Fanfic: ⋆ A Princesa Indomada - AyA
Any levou um susto ao sentir que alguém lhe agarrava o braço, mas ao se voltar, esperando dar de cara com mais um guarda do palácio, ela viu, pelo contrário, a última pessoa que poderia imaginar.
- Dulce? - Ela olhou pasmada para a sua meia-irmã. - O que você está fazendo aqui fora?
- Eu estava olhando pela minha janela - respondeu Dulce, sem fôlego. - Vi você cruzar o jardim à luz da lua e corri para baixo atrás de você. - Mais jovem do que a irmã, Dulce apertou o roupão ao redor do corpo e olhou para a escada. Em seguida, voltou a olhar para Anahi. - Você está fugindo?
- Ora Dulce, volte para a cama. - disse Anahi.
- Não fuja! - implorou a garota de dezessete anos, apertando o braço de Any. - As coisas estão tão divertidas desde que você chegou! Oh, Any, eu não agüentaria se você fosse embora.
- Não seja boba - disse ela, soltando o braço com um puxão. - Eu não vou fugir. Na verdade, vou sim, mas só quando conseguir dinheiro suficiente. Hoje, só vou sair para o carnaval.
- Sozinha?
Com um risinho irônico, Anahi abriu os braços, em um gesto amplo. - Você vê mais alguém comigo?
- Papai ficaria furioso se descobrisse.
Any olhou firme para Dulce. - Ele não vai descobrir, a não ser que você conte para ele.
- Eu não vou contar, prometo. - Dulce examinou novamente a escada e voltou a olhar para Any. - Você está sempre fazendo isso, não é?
Fugir de mansinho não fazia parte dos hábitos de Dulce, mas Anahi sabia tudo sobre isso muito antes de ter conhecido a meia-irmã. Dulce era a boa menina, a filha legítima, a princesa de verdade. Anahi era a tempestuosa filha bastarda do príncipe Cesare - um segredo vergonhoso. Não tinha nada de princesa, e ninguém realmente esperava que agisse direito. Mas não trocaria de lugar com Dulce por nada.
- Volte para a cama Dulce, eu já disse - ordenou, virando-se para o muro. - Pelo amor de Deus, você está aqui de roupão!
- Você também.
- Eu estou vestida por baixo.
- Você está usando fantasia?
Antes de Anahi poder responder, a mão de Dulce se fechou novamente ao redor do seu braço - Me leve com você.
- O quê?! - Any parou e sacudiu a cabeça. - Oh, não. Cesare me mataria. Eu fugir e me meter em encrenca não é nada. Já fiz isso antes, e eles não esperam nada de bom de mim. Mas com você é diferente. Você não pode vir.
- Por favor. Christian pode sair e fazer o que quer, mas eu tenho que assistir ao carnaval da sacada. Quero me fantasiar e sair pelas ruas como todo mundo.
- Não, não quer. Você ficaria chocada. É de mau gosto e barulhento. Você detestaria. Você ficaria horrorizada.
- Não ficaria! Por favor, me leve com você!
Dulce ficou olhando fixamente para ela à luz da lua. Parecia um cãozinho adorável a quem o passeio fora cruelmente negado. - Eles nunca me deixam ir a lugar algum - sussurrou ela, com um tom tão desamparado que o coração de Anahi se apertou de afeição e piedade.
Pobre menina. Seu irmão mais velho, Christian, sempre tivera toda a liberdade que o filho de um príncipe poderia ter, mas Dulce fora destinada a uma vida de prisão real do berço ao túmulo, protegida e mimada.
Dentro de alguns anos, ela seria dada em casamento no interesse de uma aliança política, sem nunca conhecer a riqueza da vida fora dos portões do palácio e das carruagens douradas.
- Vamos então - disse Anahi num impulso. - Mas fique grudada em mim - acrescentou, fazendo um gesto para que a irmã subisse a escada à sua frente. - A última coisa que eu preciso é que você se perca.
