Fanfic: You Are Not Alone - Trendy

- Dul!Dul! Telefonaram urgente pra você! – Annie entrou na sala de Dul correndo.

- O que foi Annie? Quem telefonou?

- Telefonaram do hospital, sua mãe foi internada.

- O que??? – se desesperando.

- Vai logo pra lá Dul, o Ucker já te deu permissão.

Dul não falou mais nada e saiu correndo para o estacionamento.

Chegando lá, Dulce morreu de raiva. O pneu de seu carro estava furado.

- Droga! – deu um chute no pneu. – Aii merda!

- Eita, o que foi Dul? – Poncho acabava de sair de seu carro.

Dul começou a chorar.

- Ei, o que foi? – chegando perto dela.

- Acabaram de ligar do hospital, minha mãe foi internada. E pra piorar, o pneu ta furado. – apontando para o pneu dianteiro esquerdo.

- Eu te levo.

- Eu não quero te incomodar.

- Dul, você já fez tanto por mim, por que não posso te ajudar agora?

Os dois entraram no carro de Poncho e foram para o hospital.

Dul chorava quietinha.

- Ei, vai ficar tudo bem. Fica calma. – ele segurou a mão dela forte.

Os dois chegaram ao hospital e Dul logo encontrou sua prima.

- Beli, o que aconteceu?

- Eu não sei Dul. Eu fui fazer uma visita pra tia e chegando lá, a encontrei desacordada na sala. Não perdi tempo e chamei uma ambulância.

- Mais ela estava tão bem quando eu sai de lá. – Dul começou a chorar novamente.

- Familiares da senhora Blanca Saviñon. – um médico chegou perto deles.

- Eu! – Dul quase pulou da cadeira.

- A senhorita é o que dela?

- Filha.

- Bom, quero que me acompanhe por favor.

- Poncho, vem comigo.

- OK.

Dul não sabia o porquê, mais sempre que Poncho estava ao seu lado, as coisas pareciam menos complicadas.

- Podem se sentar. – o médico apontou duas cadeiras a sua frente.

- E então doutor, o que houve? – Dul se sentou e Poncho segurou sua mão.

- Senhorita...

- Dulce.

- Bom, senhorita Dulce, você sabia que sua mãe sofre problemas no coração sim?

- Sim doutor. Ela sempre toma seus remédios regularmente.

- Então...

- O que aconteceu com ela??

- Ela sofreu um infarto.

Nesse momento Dul se desesperou e começou a chorar. Poncho a abraçou tentando acalmá-la.

- O coração dela está fraco. Não sei se pode agüentar muito ainda.

- Quanto tempo ela tem doutor? – Poncho se intrometeu.

- Bom, não podemos dizer. O coração dela pode parar a qualquer momento. Ela ainda pode agüentar dias, meses, ou até alguns anos, não podemos dizer ao certo.

- Doutor, me deixe vê-la.

- OK, me acompanhe.

- Dul, vou ficar aqui.

- OK. – Dul deu um beijo na bochecha de Poncho e seguiu o médico. Poncho voltou para a recepção.

- Ela está cedada.

- OK. Quando ela irá acordar?

- Daqui umas três horas. – o médico se retirou deixando Dul sozinha com a mãe.

- Mamãe? – Dul chegou perto da cama, as lágrimas escorriam pelo seu rosto. – Eu sei que pode me ouvir. Eu te amo mamãe, e sei que você não vai me deixar agora. – Dul se sentou ao lado da mãe.

Dul chorou e conversou com a mãe, mesmo com ela dormindo. Ficou ali por alguns minutos e depois foi até a recepção, onde Poncho estava.

- Poncho. – ele se levantou e foi até ela. – Se quiser pode ir, eu vou ficar aqui.

- Não Dul, eu vou ficar aqui com você.

- Não Poncho, você precisa ir trabalhar, e eu não quero te incomodar.

- Eu vou ficar Dul.

- Mais amanhã você também tem a audiência, precisa descansar.

- Não se preocupe Dul, amanhã a gente rá a audiência, claro, se você ainda estiver disponível.

- Não, eu vou sim Poncho, eu vou com você nessa luta até o final. – ela sorriu e ele a abraçou.

-Bom, então não se fala mais nisso, eu vou ficar aqui com você.

