Fanfics Brasil - 1 - Como tudo começou. Marianas (Sereias) - a civilização dos sonhos

Fanfic: Marianas (Sereias) - a civilização dos sonhos | Tema: Sereias - harry potter -


Capítulo: 1 - Como tudo começou.

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“No dia anterior, quando o almirante (Colombo) foi ao Rio do Ouro, ele viu três sereias que apareceram na superfície do mar. Elas não eram tão belas como são pintadas, mas têm algo de humano em suas feições.” – 9 de janeiro de 1493, registro de bordo Nº 146 da expedição de Cristóvão Colombo.


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Os restos pareciam claramente um crânio com aspecto humanoide. Encontrados numa praia no Kuwait, em 1999. Os achados foram coletados e congelados pelo aldeão Mohammad Al-Obaid para estudos posteriores. Uma mandíbula sem dentes, órbitas oculares vazias e parte de uma espinha dorsal fizeram-no nomear o achado de “monstro dissimulado” e uma análise detalhada de um especialista de biologia marinha e ecologia da Universidade do Kuwait, o Dr. Manaf Behbehani, deixou em aberto a possibilidade de uma espécie marinha de hominídeo. Talvez uma sereia.


Negada por séculos pelos cientistas, a existência dos míticos tritões parece nunca se apagar completamente do imaginário coletivo. Abordados em testemunhos e até registros de valor histórico, a falta de evidência física levou o enigma dos “homens-peixe” a um impasse na investigação científica.


Apesar de conhecer menos de 0,1% das espécies que habitam o oceano, a antropologia vira as costas para a existência dessa espécie descrita tanto na literatura como em histórias recentes. Ceticismo ou negação do desconhecido?


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“O ser vivo capturado esta noite por um grupo de marinheiros é consistente com as conhecidas sereias”, disse o diário de bordo da embarcação veneziana “Nosso Senhor das Tempestades”, em 28 de janeiro de 1432. Cristovão C. “É uma fêmea de cabelos e olhos negros, suas pernas são cobertas por escamas duras e terminam num único membro em forma de rabo de peixe.”


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O grande “Bloop” e Homo sapiens das águas.


No verão de 1997, um evento espetacular sacudiu grande parte da comunidade científica. Microfones subaquáticos que os Estados Unidos haviam instalado durante a Guerra Fria detectaram um ronco ensurdecedor ecoando do escuro abissal na costa do Chile. Durante o lapso de três minutos, um gemido ou talvez um chamado se estendeu por quilômetros naquela paz ancestral, quebrando o silêncio gelado.


De acordo com os biólogos marinhos, o terrível “uivo” só poderia ter sido produzido pela caixa de ressonância de um animal gigantesco, pelo menos três vezes maior que a baleia azul, a maior espécie identificada no planeta. Uma enorme criatura que a ciência ainda não concebia.


Outros exemplos menos conhecidos, como o registro científico de um animal de 60 metros de comprimento perto da “Fossa das Marianas”, apóiam a existência de grandes entidades marinhas que ainda estão fora da especulação biológica.


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Sereias foram avistadas em várias ocasiões em Zimbabwe. Alega-se que os esforços para completar a construção de barragens foram adiados por causa das sereias. Aparentemente, as sereias tinham assediado os trabalhadores quando da instalação de bombas de água. “Todos os funcionários que tinham sido enviados prometeram não voltar mais”, relatou o ministro Nkomo ao jornal Herald.


“Nós ainda contratamos homens brancos pensando que os nossos homens não queriam trabalhar, mas eles também disseram que não voltariam a trabalhar lá de novo”, Nkomo acrescentou.


Este relato do avista mento de sereias no Canadá em 1886 é citado pelo zoólogo Dr. Karl Shuker, no seu site. O relatório vem do jornal Cape Brooklyn Eagle, de agosto de 1886.


