Fanfic: Efeito Borboleta
A chuva parara. O céu estava nublado, mas amanhecera. Haviam camisinhas usadas, amarradas pelo chão da sala. Anahí estava toda marcada, os lábios inchados, um dos lados do rosto vermelho, o pescoço e o colo cheio de marcas de chupões e mordidas, assim como os seios e a barriga. As coxas tinham as marcas exatas dos dedos dele. Alfonso tinha marcas de mordidas pelo peito, pelo pescoço, as costas quase em carne viva. Transaram a noite inteira, como se pra provar que a idéia da rejeição não ia dar certo. Olhou Anahí, que dormia ao seu lado, os cabelos curtos alvoroçados, parecendo exausta. Esse era um problema curioso: Um problema que meio que não era um problema. Apesar da noite que passaram, os sentimentos dele não mudaram, assim como os dela. A única coisa que mudou foi o sexo, que parecia se tornar melhor a cada vez. Ele se sentou, catando a calça embolada e vestindo-a, em seguida recolhendo o bolo de camisinhas usadas e guardando no bolso. Olhou ela dormindo.
Não podia deixá-la ali, nesse ponto ela tinha razão, qualquer um que tivesse a senha podia entrar, e a situação seria no mínimo constrangedora. Ele revirou os olhos, se abaixando, uma das mãos passando pelo joelho dela e a outra pelas costas. Quando ele ia carregá-la, deu de cara com um par de olhos azuis muito bem acordados e uma sobrancelha erguida.
Anahí: O que está fazendo? – Perguntou, desconfiada. Alfonso era bem capaz de jogá-la no poço do elevador enquanto ela dormia.
Alfonso: Amanheceu, preciso ir trabalhar. – Disse, obvio, apontando a parede de vidro. Alfonso acordava cedo, malhava por 2 horas, tomava café, e se aprontava pra sair. – Pensei que você estava dormindo. – Admitiu.
Anahí: Eu não durmo sem meus remédios. – Lembrou, obvia, apanhando suas roupas, espalhadas pelo chão. – Falando nisso, meus remédios estão acabando. Como você não deixa sair, faça meu psicólogo vir aqui. – Disse, direta.
Alfonso: E você achou esse o melhor momento pra falar isso? – Perguntou, observando-a. Ela fechou o short, se levantando. A blusa sumira em meio aos moveis, e o sutiã devia ter ido parar no central park.
Anahí: O assunto surgiu. – Disse, obvia, se esticando atrás do sofá. Ele observou as marcas das mãos dele, marcas claras de apertões nas costas dela. Desviou o rosto, irritado por estar se excitando de novo.
Alfonso: Temos assuntos mais urgentes. – Disse, obvio.
Anahí: Minha paz de espírito é a prioridade. Onde você jogou a porra da minha blusa? – Perguntou, exasperada, olhando em volta.
Alfonso: Você tem paz de espírito sabendo que vai transar comigo a cada deslize? – Anahí parou de procurar, encarando-o, pensativa.
Anahí: Não vou transar com você a cada deslize. Você é bom, mas nem tanto. – Debochou, e ele cruzou os braços, se encostando em uma poltrona.
Alfonso: Não? – Ele a encarou por um instante. Como que por comando os mamilos de Anahí se enrijeceram, e ela fechou a cara pra ele, que sorriu de canto – Tem certeza?
Anahí: Eu ainda preciso dormir, seu filho da puta. – Disse, voltando a procurar – Um problema de cada vez. – Organizou, pondo uma mão na cintura. Viu a manga da camisa perto do corredor – Ah! – Sorriu, indo apanhar.
Alfonso: Resolvemos o menos importante. – Disse, vendo ela vestir a blusa. Sem o sutiã não cobria quase nada. – Então...?
Anahí: Eu tomo dois comprimidos por noite. – Disse, cruzando os braços – Só tenho mais dois. O que significa que amanhã eu não vou mais dormir. – Disse, pondo a mão na cintura. Alfonso tinha tendência a fazer o contrário do que ela pedia – Eu sei que as coisas não mudaram, mas respeite pelo menos isso. – Pediu, séria.
Alfonso: O que acontece quando você cai no sono sozinha? – Perguntou, aguçando o olhar.
Anahí: Raramente acontece. Eu transei com você a noite inteira, meu corpo está exausto, mas não me ocorre a possibilidade de dormir. – Disse, direta.
Alfonso: E se você dormisse? – Insistiu.
Anahí: Não queira saber. – Disse, dura. Ele a observou por um instante.
Alfonso: Vou pensar no seu caso. – Debochou, e ela ergueu a sobrancelha – Já disse que não gosto que me olhe assim. – Anahí riu.
Anahí: Então me coloque no seu colo e me dê uma surra, porque eu sou uma garota muito, mas muito má. – Debochou, fazendo bico, e ele ergueu a sobrancelha.
Alfonso: É uma idéia. – Disse, se desamparando do sofá.
Alfonso fingiu dar a partida em direção a ela, fingindo começar a correr e Anahí arregalou os olhos, dando um gritinho e disparando pra trás do sofá. Ele riu, cruzando os braço de novo.
Anahí: Ridículo. – Disse, suspirando – Ok, vá trabalhar. Me dê o dia pra pensar. E eu preciso dos meus remédios.
Alfonso: Esqueça a questão dos remédios por um segundo. – Pediu, debochado.
Anahí: Conversaremos quando você voltar. Eu preciso pensar. – Alfonso assentiu.
Alfonso: Certo. À noite conversamos. – Disse, e deu as costas, deixando-a ali.
