Fanfics Brasil - 2- O encontro com a Civilização dos Sonhos. Marianas (Sereias) - a civilização dos sonhos

Fanfic: Marianas (Sereias) - a civilização dos sonhos | Tema: Sereias - harry potter -


Capítulo: 2- O encontro com a Civilização dos Sonhos.

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Era por volta das 21h quando fez contato com Franchi.


— Franchi... Franchi... — Jeremy o chamava todo acelerado.


— Jeremy, tudo bem? Você me parece nervoso! — A forma como Jeremy o chamava deixou Franchi preocupado. — Pode falar meu amigo!


— Franchi, você não vai acreditar. — Relata Jeremy todo excitado e ainda nervoso, precisando mais desabafar que relatar.


— Tente me fazer acreditar. — Falou Franchi rindo.


— Na subida para o barco, algo me tocou...


— Como assim? Poderia ser uma alga? — Falou ele imprimindo alguma descrença naquilo em que sempre quis acreditar.


— Poderia ser qualquer coisa, mas eu senti como uma mão. Uma mão delicada. Ela passou pelo meu rosto, perto dos lábios. — Esse talvez tenha sido um dos maiores momentos da vida e da carreira de Jeremy. — Eu senti um calafrio, uma sensação de medo e prazer, Franchi!


Pela primeira vez em todos esses anos de pesquisa subaquática, Jeremy pôde contar a Franchi algo de concreto.


— Você estava a quantos pés abaixo d’água? — Perguntou Franchi tentando digerir o fato relatado.


— Eu não estava muito abaixo do barco. Na verdade, a única visão que eu tinha de verdade vinha de suas luzes acima de mim.


— Você acredita que seria possível... Como dizer... — Na verdade Franchi queria ouvir o que Jeremy tinha a dizer, mas seu medo de acreditar era tanto que ele mesmo tentava suadi-lo.


— Uma vida subaquática, metade humana metade peixe? — Completou Jeremy ainda eufórico.


Franchi nutria intensamente essa esperança em sua vida. Primeiro porque ele queria ser o autor e consumador da descoberta e, depois, porque os dividendos seriam incalculáveis, caso encontrassem vida semi-humana no fundo do oceano.


— Isso, Jeremy... Algo por aí...


— Não só acredito como sei que é, Renato. Não tenho dúvida de que algo me tocou. Era uma vida aquática... Queria mostrar-me sua presença. Eu senti medo, é claro! Mas eu acredito que seja mesmo possível que nem toda vida da extinta Atlântida, a cidade perdida, tenha se exterminado. Os humanos acabaram com quase todos, mas, como nós dois acreditamos, alguns sobreviveram e procriaram, sumiram da vista humana por milhares de anos. — Concluiu Jeremy.


— Então podemos estar certos? Eles podem estar em Marianas? — completou Franchi todo esperançoso. Conhecia Jeremy e sabia que ele não falaria algo somente por emoção, ao contrário, ele sempre foi muito sério e rigoroso em suas conclusões científicas.


— Agora fortaleci a nossa teoria. O maior problema agora é dormir. Amanhã logo cedo quero descer com o submarino até as belas profundezas de Marianas — falou Jeremy com um sorriso de alegria e esperança nos lábios.


— Tome um remédio e descanse. Por favor, traga-me boas notícias. Já gastamos alguns milhões de dólares nesse e projeto e estamos entre os homens mais loucos do mar — termina Franchi falando do investimento que fez e falava com certa ironia, pois sabia estar investindo bem.


— Voltaremos a nos falar em breve! — Respondeu Jeremy com bom humor.


Em sua insônia costumeira, Jeremy não parava de pensar naquele toque. Deitado na pequena cama do submarino, ele passava sua mão no local onde fora tocado, reproduzindo com quase exatidão a mesma sensação de antes. Não precisou do sonífero e, como se contasse carneirinhos, foi relaxando, não conseguia parar de pensar naquele momento que para ele foi divino. Sem perceber, dormiu como um anjo.


*****


Toca o despertador.


Jeremy pula assustado da cama e com a mão nos lábios desperta para a noite anterior. Eufórico e radiante, ele sai da cabine louco para mergulhar no pequeno submarino nas águas profundas das Ilhas Marianas.


