Fanfics Brasil - 22 Amante por um mês(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: Amante por um mês(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 22

1367 visualizações Denunciar


Ela tinha pedido o casamento na aposta, não tinha? Muito bem, ela disse que havia sido só para levar vantagem na partida. Parecia ser a verdade, devido à história deles. Mas e se houvesse alguma outra coisa em jogo? E se...


Pela primeira vez, Poncho considerou a possibilidade de que poderia estar acontecendo alguma coisa com Anahí que ele não tivesse notado. Ali poderia ter acertado na mosca ao dizer que existe muita diferença entre o que uma mulher fala e o que ela sente.


Poncho tivera demasiadas evidências do que Anahí sentia por ele, quando esteve com ela na cama, quando ela baixara a guarda. Não somente desejo e necessidade, mas também paixão. Uma paixão profunda e poderosa, que fazia o corpo dela revelar coisas às quais a mente resistia. “Eu não devia estar deixando você fazer isso comigo..." Foi o que ela disse logo depois de fingir que não queria fazer sexo com ele, que estava só o obedecendo por ter perdido a aposta.


O corpo dela, no entanto, ardia por ele. Não só nesse momento, mas durante todo o tempo. Por quê? O que faria uma mulher como Anahí querer tanto um homem que ao mesmo tempo odiava?


A resposta veio num rompante. O outro lado do ódio. O amor.


Ela está apaixonada por mim!


O pensamento quase o fez saltar de alegria.


Seria possível que isso fosse verdade?


Ela poderia negar, é claro. Talvez ela nem mesmo reconhecesse o que realmente sentia, como ele não reconhecera a verdade dos próprios sentimentos por ela até esta noite. Talvez o orgulho tolo dela estivesse no caminho ou aqueles filmes antigos que ela tinha na cabeça sobre homens italianos.


Poncho franziu a testa e analisou esse último problema bastante real. Ele tinha que fazê-la ver que nem todos os homens italianos eram como Roberto. Ele tinha que fazê-la ver que não era só sexo o que ele queria dela, mas também um futuro. Um futuro e uma família. Ela não era velha demais para ter filhos. Absolutamente. Ela...


— Alfonso — disse sua mãe, colocando a mão suavemente sobre o seu braço. — Chegaram as pessoas para levar o seu pai.


— Oh. Oh, desculpe, mamãe. Eu estava longe daqui.


— Eu sei... — falou com um sorriso compreensivo. — Talvez você devesse ir ver como sua Anahí está se saindo com Gina.


Os olhos da mãe e do filho se encontraram. Ela sabe, Poncho compreendeu. Sabe o que eu sinto por Anahí.


Ela deu um tapinha em seu braço e sorriu.


— Vá ficar com ela e espere junto dela, até o papa ser acomodado em outro quarto.


Então vocês três podem voltar, podem ficar um pouco com ele. Si?


— Si — concordou Poncho e se curvou para beijá-la. — Eu te amo, mãe — disse. — Já volto para ficar com você, papai — acrescentou, mais alto. — Não se preocupe com Gina, Katrina. Ela vai estar bem.


Teresa observou a pressa do filho e por um momento, seu coração de mãe se encheu de pena. Dessa vez eu o perdi mesmo, pensava. Ele pertencia a ela, agora.


— Teresa — ouviu o chamado frágil, se virou e viu o marido, depois de quase cinquenta anos de casamento, olhar para ela como nunca olhara antes. Com medo nos olhos.


Ela correu para ele e tomou as mãos dele entre as suas. Estava fria, muito fria.


— Está tudo bem, Frederico. Eu estou aqui. E você vai ficar bom. Eu mesma vou cuidar de você.


O rosto dele registrou surpresa e depois, prazer.


— Sï, si, Teresa. Eu sei que vai cuidar. Uma boa mulher, a sua mama — disse para a filha. — Uma mulher muito boa.


Não tão boa assim, Teresa pensava. Uma velha mama boba e egoísta que, finalmente, cresceu.


Poncho encontrou Anahí em um canto distante da sala de espera. Conversava com Gina que, feliz, estava surpreendentemente quieta, sentada na cadeira de plástico ouvindo atentamente a história infantil que Anahí contava.


