Fanfics Brasil - O começo O beijo da morte

Fanfic: O beijo da morte | Tema: Original


Capítulo: O começo

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Ela não sabia o porquê fazia isso. Talvez existisse algum tipo de botão que quando acionado todo o seu corpo entrava em estado automático. Nada a fazia parar. Mas não havia nada a perder.


Matar já fora mais excitante. Até mesmo um pouco divertido ela confessava para si mesmo. Era como uma brincadeira de gato e rato. Sabia o momento de atacar. Esperando sua presa ficar confusa e abeira da desistência. Algumas das suas presas até mesmo gostavam de ser morta por ela. A sedução era sua arma preferida. Para Antonella tudo era uma diversão.


Porém, hoje em especial não sentiu absolutamente nada. Nem a fagulha que se acendia após sentir o frescor de sangue da pessoa em suas presas, escorregando facilmente pela sua língua.


O vermelho sempre atraiu Antonella.


Ela estava sentada na poltrona com a postura excepcional. Coluna reta com suas longas pernas cruzada e seus braços relaxados. Suas mãos acariciavam uma cabeça que jazia já sem vida em suas coxas. Apenas dois furos no pescoço. Era o suficiente para matar. O sangue do homem morto fora todo drenado. Tinha certeza disso, pois, por mais de 200 anos esse ritual acontecia ao menos quatro vezes na semana. Não gostava de chamar atenção. Ultimamente vampiros começavam a chamar atenção, mas ela não. Não tinha medo de problemas, mas gostava de ser reservada.


Antonella odiava os humanos. Não pelo o que eles representavam ou por suas armas ou até mesmo por estarem cada vez mais perto da descoberta de sua espécie, alguns seletos seres humanos já sobreviventes de ataques vampirescos, começavam a fazer algum tipo de seita maluca para caçá-los e parecia estar tendo cada vez mais efeito. Antonella já recebera noticias de vampiros mortos por humanos. Mas o que mais fazia a respirar fundo – o que não era necessário- e contar alguns segundos para restabelecer sua calma. Porque ela sabia que dependia deles para sobreviver. A única maneira de um vampiro sobreviver é o sangue. E quanto mais velho fica mais sangue é preciso. Não venha dizer, e o os Animais Antonella?? As únicas coisas que odiava além dos humanos era sangue de animal. Pode perguntar a qualquer vampiro – que não esteja desesperado por comida-, sangue animal é a pior coisa que se existe. E Antonella como uma boa sedenta por sangue colocara apenas uma vez o sangue animal em sua boca. Logo no começo de sua transformação.


Ela empurrou com seus delicados dedos a cabeça do homem morto para o chão. Levantou e com uma passada de perna maior do que seu costume atravessou o homem deitado. Seus saltos pretos batiam firmemente contra o chão de madeira. Chegou a até a porta e quando a abriu uma enorme estaca de madeira vinha em sua direção. Seu reflexo impecável salvou sua existência. Sua mão direita fechou em volta da escada segurando no ar. Enquanto outra mão fazia pressão cada vez mais forte na tentativa inútil de perfurá-la. Seus olhos azuis miravam seu mais novo inimigo. Um homem perto dos 30 anos com veias sobre saltadas em seu pescoço – despertando a vontade de Antonella de se alimentar novamente-.


– Morra!! – Homem agora usava duas mãos para fazer mais força contra a vampira.


Ela sorriu friamente e passou sua língua pelas suas presas.


– Eu já estou morta. – A voz de Antonella era eroticamente rouca e gélida poderia fazer qualquer se arrepiar. – Você, meu lindo verme. Irá morrer agora. E com uma habilidade e rapidez fora de qualquer olhar humano Antonella puxou o homem para dentro do quarto e redou levando junto consigo o punho do agressor. Torceu. Sentindo e ouvindo os ossos se rompendo e um grito esganiçado fora solto pela boca do homem. Ficou atrás dele e sua boca ferozmente voou na jugular da sua mais nova presa. Ela chupou com uma força sobrenatural. Engoliu apenas um pouco. Deixando o resto escorregar pelo pescoço e ombro do homem. Mas imediatamente ela se sentiu tonta.


Droga!


Ele tinha injetado a droga. Antonella há uns meses atrás ouvira dizer por um dos reis do norte que esse grupo de caçadores começaram a desenvolver uma droga que poderia causar paralisia para um vampiro ou dependendo da sua idade ate sua morte.


Ela soltou o homem e com um golpe simples na nuca um baque surdo de um corpo foi parar no chão. Morto.


Antonella escorou uma de suas mãos na parede onde as pontas de seus dedos a pintavam de vermelho. Sim, ela estava com raiva. Muita raiva. Fora enganada por principiantes. Ela que não admitia qualquer tipo de deslize. Calculista e fria. Era como Antonella Sharperd era conhecida. A vampira que todos queriam ser.


Então mais três homens entraram. Mais caçadores. Eles olharam primeiro para os dois corpos que estavam no chão e depois redirecionam em uni somo para Antonella


Ela balançou a cabeça tentando recobrar puxar sua consciência. Sua visão um pouco turva não ajuda.


