Fanfic: Efeito Borboleta
Só que Jennifer não foi embora no dia seguinte. A nevasca continuara, e ela ganhara o motivo que precisava pra ficar ali. Estava entre os dois o tempo inteiro. Anahí estava criando um tique nervoso. Não queria uma masturbação, era pouco demais, não ia resolver, ela queria ele. Ele estava igual. Desistiu de trabalhar. Jogou pra cima.
Anahí: Se você está pensando... Por um instante... – Disse, após o jantar no segundo dia – Que sua presença aqui vai me impedir de fazer o que eu bem tiver vontade, cuidado. – Advertiu – Ter limites não é uma característica minha.
Naquela noite, enquanto Jennifer tomava banho, Anahí entrou no quarto com uma caixa de sabão em pó. Tinha pouco tempo.
Puxou os forros da cama, chegando ao lençol, e espalhou o sabão por todo o colchão, cobrindo tudo em seguida e saiu. Não tomou os remédios aquela noite. Todos foram dormir, e ela esperou, as luzes apagadas, quieta. Aprendera na faculdade, quando aprendera a lidar com tecidos: O cloro ativo, contido no sabão em pó, causa irritação na pele. Coceira. Por isso a roupa de algumas pessoas pinica sem motivos, porque a roupa não fora enxaguada direito, e o cloro continuara. Anahí esperou, pacientemente. A coceira de Jennifer começou aos poucos, pinicando, até que fugiu ao controle. A pele dela coçava, ardia. Anahí fechou os olhos, fingindo dormir. Jennifer se levantou, checando Anahí e Alfonso, mas ambos dormiam separadamente. Anahí colocou o travesseiro na boca, abafando o riso enquanto a outra saía buscando por Gail. Pulou da cama, parando no corredor e riu.
Anahí: Tá certo que você me controla, little J. – Murmurou, dando as costas.
Alfonso dormia. Não viu Anahí entrar no quarto, nem viu ela trancar a porta ou subir na cama. Só acordou alguns instantes depois dela tê-lo colocado na boca. Ele arfou, gemendo e abrindo os olhos, putamente excitado, se situando.
Alfonso: O que... Hum. – Gemeu, levando uma das mãos ao cabelo dela. – O que houve? – Arfou.
Anahí: Me ensinaram a não falar de boca cheia. – Debochou, sorrindo, passando a pontinha da língua pela cabeça do membro dele.
Alfonso desistiu de entender. Estava excitado há dias, frustrado, irritado. Sabia que Anahí tinha aprontado alguma, mas não estava interessado agora. E Anahí estava interessada em uma coisa: Fazê-lo gemer. Quando Jennifer voltou, de roupão, da ducha fria que precisara tomar, encontrou a porta do quarto dele fechada, o quarto dela vazio, e ouviu o que não queria: Alfonso gemia. Anahí masturbava o que não conseguia alcançar com a boca, as mãos alternando entre os testículos dele, a língua percorrendo toda a extensão com gosto. Estava escuro dentro do quarto, se via muito pouco. Ela o levou até a garganta, mantendo-o lá o quanto pôde e massageando os testículos dele enquanto isso e ele urrou, se erguendo no lençol.
Alfonso: Sabe o que vai acontecer agora? – Perguntou, quando ela o soltou pra poder respirar, agora soprando a cabeça do pau dele de leve, sorrindo. – Eu vou foder essa sua boca linda. – Disse, passando o dedão no lábio inferior dela. Anahí estava de quatro na cama, sobre as pernas dele. O sorriso dela aumentou.
Anahí: Vai? – Desafiou e ele riu, tomando impulso e se sentando. Ela esperou. Alfonso se ajoelhou em frente a ela, apanhando-a pelos cabelos, e ela sorriu pra ele, descarada.
A falta de pudor com ele o fascinava. Ela mesma se aproximou, levando o pau dele de volta a boca.