O submarino estava pronto para o mergulho cientifico tanto esperado. Jeremy fez sua higiene e preparou o café com ovos mexidos. Entrou no submarino com uma visão 360 graus, liga o motor do objeto já dentro da água e inicia a sua descida ao mais profundo mergulho já registrado por ele.


Cada mt2 de descida ele registra o que vê e ouve. Não quer perder nada do que a missão lhe proporcionar.


 Gravação de Jeremy.


- Acabei de imergir do local registrado. Estou a caminho das fossas das ilhas Marianas. Ainda tudo muito escuro, apenas pequenas partículas de alimentos de estrelas do mar e outros animais desse local. Nenhuma novidade a ser registrado. Essa planície sombria está aqui há eras incontáveis. Fico assombrado com a vastidão de tudo aquilo que não sabemos, tanto aqui, no fundo do mar, quanto na imensidão do espaço. Sinto como se eu tivesse acendido uma vela por uns instantes em meio à escuridão. Prosseguindo volto a registrar assim que algo se mover por aqui.


Outra hora se passou, com o submarino reduzindo a velocidade nos 2.740 metros finais. Soltei parte do lastro, rolamentos de aço foram liberados por eletromagneto para ajustar a posição do submersível. Ele encontrava-se quase “neutro”, nem pesado nem leve, descendo então mais devagar, movido apenas pelo propulsor. O altímetro indica que a distância até o fundo é de apenas a 46 metros. As câmeras estavam ligadas, as luzes voltadas para baixo. Agarrei os controles do propulsor, tenso, com os olhos pregados nas telas ainda vazias.


Trinta metros... 27... 24... Eu já deveria estar vendo algo. Vinte e um... 18... Por fim, distingui um brilho fantasmagórico no fundo. Parece algo indistinto e homogêneo, como uma casca de ovo, sem nenhuma referência de escala para avaliar a distância. Usei os propulsores verticais para dar uma freada.


Cinco segundos depois, o mais débil impacto na coluna d’água repercutiu no leito oceânico, e a superfície indistinta sob mim ondulou como um véu de seda. Ainda não tenho certeza de que haja ali, de fato, superfície sólida. Girei o holofote para a paisagem em torno. A água era translúcida e me permitia ver longe: nada. O fundo estava uniforme, desprovido de qualquer


característica, dimensão ou direção. Já vi leitos oceânicos em mais de 80 mergulhos de profundidade, mas nada é parecido com isso. Nada.


******


A lenda da Atlântida perdida tem vindo a fascinar a humanidade ao longo do milênio. Colombo procurou a Atlântida e descobriu as Américas. Os britânicos investigaram os Açores e os nazistas passaram a costa da Noruega a pente fino em busca de pistas. E a demanda pela verdade continua nos tempos modernos.


Com recurso a descrições da Atlântida, que serviram para identificar as características particulares da cidade, três equipes de arqueólogos consideram todas as hipóteses para descobrirem se estas localizações preenchem os critérios necessários para provarem que a lendária cidade perdida existiu na realidade, e não apenas como fruto da imaginação dos antigos.


Se a história que os gregos guardam há tantas gerações aconteceu, estamos no centro do mistério. Teriam partido daqui as chamas que enterraram a civilização dos sonhos? O segredo está mesmo guardado no fundo da Terra? Lá, onde talvez o homem nunca possa chegar. Se a Atlântida existiu aqui, ninguém sabe.


Jeremy volta para a embarcação depois de viajar pelas estranhas águas de Marianas. Cansado ele faz um breve lanche após o banho. Descarrega no computador as fotos e vídeos que registraram a sua primeira descida e logo se joga na cama e desmaia.


******


DOIS


Na manhã seguinte, Jeremy acorda e tem uma nova idéia de mergulho. Pensou em não descer com o submarino e sim voltar a mergulhar com sua roupa de mergulho. Assim o fez, mergulhou com uma pequena câmera acoplada em sua cabeça. O fundo do mar em Marianas é escuro e pouco se sabe do mundo habitável por lá, tanto é que não observou nada de especial na noite anterior. Seus mergulhos quando pessoal sem o submarino é expressamente limitado. Para chegar às grandes profundezas, sofre grande pressão.


