Fanfics Brasil - Capítulo 027 Efeito Borboleta

Fanfic: Efeito Borboleta


Capítulo: Capítulo 027

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Anahí teve uma idéia obvia e genial ao estar sozinha de novo, aquela tarde. Pierre e as meninas foram embora (Madison e Kristen precisavam resolver coisas na empresa), e ela descobriu que não era tão ruim em lasanha. A verdade era que era só montar as coisas prontas e pôr pra assar. Todo mundo gostava de lasanha. O cabelo reparado lhe dera forças pra voltar a lutar, apesar de que ela sentia falta do antigo, então foi tentar. Colocou a massa pra cozinhar cronometrando os segundos no celular. Montou tudo como quem faz uma cirurgia, camada por camada. Gail sumira de novo. Por fim havia uma lasanha 4 queijos perfeitamente normal, com uma aparência até boa, no mármore da cozinha. Ela terminou de salpicar queijo ralado por cima e observou a obra de arte. Comparado ao que ela fizera nos últimos tempos, aquilo era um manjar dos Deuses. Olhou o relógio. Alfonso sempre chegava em casa 5 e 30, o que dava a ela ainda uma hora. Foi até seu quarto (a arrumadeira já havia feito a cama, estava tudo perfeito), e separou uma roupa. Queria estar linda, pra calar a boca daquele desgraçado. Se surpreendeu quando o elevador tocou de novo. Não eram as meninas, disso ela tinha certeza. Ela se olhou, vendo o avental de cozinha por cima da calça moletom e da camiseta, e caminhou, hesitante, até a sala. Se fosse Jennifer de novo, podia lhe dar uma surra por ter rido dela daquele modo. Era sempre uma opção. Ao chegar na sala, porém, a mulher que esperava era mais velha. Tinha os cabelos castanho-acobreados, e olhos verdes: Grace.  
Anahí: Oh. – Disse, assustada, e Grace sorriu – Me perdoe. Eu não esperava a senhora, eu só... Me dê um minuto. – Pediu, apressada, e saiu correndo pra cozinha, tirando o avental pela cabeça. Ela desligou o forno, que havia posto pra pré aquecer, cobriu a lasanha rapidamente com um papel filme e pendurou o avental. Quando virou, Grace a olhava educadamente da porta da cozinha. A assustou. Anahí percebeu que a mania devia ser de família.  
Grace: Você realmente cozinha. – Admirou, observando a nora.  
Anahí: Eu tento. – Disse, dando de ombros. – Por favor, venha. – Apontou, conhecendo bem aquele apartamento, sendo que vivera os últimos meses lá.   
Anahí levou as duas até a sala do piano, se sentando em uma poltrona e apontando o sofá pra Grace. Honestamente, não sabia o que esperar. Reparou que Grace olhava o cabelo dela o tempo todo, só que discretamente. Pensou em oferecer algo, mas não sabia fazer café nem suco, só chá, e seria estranho oferecer chá e água, mas seus pensamentos foram interrompidos pela sogra.  
Grace: Querida, eu soube do que estava ocorrendo aqui. Sobre você e Alfonso. Não tenho muito tempo, preciso ir buscar Greg no colégio logo, mas quis vir ate aqui. – Anahí esperou. Antes calada que falando besteira – Confesso que fiquei um pouco incrédula a inicio, mas vendo você agora... É incontestável. – Anahí assentiu, ciente da história contada por Madison – Seu cabelo era tão lindo!  
Anahí: Alfonso prefere curto. – Disse, tentando parecer tímida, engolindo a amargura na voz.  
Grace: Entendo, é claro. Eu mesma já fiz minhas loucuras na sua idade, apaixonada como era pelo meu Richard. – Disse, sorrindo, doce. Anahí retribuiu o sorriso. Grace era agradável. – Quero lhe pedir desculpas pelo comportamento do meu filho. Eu não o criei assim, não sei o que deu na cabeça dele.  