Ele deixou por um instante, vendo-a brincar, depois assumiu o controle segurando a cabeça dela e iniciando os movimentos, literalmente comendo a boca dela. Anahí cuidou dos dentes, satisfeita, a língua acariciando tudo o que podia alcançar, e reprimindo um sorriso. Ele estava literalmente gemendo agora, em nítido e bom som. Mas ela queria mais. Uma das mãos brincava com as bolas dele, e a outra ela levou a garganta, evitando engasgar e tragando-o mais pra dentro. Sentiu o gosto salgado do liquido pré-ejaculatorio dele e seguiu, medindo os gemidos: Ele ia gritar quando gozasse. Durou mais alguns minutos, até que o pênis dele pareceu engrossar mais... E ele gritou. Anahí quase engasgou, ainda chupando-o enquanto ele gozava, e ele gozou tanto que os olhos dela se encheram d’agua, mas por fim terminou. Ele se sentou na cama, ofegando, e ela se sentou sobre as pernas, ajeitando a calça dele de volta como se ele fosse um menino.
Alfonso: O que você fez? – Perguntou, vendo Anahí arrumar ele.
Anahí: Nada. Apenas tive um sonho com isso. – Disse, descarada, lambendo os lábios. Ele a olhou, intrigado. Anahí não sonhava. Nunca. Ele se aproximou, apanhando o queixo dela e se aproximando, beijando-a de leve. – Você quer dormir em paz? – Sussurrou, e ele a encarou. Os olhos dos dois pareciam ter outro brilho no escuro.
Alfonso: E se eu quiser? – Perguntou, intrigado.
Anahí: Não saia do quarto até amanhecer. – Aconselhou, sorrindo. Ele ergueu a sobrancelha – Shhh. – Disse, tapando o lábio dele com um dedo, em seguida lhe selando os lábios de novo.
Alfonso: Ela se machucou? – Anahí negou com a cabeça – Você está com o meu gosto. – Comentou, voltando a beijá-la.
Anahí: E você tem um gosto delicioso. – Rebateu, sem pudor algum. Ele sorriu, e ela se afastou – Boa noite. – Disse, tirando o cabelo do rosto e caminhando até a porta.
Ele a observou destrancar a porta e sair. Esperou por gritos, mas esses não vieram, então seguiu o conselho dela: O corpo totalmente relaxado e satisfeito, se permitiu dormir. Anahí fechou a porta do quarto dele e voltou pro seu, se perguntando o quanto alteraria sua rotina de sono se ela tomasse os remédios agora, até que chegou na porta do próprio quarto. Jennifer estava sentada na sala, de cara fechada. Anahí lambeu os lábios de novo, só pra provocar.
Jennifer: Anahí? – Anahí assentiu, esperando – Você venceu uma batalha, não a guerra. – Ressaltou, tranqüila.
Anahí: Oh, eu estou contando com isso. – Aceitou o desafio, tranqüila - Bons sonhos, Little J. – Disse, vitoriosa, piscando pra outra.
Dois velhos ditados populares se aplicavam nessa situação: Salve-se quem puder, e que vença a melhor.
Anahí: Eu vou matar sua prima. – Constatou, mexendo no cabelo e olhando a cidade pela vidraça.
Era o quarto dia da estada de Jennifer. Alfonso respirou fundo. Odiava concordar com Anahí, mas estava difícil com Jennifer ali. Justo quando eles resolveram o problema, Jennifer estava em todos os lugares. Grudada a Alfonso. De madrugada, ela tinha “insônia” e ficava acordada. Anahí e Alfonso eram vontade pura. Ele ainda estava na dianteira, pelo ótimo boquete recebido dias atrás, Anahí não, e Jennifer não saia de perto nem um instante. Não havia como daquele jeito.
Alfonso: Bom, vamos pra casa da minha mãe amanhã de manhã. – Disse, sendo essa a única saída que ele via – Ela virá conosco.
Anahí: É de propósito, você não notou ainda? – Perguntou, se virando. Anahí já estava se adaptando com os cabelos curtos, as camadas elegantes sempre impecáveis.
Alfonso: Talvez seja. Já vai acabar. – Disse, tentando manter a calma.
