Fanfic: Efeito Borboleta
Alfonso saiu da sala de reuniões (da reunião desmontada por Madison e remontada posteriormente) com dor de cabeça. Seguiu pra sua sala, mas ao sentar na cadeira o telefone tocou. Ele respirou fundo e apertou o viva voz.
Alfonso: Herrera. – Atendeu.
Secretária: Sr. Herrera, o chefe da segurança do seu prédio está tentando falar com o senhor há 20 minutos. Ele disse ser urgente. – Anunciou, e Alfonso afundou a cabeça nas mãos. Anahí, no mínimo, devia ter tentado fugir – Ramal quatro. – Anunciou. Alfonso apertou o botão.
Alfonso: Herrera. – Repetiu, afrouxando a gravata.
Segurança: Senhor Herrera, tem uma senhora aqui na recepção há meia hora, querendo subir para ver sua esposa. – Anunciou. Alfonso parou, olhando o telefone. Ele havia proibido todas as visitas. Já ia dar a resposta padrão quando... – Ela diz ser Mary Portilla, mãe da Sra. Herrera. – O rosto de Alfonso se fechou. Seu cérebro, que trabalhava como uma maquina, lhe trouxe flashes vividos imediatamente.
“Pelo relatório da policia e do psicólogo ela contou a mãe que sofria abuso logo a inicio, nos primeiros meses, mas a mãe fez pouco caso. O relatório do psicólogo diz que a mãe negligenciou socorro, afirmando que Anahí estava fazendo tempestade...”
“...Eu não sou virgem desde que tinha 6 anos de idade...”
“...Ela tinha uma gravidez prematura, em uma concepção totalmente fora do normal. Enquanto o pai estava furioso, a mãe parecia querer encobrir o caso. Não queria que a gravidez fosse interrompida, sugeriu que fosse esperado pelo aborto normal, que, segundo ela, viria logo...”
“Minha mãe não é da sua conta. Sou filha única, de modo que minha única família é meu pai, e ele está aqui. Fim de assunto.”
“A mãe não queria prestar queixa. Queria que a história fosse abafada. O pai foi quem levou tudo até as ultimas conseqüências.”
“Minha mãe eu não temos um relacionamento. Não nos falamos a anos.”
Alfonso: Escute bem, essa mulher não tem permissão pra subir, em hipótese alguma. - Disse, duro - Minha esposa não deve ser incomodada sobre esse assunto. Eu não quero que ela tenha conhecimento de que a mãe esteve ai. Fui claro?
Segurança: Sim, senhor. - Assentiu.
E a ligação acabou. De volta ao apartamento...
Madison: Está tudo bem. Alfonso não pode me atingir. – Disse, enquanto ela e Kristen puxavam a penteadeira de volta pro lugar. – E creio que nem mais a você, depois de agora.
Kristen: GAIL! – Disse, vendo uma mecha longa de cabelo que ficara no chão. A governanta respondeu – Manda a faxineira aqui de novo! – Ordenou – Relaxe. – Disse, olhando Anahí.
Anahí estava muito calada. Tomou um banho, Kristen a fez comer, vestiu uma roupa que nem viu qual foi. Ainda em estado de choque. Kristen penteou o cabelo dela pra trás, prendendo-o em um rabo de cavalo curtinho, e agora ela estava sentada no centro da cama, toda encolhida, observando as outras.
Anahí: Ele vai fazer queixa a Christopher. – Disse, se movendo, angustiada. Madison sorriu.
Madison: Querida, eu interrompi uma reunião com um pontapé na porta. A essa hora ele já está grasnando com Christopher. – Garantiu, e as duas pararam – Ai tá bom? – Perguntou, totalmente tranqüila, e Kristen assentiu, olhando.
Anahí: Ele vai brigar com você. – Disse, observando.
Kristen: Isso é verdade. – Disse, apanhando as coisas de Anahí que caíram no chão. A faxineira entrou, em silencio, e começou a varrer e limpar o que sobrara.
Madison: Senhoras, garanto-lhes uma coisa. Hoje à noite meu marido vai me abraçar, e dizer que me ama. – Disse, segura de si – O que está me preocupando é essa restrição dessa portaria. Eu preciso fazer o cabeleireiro subir. Tentei falar com Christopher, mas estava em uma conferencia... – Suspirou.
Kristen: Adoro seu ego, mas Alfonso realmente vai fazer queixa. – Disse, organizando a penteadeira – Christopher não gosta que você se meta nesses assuntos. Vai ficar uma arara. – Ressaltou, e Madison sorriu.
Dito e feito.
Christopher: Você CHUTOU a porta?! – Gritou, ultrajado.
Madison: Quase quebrei o salto do meu sapato. – Admitiu, parecendo preocupada.
Christopher: MADISON! – Rugiu, no auge da fúria. Ela se assustou – Quantas vezes eu pedi, não, eu implorei que você não se metesse nessa história?
Madison: Eu perdi a conta, querido, desculpe. – Disse, pesarosa. Ela se ajeitou na beira da cama. Aquilo ainda demoraria.