– Droga- Murmurou.


Eles tinham correntes. E provavelmente prata.


E sem hesitarem os três jogaram as correntes sobre ela. De qualquer jeito, mas foi o suficiente para ela cair no chão. Sentia sua pele queimar o cheiro era horroroso, de pele podre. Doía. Talvez em toda sua existência Antonella nunca sentira tanta dor. E tudo isso por causa de sua gula desnecessária e unicamente por sangue.


Ela caiu no chão de joelhos e sentiu seu o corpo inclinar para frente. E de repente tudo era preto.


– Eii... - Uma voz fina a chamou. Fazendo-a recobrar um pouco dos seus sentidos.


– Você não está morta, está? Vamos acorde. - Uma mão quente aperta levemente o ombro de Antonella. A voz melódica fazia com quem tivesse cada vez mais dispersa.


– Por favor...- A voz falhou parecia implorar por sua existência. Isso fez com que Antonella sentisse quase afeto. Era algo que há muito tempo não sentia. Alguém estava preocupada com ela.


Então abriu os olhos vagarosamente. E a primeira coisa que eles encontraram foi um olhar preocupado. Um lindo par de olhos castanhos acompanhado de pequenas sardas.


– Você esta muito ferida – A lourinha falou fracamente tocando levemente o pescoço gelado de Antonella.


Um barulho de protesto ficou preso na garganta da vampira. Estava sentindo muita dor. E não fazia idéia de como parara ali. Mas estava intrigada com a mulher loura que parecia tentar socorrê-la. Os brilhos de seus olhos fascinavam Antonella. Tinham tanta vida. Sim, ela já vira outros milhares de humanos com vida e brilhos nos olhos. Mas não como os da lourinha. Era intenso demais.


Sua língua passou levemente pelos lábios e sentiu o sangue seco em sua boca. Suas presas estavam recolhidas. Ótimo sinal.


– Eu preciso ajudar você, esta muito queimada. E tem muito sangue em você. Preciso te levar pro hospital. – A lourinha fez menção de ajudar Antonella, mas com a pouca força que tinha impediu segurando o anti braço da moça. Conseguiu ficar sentada apoiando-se o mínimo possível.


– Leve-me para sua casa.- Sua voz estava arranhada, mas ainda assim perigosamente fria.


– O que? – A lourinha franziu o cenho.


Antonella respirou fundo mostrando um pouco de impaciência. Mesmo quase mortalmente ferida a paciência da vampira sempre era curta independente qual fosse a situação.


A lourinha procurou os olhos da vampira. Tentando compreender toda a confusão e na situação que estavam.


A vampira então se concentrou e canalizou seu resto de energia em seu olhar. Vampiros eram altamente manipuladores, era uma espécie de “poder” que se usasse bastante concentração poderia manipular a pessoa em atender qualquer fosse seu pedido. Em apenas um olhar.


Por um lado. Pela primeira vez ela se sentiu desconfortável em usar isso na lourinha. Mas ela não poderia arriscar de ir pra um hospital. Chamaria atenção demais e o Rei do Norte provavelmente iria odiar em saber que uma das duas mais respeitáveis vampiras fora encontrada em um hospital humano.


– Ok. – A humana acentiu com a cabeça dando um sorriso mais inocente do que qualquer criança. Fazendo a vampira contrair o maxilar.


– Ajude-me a levantar- Antonella piscou quebrando o contato visual com a lourinha. Fazendo com que a humana sacudisse a cabeça e franzisse o cenho mais uma vez.


Prestativamente a moça ajudou. Foi então que Antonella percebeu onde estava. Encontravam-se nesse momento em uma avenida secundaria a uns 20 minutos do centro. Sabia que não passavam muita gente por ali. Os caçadores a deixaram para morrer ali. E se não fosse a lourinha humana estaria morta.


Juntas caminharam até o carro cautelosamente.


– Posso saber seu nome lourinha? – Antonella perguntou com seu tom gélido.


– Annika.


A vampira se inclinou mais em direção de Annika. "Deuses... Ela tinha um cheiro único". Pensou. Imaginando por um segundo a sabor de seu sangue, causando-lhe água na boca.


– E eu poderia saber o seu?- Annika com bastante dificuldade conseguiu com uma das mãos conseguiu abrir a porta do carro. Sua estatura não ajudava muito. E a mulher na qual estava ajudando era certamente bem mais alta que ela.


Antonella entrou calmamente no banco de carona. E antes de Annika pudesse fechar a porta falou com um sorriso malicioso nos lábios.


– Antonella.


As duas se olharam. A vampira por alguns segundos esqueceu-se da eloqüente dor que sentia em seu corpo. Sua queimadura estava feia e o sangue seco parecia não atrapalhar a beleza de Antonella.


Annika engoliu em seco e fechou a porta do carro.


A vampira acompanhava com o olhar o andar da humana circulando a frente do carro até a porta do motorista


Então... Essa lourinha é minha salvadora. Interessante.


 


 


 


 



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Autor(a): antonella

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