Anahí: Talvez? – Repetiu, exasperada – Observe.
Alfonso viu ela caminhar pela sala, subir na poltrona que ele estava, montando no colo dele, apanhando-o pelo cabelo e beijando-o. Os dois corpos se reconheceram automaticamente, ele agarrando a cintura dela e apertando-a, de um modo quase saudoso...
Jennifer: O jantar está servido. – Avisou, aparecendo na sala – Oh, desculpem. – Disse, irônica, sem lamentar nada.
Anahí: Está desculpada. Se importa de sair por umas duas ou três horas? – Perguntou, forçando o máximo de educação em sua voz. Alfonso tossiu, encobrindo o riso.
Jennifer: Na verdade, me importo. A porcaria que você preparou foi pro lixo, e Gail levou tempo pra providenciar um jantar novo. Vamos. – Pressionou, voltando pra cozinha. Anahí virou o rosto pra Alfonso, debochada. Ele ainda a segurava pela cintura.
Anahí: Como você ia dizendo? Ah, sim, “talvez” seja de propósito. – Lembrou, irônica.
Alfonso: De qualquer forma, acaba amanhã. A torre de minha mãe tem quartos o suficiente pra impedir que ela fique tão próxima. – Disse, ajeitando a blusa de Anahí – E nós teremos um quarto só nosso. – Completou.
As promessas ocultas naquela frase fizeram Anahí se arrepiar perceptivelmente. Ele olhou o braço dela, sorrindo, então se inclinou, mordendo o queixo dela e os dois se levantaram, indo jantar. Todo mundo dormiu aquela noite. Na manhã seguinte as malas dos três foram levadas, e eles seguiram de limousine, mas não pelo caminho tradicional pra Torre Branca. Jennifer estranhou o caminho, Anahí o reconheceu.
Anahí: Estamos indo pra casa? – Perguntou, o rosto se iluminando.
Jennifer: Pelo visto, não. – Disse, olhando pela janela. O carro parou na frente de uma casa de dois andares, com a fachada luxuosa, porém simples comparada as propriedades de Alfonso: A casa de Anahí. – Que lugar é esse? – Anahí se virou pra Alfonso, ansiosa.
Alfonso: Desfaça esse sorriso. Seu pai estranharia se você não aparecesse. – Anahí assentiu, sorrindo mais abertamente ainda – Vá, fique com ele por algum tempo. Diga que eu tive que resolver problemas, e que vamos passar o natal com minha mãe. – Ordenou e ela assentiu, sorrindo, a mão ansiosa na maçaneta do carro, como se o motorista já não estivesse do lado de fora, pronto pra abri-la. – Preciso de fato passar na torre cinza. Em uma hora, mais ou menos, eu vou chegar, você vai fazer aquela ceninha, vamos ficar por um tempo e depois ir embora. Fui claro?
Anahí: Feito água, ternura. – Debochou e Alfonso revirou os olhos – Não gosto quando você olha desse jeito pra mim. – Replicou, rindo, mas ele não teve tempo de responder: O motorista abriu a porta e ela pulou pra fora.
Anahí respirou fundo, sentindo a neve em seu rosto, e viu a limousine se afastar. Se sentia livre. Se abraçou um instante, aproveitando a liberdade, aproveitando o fato de estar em casa. Sentia que Alfonso ainda observava, mas não dava bola. Não dava bola nem se ele transasse com Jennifer. Estava livre, na rua, e veria seu pai logo. Ela respirou fundo de novo, cambaleando e se abaixou, apanhando um bolo de neve só pra senti-lo derreter em suas mãos. A sensação era maravilhosa.
Alexandre: Anahí? – Perguntou, estranhando a pessoa parada na neve – O que houve com seu cabelo? – Perguntou, sorrindo e descendo os três degraus que davam pro jardim.
Anahí: Papai! – Exclamou, radiante.
Alfonso observou, do carro, Anahí correr, pulando no pescoço do pai e abraçando-o.
