Fanfics Brasil - Capítulo 024 Efeito Borboleta

Fanfic: Efeito Borboleta


Capítulo: Capítulo 024

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No dia seguinte... Anahí acordou com a impressão de quem acorda de um sonho ruim. Um pesadelo. Impossível, uma vez que graças aos remédios, ela não sonhava. Se espreguiçou, passando a mão no cabelo... E seus olhos se abriram em placa. Não fora um pesadelo. Ela passou um bom tempo na cama, medindo o que sobrara do cabelo com as mãos, sabendo que não suportaria olhar no espelho. Foi quando vieram vozes no corredor. Ela se encolheu, assustada, querendo se esconder, mas não tinha como. O quarto não tinha porta. . - Kris, ela vai ter que comer isso agora. O cheiro do molho é muito forte pra esconder.   
- Também achei, mas ela disse que gostava... Bom, ela come e nos livramos do resto. . Kristen: Trouxemos mantimentos. – Disse, sorrindo ao entrar no quarto, então as duas pararam. Anahí ainda estava sem voz na cama, aturdida. A sacola de papel transbordando cachos estava no chão. O cabelo de Anahí parecia ter sido tosado. – O que aconteceu com você?? – Perguntou, assustada.  
Madison: Anahí, olhe pra mim. – Disse, largando as falsas sacolas de roupa no chão e avançando pra Anahí, fazendo-a encará-la. Anahí a encarou, os olhos azuis completamente perdidos – Você consegue falar comigo?  
Anahí: Sim. – Respondeu, rouca, e as duas suspiraram de alivio.  
Kristen: O que houve? – Perguntou, chocada, se aproximando. Nem sabia o que dizer do cabelo de Anahí.  
Anahí: Alfonso... – Ela parou, meio débil.   
Kristen: Alfonso cortou seu cabelo?!? – Exclamou, imediatamente.  
Anahí: Ele me fez cortar. – Duas lagrimas caíram pelo rosto de Anahí – Um abridor de cartas... Um canivete... – Disse, desorientada. 
Madison: Ele fez você cortar o seu cabelo com um canivete? – Disse, os olhos negros.  
Anahí: Não sobrou... Não sobrou nada. – Disse, passando a mão no cabelo de novo.  
Madison: Kris, você pode cuidar dela? – Perguntou, os olhos duros.  
Kristen: Claro que posso. Porque? Onde você vai? – Perguntou, confusa, vendo Madison saindo, furiosa.  
Ela não respondeu. Nada bom viria dali. Na sede da empresa, Alfonso estava em reunião.  
Vários executivos estavam na sala de reuniões, negociando a compra e o desmembramento de uma empresa... Até que a porta abriu com um estampido, a madeira se batendo contra a parede com um baque, revelando uma Madison furiosa no portal, usando uma calça escura, louboutins pretos, uma camisa grafite e um sobretudo preto, os cabelos arrepiados pelo vento sobre os ombros. Havia uma secretaria ao lado dela, insistindo que ela não podia entrar. Todos olharam, sem entender. Aquilo nunca havia acontecido antes.  
Madison: Me deixem a sós com meu cunhado. – Disse, em tom baixo, encarando Alfonso. Esse correspondia o olhar dela. Ninguém se moveu – Não me fiz clara? Saiam daqui! – Ordenou, raivosa.  
Alfonso assentiu, e os executivos saíram, ultrajados e a porta enorme de madeira foi fechada. Madison avançou pela sala, se amparando na mesa na frente de Alfonso, que esperou, educadamente.  
Alfonso: Em que posso ajudar, Mad? – Perguntou, cruzando os dedos.  
Madison: É como Anahí diz. Você é mesmo um filho da puta frustrado. – Alfonso esperou – Que diabo você acha que fez com ela?! – Rosnou.  
Alfonso: Um corte de cabelo novo. Nada demais. – Disse, sereno. Madison respirou fundo, se controlando – Seu marido sabe que você está aqui? 
