Fanfic: Cursed Wings | Tema: Tinker Bell

Gente, essa é a minha primeira fanfic de animação, é postada no Nyah! também, mas não teve muitos comentários lá (até porque esse é o primeiro capítulo) mas por favor comentem :) bjs 

~~~~~~~~~~~~~~~~

Prólogo.

– Diga-me, oh grande e poderoso mágico de Oz, existe outra igual à mim neste mundo enorme? – Scarlett debatia-se incontrolavelmente por dentro. Uma fera insana adormecida há muito tempo começava a se soltar.

Por quê? Bem, o senhor das terras perdidas de Oz poderia muito bem explicar o seu passado complicado, mas o monstro que habitava, devido à rumores de fadas do seu reino que visitaram a estrela do horizonte, que diziam haver uma fada igual à ela por aí, estava louca e sedenta por respostas sobre seu passado, que mais parecia uma mancha preta enorme numa blusa branca.

– Scarlett, porque este interesse repentino em seu passado nunca antes revelado?

– POR QUE A PERGUNTA? VOCÊ SABE DE TUDO, TU ÉS O PASSADO, PRESENTE E FUTURO DOS HABITANTES DE OZ, VOCÊ SABIA QUE EU VIRIA AQUI E SABE EXATAMENTE QUEM ESPALHOU BOATOS SOBRE UMA MULHER IGUALZINHA À MIM EM REINOS DISTANTES!

– Não seja tão neurótica, eu sei exatamente o seu futuro se continuar assim.

– Poucos têm coragem de te procurar, não é pedir muito apenas mostrar de onde venho e o que eu sou exatamente? – A mulher de asas e vestido cor de vinho mostrava-se impaciente. O mágico então, suspirou, abriu uma espécie de flashback no chão debaixo dos pequenos pés da fada que sobrevoava. Scarlett mudou seu olhar para curiosidade pura.

– Tens certeza de que quer ver isso?

– TENHO! MOSTRE LOGO, ESTOU ME ROENDO! – Gritou, insatisfeita. O senhor misterioso tornou a mostrá-la o que os poucos que sabiam esconderam dela, como duas ou três pessoas em toda a Oz.

Havia dois camponeses no meio de uma floresta, mais exatamente, um casal. A mulher parecia extremamente cansada, segurava uma criança nas mãos, enquanto aquele que supostamente era o pai, segurava outra.

Ela acabara de dar a luz à gêmeas.

Mas onde estava o lar deles? Eles não tinham. Não tinham casa ou comida para dar conta daquelas crianças. Pareciam em uma situação extremamente complicada, Scarlett só não sabia o que aquilo tinha a ver com ela.

Os camponeses tornaram a andar pelas terras em busca de abrigo, trabalho e comida, mas a medida que eles se metiam à procurar, mais miserável a situação deles ficava.

– Eu não entendo... Quem são eles... E o que...?

– Fique. Calada. Você pediu isso não é? Agora veja!

Um velho barbudo e misterioso, de capuz preto e uma varinha de condão, assobiou de trás de uma árvore. O casal, apavorado, não se aproximou, então ele mesmo se mostrou. Disse ser um feiticeiro que raramente aparecia, só para aqueles que tinham muita má sorte, e lhes concederia um único desejo em troca de algo valioso, por isso eles deveriam escolher com sabedoria o que iriam querer e o que iriam dar, já que nada tinham além das bebês.

– Não pode ser...

– Shhh!!

A mãe, egoistamente, ofereceu uma de suas crianças em troca de riqueza, luxo e uma sociedade inteira para governar. Tudo o que sempre sonharam era ser da realeza, então aquela era a chance de realizar algo politicamente impossível. O pai se entreolhou relutante, achando que tudo do bom e do melhor não valeria a perda de uma das gêmeas, mas logo aceitou.

O feiticeiro lhes concedeu asas, um tamanho encolhido e um reino distante onde eles e a “única” filha pudessem fazer o que quisessem, até criar uma civilização igual a eles. O bruxo levou a outra pequena para as terras de Oz, e, com pena, lhe desejou um futuro de grandes conquistas.

A chamou então, de Scarlett, enquanto a outra fora chamada de Clarion.

Se aquelas duas iriam se encontrar algum dia, só dependia do mágico de Oz.

– E-então... É ISSO?? EU FUI TROCADA POR ASAS E UM REINO PERFEITO? QUE TIPO DE PAIS INSENSÍVEIS FARIAM ISSO COM A PRÓPRIA FILHA! AINDA TIVERAM CORAGEM DE CRIAR A OUTRA COMO FILHA ÚNICA!! AARG EU ESTOU TÃO FRUSTADA, EU VOU... EU VOU...

– Até lá?

– O que? – A rainha das fadas de Oz permaneceu confusa.

– Você vai encontrar a sua irmã gêmea, Scarlett? – O mágico perguntou. – Relaxe, eu sei de tudo que acontecerá, só quero ver sua reação.

– Que tipo de soberano é você? Se é que pode ser chamado assim...

– Sou o olho que tudo vê, e infelizmente, não sou eu que posso mudar a grande burrada que você vai fazer, depende muito dessa fera brotando dentro de você.

– Fera?

– Isso, e ela se chama... Inveja.

– O QUE? EU NÃO SOU INVEJOSA, E NUNCA FUI.

– Não é o que parece, olhe para você mesma. – Um espelho surgiu magicamente. A rainha então se assustou, parte de seu rosto estava verde, o que aquilo significava?

– Verde é a cor da inveja.

– NÃO É NÃO!

– Pare de ignorar o que está acontecendo. Você sente não ter sido criada por seus pais e ter sido jogada a um feiticeiro qualquer enquanto a outra teve tudo o que sempre quis, apesar de você também ter tido uma vida bem pacífica aqui em Oz.

– Eu... Eu não...

– Falando assim, até parece que sua vida é um inferno, mas não é. Não faça nenhuma besteira.

– Não farei. – Scarlett sorriu maliciosamente. – Irei até onde ela estiver, pedirei o caminho para minhas fadas exploradoras, inclusive aquelas que já estiveram lá. Falarei com ela e inventarei uma desculpa, que tal a procura de um marido?

– O que? Piraste? Quem enfiou uma estaca no seu cérebro? Pense muito bem antes de...

– Irei até lá e está decidido. Partirei amanhã com alguns representantes. – A rainha deu uma pausa. – Obrigada pela ajuda, mágico.

Uma áurea negra deixou o salão com ela, e o senhor tinha certeza de que ela a carregaria junto por onde fosse, por mais que tentasse esconder o aspecto verde musgo em seu rosto invejoso.

Pobre Scarlett, ela não podia se tornar a vilã da história, não agora.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

“A inveja é tão vil e vergonhosa que ninguém se atreve a confessá-la.”

Ramón Cajal