Os cabelos dela estavam alvoroçados pelo vento, tudo bem, mas ela estava vestida como a senhora da alta sociedade que era: Uma blusa roxa, fina, com um floreio no decote, uma calça de linho, botas de salto e um sobretudo preto, mas ainda assim se portava como uma criança. Se agarrou ao pai e caiu no choro, sorrindo, até que ele a carregou do chão, fazendo-a rir.
Jennifer: Por quanto tempo vai admirar isso? - Alfinetou, observando.
Alfonso: Não estou admirando, estou estudando. – Corrigiu, vendo Anahí encher o pai de beijos – Vamos. – Ordenou ao motorista, e a limousine, parada na curva da rua, seguiu.
Alfonso realmente teve de resolver umas coisas na empresa, coisas de ultima hora antes do recesso do natal (os Herrera só voltariam ao trabalho depois do ano novo), e Jennifer se ocupou com alguns problemas também. Pouco depois do almoço voltaram a casa de Anahí. Alfonso se preparava pra sair do carro quando Jennifer o parou. Ela subiu a tela entre o banco dos passageiros e o motorista, e ele suspirou.
Jennifer: Escute, sei que irritei você. – Começou – Me descontrolei. – Alfonso assentiu, perante o obvio – Desculpa?
Alfonso: Está tudo bem. – Tranqüilizou.
Jennifer: Tudo mesmo? – Perguntou, passando do seu banco pro dele. Alfonso suspirou de novo.
Alfonso: Jenny... – Tentou, mas ela o apanhou pelo queixo, virando o rosto dele pra ela.
Jennifer: Ela seduziu você, eu entendo. – Disse, selando os lábios com os dele. Alfonso ficou quieto – Nós vamos reverter isso, vai ficar tudo bem.
E ela o beijou. Alfonso deixou, retribuiu o beijo. Jennifer, satisfeita, subiu no colo dele, aprofundando o beijo, as mãos afastando o sobretudo que ele usava. Ele a abraçou, apertando-a, assumindo o controle, as mãos descendo pelas costas pra coxa dela, apertando-a. Ela o puxou, levando os dois ao chão do carro, ainda aos beijos. Ele mordeu a maxilar dela, a orelha, o pescoço, e ela sorriu, afastando o sobretudo dele, empurrando-o pelos braços. Uma das mãos dele a apalpou pela barriga, encontrando um dos seios e pressionando-o na mão. Ela o acariciava com a perna, passando o pé pela coxa dele... Mas ele simplesmente não queria. Não rolou, o corpo não reagiu. Foi como tentar ligar um carro sem gasolina.
Alfonso: Jenny... – Murmurou, se desvencilhando dela.
Jennifer: O que foi? – Perguntou, aturdida. Alfonso não falava durante o sexo, não haviam precedentes.
Alfonso: É melhor não. – Disse, terminando de se soltar e levantando – Venha, me dê a mão. – Ofereceu, e a ajudou a se sentar de novo.
Jennifer: Porque não? – Perguntou, frustrada, sem entender nada. Alfonso nunca se negava.
Alfonso: O que eu disse se mantém. – Disse, ajeitando o sobretudo – Eu vou buscar Anahí. Devo demorar um pouco. Quer que o motorista te leve?
Jennifer: Eu espero. – Disse, amarga, e ele assentiu, saindo do carro.
Não era o mesmo toque, o mesmo cheiro, o mesmo gosto, por isso não aconteceu. Isso irritou Alfonso, mas ele não tinha tempo pra pensar nisso agora. Parecia que Anahí tinha conseguido se vingar de Jennifer, mesmo sem fazer nada.
Alfonso passou por media 1 hora e meia encenando com Anahí, que se despediu do pai com um abraço apertado e demorado. Ao voltar pro carro Anahí tinha um sorriso deslumbrante, Alfonso estava sereno e Jennifer parecia ter visto o diabo. O caminho até a torre Branca foi tranqüilo. Lá dentro o clima de natal reinava. O ar era quente, Robert e Christopher montavam um pinheiro na arvore principal e Greg corria, rindo com um enfeite brilhante. Madison estava sentada, paparicada de tudo por Christopher, e Kristen ajudava Grace com a decoração. Foram calorosamente recebidos.
