Fanfics Brasil - 3º Capitulo ⋆ A Princesa Indomada - AyA

Fanfic:  ⋆ A Princesa Indomada - AyA


Capítulo: 3º Capitulo

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Elas pararam para assistir a um espetáculo teatral de commedia dell`arte no centro de uma praça, e Any notou uma carreta puxada por bois que parou ao lado delas.


Atrás havia dois jovens vestidos como camponeses napolitanos. O carroceiro brecou a carreta e os dois acenaram para elas, tentando lhes chamar a atenção.


- Veja, Dulce, temos um par de admiradores.


A garota seguiu o olhar da irmã, sorriu timidamente para os homens e desviou o olhar.


- Eles olham diretamente para nós de um jeito muito atrevido.


- Eles são altos e fortes - disse Anahi, em tom de aprovação. - É uma pena que não possamos ver o rosto deles atrás daquelas máscaras para saber se são bonitos.


Any sorriu para os dois homens e lhes soprou um beijo. O mais alto fez um gesto para que ela arrancasse a máscara e o lenço. Ainda sorrindo, ela fez que não com a cabeça e o observou pôr uma mão sobre o coração, como se estivesse arrasado. Rindo, ela lhe acenou um adeus e voltou-se para Dulce.


- Vamos, quero tomar café.


Dulce seguiu Anahi, que se dirigiu para o meio de uma piazza cheia de gente, abrindo caminho para os cafés e padarias do outro lado. Com sorte, conseguiram uma mesa em um café ao ar livre e fizeram o pedido. Enquanto esperavam, Any tirou do bolso tabaco e papel, e começou a enrolar um cigarro com a facilidade da longa prática.


Dulce ficou olhando para ela, estarrecida.
- Você vai fumar?


- Não me olhe com esse rostinho tão horrorizado - respondeu Anahi, divertindo-se. - Pelo menos não é haxixe. Quer um?


- As mulheres não devem fumar.


Anahi pegou a vela sobre a mesa. - Exatamente - disse ela.


Acendeu o cigarro e se encostou na cadeira, sorrindo do rosto chocado de Dulce.


Dul era delicada, doce e exageradamente idealista, tudo o que Any não era. Talvez fosse por isso que ela tinha gostado tanto da menina nos três meses que vivia ali.


Dulce participava de todas as funções reais, e Anahi era mantida fora da vista, na extremidade oposta do palácio. Apesar disso, as duas tinham conseguido se encontrar.
Sozinhas e isoladas dos outros, tinham-se tornado amigas secretas.


- Eu não queria gostar de você, sabe? - Any deixou escapar, soprando a fumaça para o alto.


- Não queria?


- Não. Eu vim para cá totalmente disposta a odiar você.


Para sua surpresa, Dulce começou a rir.


- Eu também não queria gostar de você - confessou. - Quando nos conhecemos e você me disse que era a bastarda de papai, odiei você. Eu não sabia que ele tinha outra filha além de mim.


Anahi deu uma risadinha de escárnio. - Isso não é nenhuma surpresa. Ninguém sabe que sou filha dele.


- Eu falei sério. Estou me divertindo muito desde que você chegou. Ouvir as suas histórias, saber de todas as coisas exorbitantes que você fez, coisas que eu nunca ousaria fazer...


- Ouvir outras pessoas falarem sobre a vida não adianta, Dul - interrompeu Anahi. - A vida é rica, doce e muito curta. As pessoas têm que viver a vida e não observá-la da sacada de um palácio.


Dulce franziu as sobrancelhas, com expressão de dúvida, e estendeu a mão em direção ao cigarro. - Vamos experimentar isso.


- Se você nunca fumou, não vai gostar - disse Any, concordando com o pedido da garota.


- Inale apenas um pouquinho - advertiu, mas já era tarde demais.


Com um ataque de tosse, Dulce abanou a fumaça com as mãos e devolveu o cigarro o mais rapidamente possível.


- Essa é uma experiência que eu evito de boa vontade - disse ela com um estremecimento. - É horrível!


- Realmente - concordou Any.


- Por que você fuma, então?


- Porque sou proibida de fumar, acho.


- O que mais você já fez que é proibido?


- Quase tudo - admitiu ela, sem saber ao certo se deveria ou não ter orgulho disso.


- A sua mãe não se importa?


- Mamma7 - Anahi sorriu, lembrando-se das visitas que Francesca lhe fazia no internato, pensando no jeito indeciso e animado da mãe, que cativava a todos. A própria Any não era imune a esse charme. Ela adorava a mãe - È difícil saber o que mamma realmente pensa sobre qualquer coisa.