A verdade é que ele nem malhou naquele dia. Os dois tinham os corpos relaxados, sem tensão alguma, e ele se deu ao luxo de dormir um pouco. Anahí tomou um bom banho de banheira e foi pra biblioteca dele, procurar algo pra ler. Estava cansada, mas só podia se permitir dormir a noite. Quando Alfonso saiu ela nem viu.
Rebekah: Certo, acho que entendi. – Jennifer chorava, um choro de puro ódio e magoa. Demorou até Rebekah entender qual era o problema. – Bom, vocês já sabiam que eles tinham transado. – Disse, tentando conter a quase histeria da outra.
Jennifer: Uma vez. – Disse, e Rebekah caminhou aos poucos, pensando em um modo de acalmar Jennifer. Particularmente não tinha muita paciência pra esse casinho, mas sempre sobrava pra ela – Ele prometeu que não faria de novo. – Disse, secando o rosto.
Rebekah: Ele é homem. Ela deve ter apelado. – Um dia Alfonso ia ter que retribuir esse favor a ela, se houvesse justiça nesse mundo.
Jennifer: Dessa vez foi... Foi diferente. – Rebekah se sentou em uma poltrona, escutando – Alfonso é muito quieto durante o sexo. – Disse, as memórias distantes. Rebekah teve vontade de jogar água quente nos ouvido ao ouvir aquilo, mas se manteve.
Rebekah: Quieto? – Repetiu. Jennifer assentiu.
Jennifer: Silencioso. Compenetrado. Mas com ela... – Ela parou, atordoada com a lembrança – Os gemidos dele eram altos. Parecia não conseguir conter. Haviam, haviam gritos. Não só dela, dele igualmente. – Disse, desolada, se lembrando.
Rebekah: Ok. – Cortou, tendo chegado ao seu limite – Pare de chorar. Converse com Alfonso, Jenny. Se tem alguém que vai poder te explicar essa história, é ele. Tente se acalmar. – Aconselhou.
Jennifer: Você está certa. – Disse, secando o rosto e se levantando – Eu vou atrás dele. – Disse, decidida. Rebekah assentiu, e viu a outra sair. Apanhou o celular, discando o 1º numero da chamada de emergência. Alfonso. Chamou e foi pra caixa.
- Irmão, é Rebekah. Escute, eu mesma estou puta com você, mas Jennifer está indo pra empresa, querendo satisfações sobre o que viu ontem. Esteja pronto.
Alfonso bem tentou. Por mais que Rebekah estivesse com raiva dele, o instinto de proteção, de família, prevalecia, então é claro que ela avisaria. Jennifer entrou na sala dele com 50 pedras na mão. Fez acusações, passou coisas na cara... E a cabeça dele voltara a doer.
Alfonso: Jennifer... Jenny... Jenn... JENNIFER! – Rugiu. O grito assustou a outra, que parou de falar. Ele abriu a gaveta, apanhando um frasco de aspirinas e pondo duas na boca, o que o lembrou que precisava falar com Robert sobre os remédios de Anahí... Problemas, problemas, problemas – Eu não queria que tivesse acontecido, também, mas aconteceu, o que posso dizer?
Jennifer: Você me prometeu, Alfonso. – Lembrou – Entretanto estava lá, com ela, e pelo pouco que eu vi, estava adorando. – Estava mesmo, verdade seja dita.
Alfonso: Aconteceu. – Disse, simples.
Jennifer: É isso o que você tem a me dizer? “Aconteceu?” – Perguntou, incrédula.
Alfonso: Eu sou homem. Ela é mulher, aliás, é minha mulher. – Lembrou – Não é do meu gosto, mas tentei evitar por semanas. Aconteceu. Foi por deslizes como esse que nosso caso também aconteceu. – Lembrou.
Jennifer: Não me compare a ela. – Rosnou, furiosa.
Alfonso: Não estou. Estou dizendo que aconteceu, e pode acontecer de novo. – Disse, claro – Cansei dessa batalha interior. Se for de ser...
Jennifer: E nós dois? E o que nós construímos durante esses anos, Alfonso, isso tudo fica como nessa situação? – Perguntou, cruzando os braços.
Alfonso: Jenny... Nós não construímos nada. – Disse, direto. Era uma das qualidades de Alfonso: Ele dizia o que precisava ser dito, não importa se fosse doer – O que nós temos é ótimo, mas você ainda é minha prima. Madison está me chantageando e eu estou me submetendo a chantagem dela pra que minha mãe não tome conhecimento disso. Ela não sabe, e não vai saber nunca. – Esclareceu.
Jennifer: É assim que você vê? – Perguntou, a voz mortificada.
Alfonso: É como você deveria ver também. E, eu sei que é um péssimo momento, mas acho que nós devemos dar um tempo com isso. – Continuou.
Jennifer: O que?! – Grasnou, exasperada.
Alfonso: Pelo visto você está vendo nosso caso pelo lado errado. Está fantasiando coisas. É sexo, sempre foi só sexo. Você é minha prima, é minha família, e não há chances de você mudar de posição. – Disse, direto – Enquanto você não tiver isso claro em mente, é melhor pararmos.
Jennifer encarou Alfonso por um instante inteiro, os olhos magoados. O amara desde adolescente. Sempre estivera lá, não importa pra que. Ele fora o primeiro e o único homem que ela quisera em sua cama, e agora era só aquela vagabunda estralar o dedos e ele simplesmente dizia isso, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Jennifer: Vai se foder, Alfonso. – Mandou, dando as costas e se batendo com Ian, que ia entrando. Esse assoviou, vendo a outra passar.