Madison: Eu sou livre. Meu marido não é nenhum tipo de psicopata. Pena que não se pode dizer o mesmo dos irmãos dele. – Rosnou. – Anahí teve bulimia na adolescência. Uma doença decorrente de um transtorno da mente dela que dizia que ela estava feia, o corpo gordo demais, e você CORTA A PORRA DO CABELO DELA! – Gritou, furiosa.  
Alfonso: Porque você se importa tanto com Anahí, Madison? – Perguntou, curioso – Não é da sua conta, não é problema seu. – Madison se sentou, sorrindo de canto, embora o rosto só mostrasse raiva – Você não viu como ela se portava no colégio. Não viu o que ela fez comigo. Ela não merece sua pena.  
Madison: Ela era uma adolescente, você é um adulto. – Rebateu.  
Alfonso: Sou um adulto com uma ótima memória. – Ressaltou – Nosso relacionamento sempre foi tão bom. Porque estragar isso por uma pessoa que não vale a pena?  
Madison: Porque, Alfonso... Eu fui uma rainha. – Disse, com um sorriso satisfeito – A rainha do Constance St. Clarence, aqui mesmo de Nova York. As pessoas me seguiam e abriam caminho pra mim nos corredores. – Entregou, sorrindo – Não sei quais os métodos de Anahí, e não era tão cruel quanto ela, mas ela teve motivos pra se tornar aquela pessoa. E mais uma vez: Ela era uma adolescente. Pessoas crescem, chegou a sua vez. – Alfinetou – Cresça, Alfonso! Deixe-a em paz!   
Alfonso se curvou sobre a mesa, cruzando os braços, interessado, olhando-a por um instante. Sempre tivera um ótimo relacionamento com Madison, nunca podia imaginar que no passado ela fizera parte daquela sujeira.  
Alfonso: Se não o que, Madison? – Ela sorriu, cruzando as pernas – Se eu não crescer, se eu não a deixar em paz, você vai fazer o que? – Perguntou, com um sorriso pretensioso – Interromper minhas reuniões? Gritar comigo? Não vai funcionar. – Advertiu.  
Madison: De fato, não. Mas eu converso com a sua mãe todos os dias. Eu poderia ter um relapso e deixar escapar algo. – O sorriso de Alfonso se manteve.  
Alfonso: Então a empresa do pai de Anahí iria pelos ares. – Disse, claro. 
Madison: Oh, não. – Esclareceu – Não me referia a isso. Não me interprete mal. – Pediu, imediatamente  
Alfonso: Ao que você se referia? – Perguntou.   
Madison: Eu posso deixar escapar, por um acidente, que você come a sua própria prima há Deus sabe lá quantos anos. – O sorriso de Alfonso morreu, mas o de Madison seguiu – Um caso podre, Grace ficaria arrasada de tanta decepção.  
Alfonso: Você não tem provas. – Disse, duro.  
Madison: Como rainha, eu aprendi a jogar. – Ressaltou – Assim como o prédio em que moramos, eu estive envolvida na construção desse prédio. De forma que eu tenho acesso a sala de segurança. E de forma que eu tenho uma cópia da fita que mostra você transando com Jennifer no chão da sala do seu escritório, no dia que ela voltou do país. – O rosto de Alfonso ficou ainda mais duro – Eu posso ter um relapso. Posso deixar escapar. Não queremos que isso aconteça, não é, querido?  
Alfonso: Madison...  
Madison: Vou te dizer o que vai acontecer a partir de agora. – Disse, direta – Você vai deixar Anahí em paz. Se você atacar ela desse modo de novo, Alfonso, Deus me ajude, mas eu mostro aquela fita a sua mãe. Cresça, já passou da hora. – Disse, se levantando – Está avisado. Tenha um bom dia. – Disse, dando as costas, o sobretudo aberto criando uma redoma em volta dela. Estava na porta quando ele a chamou.  