Rebekah: Eu estou doente. – Começou, se aproximando de Alfonso, que riu.
Alfonso: Você está gripada, Rudolf. – Disse, tocando o nariz da irmã, que estava vermelho.
Rebekah: Não importa. Se Jennifer vier desfiar reclamações sobre suas performances sexuais, eu vou ter um acesso. – Avisou, cutucando o peito dele com a mão que segurava um lenço.
Rebekah ignorou Anahí, Jennifer se juntou ao resto da família, mas Grace recebeu a nora com todas as honras. Logo Anahí teve que trocar de roupa, pondo um moletom e uma camisa, pra ajudar com tudo. Madison ria do alvoroço, no sofá.
Alfonso: Vai. – Confirmou, já de jeans e uma camisa branca.
Robert: Não vai, não. – Disse, quase desaparecido dentro do pinheiro.
Alfonso: Está pesado. – Alfonso segurava um dos lados do pinheiro. – Mãe!
Christopher: Vai fazer queixa? – Perguntou, achando graça e jogando uma serpentina dourada em Alfonso, que riu, balançando o rosto.
Grace: Sim, querido? – Perguntou, tentando localizar Alfonso.
Alfonso: Um amigo meu vem cear conosco amanhã. – Disse, em um grunhido pelo peso – Ele ia passar com a família, nos Hamptons, mas desistiu por causa da nevasca. – Avisou. Preferia alertar a mãe do que deixá-la se bater com Ian na hora da ceia.
Grace: Tudo bem. – Disse, satisfeita.
Alfonso: Robert! – Exclamou, vermelho pelo peso. Madison ria.
Madison: Por favor, se for derrubar a arvore, me avise. – Brincou.
Robert: Vai. – Confirmou.
Christopher: Vai. – Emendou.
Os três juntos empurraram o pinheiro, que se ergueu, enorme. Todos esperaram um instante pra ver se fixara direito, mas o pinheiro ficou no lugar, então todos estavam comemorando. Anahí sorriu, meio boba com aquela alegria toda, então Greg chegou com uma sacola de meias vermelhas, pedindo ajuda. Ela foi ajudá- lo a pendurá-las na lareira, sorrindo. Havia uma meia com o nome dela.
Grace: Como vocês estão? – Perguntou, quando Anahí ergueu Greg, que pendurou a meia de Kristen.
Anahí: Um pouco melhor. – Mentiu, dando de ombros e sorrindo. Greg foi ao chão, e abaixando pra apanhar outra meia no saco – Sua conversa com ele ajudou muito. Pronto? – Greg assentiu e Anahí o ergueu, deixando ele pregar a meia de Rebekah. O menino era leve, e a alegria era contagiante.
Grace: Eu sabia. – Disse, sorrindo, satisfeita – Alfonso é difícil, mas vai dar tudo certo, querida. – Garantiu – É uma felicidade tê-la entre nossa família. – Garantiu. Anahí sorriu, olhando Grace, uma das poucas pessoas inocentes daquela sujeira toda.
Anahí: O prazer é meu. – Disse, sorrindo de canto.
- MÃÃÃE!
Grace: Jesus Cristo. – Suspirou, sorrindo – Com licença, querida. – Pediu e saiu, indo atender.