Ian: Um belo dia, pelo que eu vejo. – Disse, sorrindo – Sua vida amorosa é mais interessante do que o livro que eu estou lendo. – Admitiu e Alfonso riu a contragosto, recostando a cabeça na cadeira – E pela mordida de mulher na sua jugular, eu digo que você transou com Anahí de novo. – Completou. Alfonso revirou os olhos, ajeitando a camisa e a gravata.
Alfonso: O que é você, um colegial? – Perguntou, achando graça.
Ian: Foda-se quem eu sou, eu quero detalhes. – Disse, largando uma pasta de lado – Como vocês resolveram isso?
Alfonso se lembrou de Anahí hoje pela manhã, pedindo um tempo pra pensar. Deus o ajudasse, não suportava aquela mulher, mas ela era inteligente então bastava a ele torcer pra que ela tivesse uma idéia que prestasse, porque a cabeça dele e esgotara.
Alfonso: Nada foi resolvido ainda. – Disse, pra desgosto de Ian – Mais vai ser. Hoje a noite. – Garantiu, e o outro sorriu, em uma mistura de ansiedade e malicia. Que seja, então.
Anahí: Onde está o meu remédio? – Perguntou, quando a porta do elevador abriu.
Alfonso: Boa noite, querida. – Disse, debochado, largando as chaves no potinho.
Anahí: Estou falando sério. – Disse, indo atrás dele.
Alfonso: Eu também. Vamos passar o natal com a minha mãe, e não quero viajar no ano novo, então tenha malas prontas pra duas semanas por ai. – Disse, soltando a gravata.
Anahí: Alfonso! – Ele olhou – Nós tínhamos um acordo! – Cobrou, exasperada.
Alfonso: Eu lá tenho cara de quem faz acordo com o diabo? – Perguntou, desabotoando a camisa.
Anahí: Você quer que eu enlouqueça, pra assim ter vencido a aposta, é isso? – Perguntou, parada na porta, e ele se virou, soltando os colarinhos.
Alfonso: Eu não sou uma fabrica de receitas pra tarja preta. Mandei providenciarem. – Anahí suspirou, aliviada. Os olhos dele se aguçaram sobre ela – Você podia tentar dormir, enquanto isso.
Anahí: Já tentei. Não é produtivo. – Disse, dura – Amanhã você traz? – Ele revirou os olhos, sumindo no corredor, e ela sorriu – Não gosto de quando você olha pra mim desse jeito. – Debochou, citando ele e se jogando no sofá. Ouviu o riso dele vindo do quarto.
O jantar voltou à estaca zero. Anahí não podia servir lasanha dois dias seguidos. Ele rejeitou a comida, ela mandou ele pro inferno, tudo nos conformes. Estava de barriga cheia: Madison levara um Mc Donalds pra ela. Se ele a beijasse, ainda sentiria o gosto do ovomaltine. Logo os dois estavam na sala, como acertado, debatendo o terceiro problema.
Anahí: Eu odeio você. – Disse, clara, e ele riu de sua poltrona.
Alfonso: Não mais do que eu a você, posso garantir. – Rebateu.
Anahí: Não é porque transamos que isso muda. – Ele negou – Eu posso odiar você e ter tesão em você ao mesmo tempo. – Supôs.
Alfonso: É o que, obviamente, está acontecendo. – Disse, impaciente. Anahí rodeava demais – Por exemplo, você está usando um sutiã meia taça, sem alça, preto. Uma das casas dele abriu enquanto você tirava a janta. Eu passei o resto do tempo querendo abrir a que sobrou. – Anahí arregalou os olhos, levando a mão as costas. Alfonso sorriu ao ver a indignação dela ao notar que ele estava certo.
Anahí: Como?... Tarado! – Disse, exasperada, fechando o sutiã. Alfonso riu. – Ok, eu odeio você, mas eu gosto de transar com você. – Estabeleceu. Alfonso assentiu.
Alfonso: Igualmente. – Ele esperou, e ela olhou o chão, procurando uma saída.
Anahí: Eu não tenho nenhuma idéia. – Disse, derrotada – Estou cansada de me privar de uma coisa que eu tenho direito. – Disse, clara. Alfonso gostou da objetividade dela. – Eu nunca tive sexo nem em planejamento na minha vida. Agora eu faço, eu gosto, eu sou casada, você é meu marido. Não é porque eu não suporto olhar pra sua cara que nós não possamos... – Ela parou, coçando o cabelo – O que fazer?
Alfonso: Outro contrato, estipulando suas vontades e as minhas? – Perguntou, observando-a. O cérebro de Alfonso era assim, trabalhava pelo lado mecânico das coisas.
Anahí: Não! – Disse, desgostosa – Não quero isso em um contrato. – Completou, olhando o chão – Olhe, eu já percebi que você cumpre sua palavra. A empresa do meu pai está de pé e prosperando. Por outro lado eu também cumpro a minha, tanto que tenho mais de um mês presa nessa porra desse apartamento sem nem tentar fugir. – Ele passou
Alfonso: Você quer que eu confie em você. – Concluiu, passando o dedão no lábio inferior, observando-a.
Anahí: Eu quero que possamos resolver isso sem ter um juiz ou testemunhas. É nossa intimidade. – Ele assentiu, observando-a – O que nós acertarmos aqui vai ser levado adiante, sem a necessidade de um contrato. Nós não vamos andar de mãos dadas, nem deixar de nos odiar por causa disso. É só sexo. – Alfonso parou um instante, pensando, então assentiu.
Alfonso: Freqüência? – Começou.
Anahí: Sempre que der vontade. – Rebateu, obvia. Ele sorriu. Fora um teste e ela passara.
Alfonso: Limites? – Continuou.
Anahí: Olhe, mesmo odiando você, confio que você saiba o que faz. – Ele ergueu as sobrancelhas, debochado, e ela riu – O que quero dizer é que não tenho restrições, contanto que não me machuque demais. – Ele a observou por um instante. Estava ficando interessante.
