Fanfic: Amante por um mês(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance
Enquanto isso, teria que se proteger contra qualquer plano estranho e maravilhoso que Anahí pudesse executar contra ele. Seu pedido de casamento naquele pedaço de papel tinha feito com que a cabeça dele girasse por um momento. Ela deveria ter perdido o juízo momentaneamente.
Com um riso seco, atravessou a sala de estar principal e abriu a enorme porta de vidro do amplo terraço banhado pelo sol, que margeava três lados da cobertura em que morava. Pisou no assoalho de ladrilhos de terracota e se recostou contra o parapeito tubular de aço que se sustentava em painéis de vidro inquebrável.
Rico sempre gostou daquele lugar. Localizava-se ao mesmo tempo, estar dentro e fora do apartamento. A localização central, a piscina aquecida e a vista espetacular, davam àquela cobertura uma classe só dela. Não havia muitos apartamentos, mesmo junto ao cais, onde podiam ser vistos os vários cones de Sydney, de tantos pontos de vista. O Opera House. A ponte. O Circular Quay. The Rocks.
Poncho admirava a linda vista quando, de repente, o sol se escondeu por trás de uma nuvem pesada, criando uma sombra sobre os prédios e a água abaixo. Uma brisa fria começou a desmanchar seu cabelo e ele voltou para dentro de casa..
Sacudiu a cabeça contrariado com a instabilidade do tempo de Sydney na primavera. Foi para a cozinha e resolveu fazer uma boa refeição. Comer era uma coisa que não vinha muito à sua mente ultimamente. Seu corpo e sua cabeça tinham outras prioridades. Agora que pensava com o estômago, notou que estava com muita fome. Sentia que seu estoque de energia havia sido bastante consumido pelas atividades da noite anterior. Precisava reabastecer, se pretendesse encontrar novamente com Anahí a noite. Tinha que dar um crédito para aquela feiti-ceira: ao honrar uma aposta, ela dava o seu melhor!
Rapidamente, preparou um brunch de rei e acomodando-se diante da bancada onde costumava comer a primeira refeição do dia, admirou o prato cheio de calorias na sua frente: bacon, ovos, cogumelos, tomate grelhado e torrada francesa.
— Esta é uma grande cozinha — murmurou para si mesmo, admirando o ambiente, entre boas garfadas.
Já que a culinária se tornara parte importante da sua vida, Poncho sabia apreciar uma boa cozinha. A sua era uma obra de arte. Armários brancos lustrosos, bancadas de granito preto e as últimas novidades em eletrodomésticos, de aço inoxidável. Era um prazer cozinhar ali. Era projetada, em forma de ferradura. A bancada do café, muito prática, ficava no centro do ambiente, junto a banquetas confortáveis.
Na verdade, o apartamento não tinha aquelas banquetas. Charles levara toda a mobília para a nova casa de Clifton Gardens e ele comprara os banquinhos, bastante modernos, para combinar com a cozinha. A armação era de aço e o forro de couro vermelho. Também combinavam na sala de jantar e nas salas de estar.
Ele comprou todo o resto da mobília, mas não escolheu pessoalmente mais nada. Contratara uma companhia de decoração de interiores pequena, mas bem recomendada, para fazer o trabalho. Disse para a chefe da decoração o estilo de mobiliário de que gostava, minimalista e moderno. Disse ainda as cores que preferia, as primárias. Rapidamente, três semanas depois, ele entrava em um verdadeiro lar, onde qualquer um se sentiria à vontade.
A decoradora cuidara de tudo. Roupas de cama, mesa e banho. Louças, talheres e cristais. Tudo de estilo e classe. Chegara a encher a despensa da cozinha com comida. Poncho havia ficado impressionado e muito contente.
Desde o divórcio, vivera em apartamento já mobiliado e não possuía nenhum móvel ou peça. Jasmine ficara com tudo o que tinha dentro de casa, afirmando que aquelas coisas significavam mais para ela, a boa dona-de-casa que não era, do que para ele.
Que ironia. Jasmine não sabia nem cozinhar. Ele sempre cozinhara para os dois, quando comiam em casa e o serviço de limpeza que vinha todas as manhãs fazia o resto do serviço.
Olhando para trás, Poncho tinha que admitir que fora um tolo, um cego, se casando com Jasmine. Fora traído pelo ego e por outras partes suas, acreditando que ela o amava e vice-versa. Se verdadeiramente a amasse, não se sentiria tão atraído por Anahí.
Anahí...