Ele sorriu e os 2 se sentaram. Dul começou a conversar com a prima.

- Mais mudando de assunto Dul, quem é ele?

- Meu amigo.

- Tem certeza? Vocês me parecem muito íntimos.

- Ai Beli, não começa, somos apenas amigos e... vizinhos.

- Ah, então ele é o seu vizinho bonitão que a tia Blanca sempre falou?

- Ai ai, minha mãe fala demais.

As duas riram.

- Mais então, é ele?

- Sim.

- Pega ele logo Dul.

- Até você Beli?

Belinda sorriu.

- Ai Dul, você gosta dele?

- Não sei, juro que não sei.

- Como não sabe?

- Sei lá, não quero me apaixonar por ele.

- Mais você não manda nisso.

- Mais pelo menos eu falo para mim mesma que não posso me apaixonar por ele, quem sabe meu coração me escuta.

- Ai Dul, por quê? Ele é bonito e se importa muito com você.

- Se e me apaixonar por ele irei perder meu tempo e futuramente irei sofrer. E com isso entraria em depressão, começaria a comer, comer e comer, ficaria uma baleia e no final acabaria me suicidando. – Dul respondeu com tom de humor.

- Você tem problema Dul.

- Eu não.

- Da onde você tira cada história?

As duas riram.

- Mais falando sério, ele ama muito sua falecida esposa, eu provavelmente sofreria se me apaixonasse por ele. É por isso que eu acho que o amor não vale a pena, a gente se apaixona para sofrer no final.

- Como você sabe Dul? Ele parece que gosta bastante de você, talvez até esteja apaixonado.

- Ele me disse uma vez que duvidava que alguma mulher o fizesse mais feliz que sua falecida.

- Ai Dul, isso não tem nada a ver, mostra pra ele que você é essa mulher que irá o fazer feliz.

- Ai Beli, não, e também, nem sei se estou apaixonada por ele, alias, não estou apaixonada por ele.

- Você que não quer ver que está completamente apaixonada por ele.

- Não fala besteira.

- Estou falando a verdade.

- Ai, vamos acabar com esse assunto, não estou apaixonada por ele e ponto final.

- Ta bom.

Os três passaram o dia inteiro no hospital. No começo da noite a tia de Dul, irmã de Belinda chegou. Insistiram para Dul ir descansar mais ela não quis. Era mais ou menos 9 horas da noite, estava apenas Poncho e Dulce dentro do quarto, a tia de Dul estava falando com o médico.

- Poncho, por que não vai pra casa descansar? Amanhã você tem uma audiência pela frente.

- Dul, você precisa descansar mais que eu. Por que não fazemos o seguinte: vamos embora, tomamos um banho e comemos algo e dormimos.  Amanhã você vem pra cá cedo. Ucker trocou o pneu do seu carro e levou até sua casa.

- Mais e a audiência?

- Dul, eu acho melhor você não ir. Você ta cansada e precisa ficar aqui com sua mãe.

- Mais Poncho, eu quero ir.

- Tem certeza? Eu não vou ficar chateado se você não ir.

- Tenho certeza sim.

- OK. Então agora a gente vai pra casa, descansaremos e amanhã iremos para a audiência. Logo depois a gente volta pra cá.

- Junto com a Duda. – Dul sorriu.

- Com certeza.

Dul se despediu da mãe, que já estava acordada. Depois se despediu da tia e ela e Poncho foram embora.

Dul foi para sua casa e Poncho foi pra dele.

Dul estava morrendo de medo de ficar sozinha em casa.

Ela estava sempre sozinha, sempre mais afastada, mais nunca tinha passado uma noite sozinha em casa, ainda mais com uma... tempestade.

Odiava tempestade. O motivo: seu pai morreu quando pegou uma tempestade na estrada. Seus pais eram separados. Seu pai morava em Monterrey, e em uma vinda para visitá-la, optou por dirigir de noite. O que não sabia é que uma tempestade estava a caminho. Ele acabou perdendo o controle do carro e bateu de frente com um caminhão. Dulce tinha apenas 10 anos. Desde então nunca passou uma noite sozinha com uma tempestade. Tinha medo.

Lágrimas já começavam a escorrer pelo seu rosto, devido ela lembrar do pai e também ao medo dos trovões. Só tinha uma escapatória: ir para a casa de Poncho.

Continua...