Fanfic: The End
Era abril, todos já estavam acostumados às aulas e já esperavam
ansiosos as férias de verão para a East Oxford First School. Todos já haviam encontrado seu grupo e já
haviam se adaptado para mais um longo ano na escola. Todos, menos Amy.
Ela havia acabado de se mudar e não estava satisfeita em ser a única
aluna nova no meio do semestre. Ela estacionou sua bicicleta enquanto sentia
leves tremores nervosos percorrerem seu corpo e seu coração bater rápido e
descompassado.
“Calma Amy, não é nada. Você já fez isso antes. É só entrar e agir
normalmente. Não precisa ter um treco por isso. Até por que não bom se
estressar muito...” Era assim que Amy tentava se acalmar, mas não estava
ajudando muito, assim como a quantidade de alunos curiosos demais para serem
discretos.
Ela respirou fundo, como se em vez de oxigênio, inspirasse coragem, e
entrou pelas grandes portas do colégio, a caminho de sua classe, mas quando se
deparou com o grande corredor de chão branco, lotado de armários e abarrotado
de gente a olhando com interrogações nos rostos que a deixavam nervosa. Como
naqueles pesadelos em que você tem que atravessar um corredor para chegar ao
seu destino, mas quanto mais você anda, mais o corredor aumenta. Neste momento,
Amy queria ter um cigarro só para ter o que fazer com as mãos, mesmo não
fumando. Porém, ao invés disso apenas colocou as mãos nas alças de sua mochila
e continuou caminhando, sorrindo para quem a encarasse demais.
Foi quando ouviu seu nome no meio da multidão:
- Amy Watson?
Amy se virou e o que viu a deixou com vontade de rir: Uma velha
baixinha de uns 70 anos, de coque, buço por depilar, e vestindo um suéter de
cor verde vômito que a deixava com um aspecto doente.
- Sim? – disse Amy, sorrindo.
- Seja bem-vinda. Eu sou a Srtª Stanley, diretora do colégio. -
Enquanto se aproximava, Amy sentiu o cheiro de hortelã mais enjoativo que já
sentira na vida. Ela segurava algumas pastas e entre elas havia um livro, que
com certeza não era um livro didático, com nome sugestivo de “Paixão proibida”
ou qualquer coisa do gênero. Amy constatou que era um daqueles livros de banca
de jornal que as solteironas compram para não se sentir tão sozinhas.
- Obrigada, eu sou... Er, brigada.
- Venha, vou te acompanhar até sua classe. – disse ela, a uns dois
passos à frente.
Era tão difícil andar ao lado de uma senhora com cheiro tão enjoativo.
Amy tentava disfarçar passando a mão no nariz de vez em quando, mas mesmo assim
era difícil respirar.
Pararam na frente da sala de número doze. A diretora entrou primeiro.
Amy ficou para fora, já sabia os métodos de apresentação de cor.
- Bom dia, classe. Quero que todos vocês sejam simpáticos com a nova
aluna. Pode entrar, querida!
Novamente respirou coragem ao invés de oxigênio e entrou na classe com
vergonha. Amy via claramente a classe dividida em grupos, e podia nomeá-los só
com a rápida olhada que deu para a turma. Na frente, canto direito, os nerds
tipo clube xadrez; no canto esquerdo, os esportistas que tem que ter média para
continuar no time; o fundo direito não era bem um grupo, eram os estranhos e
excluídos; e por fim, no fundo esquerdo, os populares, a elite que toda escola
tem.
O professor cuja pasta dizia ser o Sr. Dark disse, olhando pra uns
papeis na mesa, com uma voz cansada e cansativa:
- Se apresente, por favor.
Amy entrou em pânico. Falar em voz alta? Aí era demais!
- Meu nome é Amy Watson, e... – Ela não sabia o que dizer. Era tão
ridículo dizer que tinha 14 anos, isso era meio óbvio. Por isso, foi ela mesma, uma coisa que nunca teve medo de ser. – Sabem, eu me mudo
muito, nunca fiquei mais de dois anos em um colégio, e mesmo que eu tenha que
fazer essas apresentações sempre, eu nunca sei o que dizer. Não é uma coisa com
a qual se acostume, sabe? – Ela lembrou de todos os micos impagáveis que teve
nas apresentações. Riu um pouco e suavemente. – Sempre achei que parece aquelas
apresentações dos Alcoólicos Anônimos: “Oi, meu nome é Amy, tenho quatorze
anos. Não bebo faz três horas.” – Toda a classe riu e ela se acalmou.
- Tenha uma boa aula, Srtª Watson. – Disse a diretora, saindo da
classe.
Amy sentou em sua carteira, no grupo dos excluídos, e de lá teve quarenta
e cinco minutos da aula mais chata de matemática que ela já teve em sua vida.
- Cara, essa novata é muuuuito gata. – Sam Bradley estava completamente
maravilhado.
Ele era o garoto mais popular da escola, o líder da elite. Era o sonho
de consumo de toda garota: Loiro, olhos castanhos quase mel, alto, malhado, e
estiloso. Além de ser um ótimo conquistador, com aquele sorriso de lado que
nenhuma garota resistia, embora sempre se decepcionassem, pois nunca eram as
escolhidas.
- Nossa cara, ela nem é tudo isso. – Respondeu Peter Opie, melhor amigo
de Sam.
- Não estou acredito que ouvi isso de você, Sam. Olha pra ela,
totalmente montada. Como os homens são fúteis. – Courtney Louis, a garota mais
patricinha do colégio, e que mesmo não admitindo, tinha uma queda, não, um
tombo por Sam.
Sam simplesmente ignorou os comentários, montada ou não, ela seria a
próxima garota que ele pegaria.
“Quando tocar o sinal, vou falar com ela.”
