranhou. Será que ela não lembrava?
Grace: Oh, querida, estou tão feliz por vocês. – Disse, parecendo emocionada.
Anahí: Obrigada. – Disse, sem jeito. Fora Alexandre, que já os cumprimentara, Grace era a única inocente ali. E Gregory, é claro.
Alfonso: Ganhei ela. – Brincou, bagunçando o cabelo do menino quando ele veio cumprimentá-lo, e Greg riu.
Gregory: Claro, eu nem tive tempo de competir. – Rebateu, e Alfonso riu – Certo, certo, meus parabéns. – Desejou, todo formal, dando tapinhas no braço do irmão, o que era engraçado, porque ele batia na barriga de Alfonso, na altura do umbigo.
Anahí: Parabéns. – Desejou, quando todos se dispersaram, se virando pra ele – Sua frustração finalmente foi atendida. Conseguiu noivar comigo. – Debochou.
Alfonso: Cuidado. – Alertou, com um rosnado entre o sorriso, e Anahí reparou que Grace os observava educadamente, sorrindo.
Anahí: Oh. – Disse, entendendo – Não é só vingança. Você está fazendo isso por ela. – Entendeu, e ele ficou calado, apenas a encarando. – Ela não se lembra de mim? Não se importa? – Perguntou, sem entender.
A verdade é que Grace se preocupava com Alfonso. Rebekah ainda era nova, e tinha lá seus namoros, mas Alfonso beirava os 30 e nunca se comprometera com ninguém. Ao saírem da faculdade ela teve um certo receio em relação a proximidade dele com Jennifer – nem gostava de pensar no sacrilégio que aquilo significaria, mas os dois seguiram seu próprio caminho. Ou assim ela pensava. Quando, finalmente Alfonso anunciou que iria se casar, ela não se importou com o fato de ser Anahí. Ficou hesitante a inicio, mas com o tempo, ao vê-los aparecendo juntos em todos os lugares, aceitou. Aquilo fora há anos, e se Alfonso conseguira perdoar, pra ela tudo bem.
Alfonso: Se ela acredita que eu quero você, não vai se importar com o resto. – Respondeu, curto e grosso. – Não se atreva a tentar usar isso como arma. Minha mãe não faz parte disso. Eu mato você, Anahí. – Avisou, sério.
Anahí: Certo, agora saia de perto de mim. Vá ficar com seus irmãos, ou vá pro diabo que o carregue. – Disse, dando as costas e saindo. Pro seu alivio, Alfonso também precisava de um pouco de ar limpo, longe dela.
O resto da noite foi tranqüila. Em um certo ponto Anahí estava perto de uma janela aberta, olhando a linda fonte no centro do jardim. Os vários jatos de água se encontravam a metros de altura, se cruzando em sintonia com as luzes. Era muito bonito. Até que...
Madison: Porque você está fazendo isso? – Anahí se virou, vendo a esposa de Christopher parada ao lado dela. Usava um Dolce & Gabanna preto, simples mas luxuoso, os cabelos caindo em camadas negras perfeitas pelos ombros. Tinha a pele em um tom tão claro que chegava a ser estranho, e os olhos em um negro insondável.
Anahí: Desculpe? – Perguntou, na defensiva.
Madison: Eles odeiam você. Em níveis diferentes, mas odeiam, e você vai se casar com o que mais a odeia. – Disse, e Anahí esperou – Alfonso é uma pessoa difícil de lidar. Um ótimo cunhado, mas vejo ele lidando com as pessoas todo o tempo. É quase intragável de tão impassível. Ele odeia você, vai te tirar tudo o que fizer você remotamente feliz. – Ela suspirou – Eu só não entendo. – Anahí hesitou por um instante, então suspirou, resignada.
Anahí: Você já amou tanto uma pessoa que faria qualquer coisa para vê-la feliz? – Perguntou, sincera – Qualquer coisa, não importa o que fosse, para evitar que ela sofresse? – O riso de Christopher as alcançou naquele momento e Madison olhou o marido instintivamente. Anahí viu o nível de comprometimento e adoração no olhar dela. Era mais que só amor. – Ai está, você conhece o sentimento. Eu devo demais ao meu pai para deixar Alfonso destruí-lo, se posso evitar.
Madison: Sinto muito. – Disse, sincera – E te desejo boa sorte. – Anahí sorriu de canto, assentindo – Você vai precisar. Com licença. – E deu as costas, voltando pros braços do marido com passos confiantes. Ele sorriu quando ela o alcançou, abraçando-a e selando-lhe os lábios carinhosamente.
Anahí sorria de canto, vendo os dois, então seu olhar se chocou com o de Alfonso, que estava sentado perto da mãe. O olhar que os dois trocaram era carregado de ódio, magoa, rancor. Sentimentos estranhos sob os quais construir um casamento, mas agora era tarde demais.



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Autor(a): fanficfoda

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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O esboço do manequim, no passar das semanas, evoluiu. O molde deu lugar a uma saia branca, com varias camadas de tecido fazendo volume. Por cima do tecido branco havia a mais fina e delicada das rendas, quase imperceptível, leve. O toque angelical do vestido acabava ali. O corpete era apertado, tomara que caia, ressaltando as curvas generosas de Anahí. O ...


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