Anahí: A senhora não tem pelo que se desculpar. – Dispensou, se sentindo desconfortável. Grace sempre fora agradável com ela, e agora se desculpava pelo cavalo do filho – Dizem que o primeiro ano é sempre o mais difícil, não é? – Tentou brincar. Grace sorriu.  
Grace: Repreendi Alfonso. Ele moderará seus modos com você a partir de agora. – Anahí quis rir ao pensar em Alfonso recebendo uma bronca da mãe – E é claro que você é bem recebida em minha casa, assim como é claro que irá a nossa ceia de natal. – Kristen explicara essa parte – Vocês vão dar certo. Sempre existem desavenças a acertar, mas no fim o amor vence. – Disse, sincera.  
Anahí: Eu espero. – Disse, imprimindo o máximo de ansiedade que conseguia na voz.  
Grace: Preciso mesmo ir. – Disse, checando o celular – Eu só queria vê-la. Não quero atrapalhá-la. – Disse, educada – Vejo-a no natal, então?  
Anahí: É claro. – Assentiu, e as duas se despediram com um beijinho.   
Grace foi embora e Anahí correu. Perdera tempo com essa conversa. Tudo na casa de Alfonso era de ultima geração, de forma que ela pôde marcar o tempo da lasanha no forno como se fosse em um microondas. Foi pro banho, vestiu um short preto e uma camisa de manga branca, de renda, além de sapatilhas. Usou o mínimo de maquiagem, só um lápis, rimel e um nadinha de batom, penteou o cabelo, passou perfume e estava perfeita. Ela sorriu pra mulher no espelho. Nesse mesmo momento duas coisas aconteceram: O elevador apitou, avisando a chegada de alguém, e o forno apitou, avisando que a lasanha estava pronta. Alfonso entrou em casa como sempre, largando as chaves no potinho na ante- sala e entrando em casa afrouxando a gravata. Até que Anahí passou por ele. Estava... Deus do céu. O perfume dela queimou a garganta dele, trazendo as lembranças indesejadas todas a tona. O cabelo destroçado estava impecável, as coxas pálidas expostas... 
Anahí: Boa noite, querido. – Disse, irônica, parada no corredor, vendo o modo como ele lhe olhava.  
Alfonso: Boa noite, amor. – Rebateu, no mesmo tom de ironia.  
Anahí: O jantar vai ser servido daqui a 10 minutos. – Disse, debochada, e passou por ele, rumando a cozinha. Pelo sangue de Jesus como aquela lasanha não podia estragar.   
Ele não conseguiu evitar olhar quando ela passou. A blusa era de manga, ok, mas a renda branca brincava com os olhos, e o traseiro dela estava em evidencia naquele short. Ele rosnou, indo pro banho. Tomou uma boa ducha fria, vestindo uma calça moletom azul escura e uma camiseta branca. Ao passar pela sala olhou de relance a Nova York chuvosa, mas parou, desconfiado, na porta da sala de jantar. O cheiro, ao contrário normal, não parecia de todo ruim. Ele se sentou e Anahí serviu a janta, tranquilamente. Checara, estava bom. Ela estava confiante. Ele, no entanto, sem conseguir evitar, olhava o decote dela. Nada escandaloso, mas ele se lembrava do toque da pele... E ela se afastou. Ele suspirou, cortando um pedaço da lasanha e pondo na boca. Ela se sentou, começando a jantar. Ele a olhou, desconfiado, mastigando.  
Alfonso: Você finalmente conseguiu traficar comida aqui pra dentro. – Concluiu, olhando-a, e ela riu.  
Anahí: Não, fui eu que fiz. Mas obrigada pelo elogio. – Disse, comendo. Ela mesma estava faminta. Ele cerrou os olhos, olhando ela – O que? Quando fica ruim, você reclama, quando não fica, você reclama também?  
Alfonso: Só não é possível. – Disse, apontando o prato.  
Anahí: Olhe as fitas de segurança do apartamento. Está lá. – Disse, fazendo pouco caso – E cale a boca. 