 Jeremy sente dificuldades para se concentrar. Não conseguia parar de pensar no que ocorrerá em seu último mergulho.


- “Tenho que conseguir novamente aquele contato. NOSSA! Estou totalmente envolvido por aquele toque”. – Dizia para si mesmo em pensamento.


Seguiu com seu trajeto. Sentiu-se desanimado. Muito tempo já havia se passado sem nenhuma evidência. No fundo sabia que procurava por algo específico. Procurava por algo que o tocou. Decidiu então voltar e só retornar durante a madrugada. Algo em seu ser intuía uma surpresa.


Retornou e ficou na parte da proa do barco. O tempo estava agradável e um sol não muito forte aquecia seu corpo. Jeremy começa a ler um livro na tentativa de acalmar sua ansiedade. Serve-se com uma pequena dose de Uísque e deita-se tendo como companhia apenas a solidão.


A todo o momento a linha do horizonte lhe roubava a atenção. Sente como se algo grandioso estivesse prestes a envolvê-lo. Tenta em vão, focar sua atenção na leitura. O tempo transforma-se em um grande inimigo. A ansiedade lhe percorre todo o corpo. Então ele lê.


“...Estava acontecendo no mundo todo. Nós estávamos acompanhando os encalhes das baleias, nós alertamos a marinha com o que tínhamos descobertos com os testes do sonar. E havia boatos de que outros corpos estavam encalhados com as baleias. Seres e outros tipos de animais, mas em todos os casos as autoridades apareciam para isolar o local. Na época o que queríamos era evitar que os encalhes voltassem a acontecer”.


Jeremy medita no documentário do livro e procura viajar como um bom leitor nos acontecimentos da época.


“Não eram apenas corpos de baleia e peixes que fora encontrados, mas coisas estranhas foram vistos.


 “Nós tentamos contato com a marinha e até movemos ações para conseguirmos dados do que estava acontecendo, mas não conseguimos nada. A marinha dizia que estava analisando as anomalias, e não ficamos parados e começamos a analisar os sons que eram emitidos no fundo do oceano e que causavam as mortes dos seres viventes do mar”.


“Todo repertório de sons que tínhamos de baleias e golfinhos eram totalmente diferentes daquele som que gravamos em nossas pesquisas. Cientistas que contratamos analisaram os tapes e diziam que aquilo era uma linguagem e que estava conversando”.


Jeremy para de ler e olha para o oceano e da um Woowou! Suspira emocionado e a cada página sua convicção aumenta em busca da civilização dos sonhos.


- “Os macacos aquáticos se espalharam por toda a costa africana e pelas ilhas Marianas. Como as focas eles tem pelos curtos e são hidro-dinamicos conseguem prender a respiração por vários minutos enquanto caçam nos recifes perto da praia. Eles ainda não cortaram todos os laços com a terra firme. Vão à praia para dormir e buscar varas para espetar os peixes, mas se sentem cada vezes mais em casa nesse novo mundo. Conforme se arriscam em águas profundas ficam todas às vezes mais alertas a novos perigos.


Na Universidade do Cabo em 2005 (África).


Dr. Paul Robertson da NOAA – Divisão de Mamíferos Marinhos.


-Eu trabalhei na NOAA por alguns anos. E nesse acontecimento dos encalhes das baleias fomos chamados ao local. De cima de uma duna avistei a praia e seu horizonte, nunca havia visto nada igual. Estava prestes a acontecer uma tempestade e estávamos somente nós e a marinha que tinha isolado parte importante da praia. Tinha uns caras com macacão de proteção, poderiam ser biólogos ou pessoas preparadas para regatar informações e corpos importantes no local.


Jeremy continua lendo com  atenção. A cada linha os seus sonhos se ampliam. Não conseguia parar de ler.


- Eu estava desesperado para sair dali, estava ventando muito e a areia nos incomodava demais. O meu parceiro Brian estava de olho naqueles homens ou médicos, não sabíamos. Uns quatro em volta de algo que não conseguíamos ver. Por fim a marinha começou a guardar as coisas, achávamos que era por causa da tempestade que estava vindo. Depois que a marinha foi embora fomos ao local onde eles estiveram trabalhando. “(...)”