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“Os pescadores de Gabarus, Cape Breton [uma ilha ao largo da costa da Nova Escócia, no Canadá], ficaram animados com a aparição de uma sereia que foi vista nas águas por alguns pescadores há poucos dias. Enquanto o Sr. Bagnall, acompanhado por vários pescadores, estava em um barco, eles observaram, flutuando na superfície da água a poucos metros da embarcação, o que deveria ser um cadáver. Aproximando-se dele com o objetivo de levá-lo para a terra, eles notaram que o suposto cadáver se movia. Para sua grande surpresa, ele virou-se na posição de sentado, olhou para eles e desapareceu.”


“Alguns momentos depois [,] apareceu na superfície e olhou novamente para eles, depois desapareceu completamente. A face, cabeça, ombros e braços assemelhavam-se aos de um ser humano, mas as extremidades inferiores tinham a aparência de um peixe. A parte de trás da sua cabeça estava coberta com cabelo longo e escuro semelhante à crina de um cavalo. Os braços tinham a forma de um ser humano, exceto os dedos da mão, que eram muito longos. A cor da pele era diferente da de um ser humano. Não há dúvida de que o misterioso humanóide aparentava ser o que conhecemos pelo nome de ‘sereia’, sendo o primeiro desse tipo a ser visto nas águas de Cabo Breton.”


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Início


— Jeremy como vai? — Disse Renato Franchi ao reencontrar seu parceiro para mais uma reunião.


— Estou bem, Franchi — Retrucou o cientista e amigo apertando a sua mão.


— Pronto para a nova aventura nas Marianas?


— Sim, sim. Como sempre, pronto para encontrar aquela vida no fundo do mar.- fala sorrindo - A cada encontro desses, eu fico mais apreensivo de que em algum momento vamos nos deparar com a mais linda prova de amor entre nós, homens, e nossos coirmãos marítimos. Ou porque o pressinto ou porque as lendas me levaram a construir esse tipo de sonho.


Jeremy estava entusiasmado com a sua mais nova pesquisa marítima. Seu grande amigo e empresário estava patrocinando sua jornada em busca de vidas além da imaginação no fundo do mar, o que por si só já era uma grande vitória.


— Estou muito otimista nessa empreitada. Esse mar austero e inviolado... — Falou Franchi já imaginando a aventura e os riscos em questão. — A segurança... Como anda? — Perguntou ele voltando do transe.


— Eu sou a segurança! — Retrucou Jeremy prontamente, querendo tranquilizar o amigo. — Pode ficar tranquilo, estarei seguro. Embaixo do mar sinto vida e toda a segurança de que preciso. Não se preocupe caro Franchi, eu fiz um bom estudo sobre o local que irei desbravar.


— Tem certeza de que não quer ajuda? Alguém experiente como você poderia facilitar o seu trabalho...


— Na verdade, alguém mais, em nada me ajudaria. Você sabe bem disso... Ninguém iria acreditar no que nós acreditamos. – falou com um olhar de que “você não acha?”


— Isso é verdade. Está bem, Jeremy, faça como achar melhor. Confio em você.


— Obrigado, Franchi. Melhor assim. Sei o que busco e onde buscar — falou sorrindo e com uma expressão de felicidade por ter conseguido a verba necessária para a sua mais nova expedição.


Sorriram, abraçaram-se e brindaram a mais nova aventura do pupilo Jeremy, cujos olhos e a mente excediam em beleza e brilhantismo.


********


Desde criança, Jeremy já demonstrava sua paixão pela vida nas profundezas do mar. Muitas vezes fora incompreendido pelos amigos e parentes. Na escola, seus professores o consideravam um garoto com sérios problemas de comportamento.


Seu desejo de conhecer novas espécies no oceano — diga-se de passagem, nada convencional —, fazia com que Jeremy sofresse preconceitos constantes na sala de aula, onde todos estranhavam seus repetidos questionamentos acerca da existência de vida semelhante à nossa em outros planetas e no fundo do oceano. Conseguia confundir os professores com suas teorias e documentários existentes nas redes televisivas, mas nada capaz de angariar para si alguma cumplicidade ou apoio.