- Me fale mais das coisas que você fez - Sem esperar uma resposta, ela continuou - Você já beijou um homem?


- Claro.


Os olhos de Dulce se abriram com a curiosidade de toda garota de dezessete anos que não tem nenhuma experiência.


- Como é?


Anahi lhe disse a verdade - Maravilhoso. Não sei explicar por quê, mas é.


- Quem você beijou? - perguntou Dulce - Quem era ele?


A mente de Anahi voltou num átimo ao verão de três anos antes, e ficou surpresa ao descobrir que já não doía pensar nisso.


- O nome dele era Kuno. Ele era o ferreiro da aldeia próxima à academia de Madame Tournay. Eu estava totalmente apaixonada por ele.


- Um ferreiro? Como você o conheceu?


- Um dia eu estava na aldeia fazendo compras e o vi. Ele estava de pé inclinado sobre a bigorna, martelando. Estava sem camisa, e o suor escorria pelo seu peito. Eu simplesmente parei e fiquei olhando para ele. Nunca tinha visto o peito desnudo de um homem antes. Ele levantou os olhos e me pegou olhando. Sorriu para mim e eu me apaixonei por ele. Foi simples assim. Comecei a fugir à noite para me encontrar com ele. Kuno fazia eu me sentir linda e desejável pela primeira vez na vida. Foi a coisa mais incrível e maravilhosa que já aconteceu comigo.


Suspirando, Dulce apoiou o cotovelo na mesa e o queixo em uma das mãos - O que aconteceu?


- Cesare descobriu, Kuno se casou com outra pessoa e eu fui mandada para um convento.


- O quê? - Dulce se empertigou na cadeira, indignada - Eu pensei que você ia me contar alguma história trágica de que ele morrera de amor por você.


- Que idéias românticas você tem, Dul!


- Ele foi um grosseirão malcriado! Se ele a amava e... beijou você, deveria ter se casado com você e não com outra garota!


Agora Any já conseguia ver o caso filosoficamente - Essas coisas acontecem.


- Mas acho que você não poderia se casar com um ferreiro, de qualquer forma. Papai nunca teria consentido.


Anahi sabia que ela teria se casado com Kuno se ele a tivesse amado o suficiente para desafiar o pai dela. Mas ele tinha preferido pegar o dinheiro com que Cesare o subornara e se casar com a filha de um comerciante, deixando-a de coração partido. E Any jurou que aquilo nunca mais iria acontecer.


- Quando eu me casar, será com um homem que me ame tão louca e apaixonadamente que nada mais importe a ele - disse ela a Dulce - De outra forma, o casamento é uma armadilha, e a mulher não passa de uma prisioneira.


Para seu espanto, Dulce concordou com a cabeça. - Eu ainda não me casei e já estou presa em uma armadilha - Seu rosto bonito assumiu uma expressão infeliz - Tenho que me casar com um duque austríaco. A mãe dele é inglesa. Tudo foi arranjado pelos embaixadores britânico e austríaco.


- Eu sei. Já ouvi falar disso.


- Eu não o amo. Eu nunca nem mesmo o vi, mas tenho que me casar com ele. Papai insiste nessa união.


- Desafie Cesare.


- Não posso! Está tudo arranjado. Os tratados foram assinados. O dote foi pago. O Congresso de Viena será preservado,nós teremos paz com a Áustria e Bolgheri terá uma aliança com a Inglaterra. Não há nada que eu possa fazer para deter tudo isso. É o meu dever.


 


Continua...


 



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Autor(a): juliamrvr

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 25



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  • NataliaLeal Postado em 13/11/2011 - 18:29:07

    poxta mais!

  • prica Postado em 16/06/2010 - 13:01:40

    Bjus...

  • prica Postado em 16/06/2010 - 13:01:35

    e No Se Vivir Sin Ti: http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=6653

  • prica Postado em 16/06/2010 - 13:01:21

    Nunca é Tarde Demais: http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=6498

  • prica Postado em 16/06/2010 - 13:01:02

    depois se vc quiser e puder passa nas minhas webs!

  • prica Postado em 16/06/2010 - 13:00:48

    ainda naum comecei a ler essa web, mas gostei da história!

  • rss Postado em 26/02/2010 - 14:34:08

    continua porfa
    e passa na minha web
    s2 amigas por siempre s2
    o link é esse:
    http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=5689
    é ponnei e vondy e
    vondy e ponnei e outros traumas.
    sorry a propaganda mais ela é a alma dos negócios.
    besosssssssssssssss

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