- “Fomos para o centro do laboratório, analisar o som dos sonares que pensávamos ter feito ou causado esse desastre e mortes da baleias. Lá estava o som da Marinha  uma pequena explosão fazia com que acreditássemos e com toda a certeza do mundo que a marinha era a culpada do desastre ambiental naquele período. Quando de repente ouvimos um som estranho entre os sons que estávamos analisando. Não tínhamos percebido um tipo de voz marinha, a mesma que tínhamos gravados há alguns anos. Lá estava o som , claro e forte como nunca. O evento dos encalhes das baleias não estava situada apenas na região de Washington, mas sim em várias partes do mundo.


A fome o forçou a dar uma pausa na leitura. Desceu para o outro compartimento do barco e abrindo os primeiros armários a procura de algo para comer. Enquanto preparava seu alimento, seus pensamentos se deslocavam a todo instante. O que acabará de ler estava impresso em sua memória. Lembrou-se do comentário de um famoso cientista, Dr. Paul e voltou a leitura com um sanduiche e uma garrafa de água.


- “Era o corpo de uma criatura nunca antes vista. Conseguimos juntar apenas 30% desse corpo e por isso achávamos difícil termos uma chance de compor toda a criatura”.


“A pergunta era. Que espécie de criatura estava estudando. Poderia ser aquele animal que emitia o som no fundo do mar? Ou uma espécie de golfinho estranho. Começou pelos exames preliminares, o estado do corpo era péssimo. Seria difícil juntar as partes. Coletaram exames de DNA para tentar estabelecer a composição genética da criatura. Os dentes eram totalmente fora do padrão. Você espera que os dentes sejam do mesmo tamanho e formato, são assim os dentes dos mamíferos marinhos. Mas o dessa criatura não... Tinham molares, incisivos e caninos. De todas as partes que eles tinham os glóbulos das caudas era as mais preservadas. Parecia a cauda de um peixe boi marinho. Mas não podia ser porque tiramos uma radiografia e a cauda tinha ossos. E nem o peixe boi e nenhuma baleia tem ossos nos glóbulos da cauda. Então ficamos pensando, o que será isso”.


“O crânio foi encontrado com metade da sua estrutura. Encontraram uma abertura na fronte e nenhum animal marinho tem aquele tipo de abertura. Enviaram para um especialista para tentar montar toda a estrutura craniana do animal encontrado. As partes dos pés poderiam ser de focar que tinha as mesmas estruturas, mas a fêmur são curtas e dessa criatura eram longas. Aquela coisa não era uma foca, não era um peixe boi e não era um golfinho, apesar de se comunicar com eles”.


Jeremy fechou o livro. Notou que o dia já anunciava os primeiros sinais da despedida. Logo anoiteceria. Fechou seus olhos e aprofundou-se no oceano de sua imaginação.


*****


Na alta madrugada, Jeremy se preparava para mergulhar nas escuras águas das Ilhas Marianas. Novamente optou em navegar com o submarino. Cada vez mais o submarino descia, chegando a quase oito mil metros. Lindas criaturas passavam por sua janela mostrando-se assustadas com aquele invasor gigante e desconhecido.


Três horas haviam se passado e Jeremy permanecia com o olhar cheio de esperança fixado na imensidão do oceano. Seu corpo já dolorido, pois o submarino era para apenas um tripulante. Sobrecarregado dizia já ser à hora para um descanso. Ainda próximo da janela, quando já estava subindo para a superfície, viu algo passar em sua frente em uma velocidade impossível dos olhos acompanharem.


