Fanfic: Amante por um mês(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

— Ah, você nos encontrou — disse Alfonso, sorrindo.

— Tive que dizer para eles que era a sua noiva para que me deixassem entrar — contou a mulher. — Estou vendo que o seu pai não está tão mal assim. Isso é ótimo. Minhas orações devem ter funcionado.

Teresa gostou dela mais ainda. Uma mulher que rezava não era só simpática, mas também boa.

— Mamãe, papai, esta é Anahí. Minha amiga das corridas de cavalo e dos jogos de pôquer. Estávamos jantando juntos quando você telefonou, mamãe. Anahí foi muito gentil de vir comigo e impedir que eu fosse multado por excesso de velocidade.

Teresa não poderia estar mais surpresa. Então essa era Anahí? Ora, não parecia ter nem um dia a mais do que uns vinte e cinco anos. E não se parecia em nada com as mulheres que em geral seu filho preferia. Não era loura. Nem tinha busto grande. Nem era exibida. E estava jantando com o seu filho. Enfim a jovem se deu conta do interesse dele por ela!

— Finalmente. Muito prazer em conhecê-la, Anahí — disse Teresa se adiantando para abraçá-la e beijá-la no rosto. — Tenho ouvido Enrico falar tanto sobre você, mas parece muito mais nova do que eu imaginava. Você precisa nos visitar lá em casa em breve. Não acha, papal

— Sim. Se eu conseguir sair daqui.

— Bom, isso não será nesta noite, Sr. Herrera — afirmou o médico ao entrar no quarto. — Vamos querer mante-lo em observação por alguns dias. Por enquanto...

Ele foi interrompido pela chegada barulhenta de Katrina, a filha mais nova e a menina dos olhos do pai. Katrina foi a única outra pessoa para quem Teresa telefonou, pois não queria perturbar Frederico com visitantes e ruído. A mãe sabia que Katrina jamais a perdoaria se não fosse avisada imediatamente que seu querido papa estava doente.

Infelizmente, Katrina trouxera sua filha caçula, Gina, que tinha quatro anos e chorava por qualquer coisinha.

Gina deu uma olhada para o avô na cama e começou a choramingar.

— Quieta, fïlhinha, quietinha — disse Katrina. preocupada. — Desculpe, mama. Paulo tinha que trabalhar nesta noite e não pude deixar Gina com as outras crianças. Não sabem como lidar com ela.

Poncho era de opinião que ninguém sabia como lidar com Gina. Katrina com certeza não sabia. Aquela criança tinha sido muito mimada.

— Pronto. Deixe que eu fico com ela — ofereceu-se Anahí, tirando a criança do colo da mãe. — Sou Anahí — apresentou-se para a boquiaberta Katrina.

— Minha noiva — acrescentou e riu Poncho. A boca de Katrina se abriu mais ainda. — Explico tudo mais tarde.

— Vou ficar com ela na sala de espera — disse Anahí. A cabeça de Katrina se virava de um para o outro.

— Mas... mas...

— Não se preocupe — garantiu Anahí. — Tenho muito jeito com crianças.

Poncho constatou que era a pura verdade, já que a diabinha parou de chorar imediatamente. Anahí o surpreendia cada vez mais naquela noite.

— Obrigado — repetiu ele.

Ela sorriu e saiu do quarto, conversando com a criança em seus braços. Poncho ficou olhando a cena por um segundo, antes que a sua mente se voltasse para a saúde do pai. Aquilo era a prioridade, apesar de parecer que papa não corria risco de vida.

O médico disse para a família que o pai de Poncho não tivera um ataque cardíaco e sim uma crise séria de angina. Ela precederia uma trombose. Pretendiam transferi-lo para um centro cardíaco, onde ele poderia ser mantido em observação e sob tratamento por alguns dias, durante os quais seria visto por um especialista. Precisava de uma dieta e de um estilo de vida melhores, o que fez o pai de Poncho fazer uma careta e receber uma rápida reprimenda da mãe.

— Você vai fazer o que os médicos mandarem — ordenou ela. — Você é um cabeça-dura.

— E vou comprar uns cachorros para você — acrescentou Poncho. — Assim, poderá levá-los para passear. Seu coração vai ficar afinado como um violino e você vai se divertir ao mesmo tempo.

— Caminhar e diversão formam uma terapia ótima para o coração — concordou o médico. — Deve escutar a sua esposa e o seu filho, Sr. Herrera. Eles sabem o que é melhor para o senhor.

O pai de Poncho fez outra careta.

— Sim, sim, Alfonso sempre pensa que sabe tudo. Se ele é tão esperto, por que não se casou com aquela moça encantadora que estava aqui, em vez de escolher aquela outra de cabelo pintado e de riso falso?

Jasmine tinha mesmo um riso falso. Um risinho muito agudo, tão falso quanto toda ela.

— Eu volto logo — afirmou o médico e saiu do quarto.

Nada de descanso para os malvados, Poncho pensou, nem para os médicos da emergência.

— Mas ele vai se casar com ela, não vai, papal — Katrina perguntou, com um ar meio aparvalhado. — Ele disse que ela era a sua noiva.

— Foi só uma piada boba — disse o velho. — Ela não quer se casar com o espertinho. A mama me disse.

Poncho olhou para mãe, depois ficou refletindo consigo mesmo. Ela estava certa. Anahí não queria se casar com ele.

Ou será que queria?