 Pela primeira vez desde que se casaram, os dois jantaram juntos. A lasanha estava boa, de fato. Alfonso não havia comido, Anahí estava faminta. Ele se levantou um instante, servindo duas taças de vinho, que ela rejeitou. Ele ergueu as sobrancelhas e assentiu. Nada de álcool. Rolando os olhos, trocou por água. Essa ela aceitou. No fim os dois estavam satisfeitos. Anahí tirou a mesa, guardando o que sobrara na geladeira, e ele a observou, enquanto se levantava.  
Alfonso: O que minha mãe veio fazer aqui? – Perguntou, e ela se irritou imediatamente perante o fato de que ele sempre sabia de tudo.  
Anahí: Não é da sua conta. – Disse, arrumando espaço pra travessa na geladeira. Ele ia responder, mas parou, observando a posição dela por um instante.  
Alfonso: Anahí... – Suspirou, olhando-a. Ele grunhiu, balançando a cabeça e desviando o olhar.  
Anahí: Descubra sozinho, você não sempre faz isso? – Perguntou, fechando a geladeira.  
Alfonso: Eu falei a você que minha mãe não devia ser envolvida. Está no contrato. – Lembrou, enquanto ela recolhia o jogo de mesa.   
Anahí: Proíba ela de vir até aqui, então. – Disse, debochada. Alfonso revirou os olhos.  
Aconteceu por acidente. Alfonso foi apanhar seu guardanapo, que estava em cima da mesa, pra limpar uma gotícula de molho branco que respingara em um de seus dedos e ela foi apanhar o mesmo guardanapo para retirá-lo. Ele terminou apanhando a mão dela. O fogo foi instantâneo, queimando a pele, correndo pelas veias, mais forte que da primeira vez. Os dois observaram as mãos juntas, e ele virou a mão dela com a sua, o dedão passando firmemente pela palma. Anahí estremeceu com aquilo. De alguma forma os dedos dos dois se entrelaçaram, o dedão dele agora acariciando o pulso dela, a pele parecendo incendiar por onde o toque passava. Anahí se desviou da cadeira e se lançou a ele, angustiada, beijando-o. Ele a abraçou pela cintura com tamanha força que a ergueu do chão, soltando a mão dela pra deixar sua mão subir por dentro da camisa folgada, alcançando o sutiã dela. O mamilo já estava rígido, esperando por atenção, e ela arfou, cravando as unha no pescoço dele.  
Alfonso: Eu sabia. – Murmurou nos lábios dela, descendo a boca pela frontal do pescoço, arranhando com os dentes – Olhei você a noite toda e sabia que estaria bem assim, apesar dessa maldita blusa não deixar ver nada. – Anahí estremeceu, calada. Alfonso ficava rouco quando estava com tesão, como se já não bastasse todo o resto como afrodisíaco. 
Anahí: Me beije. – Murmurou, sedenta, e ele ergueu o rosto, alcançando a boca dela de novo em um beijo agressivo, faminto. A boca dele tinha um gosto suave de vinho branco, delicioso. 
Então veio na cabeça de Anahí, como um raio: Ele sentado na beira da cama dela, observando enquanto ela derrubava o próprio cabelo com o canivete dele. Ela grunhiu de raiva, afastando ele, e Alfonso ficou suspenso, vendo ela se afastar.  
Anahí: Não. – Murmurou, se recompondo, e ele respirou fundo. Por mais que ele odiasse admitir, ela estava certa.  
Alfonso: Claro que não. – Desprezou, respirando fundo também, vendo ela se afastar. Ela não encarava. Ele saiu dali, antes que mudasse de opinião.  
Anahí apanhou o maldito guardanapo, levando-o pra cozinha, e decidiu que iria tocar piano pra se acalmar. Algo precisava acalmá-la. Seu corpo estava enfurecido. Os seios rígidos, doloridos, a intimidade pulsando de vontade, a pele ardendo. Alfonso havia sumido no corredor. Ela estava atravessando a sala, rumo ao piano, quando ouviu um rosnado agoniado.  
- Que desgraça, meu Deus.   