Alfonso: Posições, vias... Qualquer coisa? – Pressionou, os olhos de lince pousados nela, mas Anahí estava bem tranqüila.
Anahí: Contanto que não me machuque demais. – Repetiu.
Alfonso: Você vai tomar uma injeção de anticoncepcional periodicamente. Não gosto de usar camisinha. – Estipulou.
Anahí: Tudo bem. – Disse, tranqüila – Você tem algum limite? – Ele parou, pensando, mas ao contrário de Anahí, não haviam muitos traumas no passado de Alfonso.
Alfonso: Não. Não me lembro de mais nada agora. – Disse, a cabeça completamente vazia.
Anahí: Podemos adicionar depois. Modificar, conforme acontecer. – Ele assentiu, gostando da idéia – É só falar. – Ele assentiu.
Anahí se levantou, se aproximando, e a primeira reação dele foi o asco. Ela parou em frente a ele, que estava sentado, e apanhou o queixo dele, fazendo-o encará-la. Verde e azul se chocaram por um instante, e ela ficou em silencio.
Anahí: O mais importante de tudo, preste atenção: Precisa ser consensual. – Os olhos dela estavam sérios, insondáveis – Não importa o que aconteça, ou a situação, eu preciso estar de acordo, Alfonso. Em hipótese alguma eu posso me sentir subjugada. Nós já vimos o que acontece. – Disse, dura. Ele ficou quieto – Estamos acertando isso porque é proveitoso pros dois, mas se em alguma vez eu me sentir forçada, vai estar tudo estragado. Disso eu não abro mão. – Completou.
Alfonso: Tudo bem. – Concordou, observando-a. Ela soltou o queixo dele, erguendo a mão.
Anahí: Acordo? – Perguntou, sorrindo de canto. Alfonso riu de canto, apertando a mão dela.
Alfonso: Acordo. – Afirmou, e após apertar a mão dela a puxou, fazendo-a cair em seu colo e beijando-a, uma das mãos já na lateral da coxa dela. Anahí arfou, puxando os cabelos dele pra si, aprofundando o beijo por um instante, então puxou ele pelo cabelo, afastando-o – O que foi?
Anahí: Falaremos sobre isso de novo quando você me trouxer os meus remédios. – Disse, lutando pra se levantar, e ele a observou, exasperado.
Estava claro que um acordo torto como aquele, afirmando o tesão de duas pessoas que se odiavam nunca daria certo. Mas era garantido que tentar seria, no mínimo, delicioso.
Mas, pro desespero de Anahí, no dia seguinte (uma sexta-feira) ele não trouxe o remédio. Sem maiores explicações, só não trouxe. Dormiu a noite toda, e ela ficou acordada, sentada na cama, pensando. Também não deixou ele triscar nela. Nada do remédio no dia que veio, nem no próximo. O fim de semana veio e se foi. Anahí estava desesperada.
Anahí: O que você está tentando provar? – Perguntou, cansada, no domingo de noite. Tinha olheiras.
Alfonso: Nada. – Disse, se fazendo de inocente.
Alfonso não queria provar: Ele queria descobrir. Queria ver que diabo acontecia se ela dormisse por si só. Era bem capaz dela apenas ter se viciado na droga, e se fosse isso, ela que sonhasse que ele ia manter o vicio dela. Anahí se manteve bravamente, lutando contra as pálpebras pesadas, se mantendo a base de café (muito mal feito por sinal) e banhos frios. Madison e Kristen não tinham como ajudar. Uma vez que Anahí pediu ajuda a Alfonso, se os remédios aparecessem por outra via ele saberia que elas levavam coisas pro apartamento.
Porém, há uma condição básica sobre o corpo humano: Você não consegue passar mais de 72 interruptas, sem dormir. Uma vez que você tenta, passadas as 72 horas seu cérebro começa a ter lapsos, se desligando automaticamente por instantes breves de tempo. Se ainda assim você força por mais tempo, após aproximadamente 11 dias você morre. Anahí estava na base dos 72. Seus olhos estavam pesados. Alfonso estava no telefone, no escritório, ela na sala, deitada no sofá com uma revista na mão. Ela pestanejava o tempo todo, e estava pensando em mais um café...
“Não, por favor, outra vez não, estou implorando, por favor! MAMÃE! - Mamãe não está. Não finja que não está gostando, olhe só pra você, sua vadiazinha.”
Alfonso passou pra ir buscar água, quando viu que ela adormecera. Arrancou o fone do ouvido sem nem se despedir da pessoa, se aproximando, observando. Ela não se debatia, mas o sono era inquieto. A revista caíra no chão.
“Jonathan tateou com o membro ereto entre as pernas dela, se forçando até encontrar uma fenda entre as pernas dela. Totalmente as cegas ele se empurrou pra dentro dela com brutalidade, arrancando um grito de dor da menina, tapando a boca dela em seguida.
- Shhh. Caladinha. Viu como você gosta?
"O peso dele forçava ela na cama e as estocadas dele só faziam a dor na intimidade dela piorar. Era horrível, ela era só uma criança, o corpo de sete anos nem de longe prontos pra aquilo. Não havia nem um resquício de excitação, ela estava seca como se tivesse acabado de se limpar, totalmente tensa, rígida, e ele era violento, brutal, dizendo coisas horríveis no ouvido dela...”
Alfonso parou de se aproximar quando ela ergueu o tronco, como se lutasse contra alguém. Havia começado a chorar dormindo. Ele franziu o cenho, procurando um modo de se aproximar sem machucar ela. Quão profunda uma pessoa precisava ser ferida pra ficar naquele estado?