Alfonso observou Anahí com Greg por um instante. Ela erguia e abaixava o menino, com toda a paciência, até que todas as meias foram colocadas na lareira. Quando Grace passou, com taças de vinho, Anahí recusou a dela educadamente. A tarde foi de arrumações. Guirlandas foram penduradas, então Anahí, Madison e Kristen estavam enfeitando a arvore com Greg, enquanto os homens conversavam, sentados. Jennifer, azeda, fora pro seu quarto, e Rebekah, mole pela gripe, preferiu observar. Aos poucos a arvore foi toda arrumada, então vieram as luzes. Nessa Christopher tirou Madison do meio, e Kristen e Anahí se revezaram, se esticando em volta da arvore, distribuindo as lâmpadas. Alfonso apenas observava o corpo esguio da esposa nas contorções que ela fazia com Christopher, tomando o próprio vinho. Em uma hora as duas se desequilibraram, caindo no chão dois pares de pés descalços, cobertos por meias vindo ao ar, arrancando risos de todos. Anahí se sentia estranha. A felicidade ali era genuína, contagiava. Ela estava se sentindo bem por estar ali. Estranho. Quando, por fim, tudo estava pronto, Christopher ergueu Greg, e o menino colocou a estrela no topo da arvore.
Robert: Um, dois, três, e... – Disse, ligando as luzes na tomada – Já! – Disse, ligando, mas as luzes não acenderam. Greg parecia ter tomado uma bolacha.
Rebekah: Ai, meu Deus. – Disse, fanha pelo nariz entupido, cobrindo rosto com as mãos e caindo no riso.
Kristen: PAROU! – Gritou, revoltada, se levantando – Robert Thomas Herrera. Eu me matei em volta dessa arvore e a lâmpadas estão queimadas?! – Perguntou, ameaçadora. Madison estava vermelha de rir.
Christopher: Calma, calma... – Disse, indo ver com o irmão.
Anahí: Eu nem sei o que eu digo. – Disse, sentindo uma emoção mista olhando as lâmpadas apagadas, uma mistura de vontade de rir e chorar.
Levou meia hora até acharem o problema: Um fio desconectado. Eles arrumaram, então a lâmpada acendeu. Kristen quase chorou. Greg bateu palmas, pulando. Adorava o natal. Havia toda a comida, a decoração, todos os irmãos estavam lá e todo mundo estava feliz. No jantar a conversa foi animada, exceto por Jennifer, que ficou calada. Anahí quase se esqueceu sobre quais circunstancias estava ali.
Rebekah: Se você tivesse dado atenção a ele, - Começou, fungando no lenço, ambas observando Alfonso rir com os irmãos, Greg em seu colo – Se tivesse olhado pra ele, ao invés de pisar, você ainda estaria aqui hoje. – Disse, os olhos azuis tranqüilos – Só que como esposa dele de verdade. Ele a amaria, com certeza. Era louco por você. – Disse, tomando um gole do suco.
Anahí: Veja como é a vida. – Disse, erguendo seu copo também de suco e Rebekah brindou, amarga. Não conversou mais com Anahí.
Depois foram pra sala de estar, agora transformada (a casa toda mudara com a decoração, tudo ali era voltado pro natal), pra conversar. Aos poucos a pessoas começaram a se retirar. A primeira foi Jennifer, que nem entrou. A segunda Rebekah, que estava um pouco febril e queria se deitar. Anahí demorou um pouco mas foi, indicada por Grace, pro quarto onde as malas dela e de Alfonso estavam. Era um quarto grande e lembrava muito o dela, por ser um quarto de hospedes. Estava quentinho ali. Tomou um banho quente, demorado, escovou os dentes, passou um tempo penteando o cabelo (se acostumando com ele), e voltou pro quarto. Sua roupa era mais agasalhada, feita de moletom cinza, uma camisa de manga, calça cumprida e meias. Apanhou a bolsa, encontrando dois comprimidos e os bebeu com água que havia no frigobar no canto do quarto. Puxou a mala dela e a de Alfonso do caminho, pondo-as num canto, e parou, olhando pela janela. A propriedade parecia linda. Ela anotou mentalmente em sair pra olhar (aproveitando sua liberdade temporária) amanhã, se não estivesse muito frio. Ela fechou a cortina e apagou as luzes, se deitando. Haviam aquecedores no colchão, porque apesar do frio estava quentinho. Alfonso custou de voltar, devia estar conversando. Ela estava de lado, abraçada ao travesseiro sonolenta, quase apagada, quando sentiu ele subindo na cama. Nem ouvira ele entrar no quarto, ou tomar banho, apesar do cheiro recente de sabonete. Sorriu quando ele a abraçou pela cintura, puxando-a pra si, o rosto afundando no pescoço dela.