Então ele voltou a passos largos, decididos. Ela não teve força nem vontade de contestar dessa vez. O recebeu, beijando-o novamente, e ele abaixou as mãos, apanhando-a pelas coxas, fazendo-a montar em seu colo, sentindo a ereção pronta dele em sua barriga. Ela não contrapôs mais nada. Esqueceu quem ele era e se permitiu. Ele se ajoelhou, levando os dois ao chão, e se separou um instante, tirando a blusa dela pela cabeça. Ela aproveitou e arrancou a camisa dele, e quando ele se deitou sobre ela, além do peso dele ela teve o calor comprimindo-a. Não teve nenhuma lembrança de Jonathan naquele momento. Só conseguia sentir: E o que ela sentia agora era um tesão desmedido. A mão dela passou pela calça dele, encontrando o membro já pronto e se pôs a masturbá-lo, só por vontade, conhecendo-o. Ele endureceu ainda mais na mão dela. Alfonso estava furioso. Todas essas semanas, toda aquela frustração... Ele desceu a boca pela lateral do corpo dela, estourando o sutiã de qualquer jeito, mordendo-lhe o colo e os seios, fazendo-a gritar. Ele suspirou, satisfeito. Fantasiara com os gritos dela mais do que gostava de lembrar. Desceu a boca pela barriga dela, mordendo, lambendo, enquanto as mãos buscavam o short dela, abrindo o botão e puxando-o as pressas. Ele ainda a mordeu, a cintura dela uma vez antes de apanhar a coxa dela, pondo-a em seu ombro e sua boca alcançar-lhe a intimidade. Anahí arfou, agarrando o carpete. Pra ela receber um oral era totalmente novo. E era... Oh, meu Deus. Ela gemeu, aturdida, sentindo a língua dele abria caminho pra dentro dela, entre lambidas e sucções, circundando o clitóris já sensível dela, brincando com as terminações nervosas. Ele havia imaginado como seria o gosto dela por semanas, agora estava simplesmente deliciado. Mais uma vez era melhor do que esperava. Anahí era só gemidos. Sentiu o orgasmo se formar dentro dela, e ele não parava... Quando ela estava quase lá ele se concentrou no clitóris dela, a língua atacado-o incansavelmente, erguendo a mão e levando o dedo do meio até a intimidade dela, invadindo-a. 
Anahí: Ai, meu Deus. – Gemeu, perdida na sensação nova. Com Jonathan, além do pavor e da dor, era sempre ela que fazia. Sentia nojo. Isso era novo. Ele continuou o que fazia, o vai-e-vem do dedo ganhando ritmo, e o ato desencadeou o orgasmo dela, que a fez gritar, tamanha a intensidade.  
Anahí aproveitava a sensação, totalmente perdida, por isso não viu ele se esticar, apanhando a carteira e em seguida vestindo a camisinha. Só sentiu quando ele voltou pra cima dela, dobrando-lhe as pernas e com uma investida única a penetrou. O ar fugiu dos pulmões dela, o sangue subindo pro rosto, e ela não viu como, mas o empurrou, os dois rolando no tapete, ela por cima agora. Ele parou deitado no carpete e ela sentada em seu colo. Foi pior (e melhor), porque sentada nele, ele parecia ir ainda mais fundo. Ele agarrou as coxas dela e observou Anahí se acomodando, as mãos na barriga dele, até que o havia acolhido por inteiro. Ela arfou, tremula, uma camada do cabelo caindo sobre o rosto. Ele grunhiu de pura satisfação.  
Alfonso: Tão apertada... – Elogiou, sentindo como ela não fazia juz a sua memória. Anahí se moveu minimamente, gemendo, atordoada. Não parecia haver mais espaço dentro dela. – Isso... Está certo. Me sinta inteiro. – Orientou, as mãos nas coxas dela, apenas sentindo, se proibindo de apressar o ato.  
Anahí: Puta que pariu. – Gemeu, as mãos tomando impulso na barriga dele pra começar a se mover. Forte demais pra posição em que estavam. Ela grunhiu com a dor e ele a parou, segurando-a pelo quadril.   