“Está doendo! Está doendo muito, por favor! Por favor, pare com isso! - Pode chorar, você sabe que eu adoro quando você chora. Hum... Você é uma putinha deliciosa que adora receber o meu pau, Anahí, isso que você é.
Anahí, por ser tão nova não tinha abertura pra uma relação sexual, mas Jonathan se forçava contra ela. Ele resolveu que queria entrar todo nela. O choro de Anahí era agoniado, soluços aterrorizados, de pura dor e desespero, então ele ergueu o quadril de criança dela, se forçando até o final. A dor foi tamanha que ela desfaleceu por um instante, logo tentando gritar, as lagrimas caindo fluidamente, querendo se soltar, mas a mão dele estava em sua boca, tapava seu nariz...”
Alfonso: Anahí! – Chamou, levando o tronco dela de volta pro sofá – Acorde! – Ela abriu os olhos, tomando o ar – Sou eu. Você está bem.
Anahí olhou em volta por um instante, se situando, então se sentou no sofá, se encolhendo como um animal ferido, as mãos dentro dos cabelos curtos e chorou. Ele deixou ela se acalmar, quieto, observando. Então era isso que acontecia. Antes dele acordá-la ela estava brigando consigo mesma, chorando desesperadamente, pedindo por clemência.
Anahí: Olhe o que você conseguiu, seu filho da puta. – Acusou, a voz cortada pelo choro, totalmente tremula.
Alfonso: Um pesadelo. – Concluiu, mas ela negou.
Anahí: Vivido demais. – Disse, com o rosto enterrado nos braços. Ela própria tremia, fora os soluços do choro assustado – São cenas diferentes, mas como se eu estivesse vivendo de novo. Os remédios me derrubam, então eu não sonho com nada. Nunca. – Alfonso assentiu, pensativo, e ela ergueu o rosto, os olhos azuis apavorados, o rosto lavado em lagrimas, totalmente pálida pra encará-lo – Eu não estou pedindo demais. Eu aceitei tudo o que você impôs. Eu vou precisar enlouquecer pra que você me dê a porcaria dos remédios, Alfonso?
Alfonso a encarou por um instante, encarando uma Anahí mais destruída do que ele jamais vira antes. Ela tremia, encolhida, como se estivesse com medo de algo, os cabelos alvoroçados, soando, os olhos assustados, o rosto lavado em lagrimas. Ele podia usar aquilo como uma arma contra ela... Mas era baixo demais. Ele não se meteria na sujeira que o outro fez.
Alfonso: Eu vou pedir a Robert dar um jeito hoje. – Disse, e ela suspirou, soluçando mais uma vez – E amanhã de manhã cedo vão trazer seus remédios aqui. – Anahí assentiu – GAIL! – Gritou, assustando Anahí. Logo Gail apareceu – Minha mulher teve um pesadelo. Traga um copo d‟agua pra ela. – Disse, apanhando o celular, e Gail assentiu, olhando a Anahí que ainda chorava.
Alfonso conversou com Robert brevemente. Anahí bebeu a água, se recompondo, embora o tremor continuasse. Em 20 minutos Robert subiu, encontrando Anahí no quarto. Conversou com ela brevemente, perguntando algumas restrições, se ela tinha alergias, qual era o efeito em media que o remédio dela fazia, e ela respondeu em murmúrios. Kristen parou, abertamente encarando Alfonso de cara fechada, durante todo o processo. Ele ignorou. No fim Robert preparou uma seringa de algo transparente (ele tinha quase que uma farmácia em casa), e após limpar o braço dela, aplicou diretamente na veia. Segundos depois Anahí caiu desfalecida no travesseiro, totalmente apagada.
Alfonso: Tem certeza de que ela não vai sonhar? – Perguntou, de braços cruzados, olhando Kristen ajeitar Anahí, que caiu de qualquer jeito na cama.
Robert: Não. Ela não está dormindo, está em um pré-coma induzido. – Disse, descartando a seringa – Totalmente inconsciente. Que merda você tem na cabeça?
Alfonso: É o que? – Perguntou, se distraindo e olhando o irmão.
Robert: O remédio dela acabou e você simplesmente resolveu que não ia dar mais? – Perguntou, debochado.
Alfonso: Longa história. Erro meu. – Robert assentiu, obvio – E não consegui falar com você antes, mas preciso que você me consiga umas receitas disso que ela toma. Uma boa quantidade, pra eu não precisar passar por isso de novo.
Robert: Não quer rasgar meu diploma também não? – Perguntou, debochado.
Alfonso: Receite o máximo que você puder sem perder o diploma. Peça a sua equipe pra receitarem também. Dê um jeito. – Robert olhou torto pra Alfonso.
Robert: Só amanhã. Não tenho nenhum bloco de receitas em casa. – Alfonso assentiu.
Alfonso: Mando alguém buscar no hospital. – Robert assentiu.
Robert: Kris? – A morena olhou – Vamos. – Kristen olhou Anahí mais uma vez, agora totalmente acomodada nos travesseiros e coberta direitinho.
Kristen: Ela está fria. – Disse, controlando a vontade de unhar Alfonso. Robert se aproximou, apanhando um pulso de Anahí e olhando o relógio no próprio pulso.
Robert: Está tudo bem. Ela deve acordar em umas 12 horas. – Avisou, olhando o irmão.
Kristen: Eu quero ver até onde sua obsessão vai te levar. – Acusou, dura, ao passar por Alfonso, indo embora.