— E o grande lobo mau vestiu uma das camisolas da vovó e pulou para a cama dela, quando Chapeuzinho Vermelho...


Anahí interrompeu a história com a chegada de Poncho e a criança protestou imediatamente. Poncho tirou Gina da cadeira e se sentou com ela no colo.


— Não grite, Gina — a preveniu com autoridade. — Ou não vai ouvir o resto da história.


Ele disse a coisa certa. Gina calou-se de pronto.


— Pode continuar — ele encorajou Anahí. — É uma das minhas histórias favoritas.


— Imagino que goste de todas as histórias em que os astros sejam grandes lobos maus — comentou ela ironicamente antes de continuar.


Poncho sorriu e ficou escutando. Como ela contava bem histórias. Ele estava impressionado.


Infelizmente, Gina também estava e quis ouvir outra, logo que Chapeuzinho Vermelho terminou. Anahí emendou com Os Três Porquinhos, sem parar para piscar, já que conhecia bem também essa outra história. Felizmente dessa vez, Gina começou a ter sono enquanto ouvia e dormia profundamente logo depois de vou soprar e soprar até derrubar sua casa.


Anahí parou e Poncho protestou.


- Eu vim de tão longe. Quero escutar o fim da história.


Ela divertiu-se.


— Você quer dizer o pedaço onde o lobo mau recebeu o castigo?


— Sim.


— Hum. É uma pena que a vida real não seja como os contos de fada. Eu conheço um lobo mau que merecia cair dentro de um caldeirão de água fervendo. Isso escaldaria um pouco o seu ego.


— Ai! Falando sério, Anahí, como é que você conhece essas histórias tão bem? Não se esquece de nada.


— É porque passei boa parte da minha adolescência lendo essas histórias para primos muito mais novos, todas as noites.


— Por quê?


— Por quê? Fui criada por meus tios desde os doze anos.


— Como assim?


Ela suspirou. - Você faz muitas perguntas.


— Estou interessado.


— Eu sei exatamente em quê você está interessado no que se refere a mim, Poncho Herrera. Mas, como não pode satisfazer esse apetite aqui, você quer então alimentar a sua curiosidade. Muito bem, se quer mesmo saber. Fiquei órfã quando tinha doze anos. Meus pais morreram, juntamente com a minha irmã mais nova em um acidente de carro. Eu tive sorte... Ou azar, dependendo do ponto de vista, de estar com os meus tios naquele dia. Eles ficaram comigo depois e morei com eles até sair da faculdade e vir para Sydney trabalhar.


— Você não era feliz com eles, era? — disse Poncho, lendo nas entrelinhas.


Anahí encolheu os ombros.


— Eles fizeram o melhor que podiam por mim, eu acho. Quer dizer... Eu não era filha deles, só uma sobrinha. Minha tia não era uma mulher maternal. Só Deus sabe por que tinha filho atrás de filho. Só sei que ela adorou fazer de mim a babá. Eu tomava conta daquelas crianças, muitas vezes desde o nascer do dia até o pôr-do-sol. Não que eu me importasse muito. Seus filhos me amavam, mesmo ela não me amando e eu precisava de alguém para me amar nessa época.


Poncho ficou chocado tanto pela história trágica quanto por nunca ter parado para pensar sobre a família de Anahí. Mesmo assim, dizia a si mesmo que a amava. Talvez ele fosse tão egoísta quanto o outro italiano da vida dela. Talvez todos os homens fossem egoístas. Fosse o que fosse, já estava mais do que na hora de ele começar a pensar nela e não só em si mesmo.


— Você não mencionou o seu tio. Não teve qualquer problema com ele, espero.


Ela pareceu surpresa.


— O que você quer dizer? Oh... Não, de jeito nenhum. Por que as pessoas sempre pensam coisas horríveis como essa?


Poncho reagiu e explicou.


— É que você deve ter sido uma menina muito bonita, mesmo aos doze anos.