O quarto de Christopher e Madison era diferente dos da cobertura. Tinha mais vida. A cama enorme, king size, tinha lençóis brancos e um edredom vermelho vinho dobrado aos pés, e os travesseiros eram alternados entre vermelho e branco. Nos criados mudos haviam abajures e porta-retratos dos dois juntos. Na cabeceira da cama, na parede, haviam três quadros com fotos de Madison, gigantes. Insistência de Christopher. Ela não gostava, mas aprendera a ignorar. As três de rosto, na primeira foto ela ria, nevava no fundo, a segunda era uma profissional, ela encarava a câmera, sorrindo de canto, o rosto meio inclinado pro lado, e a terceira saíra em uma revista e ele conseguira a original. Era ela em um evento que eles foram, usando um vestido preto, justo, com um decote ousado em V, o rosto bem maquiado, as camadas do cabelo destacadas. Ele estava com ela na foto original, mas na do quadro ela estava só. Todas em preto e branco. Madison procurava ignorar as fotografias, mas aquilo deixava claro o quanto ele venerava a mulher. Havia uma parede de vidro que dava pra cidade, coberta por uma cortina delicada, branca, poltronas cinzas, duas portas de correr em madeira preta (uma que dava pro closet e outra pro banheiro)... Enfim.
Christopher: Anahí buscou o que quer que ele tenha feito com ela. Eu estava lá, você não, mas eu vi! – Insistiu – Alfonso perdeu a chance de se despedir de nosso pai graças a ela!
Madison: Já ouvi essa história. Inúmeras vezes. Mas se quiser contar de novo, continue. – Disse, se levantando e indo até ele, ajeitando o colarinho da camisa – Adoro o timbre da sua voz quando você está irritado.
Christopher: Madison, PELO AMOR DE DEUS! – Ele a agarrou pelos braços, quase erguendo-a do chão. Ela hesitou, olhando-o – Eu pedi, agora estou mandando: Fique longe dessa história!
Madison: Ele forçou ela a torar o cabelo com um canivete na metade. – Disse, abandonando o ar de brincadeira. Viu Christopher hesitar por um instante. Isso Alfonso não havia contado – Não permitiu que Kristen levasse um cabeleireiro pra reparar o que sobrou. Se ele continuar agindo livremente, vai matá-la. – Disse, ignorando a dor nos braços.
Christopher: É. PROBLEMA. DELES. – Insistiu, apertando a mão. Estava realmente doendo. Madison, descalça, estava na ponta dos pés, quase suspensa. Ele era inumeramente mais forte que ela.
Madison: Ela é minha amiga. – Rebateu, imediatamente. Christopher estava ficando vermelho de raiva – Eu não vou retroceder.
Christopher: VOCÊ AMEAÇOU ELE! – Atacou.
Madison: AMEACEI CONTAR QUE ELE COME A PRIMA DELE HÁ ANOS A GRACE! AMEACEI, SIM! – Disse, perdendo a paciência – É PODRE ATÉ PRA MIM! SE ELE QUER COMEÇAR A LIMPAR A SUJEIRA ALHEIA, EU VOU LIMPAR A DELE, QUE NÃO É NENHUM SANTO POR SINAL!
Christopher: NÃO É DA SUA CONTA! – Disse, sacudindo ela uma vez. Era involuntário, ele jamais machucaria ela intencionalmente. Os cabelos dela ricochetearam no ar, ela tropeçando no mesmo lugar.
Madison: EU ENTENDO QUE ANAHÍ ESTAVA ERRADA, E ENTENDI ELE QUERER SE VINGAR, MAS ISSO É ABSURDO! – Rebateu – POR ANOS EU OBSERVEI ALFONSO, ESPEREI QUE ELE MELHORASSE, MAS ELE SÓ PIORA! ELE VAI MATAR ELA, CHRISTOPHER!
Christopher: ENTÃO DEIXE QUE ELE MATE! – Rugiu, furioso – NÃO É PROBLEMA NOSSO, E VOCÊ NÃO VAI MAIS SE ENVOLVER!
Os dois pararam um instante, se encarando, em fúria. Christopher sabia que ela desobedeceria. Sabia que continuaria confrontando Alfonso. Não confiava no irmão a esse ponto. Madison precisava ouvir, precisava entender... Ela parou, observando as feições que tanto amava, agora transformadas pela raiva, ignorando a dor nos braços. Ele não entendeu quando o rosto dela se apaziguou, e ela sorriu de canto, os olhos estudando-o.
Madison: Eu estou grávida, Christopher. – Contou, serena, e ele tomou ar pra rebater a ofensa.
Christopher: VOCÊ... – Ela sorriu com o impasse no rosto dele – Você está blefando. – Testou, incrédulo. Quisera um filho mais que tudo desde que se estabilizou, mas ela não queria. Ele chegou a achar que não o teriam mais.
Madison: Eu brincaria com isso? – Perguntou, ainda sorrindo.