Anahí realmente ficou apagada a noite toda. Nem se moveu. Alfonso não dormiu direito. Se lembrava dela implorando enquanto dormia, das lagrimas, então se levantava e vinha checar, mas ela continuava dormindo. Checava o pulso, e continuava normal. De manhã, antes de sair, deixou ordens pra Gail checar ela periodicamente também. Anahí, que costumava acordar as 08, acordou as 11. Totalmente grogue. As lembranças da noite anterior pareciam nubladas. Ela foi pro chuveiro, tomando um banho bem demorado, e ao sair Gail esperava. O almoço, gloria a Deus, estava pronto. Anahí dispensou por hora e voltou a sala, indo pro piano. Tocar a ajudava a colocar a cabeça no lugar. Tocou por mais de uma hora, até que o elevador se abriu e um homem loiro saiu, segurando uma caixa.
- Senhora Herrera?
Anahí: Sou eu. – Disse, estranhando.
- Me ordenaram trazer essa encomenda para a senhora.
Era uma caixa média, de papelão. Anahí a colocou no sofá, abrindo-a, e haviam dezenas dos frasquinhos do remédio dela ali dentro. Ela suspirou de alivio.
Anahí: Graças a Deus. – Disse, passando a mão no rosto. Tinha remédio ali o suficiente pra um ano, talvez mais.
- A senhora precisa assinar aqui.
Anahí apanhou o papel, assinando onde dizia. Assinar “Anahí Herrera” ainda era estranho pra ela, mas não deu bola. Devolveu o papel ao entregador, que agradeceu, guardando tudo o papel e a caneta. Foi então que ela reparou algo, no entregador que Alfonso mandara. O tom loiro dos cabelos, a curvatura do queixo...
Anahí: Brad?? – Reconheceu, exasperada.
Brad: É meu nome, senhora Herrera. – Respondeu, confuso.
Anahí: Sou eu. Anahí. – Lembrou, e ele ergueu as sobrancelhas – De New Jersey, Anahí, do St. Jude.
Brad: Anahí? Oh, meu Deus! – Disse, abrindo um sorriso enorme – Seu cabelo está diferente!
Anahí: Nem me diga. – Suspirou consigo mesma – Mas Brad... Você não ia fazer faculdade?
Brad: E eu fiz! Fiz administração de empresas em Harvard, logo depois de deixar o St. Jude. – Atualizou, satisfeito – E você?
Anahí: Design de Moda, em Yale. – Respondeu, e ele assentiu – Você tem um diploma de Harvard e trabalha como entregador? – Perguntou, direta, e ele riu.
Brad: Não sou entregador. Só sou novo na empresa, logo estou como quebra galhos. Questão de tempo até me estabilizar. – Disse, dando de ombros.
Anahí: Que empresa? – Perguntou, agarrada a um fio fino de esperança. Talvez ele trabalhasse pra empresa farmacêutica. Talvez pro FedEx. Qualquer coisa, menos...
Brad: A Herrera Enterprises Holdings. – Anahí assentiu, lamentando. – Nem acredito que consegui uma vaga lá.
Anahí: Brad... Peça demissão. – Aconselhou. Ele franziu o cenho, sem entender.
Brad: Porque? – Perguntou, confuso.
Anahí: O CEO da empresa é o Garoto Herrera. Você jogou sangue nele, lembra? – O choque no rosto de Brad era evidente – Procure um emprego em um lugar onde você consiga crescer. – Aconselhou.
Brad: Não consigo. Todos os empregos em que eu começo, termino demitido por um motivo. – Disse, e Anahí colocou a mão no rosto. Alfonso já estava perseguindo Brad – Você está aqui porque...?
Anahí: Sou mulher dele. – Disse, erguendo a mão esquerda, mostrando a aliança de ouro branco – É melhor você ir. – Anahí tinha certeza que em alguma sala da torre cinza Alfonso estava as gargalhadas pela cena.
Depois de Brad ir embora, Anahí guardou seus remédios e começou a arrumar a mala. Madison lhe dera algumas dicas do que levar. Uma ginecologista foi visitá- la, e após uma conversa a aplicou uma injeção, muito simples. Anahí não pensou muito naquilo, só esperava que o anticoncepcional não a engordasse, e voltou à mala. Depois de metade pronta, foi cozinhar. Seguiu passo a passo o que a mulher da televisão ordenou, terminando com o que parecia um suflê. Anahí não tinha muita certeza. Alfonso estava demorando. Às vezes se atrasava. Ela olhou a cidade, tocou piano, ligou pro pai e nada dele. Chegou uma hora depois, e parecia cansado. Nem prolongou a ladainha pela comida dela. No fim os dois se separaram, e ela voltou a arrumar a mala, mas estava entediada. Saiu vagando pelo apartamento, olhando a noite pela vidraça.
Gail: Precisa de algo, senhora Herrera? – Perguntou, prontamente, educada.
Anahí: Não, Gail. Meu marido e eu já jantamos, pode se retirar. – Gail desejou boa noite e saiu.
Anahí voltou a vagar. Andou a esmo, até ouvir um barulho de maquina. Vinha da academia. Ela caminhou até a porta, encontrando Alfonso malhando. Ele, vigiando o sono dela, se atrasara de manhã, de forma que não malhara. Anahí sempre malhava de tarde (pra evitar engordar pela má alimentação e o sedentarismo), logo os dois nunca se encontravam ali. Ele usava uma bermuda preta e uma camiseta cinza, um aparelho preso no braço medindo os batimentos, correndo a pleno vapor. Respirava forçadamente, suado. Anahí sorriu consigo mesma, entrando. Não se aproximou de imediato porque ele corria muito rápido, podia desequilibrar os dois. Parou com os pés nas laterais da esteira (onde não precisava correr) e tocou as costas dele suavemente, sentindo os músculos esforçados pela atividade. Alfonso tremeu, olhando-a ali e apertou um botão, diminuindo a esteira.