— Na verdade, não. Eu não era. Nunca fui do tipo bonitinha, com grandes olhos azuis e cachinhos. Sempre fui muito magra e ossuda, com cabelo liso. Tinha uma pele que não se bronzeava e uns grandes olhos verdes pálidos. Meu apelido na escola era Rãzinha. Por volta dos quatorze anos, cresci muito e me tornei esquisita e desajeitada. Era só pernas e nenhum busto, explicando melhor. Quando fiz dezoito anos melhorei um pouco, mas ainda não tinha qualquer estilo ou encanto. Andava com os ombros encolhidos, olhando para o chão o tempo todo.


— Acho difícil acreditar nisso. Você caminha lindamente, orgulhosamente.


— Graças a um curso de andamento e postura que tive a sorte de ganhar quando cheguei a Sydney. Foi um prémio de uma rifa vendida por mulheres que faziam um trabalho de caridade. Eu era a garota da correspondência em uma fábrica de plástico. As pessoas que davam o curso disseram que eu tinha o aspecto certo para uma modelo e me recomendaram para uma agência. Nunca pensei que seria aceita, mas fui. Logo, eu entrei na passarela e comecei com as fotos de moda. Nunca alcancei o status de supermodelo. Não sou suficientemente alta para isso, mas me saí muito bem na profissão.


— Tenho que confessar que me recordo vagamente do seu nome, mas na época, não namorava modelos.


— Tinham pouco busto para o seu gosto?


— Engraçadinha. Não. Acho que o meu ego era grande demais para competir com uma mulher de sucesso. Ficava contente com as mulheres que diziam que eu era maravilhoso o tempo todo, não com as que diziam o contrário. Felizmente, cresci um pouco desde então. Sei que você pensa que eu salto de uma loura burra para outra, mas não é verdade. Não é mais, quer dizer.


Ela o olhou, pensativamente.


— Você me surpreende, Poncho. É um sinal de verdadeira maturidade poder olhar para trás, para as coisas que fez e compreender por que as fez. Fico feliz por você não voltar mais a namorar garotas como Jasmine. Você merece coisa melhor. Seus olhos se encontraram e ele quis beijá-la. Um beijo dos bons.


Era melhor não. Decidiu questioná-la um pouco mais sobre ela.


— Como aconteceu o acidente de seus pais? — perguntou. — Em que circunstâncias? Entristeceu-se com a lembrança.


— Mamãe e papai tinham que levar minha irmãzinha Fay até Sydney, para ver um especialista. Ela tinha uma escoliose. Nós vivíamos no campo, em uma fazenda, não muito longe de Mudgee. Não havia muitos especialistas por lá. Saíram de carro bem cedo e passaram o dia todo no hospital. Ficaram para fazer uma refeição e só voltaram bem tarde. Estavam pertinho de casa quando o carro derrapou, indo parar do outro lado da estrada e batendo de frente com um caminhão. Acham que papai dormiu na direção.


O coração de Poncho se apertou por ela.


— Que coisa triste, Anahí. Eu sinto muito.


Seus olhos se encontraram novamente e ele esperou que dessa vez, ela visse uma simpatia verdadeira nos seus.


— Você não é exatamente um lobo mau, é? — perguntou ela, franzindo a sobrancelha.


Ele sorriu, feliz por ela poder ver além do crachá de playboy, finalmente.


— Não, mas não tenho estado em meu melhor momento nos últimos dias, admito.


— Puxa, se esse não é o seu melhor momento, vou me inscrever para levar uns tratos no mês que vem.


Poncho teve que sorrir. Anahí tinha um estranho senso de humor. Sentia-se quase que tentado a dizer ali e agora que ela não o enganara. Ele sabia que ela queria mais do que sexo. Ela queria que ele a amasse. E que se casasse com ela.


Não era a hora certa nem o lugar certo para tal confronto. Ele não queria se arriscar a perdê-la por impaciência. Esperaria o momento chegar, ela estar pronta para aceitá-lo. Enquanto isso, ele continuaria cuidadosamente perguntando a respeito dela.


Ela já começara a contar coisas. Não havia motivo para que parasse agora.


— O que estão fazendo com seu pai? — perguntou ela, primeiro. — Não parecia estar muito mal, pelo que vi. Estava um pouco abatido, mas perfeitamente bem para viver até os noventa que todos os Herrera vivem. A menos que sejam assassinados, é claro.


