Fanfic: The End

-Veja Lucy, estamos chegando. – disse minha mãe, enquanto entrávamos
nos limites da cidade. Finalmente, eu estaria na cidade onde sempre planejei
estar e estudar para ter o futuro que sempre quis.

Eu estava preenchendo a ficha de matrícula de uma escola em Oxford. Era o final de
janeiro e as aulas começariam logo. Meu nome é Lucy Smith, tenho 16 anos e meu
histórico escolar é impecável. Tenho ótimas notas, fui organizadora de quase todos
os eventos escolares e sei o que quero da vida desde pequena. Minha aparência é
regular. As pessoas dizem que meu rosto é emoldurado por cabelos negros de
mechas onduladas compridos até o meio das costas e bem tratados, com olhos
verdes grandes e uma boca rosada e levemente preenchida. Na minha opinião, essa
descrição é poética demais, mas tanto faz. Estou em Oxford, a cidade anfitriã
de uma das faculdades mais respeitadas no mundo todo, e agora isso é tudo que
importa. Meu futuro.

A casa que nós escolhemos ficava em um bairro privilegiado não muito
longe da faculdade, numa distancia que dava para ir de bicicleta até lá. A casa
pertencia a uma família que diz ter comprado de outra que a tinha por gerações,
e por um problema de morte ou coisa parecida resolveu vender a mesma.

Havia dois andares e um sótão e, apesar de ter quartos o bastante, eu
preferi me instalar lá em cima, que tinha o tamanho de um andar inteiro e
bastante espaço para minhas coisas. Por isso tive que gastar muito tempo limpando
e arrumando antes de ajeitar minhas coisas.

Durante essa limpeza necessária, encontrei algumas tralhas esquecidas
pelos antigos donos, como vestidos antigos, papéis de burocracia sem uso, algum
dos dias de hoje, e caixas de papelão cheias de objetos de plástico quebrados
ou inúteis. Quando eu levei todas as tralhas para o lixo, só sobrava um baú com
fecho.

Fiquei curiosa pelo seu conteúdo, mas havia muitas coisas mais
importantes a fazer, como me arrumar e almoçar. O baú ficaria para depois. Saí
do sótão e fui para o banheiro do andar de baixo. Depois de um banho, estava
muito mais relaxada. Almocei e subi para o sótão novamente. Agora era a etapa
final da arrumação: colocar minhas coisas lá dentro.

Depois de três horas arrumando minhas coisas estava exausta. Peguei meu
livro preferido, Dom Quixote De La
Mancha, e comecei a ler, tinha esquecido completamente de
tudo, apenas me importando com gigantes e moinhos.

Foi mais ou menos nessa parte que eu caí na inconsciência, e quando
acordei era ainda quatro da manhã. Mas acordei inquieta demais para voltar a
dormir, com uma forte impressão que tinha esquecido alguma coisa. Foi quando me
lembrei do baú.

Deslizei para fora da cama um pouco sonolenta. Lavei meu rosto e fui em
direção ao baú, que estava ao lado da minha escrivaninha. Abri o fecho e dentro
havia três cartas volumosas. No primeiro envelope estava escrito “Sam”, no
segundo “Richard” e no terceiro, com uma letra um pouco borrada, como se
estivesse sido escrita por alguém muito fraco, “Amy”.

Se gostarem, comentem que eu posto mais. E se não gostarem, comentem do mesmo jeito. Beijos, Theodora