Em 1960, durante um seminário sobre vidas marítimas, o destino se encarregou de lhe apresentar Renato Franchi. A empatia ocorreu no exato momento em que apertaram as mãos. Aquele encontro marcaria o início de uma grande amizade. Renato e Jeremy tinham ideias bem parecidas, ideias estas que a maioria das pessoas julgaria tratar-se de loucura excêntrica. Por exemplo, a convicção de haver uma espécie de ser com anatomias humanas vivendo nas profundezas do oceano.


Os anos que se seguiram acumularam conhecimentos e honrarias a Jeremy, o que só fez aumentar ainda mais a admiração e a cumplicidade de Franchi no amigo, que agora estava ali, prestes a iniciar a maior aventura de toda sua vida.


Um


 De Pearl Harbor, exatamente o porto das pérolas, um lugar paradisíaco e providencial para zarpar, Jeremy revia a trajetória que deveria fazer durante aquela viagem singular.


Uma cadeia de montanhas e muitas ilhas vulcânicas sobrepujavam em beleza os olhos de Jeremy. Ao vislumbrá-las no horizonte, Jeremy sentia-se ora como um gigante, e assim poderia abraçar com as mãos aquela imensidão, como se fosse parte da paisagem. A sua paixão pelo mar é indizível.


Navegar naquelas águas também fazia relembrar a campanha do Pacífico que teve início com o ataque japonês à base militar norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí, em dezembro de 1941, e terminou em agosto de 1945


com as bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.


Naqueles quase quatro anos de conflito, japoneses e norte-americanos se enfrentaram numa série de batalhas, a maioria delas navais ou travadas em ilhas. Nos confrontos peninsulares, tanto os combatentes norte-americanos quanto os japoneses estavam quilômetros longe de seus respectivos lares, e quase pôde ouvir seus lamentos em meio ao chacoalhar das águas.


Nesse conflito, centenas de milhares de seres aquáticos forem mortos e outros capturados pelas duas potências.


Na teoria de Jeremy, ali foram encontradas várias carcaças de seres meio peixe, meio humano. Sua pesquisa já o colocara antes naquele percurso muitas vezes. Sua meta era sim, as Ilhas “Marianas”, mas sua esperança vislumbrava o oceano como um todo.


Durante quase dois meses de navegação, Jeremy seguiu o caminho da guerra, cujas marcas já haviam desaparecido. Seguiu para as ilhas Marianas e aportou com corpo e coração no local onde sentia ser a sua jornada certeira.


Aquelas ilhas causavam um frisson a Jeremy desde a sua meninice, quando polemizava na escola, e também mais tarde, na faculdade. Ele tinha certeza absoluta de que viviam lá espécies diferenciadas, anomalias resultantes da guerra. Em suas pesquisas, encontrara claros vestígios de fuga dessas espécies marinhas, como os macacos aquáticos e, quem sabe, também as sereias. Porém, evitava fazer uso do termo porque era uma referência usada somente em fábulas e histórias infantis.


Mas a sua meta estava traçada e nada poderia impedir o “caçador de raridades marinhas” de encontrar-se, no seu destino, como a “civilização dos sonhos”.


******


Lá estava ele, ao pé do oceano. À noite, sorria-lhe o céu todo estrelado. A brisa tocava seu rosto de forma carinhosa e Jeremy olhava para a extensão de água, tão escura quanto petróleo, agitando-se à volta com seu ritmo frenético, como se o chamasse para si. Contudo, era uma relação harmônica. O mar amava Jeremy e este amor, como sabemos, era recíproco.


O ponto mais profundo da fossa das Marianas fora explorado umas poucas vezes e nada foi encontrado, que pudesse demonstrar alguma possibilidade de vida ou algo que levasse algum cientista a se interessar por pesquisar o local mais profundo da Terra. Isso ocorreu no dia 23 de janeiro de 1960, e a decepção fez com que os cientistas focassem seus esforços em outros pontos do planeta. Mas Jeremy sentia no mais profundo do seu coração que a resposta que tanto procurava estava naquele lugar esquecido. Algo o induzia a mergulhar no recôndito das ilhas. Uma intuição, um encantamento...