Voltando a ela novamente... A mulher estava em sua cabeça o tempo todo. Bem, pelo menos, ele fizera alguma coisa para resolver a situação. Não que aquela história de amantes por um mês fosse necessariamente resolver alguma coisa. Sentia uma terrível suspeita de que, no final do período, sua obsessão sexual por Anahí teria aumentado, não se dissipado.
Não faça a barba.
A provocação no bilhete pulou em sua mente e ele passou a mão pelo queixo. Impossível pensar em qualquer coisa que não tivesse uma conotação sexual no pedido. Impossível não começar a pensar na fantasia erótica que poderia ter motivado a exigência. Sobre qual zona erógena ela queria que ele esfregasse a pele áspera? Nos mesmos lugares onde derramara champanhe na véspera e depois bebera?
Sentiu um aperto quando as imagens lhe vieram à cabeça. A noite anterior se tornara muito diferente do que ele antecipara. Não houve a necessidade de seduzi-la, não depois dos momentos iniciais. Ela o acompanhara o tempo todo. Mais ainda.
Em certos momentos, ela o surpreendera com sua paixão e seu desejo. Parecia nunca se satisfazer completamente dele.
Foi por isso que ficou tão aborrecido quando acordou de manhã e descobriu que ela tinha saído. Porque ele começara a acreditar ou esperar que era ele, pessoalmente, que ela queria e desejava. Ficou claro, porém, não ser esse o caso. Ela era uma criatura altamente voluptuosa e possivelmente, há muito tempo sem um homem. E ele estava muito interessado em descobrir exatamente há quanto tempo.
De súbito, Poncho atentou ao fato de que estava sentado ali há séculos, sem tocar na comida. Quando colocou um bocado na boca, fez uma careta antes de conseguir engolir. A comida esfriara. Bem, pelo menos, ficou só um resto. E ainda havia o café.
Levantou-se, caminhou até a pia e jogou o resto da refeição na lata de lixo.
Colocou os utensílios perfeitamente arrumados na máquina de lavar louça e encheu uma caneca de café forte o suficiente para levantar um defunto. Depois de acrescentar uma boa quantidade de leite e três colheres de chá cheias de açúcar, saiu para o quarto.
O tempo corria e ele não queria se atrasar para as corridas. Não queria perder um segundo da companhia estimulante de Anahí.
O esforço foi em vão. Poncho se esqueceu de que as corridas não eram em Randwick naquele sábado e sim em Rosehill Gardens, do outro lado da cidade. Aproxima-va-se de Randwick quando ligou o rádio do carro na estação de turfe e um aviso fez com que percebesse o engano. Esbravejando, deu uma guinada com a Ferrari e rumou para o leste. Quando conseguiu chegar e estacionar o carro, a primeira corrida já começara.
Pôde ouvir o público, enquanto se apressava para sair do estacionamento.
— Droga! — murmurou frustrado.
Logo que entrou no espaço reservado para os sócios, seguiu imediatamente para a tribuna e o bar, onde Anahí deveria aparecer entre uma corrida e outra. Uma bebida cairia bem, algo espumante e gelado. Uma cerveja. Não que o tempo estivesse quente ou mesmo agradável. A nuvem da manhã se adensara e o dia estava escuro e frio.
Poncho, não. Parecia ter um forno dentro dele.
Quando terminou a cerveja, Anahí ainda não havia dado sinal. Ele saiu para a varanda e seu olhar executou uma varredura pelos grupos de pessoas sobre a grama ou junto à cerca da pista. Os cavalos voltavam e os jóqueis desmontavam para a nova pesagem. Os quatro animais melhores colocados esperavam em baias especiais, com o vapor subindo dos flancos. O treinador do vencedor estava orgulhoso e os felizes proprietários, um grupo de homens de meia-idade e vestidos de terno, conversavam e riam. Poncho os invejou por um instante. Não havia nada que se comparasse a desfilar com um campeão. Então, seus olhos viram algo que apagou os pensamentos sobre vencer as corridas da sua mente. Vê-la se aproximando dele na varanda. O joelho direito levantado para subir o último degrau e só aquele movimento, combinado com uma rajada de vento, levantou a barra do vestido e quase tirou o fôlego dele. Não viu só a meia-calça, mas meias terminadas com renda, presas por cintas-ligas também pretas, sensualmente esticadas sobre suas coxas macias e claras.