- Vou ficar grudada em você como se fosse a sua sombra -prometeu Dulce, parando no alto com uma perna de cada lado do muro. - Como é que eu desço?
- Fique aí sentada um minuto.
Any levantou a escada, apoiando-a contra o muro meio metro adiante, e subiu, segurando as saias acima dos joelhos, como Dulce tinha feito. Puxou então a escada para cima do muro e a abaixou do outro lado. Depois de descer para a ruela que ficava embaixo, ela acenou para que Dulce a seguisse e tirou o seu roupão de veludo, revelando as roupas de camponesa que usava por baixo.
- A primeira coisa que temos que fazer é conseguir uma fantasia para você - disse ela enquanto desmanchava a longa trança, deixando o cabelo loiro lhe cair nas costas. - E uma máscara - acrescentou, puxando uma máscara de cetim negro do bolso e pondo-a sobre os olhos azuis. Ela amarrou os cordões atrás da cabeça, pôs um lenço vermelho sobre o cabelo e saiu pela ruela. - Espere aqui.
Com uma parte do dinheiro que vinha juntando, Any conseguiu comprar para Dulce uma fantasia e uma máscara semelhante à que usava em um dos muitos ambulantes que forneciam esse material para aqueles que não tinham se preparado com antecedência para o carnaval.
Cumprindo a palavra, Dulce ficou bem perto de Anahi quando elas saíram sorrateiramente da ruela e começaram a andar pelas ruas tortuosas e barulhentas de Bolgheri. O carnaval era sempre um espetáculo impressionante. As sacadas e janelas estavam enfeitadas com faixas coloridas de pano, as carruagens e carroças estavam cheias de arlequins, dominós e bobos da corte, turbas barulhentas perambulavam pelas ruas e música, fogos de artifício e confete enchiam o ar.
Anahi e Dulce passaram algumas horas assistindo aos espetáculos apresentados por mímicos, acrobatas, menestréis e ilusionistas. Ambulantes tentaram atraí-las para jogos de azar, mas Any recusou, sorrindo. Não era tola de arriscar as suas poucas e preciosas moedas em jogos nos quais não poderia ganhar. Dul não dizia nada. De olhos arregalados, olhava maravilhada o movimento incessante, as fantasias, as máscaras, e o sorriso de deleite no seu rosto dizia tudo. A alegria dela de estar livre, ainda que apenas por uma noite, era óbvia e sincera, e Anahi estava muito contente de tê-la trazido consigo.
Quando Dulce voltasse para a prisão do palácio, a lembrança daquela noite sempre a faria sorrir.
Autor(a): juliamrvr
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Elas pararam para assistir a um espetáculo teatral de commedia dell`arte no centro de uma praça, e Any notou uma carreta puxada por bois que parou ao lado delas. Atrás havia dois jovens vestidos como camponeses napolitanos. O carroceiro brecou a carreta e os dois acenaram para elas, tentando lhes chamar a atenção. - Veja, Dulce, temos um ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 25
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NataliaLeal Postado em 13/11/2011 - 18:29:07
poxta mais!
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prica Postado em 16/06/2010 - 13:01:40
Bjus...
-
prica Postado em 16/06/2010 - 13:01:35
e No Se Vivir Sin Ti: http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=6653
-
prica Postado em 16/06/2010 - 13:01:21
Nunca é Tarde Demais: http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=6498
-
prica Postado em 16/06/2010 - 13:01:02
depois se vc quiser e puder passa nas minhas webs!
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prica Postado em 16/06/2010 - 13:00:48
ainda naum comecei a ler essa web, mas gostei da história!
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rss Postado em 26/02/2010 - 14:34:08
continua porfa
e passa na minha web
s2 amigas por siempre s2
o link é esse:
http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=5689
é ponnei e vondy e
vondy e ponnei e outros traumas.
sorry a propaganda mais ela é a alma dos negócios.
besosssssssssssssss -
rss Postado em 26/02/2010 - 14:34:08
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