A tensão misturada a uma grande euforia fez com que Jeremy descuidasse de aspectos de segurança fundamentais para a sobrevivência. Adaptou rapidamente o aparelho de mergulho e lançou-se ao desconhecido. Uma forte pressão toma conta de Jeremy que em poucos minutos perde os sentidos. Luta para permanecer acordado, mas a força da pressão no fundo do mar o desafia mostrando-se mais forte.  Nesse momento Jeremy ouve uma linda voz. Um cântico toma conta do local, como uma soprando ela cantava notas musicais encantadoras. O som penetrava a sua alma e o lindo som ficava cada vez mais longe. Aborto nas águas de Marianas, ele está entregue a força do oceano e apaga. Rapidamente ele retoma a consciência ainda ouvindo aquela bela melodia. Sentiu-se amparado por algo. Tentou abrir os olhos, mas já estava quase inconsciente por completo. Sentiu algo tirar sua mascara e o ar lhe adentrar aos pulmões. De repente tudo se tornou escuro e solitário. Jeremy desmaiou.


Após um período ele recobra a consciência, abre os olhos lentamente e se desespera ao olhar a sua volta. Por mais que tentasse não conseguia entender o que estava acontecendo.


Estava sonhando? Delirando? Sendo traído por suas percepções? Olhava para tudo a sua volta sem conseguir entender o que de fato acontecerá.  Seria possível? Estaria dentro da “cidade desejada”, onde nunca, jamais um ser humano conseguiu adentrar? A imagem mais encantadora e ao mesmo tempo assustadora estava bem diante de seus olhos.  Seria a Atlântida Perdida?


Passaram por ele diversas criaturas, ignorando por completo sua presença. Eram seres diferentes de todos que já conheceu ou estudou.  Havia peixes de muitas espécies, jamais vistos em mares humanos. Árvores frondosas eram levadas de um lado para outro pelas ondas profundas das águas de Marianas.


Jeremy estava encantado demais com todo espetáculo de luzes e cores. Em um ímpeto de ousadia tentou tocar um pequeno peixe que brilhava como um cristal foi então que percebeu que estava preso em uma espécie de redoma. Então se deu conta de que estava sem o aparelho de oxigênio e mesmo assim respirava normalmente. Estava em uma espécie de aquário com oxigênio suficiente para mantê-lo vivo. A camada da redoma era lisa. Ao tentar forçá-la, Jeremy percebeu que também era inquebrável. Assemelhava-se com uma bolha de sabão congelada.


O desespero começou a tomar conta de suas ações. Estava paralisado pelo fascínio e pelo medo.


- Só posso estar sonhando – Pensa Jeremy tentando se acalmar.


Um som semelhante ao das baleias era a única coisa que conseguia identificar. Aos poucos começou a explorar aquele imenso “aquário humano” em que fora colocado. Aos poucos seus pensamentos foram se organizando e foi então que se lembrou da visão que tivera daquele ser. Não fazia a menor ideia do que ou de quem poderia ser.


Senta-se em um canto e pela primeira vez desde que se vira preso, conseguiu observar tudo a sua volta, principalmente à linda visão do lado de fora da redoma. Um mar calmo com águas cristalinas. Ao longe podia ver lindos seres coloridos. Nunca em toda sua trajetória de pesquisa viu algo semelhante a aquelas criaturas.


Jeremy estava imensamente tocado por aquela visão. Seus olhos se encheram de lágrimas. Chorou um choro contido, emocionado. Finalmente sua limitada percepção humana lhe revelou o que estava de fato vivendo: Diante de seus olhos estava a mais linda e procurada civilização dos mares. Ele a encontrou. A cidade perdida. O que estava diante de seus olhos eram indizível a mente humana. Metade humana metade peixe. Como era possível?


Um leve toque em seu ombro o tira do transe. Sem hesitar, Jeremy vira-se e ali permanece com os olhos paralisados diante daquela bela criatura a sua frente.


A bela sereia o olha profundamente, como se quisesse avistar sua alma. Seu olhar o desnorteia. Paralisado Jeremy não se contém e coloca a mão no rosto e fecha os olhos. Não podia acreditar no que vislumbrava. Então uma doce voz fala.


- Olá! Sou Licia uma Ariata azul. Você tem um nome?


 



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Autor(a): Chérri filho

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Jeremy não consegue responder. As palavras ficam presas em sua garganta. - Você deve estar assustado. Bem! Eu estaria no seu lugar. Mas por favor! Não tenha medo. Não lhe farei nenhum mal.- diz Licia meigamente. - Jeremy.- disse ele. - Não ouvi o que disse. – pergunta Licia. - Jeremy é o meu nome. – Responde com grande ...


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