Alfonso: O que você quer? – Perguntou, estranhando, ainda ofegante.
Anahí: Estive pensando... – Começou, e ele riu – O que é agora?
Alfonso: Você pensa. – Debochou, apanhando uma toalha de rosto branca pendurada ali e secando o rosto. A esteira por fim parou de vez. Anahí ergueu a sobrancelha – Ainda vou dar uma surra em você por causa desse olhar. – Ressaltou, e ela se arrepiou com o olhar dele – O que você pensou?
Anahí: Quando transarmos, - Ele esperou – Quando acabar, cada um pro seu lado. – Ele ergueu as sobrancelhas, percebendo que não tinha pensado nisso.
Alfonso: Totalmente de acordo. Nada de dormir no mesmo lugar, nem de abraçar, nem de nada. Acabou, cada um segue seu caminho. – Ela assentiu, satisfeita.
Anahí: Era isso. – Disse, satisfeita.
Alfonso: Escute, sobre os seus pesadelos... – Anahí perdeu a leveza, olhando-o – Não sei se foi certo te dar os remédios assim. Você devia continuar com a psicanálise, tentar se curar.
Anahí: Eu já tentei de todas as formas, com todos os remédios, todos médicos de todos os lugares. Meu pai não poupou nem 1 cent com isso. – Dispensou – Não adianta, é eu cair no sono por mim mesma que aquilo acontece.
Alfonso: Como você passou o tempo em que estava com sua mãe? – Anahí ficou mais dura ainda.
Anahí: Pra minha mãe é normal que pessoas tenham pesadelos. – Disse, amarga – Por mais constantes e violentos que sejam. Porque, está preocupado comigo? – Debochou, claramente mudando o assunto. Alfonso revirou os olhos, ligando a esteira de novo, começando uma caminhada.
Ela foi atrás dele, dessa vez. Estava descalça e usava um vestidinho simples, branco e azul de alças, ao contrário dele que estava com roupas de malhação, e pousou as mãos nas costas dele de novo. A caminhada durou muito pouco. Alfonso virou o rosto pro lado, observando ela, então apertou o botão, parando a esteira e a trouxe pra sua frente. Ela ficou presa entre ele e a esteira, que tinha aquelas barras de proteção na lateral, e ele a abraçou forte pela cintura, pressionando-a contra ele.
Alfonso: Foi por isso que veio me procurar, não foi? – Murmurou, mordendo a orelha dela. Anahí tinha vertigens toda vez que ele falava perto do seu ouvido. Deus, aquilo era tão bom que chegava a ser pecado!
Anahí: Não seja convencido. – Alfinetou, sorrindo, e ele riu, mordendo a dobra do pescoço dela, uma das mãos subindo da cintura e passando pra dentro do vestindo, lhe alcançando um seio. Anahí arfou, apoiando a cabeça no ombro dele e ele deu um passo a frente, prensando-a entre ele e a esteira.
Alfonso: Nunca comi ninguém em uma esteira de malhação. – Comentou, tranquilamente. Anahí estremeceu – Vai ser interessante. – Completou, com um sorriso maldoso.
Anahí: Convencido. – Murmurou, mas também sorria.
Alfonso: Sempre. Erga os braços e me abrace pelo pescoço.- Ordenou e ela obedeceu, enlaçando o pescoço dele com os braços.
Desse modo ela tinha que se esticar, sendo que ele era maior que ela, os seios ficando empinados pra frente, o traseiro se pressionando contra o quadril dele, exatamente como ele planejara. Ela virou o rosto pro lado, beijando-o, e os dois ganharam ritmo próprio. Esquentou em um instante.
Anahí arfava durante o beijo, languida, e as mãos dele se deliciavam na pele dela, descendo pela barriga até a barra do vestido, erguendo-o.
Alfonso: Apóie o pé na barra frontal. – Murmurou dentre o beijo e ela tateou com o pé até achar a barra, que era do tamanho de um palmo, pisando nela.
Ele passou apanhou as coxas dela, empinando-a como queria e pressionando sua ereção no traseiro dela, que gemeu, deliciada, puxando os cabelos dele (ela ainda estava abraçando-o pelos ombros). Ele agarrou as coxas dela, apalpando e subindo, agarrando a bunda dela e apertado com vontade.
Alfonso: Solte. – Apertando o botão que desligava totalmente a esteira e ela obedeceu, soltando-o.
Anahí deu um gritinho, rindo quando ele a carregou, deitando-a na esteira. Logo os dois se beijavam de novo. Ela preferia assim, gostava do peso dele e tinha os braços livres, as mãos subindo por dentro da camisa dele, sentindo as costas molhadas de suor. Ela desceu as mãos, alcançando a bunda dele e apertando-a, pressionando-o contra si. Gemeu por antecipação. Alfonso a apanhou pelos quadris, erguendo-lhe o vestido, prendendo-a e repetindo o ato, a fricção dos dois corpos mesmo sob as roupas sendo deliciosa pra ambos. O fecho da bermuda dele pressionava justamente o clitóris dela, com força perfeita. Anahí já tinha os cabelos alvoroçados (e já tinha alvoroçado os dele), e ele tinha o rosto afundado no colo dela, se fartando nos seios dela após ter desviado o vestido, os mamilos rígidos e úmidos pelos beijos dele. Após alguns instantes daquela brincadeira Anahí agarrou a bunda dele de novo, cravando as unhas e gemendo alto, e ele sorriu consigo mesmo por fazê-la gozar só com aquilo. Ela era sensível, isso agradava ele. Só que aquele orgasmo era do tipo que dava abertura pra um novo, acendia a vontade. Ele deixou os seios dela, que tateou a bermuda dele, abrindo o botão e o velcro enquanto ele terminava de subir o vestido, os dois ofegando, até que...