Richard Sharpe estava sentado em sua cadeira praticamente anestesiado.
Nunca vira garota mais perfeita em toda sua vida, em todos os sentidos; ao
olhar para a garota nova, era como se visse um anjo de porcelana, seus cabelos
caiam em ondas avermelhadas perfeitas e um pouco rebeldes, moldando seu
perfeito rosto de porcelana, que tinha sardas discretas que a deixava mais
adorável ainda. Seus olhos claros transmitiam uma inocência pura e misteriosa,
que a tornava um mistério e fascinava ainda mais Richard.
- Ela é um anjo. Literalmente.
- Realmente, Courtney é maravilhosa. Olha aqueles peitos! – Respondeu Frank Thompson, seu único e melhor
amigo, admirado por Courtney, a garota desejada por todos os garotos fúteis da
escola.
- Seu imbecil, não estou falando da Courtney, ela é ridícula. Me refiro
a Amy, a garota nova.
- Ridícula, Courtney...? Amy...? Me
dá um pouco disso que você fumou, por favor!
Richard simplesmente revirou os olhos e voltou sua atenção para a
novata. Ele tinha que falar com ela!
Ele era muito tímido, por isso passou a aula inteira elaborando mil
formas de conseguir falar com Amy, e quando percebeu, o sinal já havia tocado.
“Ai meu Deus, tem que ter um jeito de conseguir falar com ela!” A
primeira coisa que Richard viu, foi sua caneta. E praticamente a arremessou em
direção a Amy com a intenção de “deixar cair”.
Como era esperado, Amy pegou a caneta. E quando foi devolver (Sim, ela
ia falar com Richard!), disse rindo:
- Quase fui atingida na canela por uma caneta! Acho melhor praticar
mais suas táticas discretas. – Amy disse isso num tom alegre e divertido, que
fez com que Richard risse também.
- Que idéia a minha, da próxima vez já me apresento logo de cara. Oi,
meu nome é Richard. – Disse Richard divertido, estendendo a mão.
Antes que Amy pudesse apertar a mão de Richard, Sam surgiu do nada
atrás de Amy:
- Se manda Otário! – Ordenou.
E sem ter o que fazer, voltou para sua carteira, de onde ainda podia
ouvir a conversa.
- Peter, vou falar com a garota nova. – Disse Sam.
- Que isso, cara. Suicídio social.
- Peter, EU digo o que é ou o que não é suicídio social. As regras do jogo
são minhas, e que a caçada comece. – Disse Sam, levantando da carteira, indo
falar com Amy.
Já a caminho, ele viu aquele garoto... Qual era mesmo o nome dele?
Richard. Richard Sharpe era o nome do infeliz. “O que esse otário está fazendo
com a MINHA garota? Eles estavam conversando? SE COMPRIMENTANDO?!” E antes que
Amy pudesse estender sua mão, Sam interrompeu:
- Se manda Otário! – Ordenou Sam, depois se virando para Amy com seu
sorriso sedutor. – Oi gata, meu nome é Sam Bradley, já deve saber...
- Na verdade... Não sabia, não. Mas, obrigada pela informação. – Disse
Amy, sarcasticamente e indo atrás de Richard.
“Serio mesmo que ela está me largando aqui? Está se fazendo se difícil,
conheço esses tipos.” Não há “tipos” que Sam Bradley não conheça.
- Se manda Otário! – Mandou um garoto alto, muito bonito e metido, do
grupo que aparentava ser ”Os Populares”, depois se virou para Amy com um
sorrisinho idiota na cara, que ela achou lindo, mas nunca admitiria. – Oi gata,
meu nome é Sam Bradley, já deve saber...
Amy não sabia bem o que dizer. Tinha sido seduzida, mas ao mesmo tempo
tinha achado ele o cara mais idiota do mundo. E era novata, não podia ser
grossa (ou talvez pudesse ser um pouquinho sim):
- Na verdade... Não sabia, não. Mas, obrigada pela informação. – Deixou
que o sarcasmo fluísse livremente enquanto o olhava com uma cara de desprezo.
Depois se virou para ir atrás do garoto da caneta, que agora já sabia o nome:
Richard.
Comentem o que acharam, que eu posto mais. Beijos, Theodora. ;*
Autor(a): theodora
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 6
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theodora Postado em 22/08/2009 - 01:58:30
Cami, obrigada pelo seu carinho!! Estou meio sem tempo sabe, mas, assim que possivel, vou escrever e postar mais! ;*
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calissah Postado em 21/08/2009 - 23:07:50
AMEIIIIIIIIII A WEBBBBBB
UMA WEB SUPER DIFERENTE
INCRIVEL
O TIPO DE WEB QUE É DIFICIL DE ENCONTRAR,DIFICIL DE FAZER MAIS EU AMO DEMAIS
MT BOA DE VDD
JA VIREI FÃ
PODE CONTAR CMG PRA QUALQUER COISA
VOU PASSAR AQUI SEMPRE
POSTA MAISSSSSS
BJUX DA CAMI -
theodora Postado em 21/08/2009 - 23:07:16
Tem foto sim. Com o decorrer da história vamos colocando.
Tem também um desenho exatamente como eu imaginei os personagens.
Obrigada pelos comentários, Dedeh! É isso que me faz continuar a escrever! ;* -
dedeh25 Postado em 21/08/2009 - 17:50:34
Quero mais!!!Tem foto dos personagens?
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dedeh25 Postado em 21/08/2009 - 13:35:04
1º leitora!!!Adorei o primeiro capítulo...vc escreve bem!!
Posta mais! -
dedeh25 Postado em 21/08/2009 - 13:34:49
1º leitora!!!Adorei o primeiro capítulo...vc escreve bem!!
Posta mais!