Alfonso: Calma. – Disse, rouco, a outra mão subindo da coxa dela pra cintura dela, guiando os movimentos, começando de modo mais brando. Ela gemeu ao ser conduzida do modo certo, sentindo o prazer se espalhar pelo corpo. – Assim... Sem pressa. – Disse, quando ela pegou o jeito, uma das mãos subindo pela barriga dela e lhe alcançando um dos seios, apertando um dos mamilos que quase gritavam por atenção. Ela gemeu. 
Ela o obedeceu. Foi ganhando jeito aos poucos, assim como a força. Era meio dolorido pra ela, mas o prazer correspondente era muito maior. Ele brincou com os seios dela a sua livre vontade, outrora apertando as coxas dela, ou ajudando- a com aquilo. Mas ela ia muito bem. Logo os dois se consumiam, com um tesão que beirava a raiva. Anahí gozou diversas vezes naquela transa, mas nunca parecia ser o suficiente.  
Alfonso: Ei. – Disse, rouco, e ela o encarou – Não goze. – Ela franziu o cenho, confusa – Se concentre quando vier, e espere até que eu diga. – Instruiu. Anahí o encarou, soltando as laterais do corpo dele (onde ela estava tomando impulso) e apoiando as mãos na barriga dele, retomando os movimentos.  
Anahí: Porque?- Perguntou, confusa. Pelo que sabia era isso que se buscava com sexo. Odiava se sentir um passo atrás.   
Alfonso: Confie em mim. Vai ser melhor. – Anahí assentiu, sem querer estragar o momento. Ele gemeu, inclinando a cabeça pra trás – Deus, você está me apertando como um punho, Anahí. – Gemeu, deliciado.   
Ela se inclinou pra frente, mordendo o peito dele, chupando, enquanto continuava os movimentos, e ele deixou. O orgasmo veio e no ultimo instante ela se lembrou. Parou os movimentos, focando todo o seu corpo e ele observou. Foi quase impossível, as contrações pareciam fugir dela, mas no fim ela conseguiu, sorrindo satisfeita consigo mesma. Ela retomou os movimentos, com a ajuda dele. Os dois soavam, os dois gemiam, e por nenhum dos dois se permitir gozar, aquilo nunca acabava. Anahí ouviu o apito de algo, distante entre os gemidos e se sentou, soltando um grito abafado ao senti-lo inteiro dentro de si de novo, o ritmo dos dois quase violento agora... E ela viu. Jennifer parada dentro do elevador. Fora isso que apitara, o elevador. A outra olhava, o rosto um mistura de incredulidade, decepção e fúria. Anahí abriu seu melhor sorriso, o mais deslumbrante, o mais radiante que conseguiu sendo que não havia como conter seus gemidos por muito tempo agora, tendo os olhos dilatados e o rosto corado pelo esforço, encarando a outra, em total triunfo. Cada gemido de Alfonso era como um grito de vitória dela, e ela, só de propósito, contraiu a intimidade, apertando-o dentro dela (ignorando a dor que aquilo causou), fazendo-o soltar um gemido alto, agarrando a cintura dela. Jennifer apenas a encarou, em um silencio mortal. Só que Alfonso se sentou, apanhando-a pelo cabelo e beijando-a. Ela se esqueceu a outra ali, os dois se beijaram agressivamente, as unhas dela descendo pelas costas dele e voltando, deixando vergões vermelho sangue, os dois se consumindo.   
Alfonso: Agora. – Murmurou nos lábios dela – Pode gozar agora. – Completou. Anahí o encarou, e ele assentiu uma vez.  
O corpo dela obedeceu quase que automaticamente. Algumas estocadas depois ela se contraiu em um orgasmo violento, intenso... Que não acabava. Ela gemeu, agarrada a ele, mas parecia não terminar, o fim de um indicava o inicio de outro, criando um ciclo, o corpo dela todo tomado por aquela sensação maravilhosa. Levou minutos até parar. O orgasmo dela, as contrações comprimindo ainda mais o pênis dele, desencadearam o orgasmo dele, que a prendeu pela cintura, elevando o quadril como se quisesse ir ainda mais fundo e gozou demoradamente com um gemido alto e um xingo, ela não conseguiu distinguir qual. Assim como o dela, o orgasmo dele quase lhe roubou os sentidos. Parecia não terminar, e era tão intenso que quase tirava a sanidade dele. Os dois caíram no tapete, ela por cima dele, ambos com dificuldade pra respirar. Levou minutos de silencio até que os dois se normalizassem, então o silencio ficou pesado. Anahí rolou pro lado, os dois ficando de barriga pra cima.   