Christopher: Você está grávida? – Ela assentiu – Desde quando? – A mente dele se negava a aceitar. Ela sentiu as mãos dele esfriando em seus braços, mas ele ainda a apertava, inconscientemente.
Madison: Dois meses e meio. – Atualizou – Eu ia te contar no jantar, mas achei mais seguro contar agora. – Disse, dando de ombros.
Christopher: Oh, meu Deus. – Disse, soltando-a e abraçando-a. Madison riu, afundando o rosto no pescoço dele, aspirando o perfume dele, e nem parecia que estavam brigando instantes antes – Obrigada. – Murmurou, rouco, e ela percebeu que ele tremia.
Madison: Parabéns, papai. – Disse, beijando a orelha dele e lhe acariciando os cabelos. Christopher soltou o abraço, apanhando o rosto dela entre as mãos. Ela sorriu vendo os olhos dele brilhando, como se fosse chorar.
Christopher: Como você soube? – Perguntou, afoito – Você nunca desmaiou, nunca enjoou...
Madison: Minha menstruação atrasou. – Disse, obvia, beijando-o. Ele riu de leve e ela sorriu, beijando os lábios dele novamente – Nunca havia atrasado em toda a minha vida. Demorei pra procurar um medico porque estava ocupada o tempo todo, mas fui. Fiz o exame de sangue e tive a primeira consulta ontem. – Disse, beijando-o mais uma vez. - Queria ter certeza absoluta antes de te contar.
Christopher: Porque você mudou de idéia? – Perguntou, cedendo aos beijos dela. Se essa gravidez acontecera foi porque ela parara de tomar os anticoncepcionais.
Madison: Porque eu amo você. – Disse, puxando-o pelo cinto. Christopher caiu deitado na cama e ela montou nele, beijando-o mais uma vez. Eram beijos suaves, demorados, gostosos – Porque eu quero ter um filho nosso. – Continuou, e o sorriso dele foi aumentando – Porque eu já tenho 26 anos, meu relógio biológico está contando, e provavelmente nós vamos querer ter outro daqui há algum tempo. – Ela o beijou de novo, abrindo os primeiros botões da camisa dele. Christopher só sabia sorrir – E porque eu amo você. – Disse, simples.
Christopher: Você já sentiu alguma coisa? – Perguntou, fascinado, abrindo a blusa dela as pressas. Ela deixou, pondo o cabelo atrás da orelha – Enjôo, desejo, tontura...?
Madison: Não. Mas veja.- Ela pegou a mão dele, levando até um ponto da barriga, fazendo-o pressionar. Christopher desmontou com aquilo. Podia sentir a protuberância, ainda mínima, nascendo dentro da barriga dela. – É ele. Ou ela. – Disse, dando de ombros. O sorriso que ele abriu foi um dos mais lindos que ela já havia visto.
Christopher: Eu amo você. – Retribuiu, sorrindo, e ela se inclinou de novo, beijando-o.
Madison: Ei. – Disse, emergindo do beijo. Ele tinha as mãos nos quadris dela, puxando-a pro seu colo – Eu estou com um desejo. – Ela viu o rosto dele se acender instantaneamente.
Christopher: De que? – Perguntou, de pronto – Diga o que é, qualquer coisa, e eu mando providenciar.
Madison: Estou com desejo de que um cabeleireiro suba na cobertura pra ver Anahí. – Disse, angelical. Ele desmontou na cama.
Christopher: Mad... – Suspirou.
Madison: Por favor? – Perguntou, beijando o pomo de adão dele – É meu primeiro desejo. – Forçou e ele não agüentou, riu.
Christopher: Vou ver o que posso fazer. Tem que ser agora? – Perguntou, irônico.
Madison: Não. – Disse, assentindo e se afastando pra terminar de abrir a camisa dele – Agora, agora, eu quero terminar de aproveitar o tempo em que eu posso transar com meu marido em qualquer cômodo da casa sem me preocupar se alguma miniatura vai ver. – Disse, descarada, e ele riu.
Christopher: Melhorou bastante. – Disse, puxando-a e rolando na cama, os dois rindo e se beijando em seguida.
Madison falara sério quando avisou a Alfonso que tinha outras armas. Essa gravidez era tudo que Christopher sempre quis, e viera no momento exato: Christopher não ia ajudar, mas também não ia ser o obstáculo que Alfonso queria que fosse. A guerra seria entre Alfonso e Madison diretamente, e Christopher, veja só, agora estaria do lado da esposa, porque ele a protegeria até de uma corrente de vento, quem dirá do irmão. Parece que Alfonso ia precisar de armas melhores se pretendesse vencer.
Autor(a): fanficfoda
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Não funcionou nos dias que vieram. A noticia da gravidez de Madison foi recebida com euforia pela família... E Anahí não estava lá. Madison brindou (com água, ordem de Christopher) sorrindo pra Alfonso, os dois se encarando. Ela olhou Kristen, que fora a ultima a estar com Anahí, mas essa negou com a cabeça. Anahí ...
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