Anahí: Você demorou. – Disse, lutando pra manter os olhos abertos.
Alfonso: Estava com meus irmãos. – Disse, mordendo o ombro dela – Você está bem? – Perguntou, estranhando o comportamento dela. Anahí sempre correspondia, pro bem ou pro mal.
Anahí: Estou. Estou dopada. – Admitiu, rindo de leve, piscando pesadamente. Ele ergueu as sobrancelhas, entendendo – Mas não quero dormir agora. Me desperte. – Desafiou, virando o rosto pra ele, que sorriu de canto, observando-a.
Algo era certo: Depois de todo aquele tempo, ninguém ia dormir tão cedo naquele quarto.
Alfonso: Porque você tomou o remédio? – Perguntou, em um murmúrio, afastando o cabelo dela e passando o nariz de levinho na nuca. Anahí se encolheu, arrepiada.
Anahí: Uma hora eu vou precisar dormir, campeão. – Brincou.
Alfonso: Não sei se deixo você dormir. – Disse, uma das pernas passando por entre as dela – Você não merece. – Começou, e ela sorriu.
Anahí: Porque? – Perguntou, já despertando, o pé acariciando a perna dele que estava entre as suas. Roupa demais no caminho, mas funcionava.
Alfonso: Eu passei o dia olhando você com aquele moletom justo, se esticando, se contorcendo... – Anahí riu – Olhe o que causou.
Ele apanhou a mão dela, levando-a pra trás e pousando-a em cima de sua ereção.
Anahí sorriu, apertando-o, e ele afundou o rosto no pescoço dela, puxando-a pela cintura pra trás e fazendo-a arrebitar a bunda, se encaixando ali. Anahí, muito a vontade, rebolou sobre o membro do marido, pressionando-o e fazendo- o arfar.
Alfonso: Roupa demais. – Se queixou, em um murmúrio, apesar dela estar vestindo o mesmo que ele. Ele empurrava a calça dela, tentando se livrar sem quebrar o contato dos dois.
Anahí: Você trancou a porta? – Perguntou, rouca. Ele assentiu.
Alfonso: Você geme quando transamos, e eu gosto dos seus gemidos, mas vai precisar ficar mais caladinha hoje. – Disse, pondo um dedo na boca dela. Anahí ergueu a sobrancelha com ele e arfou quando ele unhou a coxa dela. Não era exatamente dor, mas ardia. – Já disse que não gosto que me olhe assim. Vou começar a agir. – Ela sorriu e levou o dedo que estava em seus lábios até a boca, passando a língua.
Anahí: Estou tremendo de medo de você, Alfonso. – Disse, fingidamente assustada, porém aumentando a fricção do quadril dos dois.
Alfonso: Sei disso. Espere. – Ele a parou e Anahí viu ele se afastar um instante. Em um segundo a calça dela havia descido, e ele havia voltado ao seu lugar. Anahí se acomodou de novo, enquanto chutava a calça pra longe – Pronto, boa menina. Quer que eu te diga o que vai acontecer? – Perguntou, os dedos passeando pela intimidade dela por cima da calcinha.
Anahí: Hum? – Perguntou, totalmente desperta, já cheia de vontade dele.
Alfonso: Você vai ficar quietinha. Em silencio, porque eu mandei. – Começou, os dedos passando pela calcinha dela e encontrando seu clitóris, fazendo-a suspirar – Como eu estou com um puta tesão em você há dias, vou comer você bem assim, como você está. – Continuou, a voz e os dedos quase tirando a sanidade dela – E você vai morder essa boquinha pra prender os seus gemidos, porque não estamos sós. – Completou.