Anahí: Eu não acredito que isso aconteceu de novo. – Rosnou, irritada, dando voz aos pensamentos dele.  
Alfonso: Inferno. – Rosnou, consigo mesmo, tirando a camisinha usada e dando um nó. Tinha se prometido que aquilo não ia acontecer de novo. – Mas você também... – Começou.  
Anahí: “Você também” é o cassete! – Acusou, ultrajada e desaforada. Alfonso passou a mão no rosto, cansado. – Eu estava indo tocar piano, VOCÊ me atacou. – Ressaltou.   
Alfonso: Você não devia estar se debatendo, e chorando, e tendo alucinações? – Perguntou, debochado. Anahí virou o rosto pro lado, a camada do cabelo curto caindo pela testa.  
Anahí: Olhe bem pra mim. Estou com cara de quem está tendo alucinações? – Perguntou, irônica.  
Alfonso: Não, está com cara de quem acabou de ser muito bem comida. – Respondeu, descaradamente. Anahí o encarou por um instante, sem reação.  
Anahí: É de um cavalheirismo... – Murmurou, tirando o cabelo do rosto – Falando em gente mal comida, sua prima esteve aqui. Viu tudo. – Disse, apontando pro elevador com o braço. Alfonso olhou o elevador fechado.  
Alfonso: Jennifer? Tem certeza? – Anahí assentiu, se espreguiçando. Ele gemeu, aturdido, e foi a vez dela de rir – Isso precisa parar. – Disse, decidido.   
Anahí: Querido... Isso já parou. – Disse, dura. – Foi um acidente. Culpa sua, mas um acidente. Não vai se repetir. – Disse, e ele assentiu um instante.  
Alfonso: Foi o que eu me disse da ultima vez, e aqui estamos. – Disse, e ela cobriu o rosto com o braço. – Algo que acontece uma só vez, pode não acontecer mais, mas se acontece duas vezes, a terceira é questão de tempo. Aprendi isso por experiência própria. – Avisou.  
Não era uma briga (ainda). Era só uma situação, no mínimo, inusitada. Os dois nus, deitados no carpete da sala, Nova York fazendo plano de fundo, uma tempestade de chuva caindo, o Empire State Building brilhando no horizonte. Nenhum dos dois estava preocupado com a própria nudez, ou a do outro. Anahí era completamente a vontade com o próprio corpo, satisfeita, e Alfonso tinha uma segurança irrefutável. 
Anahí: Se nós dois concordarmos... Sem brigas, dessa vez... – Ele a olhou, esperando – Se for de comum acordo que não vai acontecer de novo, nós podemos contornar.  
Alfonso: Se você diz... – Disse, suspirando ao pensar no inferno que sua cabeça voltaria a ser daqui pra frente. Ainda tinha Jennifer, puta que pariu...    
Anahí: E mesmo sem me dar a porra da senha, você precisa dar um jeito nesse elevador. Pessoas entram e saem aqui quando querem, não é natural. – Ressaltou, encarando ele, debochada.  
Alfonso: Nunca foi problema antes. – Alfinetou, irônico. O sistema do prédio todo era assim, ele que dera sua senha a família toda.   
Anahí: Pelo visto é agora. – Rebateu, obvia.   
Os dois pararam, se encarando. Os olhos de Anahí tinham exatamente o mesmo tom de azul que a memória dele guardara. Já ela nunca parara pra reparar nos olhos dele, com aquele óculos infeliz sempre caindo, mas era de um verde muito bonito. Estava frio ali dentro (Gail se retirava quando Alfonso chegava, deixando o casal Herrera a sós, e como eles se atracaram no chão ninguém regulou o termostato).   