Em seu pequeno submarino acoplado a sua embarcação, observando a escuridão ampla do oceano, Jeremy vestiu sua roupa de mergulho. Com o coração a mil, contemplou a superfície demoradamente antes de mergulhar. Em seu peito, ainda mais viva a esperança de encontrar, naquele lugar, algo que somente o seu coração poderia detectar.


A sua descida a mais de 11 mil metros seriam no dia seguinte, mas ele queria sentir o sabor do Pacífico, que a essa altura já não guardava mais marca alguma da guerra que abrigou em 1944. Além disso, não queria estar somente dentro do barco fechado, sem poder sentir em seu corpo a pressão das águas turbulentas das Marianas.


Tudo era mágico, tudo estava conforme sonhou. Um ambiente relativamente calmo e silencioso. Seus planos estavam sendo concretizados naquele momento, ao completar a indumentária com a máscara e o tanque de ar. Agora sim, estava pronto para se atirar naquele que se tornaria o mais importante mergulho da sua jornada.


Jeremy era um mergulhador nato. Sua experiência alcançara fama internacional. Nele não existia medo, quando estava flutuando em águas oceânicas, só prazer e esperança. Pronto! Submerso em oceano aberto, estava ele sozinho, como sonhara, nas águas escuras como piche das Ilhas Marianas.


Numa situação em que qualquer ser humano normal se encheria de pânico, Jeremy sentia apenas paz e alegria a cada metro de descida naquele ermo enegrecido. A única claridade lhe chegava da luz tênue do seu barco chamando-o de volta a cada vez que ele olhava para cima.


Uma sensação apertou o seu coração. Sentia que deveria descer mais ao fundo do mar, porém, sabia que correria riscos. Certamente, desde que recusara companhia, pôr-se em risco era o que menos poderia acontecer. E não era mesmo isso que planejava para sua aventura de descoberta. Afinal, gostaria de estar bem vivo para poder levar boas notícias para o seu mentor, patrocinador e amigo Franchi.


Deliciou-se por quase uma hora dentro do oceano frio. Olhou para cima novamente e decidiu retornar à embarcação que, na verdade, era um pequeno barco, muito caro e bem equipado, que ele carinhosamente chamava de “o balsamo”.


Em suas primeiras braçadas de retorno a bordo, Jeremy sentiu um leve toque na face perto dos lábios. Numa reação instintiva de autoproteção, contorceu-se de forma brusca, ao mesmo tempo em que seu coração disparava. Sacou a pequena lanterna do cinto que trazia à cintura e iluminou ao redor de si procurando o quê ou quem o teria tocado. Após alguns instantes de uma busca vã, sentiu-se ameaçado pelo desconhecido. Com medo, começou a se debater freneticamente, tentando chegar o mais rápido possível à tona.


Ainda assustado e ao mesmo tempo surpreso, Jeremy parou logo abaixo da embarcação, esperando encontrar alguma coisa que pudesse levar a decifrar aquele toque. Foi um toque especial, um toque leve de quem não queria machucar. Parecia que uma suave mão deslizava e acariciava o seu rosto.


A mistura de desejo e medo fez com que ele não conseguisse detectar a realidade do acontecido. Sua mente viajava e se confundia pela plenitude da vontade de receber a vida que tanto acreditava existir naquele local.


Entrou na embarcação, tomou um banho e foi ao espelho na tentativa de localizar alguma possível marca deixada pelo desconhecido espécime marinho.


 



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Autor(a): Chérri filho

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Era por volta das 21h quando fez contato com Franchi. — Franchi... Franchi... — Jeremy o chamava todo acelerado. — Jeremy, tudo bem? Você me parece nervoso! — A forma como Jeremy o chamava deixou Franchi preocupado. — Pode falar meu amigo! — Franchi, você não vai acreditar. — Relata Jeremy todo excitado e ainda ...



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