Anahí não teve condição de responder. Estava totalmente excitada, o traseiro já vermelho pela irritação da fricção continua contra a calça dele, os dedos dele masturbando-a daquele modo e a voz... Ela adorava que ele falasse durante a transa. Após algum tempo Alfonso a afastou, afastando a própria calça e a calcinha dela e Anahí prendeu a respiração ao sentir a perna dele abrindo a dela, e o membro dele, totalmente duro, sondando a intimidade dela. Ele não foi bruto dessa vez, pelo contrario, foi totalmente devagar. Ela virou o rosto, o cenho franzido, a respiração suspensa, se poupando de todo e qualquer som. Alfonso aproveitou polegada por polegada, sentindo o modo como ela o apertava enquanto o acolhia. Uma vez dentro dela por inteiro ele afundou o rosto na costas dela e arfou, uma mistura de respiração com grunhido. Era isso que ele estava buscando. Ela riu, tomando fôlego.
Anahí: Quem tem problemas com gemidos? – Alfinetou, arfando e ouviu o riso dele, que a apertou pela cintura, prendendo-a.
Alfonso: Não sei como é possível. – Disse, se retirando dela – Você é tão justa, tão apertada... Isso não machuca? – Perguntou, sem entender, e ela cravou a mão no braço dele. A primeira vez e a segunda machucaram, mas ela pela falta de pratica dela.
Anahí: Não. É delicioso. – Disse, virando o rosto pra ele, que beijou a orelha dela de um jeito molhado, quente, mantendo os movimentos dos dois brandos, aquele entra-e- sai só pra sentir – E sabe do que mais? – Perguntou, sorrindo consigo mesma.
Alfonso: Hum? – Perguntou, distraído, e ela contraiu a intimidade, apertando-o ainda mais dentro de si. – Puta que pariu. – Grunhiu, parando de se mover só pra sentir aquilo.
Alfonso não disse mais nada depois daquilo. Apenas a segurou pelo quadril, ganhando força em suas investidas, pra puro deleite dela. Como ele dissera, Anahí mordia a boca pra prender os gemidos, as unhas gravadas no braço dele que estava em sua cintura, e ele tinha o rosto afundado nas costas dela, abafando qualquer som. O tesão acumulado pelos dias com Jennifer fez aquilo acabar mais rápido do que os dois gostariam: Pra Anahí acabou com um orgasmo intenso, demorado, que fez ela morder o travesseiro pra conter um grito, e ele juntamente com as contrações do orgasmo dela. Dessa vez, ao contrario das outras, ele gozou com o nome dela no lábios. Os dois pararam depois, arfando e tremendo, Anahí com o cabelo sobre o rosto, incrivelmente ainda na mesma posição em que estava quando ele chegou.
Anahí: Isso foi... – Tentou, arfando.
Alfonso: Eu sei. – Disse, o peito subindo e descendo com a respiração forçada – Você está com sono? – Perguntou, após algum tempo.
Anahí: Um pouco. – Disse, após fazer um breve apanhado de si mesma. Havia o torpor do remédio e o corpo relaxado pelo orgasmo, em uma combinação deliciosa – Porque?
Alfonso: Meu trabalho aqui hoje é despertar você. – Lembrou, maldoso, então havia passado pra cima dela.
Anahí sorriu dentre o beijo que ele lhe deu, esperando que ele tirasse a porcaria daquela camisa, mas ele não a tocou. Quando deixou a boca dela desceu pelo pescoço e passou direto, se abaixando na cama. Ela franziu o cenho. Ai, meu Deus, ele havia acabado de... E a língua dele encontrou a intimidade dela, fazendo-a deixar os pensamentos dela sumirem como uma vela assoprada. Não haveria muito mais a ser dito naquele quarto. Havia tesão, havia privacidade, era tudo que precisavam. E aquilo duraria a noite inteira.
Autor(a): fanficfoda
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Anahí acordou, na manhã seguinte, se sentindo gostosamente relaxada. Se esticou, e a cama estava vazia. Sorriu, se espreguiçando, uma camada de cabelo sobre o rosto, saboreando a sensação de estar livre daquele tesão todo. Parou, olhando a claridade pela janela. Se lembrou de quando o quarto estava escuro, e só haviam sensa&cc ...
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