Alfonso: Mad? – Chamou, de braços cruzados.   
Madison: Sim? – Perguntou, se virando.  
Alfonso: É guerra? – Confirmou, e ela sorriu. 
Madison: Adoro você, Alfonso, mas sim, é guerra. – Confirmou – E não seja tolo de pensar que eu não tenho outras armas, além dessa. – Avisou e saiu, fechando a porta. 
 De volta ao apartamento de Alfonso... Até Gail se sensibilizou. Preparou um café da manhã pra Anahí, que continuou quase catatônica. Prometera não se meter, mas a pobre menina estava em estado de choque. Jennifer, infelizmente, foi até o apartamento buscar uma pasta que Alfonso esqueceu. Moravam todos no mesmo prédio, de forma que era só subir e pegar. Ela saiu do escritório e ia embora, quando ouviu a conversa vindo do quarto. Se aproximou, quieta.   
Gail: Não fique assim. – Consolou, passando a mão nos braços dela – Só precisa de uns retoques, e ficará linda, como sempre. Estonteante. – Consolou. – Eu vou dar fim em toda essa bagunça, e você vai ver como ficará tudo bem.  
Jennifer: Oh. Meu. Deus. – Disse, com um sorriso enorme, parada no portal do quarto. Ela olhou a sacola no chão, então pra Anahí, e caiu na gargalhada – Rainha Anahí, olhe pra você agora!  
Gail: Menina Jennifer, não faça isso. – Intercedeu, sem resultado.  
Jennifer: Oh, Deus, olhe só você! – Se vangloriou – Se achava tão bonita, tão impecável, e olhe só isso! – Anahí estava abatida, pálida, os olhos vermelhos pelas lagrimas, isso fora o cabelo.  
Kristen: Agora escute bem. – Disse, se revelando do nada atrás de Jennifer – Não sei quem diabo você pensa que é, mas não vai tripudiar sobre isso. Não enquanto eu estiver aqui.  
Jennifer: Kristen? – Perguntou, escandalizada. Kristen saíra pra ligar pra o cabeleireiro que ela Madison freqüentavam, mas quando esse chegou haviam ordens de Alfonso pra não deixar subir. Ela tentou, mas não conseguiu reverter. Aproveito o pretesto pra prender o cabelo no coque mais apertado que conseguiu. Os cabelos de Kristen eram enormes (vide Bella em Amanhecer parte 2), e ela não acho saudável que Anahí ficasse olhando, enquanto os próprios estavam naquele estado. Agora estavam presos em um coque perfeito, firme, nem um fio fora do lugar.   
Kristen: Fora daqui, Jennifer. – Ordenou, apontando a porta – Agora. 
Jennifer: Você enlouqueceu? – Perguntou, exasperada.  
Kristen: Se você não sair daqui agora, eu vou tirá-la a força. – Avisou – Eu sugiro que saia. – O silencio durou por instantes, então Jennifer assentiu. Olhou pra Anahí, sorrindo uma ultima vez, e saiu.  
Anahí: Obrigada. – Conseguiu murmurar.   
Kristen: Não consegui fazer um cabeleireiro subir até a cobertura. Vou ter uma conversa com Robert no horário de almoço, e eu e Madison resolveremos isso. – Prometeu – Isso é, se ela não tiver matado Alfonso até agora. Não se preocupe. Vai ficar tudo bem. – Prometeu. 
 E parecia que, no meio dessa guerra fria, Anahí tinha seu próprio exercito para defendê-la. 



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Autor(a): fanficfoda

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Alfonso saiu da sala de reuniões (da reunião desmontada por Madison e remontada posteriormente) com dor de cabeça. Seguiu pra sua sala, mas ao sentar na cadeira o telefone tocou. Ele respirou fundo e apertou o viva voz.  Alfonso: Herrera. – Atendeu.  Secretária: Sr. Herrera, o chefe da segurança do seu prédio est&aacu ...


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