Anahí: Eu não devia ter humilhado você. – Disse, por fim, em tom baixo.  
Alfonso: Desculpe? – Perguntou, ajeitando a cabeça, como se pra ouvir direito. Ela revirou os olhos – Não escutei.   
Anahí: Você me ajudou. Eu fui cruel, achava que porque a vida tinha sido dura comigo, eu tinha o direito de fazer o que quisesse. - Disse, dando de ombros - Não estou pedindo desculpas, só estou admitindo meu erro. – Disse, clara.  
Alfonso: Antes tarde que nunca. - Alfinetou.  
Anahí: Falando em "admitir meu erro", eu não joguei sangue em você. - Alfonso a encarou, duro - Não sabia que aquilo ia acontecer. Comentei com Brad, semanas antes, que você tinha se cortado e entrado em pânico. O resto foi idéia dele, não minha. Eu só soube quando aconteceu. - Ressaltou, se lembrando. 
Alfonso: Acha que vai mudar alguma coisa você ter admitido isso? – Perguntou, duro.   
Anahí: Seria ingenuidade demais. Eu ainda não suporto olhar pra sua cara, quem dirá. – Esclareceu, e ele sorriu, satisfeito.  
Alfonso: Você reconhecer não muda nada. Você mal começou a pagar pelo que fez. Mas é bom saber que inteligência ainda é uma das suas características. – Disse, debochado. Anahí suspirou, revirando os olhos de novo – Não gosto quando você me olha desse jeito. – Avisou.  
Anahí: Que jeito? – Perguntou, indignada.  
Alfonso: Como se eu fosse uma criança mimada. – Continuou. Ela ergueu as sobrancelhas – Não repita.   
Anahí: Senão o que? Vai me bater? – Desafiou, achando graça. O olhar que ele devolveu a ela fez ela se arrepiar.  
Alfonso: Não me teste. – Avisou.  
Era a primeira conversa civilizada que os dois tinham desde o casamento. Sem gritos, sem ofensas. Os dois se encararam por minutos. Era uma vida confusa, essa. Onde e quando se podia imaginar que o jogo ia virar, ao ponto do garoto Herrera e a Rainha Anahí chegarem nesse ponto? Após algum tempo ela viu a pele do braço se arrepiar pelo frio que fazia, e ergueu a mão, inconscientemente, passando as costas da mão pelo antebraço dele. Os dois observaram o ato.  
Anahí: Eu não tenho experiência alguma, - Começou, e ele a olhou. Ela ainda olhava a mão que passava pelo braço dele. O desejo, a pouco saciado, se reacendia nos dois gradualmente, com o mínimo toque – Mas isso não pode ser normal. Eu mal consigo ficar no mesmo cômodo que você sem me irritar, e ainda assim... – Ela suspirou, a boca seca de vontade. Ergueu os olhos, encarando-o de novo, que manteve o olhar dela por um instante.  
Alfonso: Algo nesse casamento é normal? – Perguntou, evidenciando que também não sabia explicar o desejo que mutuo que sentiam, tão forte quanto o ódio que tinham um pelo outro.   
Alfonso encarou Anahí por mais um instante, então, com um som afogado vindo de seu peito, algo que lembrava derrota, se aproximou de novo, passando pra cima dela e beijando-a. Ela apenas o abraçou pelos ombros, lhe acariciando os cabelos e acolhendo-o entre as pernas. Alfonso era pesado, forte, mas ela gostava do modo como o peso dele a comprimia. E recomeçaram tudo exatamente dali.  



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Autor(a): fanficfoda

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A chuva parara. O céu estava nublado, mas amanhecera. Haviam camisinhas usadas, amarradas pelo chão da sala. Anahí estava toda marcada, os lábios inchados, um dos lados do rosto vermelho, o pescoço e o colo cheio de marcas de chupões e mordidas, assim como os seios e a barriga. As coxas tinham as marcas exatas dos dedos dele. Alfonso ...


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