O efeito foi instantâneo e arrasador. Seu único consolo era o fato de estar usando um de seus ternos pretos mais casuais, de caimento largo. Mesmo assim, abotoou o paletó para esconder a humilhação. Permitir que Anahí visse o estado a que o reduzira, o deixando excitado por tão pouco, seria a última gota. O acontecimento ressaltou a tolice de Poncho em imaginar que um único mês poderia curá-lo do desejo pela viúva alegre. Chegava a ser engraçado.
De maneira nenhuma ele permitiria que ela percebesse como ele se sentia realmente. Ela queria provocá-lo e atormentá-lo? Fazer jogos eróticos com ele?
Ótimo. Ele aproveitaria todos os momentos perversamente prazerosos e partiria para a Itália quando o mês terminasse, antes que ela desse o golpe final, que naturalmente, seria matá-lo. Num momento, ela o elevava a um paraíso hedonístico.
No seguinte? O inferno, nada. Zero.
Não pretendia passar mais cinco anos naquele inferno. De jeito nenhum. Fugiria do alcance dela logo que pudesse.
Mas isso não seria hoje, é claro. Hoje, ela era toda dele. E ele pretendia tirar toda a vantagem do fato. Jogaria o jogo pelas regras dela, mas ao mesmo tempo, pelas suas. Ela não iria se aproveitar dele.
— Meu Deus, Anahí — disse ele, docemente, enquanto ela deslizava em sua direção com a arma letal, a saia meio aberta. — Quando você aceita um papel, gosta mesmo de entrar no personagem, não é? Essa roupinha tem amante-gatinha escrita nela. Não acha que pode ter ido um pouco longe demais? Imagino que não queira que todo velho babão que encontrar aqui hoje possa pensar que você tem um preço. Ou não? — disparou ele, antes de que ela pudesse tomar fôlego para responder. — Tal-vez, no fundo, você sempre tenha sido um pouco prostituta.
Foi um golpe baixo, inspirado talvez pelo ódio que sentia no momento. Ela não pareceu se importar. Apenas riu.
— Acho que você pode estar certo, amante. De que outra maneira poderia explicar eu ter gostado de passar a noite de ontem com você?
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 49
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nina.puente Postado em 11/06/2016 - 22:33:36
Olaaaa ... Nossa, amei a história s2 li tudinho em um dia. Maravilhosa - Parabéns!! Que bom q o Poncho conseguiu ' desmontar ' essa Anahi rude e amargurada q ela mesmo criou dps de sofrer. Ele fez ela se libertar e amar novamente. Gostei, e Poncho TMB encontrou o Amor verdadeiro com ela. Adorei, adorei. Besòs - Nina *_*
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franmarmentini Postado em 29/01/2015 - 11:28:24
linda essa história :)
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al.andrade Postado em 07/01/2015 - 21:35:45
adorei a web!! parabens!!
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franmarmentini Postado em 07/10/2014 - 15:51:12
.*ME DESCULPE FICAR ESSES DIAS SEM COMENTAR...DEU PROBLEMA NO MODEN AKI EM CASA E NÃO TINHA INTERNET :/ SÓ PUDE VIR LER AGORA ;)
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alinerodriguez Postado em 27/09/2014 - 21:58:41
não acredito que acabou, essa web foi simplesmente perfeita!!!!
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vondy4everponny Postado em 27/09/2014 - 21:28:50
Awn, que final perfeeeeito <3 Esses dois acabaram demandar uma traumada para o céu u.u Tão lindos apaixonadinhos, e Anahi toda in love, awn! A-M-E-I! Que venha a próxima fic u.u
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edlacamila Postado em 27/09/2014 - 20:22:17
Ahhhhhhhhhhh q pftooooooo mds amei o fim sabiaaaaaa q ela era apx. Por ele desde o começo :3
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vondy4everponny Postado em 27/09/2014 - 02:16:12
Anahi, ou voce perdoa o Poncho, ou perdoa, porque né...Ele não fez nada demais tbm, ela era cheia dos segredos uai! Anéeeeeeeeem, ultimos capitulos? Ai amiga, suas fic acabam rapido dms, isso dói sabia? Ai ai, beijos Jess <3
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franmarmentini Postado em 26/09/2014 - 07:33:43
olá to podendo ler só agora :) atrasadinha kkkkkkkkkkkkkkk
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edlacamila Postado em 25/09/2014 - 20:01:50
Ain anny perdoa plmd vc nn confiava nele ele só quis saber maos sobre vc :/ ultms. Caps. ???? Ainnnnnnnn nn quero o fim :/ postaaaaaaaa <3