Gail: Senhor Herrera? – Chamou, a porta.
Alfonso: Seja o que for, estou ocupado. – Avisou, direto.
Anahí: Eu não tranquei a porta. – Avisou, em um murmúrio, erguendo o rosto pra ele.
Alfonso: Ela não vai entrar. – Garantiu, e Anahí assentiu, antes dele beijá-la. Ela empurrou a bermuda dele, encontrando a cueca e acariciou o membro dele por cima do tecido brevemente . Ia desviar a cueca, quando...
Gail: Desculpe, senhor Herrera, mas eu preciso passar o recado do Sr. Parker. – Parker era o chefe de segurança do prédio. Gail parecia desconfortável. Anahí grunhiu, angustiada com a interrupção.
Alfonso: Tem que ser agora? – Perguntou, exasperado. A mão dela passou pela cueca dele, agarrando o membro dele, o dedão brincando com a cabeça enquanto os dedos passeavam pela extensão. Ele gemeu brevemente, e ela mordeu o pomo de adão dele.
Gail: Ele mandou avisar que a Srta. Herrera está subindo. – Entregou, parecendo angustiada pra sair dali.
Alfonso: Rebekah está na casa de minha mãe. – Dispensou, mordendo a lateral do seio de Anahí. Ele apoiou uma das coxas entre as pernas dela, o músculo rígido pressionando-lhe a intimidade, e ela continuou masturbando-o, esperando que ele resolvesse e tirasse Gail dali. Tinha certeza que se ele a penetrasse agora ela gritaria. Ele tinha a mesma certeza. Seria constrangedor.
Gail: A Srta. Lawrence, senhor. – Anahí e Alfonso pararam, ambos ofegando.
Anahí: Ai está outra grande filha da puta. – Disse, revoltada – CARALHO! – Gritou, frustrada, largando ele e esmurrando a esteira. Estava tão bom! Seu corpo estava todo em suspenso, ainda tomado pelo tesão. Alfonso não estava diferente. Sua cabeça procurava um modo de contornar aquilo, mas não havia. Tinha que ir ver o que ela queria.
Alfonso: Tudo bem, Gail. Eu já vou. – Se ouviram os passos da governanta se afastando.
A muito contra gosto ele levantou, fechando a bermuda, e Anahí ficou largada na esteira, o vestido suspenso na cintura, a calcinha branca a mostra, os dedos tamborilando. Alfonso se amparou na parede, respirando fundo, tentando condicionar seu corpo de novo. Ele apanhou uma garrafinha de água gelada, ali perto, molhando a nuca. Grunhiu de frustração.
Alfonso: Vou ver o que ela quer. – Disse, passando por ela, só que Anahí ergueu a pernas, trancando o caminho dele. Ele olhou as pernas dela, as coxas descobertas e grunhiu, passando a mão no cabelo – O que?
Anahí: Eu causei essa ereção. – Começou, direta, ainda ofegando, apontando a bermuda dele – Eu vivo aqui. Não se atreva a tentar transar com ela na minha casa. – Avisou, ameaçadora. Anahí não sabia que Alfonso tinha rompido com Jennifer. Ele assentiu, apanhando a perna dela e mordendo, passando e largando-a ali.
Alfonso atravessou os corredores, o membro doendo pelo tesão reprimido, e chegou na sala no momento em que Jennifer entrava na sala. A surpresa foi: Ela trazia malas.
Alfonso: Jennifer. – Cumprimentou.
Jennifer: Escute, estou com um problema no termostato do meu apartamento, está congelando lá, e não vou sair nessa nevasca. Posso ficar aqui até amanhã depois do trabalho, quando irei pra casa de tia Grace, ou seria muito incomodo? – Perguntou, irônica.
Anahí: Sua respiração é um incomodo. – Disse, entrando na sala, o modo de andar indicando claramente que ela era a dona da casa.
Jennifer: Boa noite, Anahí. – Disse, forçadamente.
Anahí: Ótima até você interromper. – Disse, evidente. Anahí estava toda amassada, amarrotada, os lábios inchados, se aproximando de Alfonso. Ela se posicionou na frente dele, fêmea que era, ocultando-o. Ele ia impedi-la, mas como sua ereção não se desfizera de modo algum ele deixou.
Jennifer: Então, posso ficar ou não? – Perguntou, cortando assunto, percebendo o que interrompera.
Alfonso: É claro que pode. Escolha um dos quartos. – Disse, gesticulando com a mão. Jennifer assentiu, erguendo o puxador da mala e saindo em direção ao corredor dos quartos.
Ao dar as costas, porém, ela sorriu. Resolvera parar de reclamar e agir: Simplesmente não ia deixar aquela cachorra ganhar ele, e ponto. Estaria sempre lá, empatando o que pudesse. E pelo visto já começara bem.
Anahí: Você sabe que isso vai terminar em desgraça, não sabe? – Perguntou, serena, erguendo o rosto pra encarar ele. Alfonso riu, sem vontade nenhuma, passando uma mão no rosto – Vou tomar um banho. – Disse, frustrada, e saiu, deixando ele sozinho ali. A situação agora era clara: Salve-se quem puder.
Autor(a): fanficfoda
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Só que Jennifer não foi embora no dia seguinte. A nevasca continuara, e ela ganhara o motivo que precisava pra ficar ali. Estava entre os dois o tempo inteiro. Anahí estava criando um tique nervoso. Não queria uma masturbação, era pouco demais, não ia resolver, ela queria ele. Ele estava igual. Desistiu de trabalhar. Jogou pra ...
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