Por machados de amantes ciumentas e vingativas, sem a menor dúvida.


Ele sorriu e iria colocá-la a par do que o médico dissera, quando Katrina fez a sua entrada, parecendo ao mesmo tempo surpresa e contente quando viu que a fïlhinha dormia.


— Eu estava ficando preocupada — disse ela. — Vejo que sem motivo. Muito obrigada.


Acho melhor levar Gina para casa agora — continuou, tirando a menina dos braços de Rico e a passando para os seus. — Papa está descansando confortavelmente. Virei vê-lo amanhã. Prazer em conhecê-la, Anahí. E obrigada por cuidar de Gina. Acho uma pena que não seja mesmo noiva de Poncho. Seria bom para ele se casar com alguém interessante, para variar. Ciao, Poncho — despediu-se e curvou-se para beijá-lo. — Seu pateta — sussurrou.


Ele sorriu de volta para ela. Katrina sempre foi como uma segunda mãe para ele.


Cuidou dele e o mimou quase como fizera com Gina. "Pateta" significava uma repreensão muito séria, mas queria dizer que ela aprovava Anahí como cunhada em potencial.


Ele gostou da ideia. E muito.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): jessica_ponny_steerey

Este autor(a) escreve mais 86 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

— Até amanhã, maninha. Ela olhou de banda para ele e saiu. — Todos os seus irmãos e irmãs são tão bonitos quanto você? — perguntou Anahí, enquanto Katrina ia embora. Poncho teve que pensar um segundo. — Quase — disse ele. Anahí deu um soquinho no braço dele. — Voc&eci ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 49



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • nina.puente Postado em 11/06/2016 - 22:33:36

    Olaaaa ... Nossa, amei a história s2 li tudinho em um dia. Maravilhosa - Parabéns!! Que bom q o Poncho conseguiu ' desmontar ' essa Anahi rude e amargurada q ela mesmo criou dps de sofrer. Ele fez ela se libertar e amar novamente. Gostei, e Poncho TMB encontrou o Amor verdadeiro com ela. Adorei, adorei. Besòs - Nina *_*

  • franmarmentini Postado em 29/01/2015 - 11:28:24

    linda essa história :)

  • al.andrade Postado em 07/01/2015 - 21:35:45

    adorei a web!! parabens!!

  • franmarmentini Postado em 07/10/2014 - 15:51:12

    .*ME DESCULPE FICAR ESSES DIAS SEM COMENTAR...DEU PROBLEMA NO MODEN AKI EM CASA E NÃO TINHA INTERNET :/ SÓ PUDE VIR LER AGORA ;)

  • alinerodriguez Postado em 27/09/2014 - 21:58:41

    não acredito que acabou, essa web foi simplesmente perfeita!!!!

  • vondy4everponny Postado em 27/09/2014 - 21:28:50

    Awn, que final perfeeeeito <3 Esses dois acabaram demandar uma traumada para o céu u.u Tão lindos apaixonadinhos, e Anahi toda in love, awn! A-M-E-I! Que venha a próxima fic u.u

  • edlacamila Postado em 27/09/2014 - 20:22:17

    Ahhhhhhhhhhh q pftooooooo mds amei o fim sabiaaaaaa q ela era apx. Por ele desde o começo :3

  • vondy4everponny Postado em 27/09/2014 - 02:16:12

    Anahi, ou voce perdoa o Poncho, ou perdoa, porque né...Ele não fez nada demais tbm, ela era cheia dos segredos uai! Anéeeeeeeeem, ultimos capitulos? Ai amiga, suas fic acabam rapido dms, isso dói sabia? Ai ai, beijos Jess <3

  • franmarmentini Postado em 26/09/2014 - 07:33:43

    olá to podendo ler só agora :) atrasadinha kkkkkkkkkkkkkkk

  • edlacamila Postado em 25/09/2014 - 20:01:50

    Ain anny perdoa plmd vc nn confiava nele ele só quis saber maos sobre vc :/ ultms. Caps. ???? Ainnnnnnnn nn quero o fim :/ postaaaaaaaa <3


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais