Fanfics Brasil - Capítulo 1 C'est' finale (AyD)

Fanfic: C'est' finale (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Dulce & Anahi


Capítulo: Capítulo 1

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DULCE


 


 


Noite de segunda feira, o dia havia se passado em meio a chuvas e ventos fortes e ,embora agora o céu parecesse limpo, havia um leve indício de que tudo logo começaria outra vez. Era o inverno dizendo olá, e que droga, como eu gostaria de lhe dar um fora e falar que ele não era bem vindo, todo aquele clima pesaroso me dava tanta angustia que, mesmo agora no meio de um congestionamento, tinha sono.


-Dulce, por favor, não se esqueça da minha encomenda!


 


Escorreguei os dedos no volante e deixei que minha cabeça recostasse levemente na poltrona, fechei meus olhos e desejei arduamente estar na minha cama, no meu conforto, e não indo a Lexgton em busca de uma divertidíssima busca de encomenda, não entendia porque diabos Poncho me encarregava disso, as vezes achava mesmo que ele não gostava da minha presença em casa.


-Será que você pode andar?


O grito repentino na janela me fez dar um pequeno sobressalto de susto, um homem meio barbudo me olhava zangado, tamborilando impacientemente os dedos no vidro semiaberto do meu carro, com uma pequena analisada pude perceber que os carros já estavam andando, e o meu, provavelmente atrapalhava a saída do zangadinho.


-Desculpa- Pedi docilmente.


 


Ele sacudiu a cabeça e saiu irritado, acelerei e segui em frente antes que meus instintos agissem, educados, como sempre. Até que poderia entender o motivo de sua zanga, era o dia da preguiça afinal, ele provavelmente fazia parte da legião de trabalhadores que se obrigavam a sair do descanso de fim de semana e partir pro agito dos seus cansativos trabalhos, sorri comigo mesma, era tão bom não fazer parte disso, ter apenas um sitio pra sustentar, quase nenhum problema, uma vida tão boa, que me dava vontade de baixar o vidro do carro e gritar com toda gentileza, que eu havia me dado bem e que todo o resto fosse se foder.


 


Mas infelizmente eu não tinha mais idade pra fazer isso.


-Não esqueça de olhar a qualidade, escolha bem!


-Argh, será que é preciso você repetir tanto? – reclamei desligando o celular no banco do carona, evitando assim mais uma mensagem postal de Poncho.


O chato é você ser cobrada, e saber que provavelmente esqueceria, e assim, a cobrança tinha sido necessária, por isso e somente por isso, era justo a preocupação de Alfonso, como meu irmão, ele estava devidamente informado sobre meus surtos psicológicos, mesmo que meu caso fosse outro dessa vez. Ora porque diabos eu esqueceria o motivo da minha ida a Lexgton? Será que ele não sabia que provavelmente eu lembraria quando entrasse na loja? Eram somente malditas batatas... Bem, aquela mesma, a de melhor qualidade.


 


Dei a ré e estacionei em frente ao galpão perto do viaduto, como combinado, agora era só esperar o caminhão vir descarregar e acabar com essa tortura. Liguei o som a fim de passar o tempo e fechei a janela, a chuva começou a cair, como eu havia previsto, e tudo que eu tinha que me preocupar era em não pegar no sono.


 


Foi quando de repente notei uma movimentação do outro lado do viaduto, por causa do vidro embaçado, distingui o que parecia ser motoqueiros que, pensava eu, se protegiam da chuva, mas quando eles subiram na moto e partiram como coelhos assustados. Obriguei-me a baixar o vidro mesmo com toda a chuva, e constatar surpresa, o motivo daquilo tudo. Quando os jornais anunciavam suicidas malucos, ou os filmes estrelavam a imagem de um psicótico, eu jamais imaginei, juro, que eles realmente existiriam algum dia, digo, no meu mundo e claro, foi quase surreal ver aquela mulher pendurada no muro do viaduto, com as mãos pra cima, a ponto de pular a qualquer momento. Demorou minutos pra que eu associasse a cena.


E o que eu deveria fazer nessa terrível situação?!



Definitivamente não sei, apenas lembro-me de ter saltado do carro e atravessado a calçada numa velocidade discutível.


 


Eu e meu terrível instinto.


A mulher estava ali, na minha frente, e ainda não tinha pulado, se é valido dizer. Lembrei de ter visto uma vez na tv, bombeiros resgatando um mulher, parecia tão emocionante, no desfecho, depois de todas as lágrimas, eles viraram heróis e a mulher ficou estranhamente agradecida pelo resto da sua, agora querida, vida. Achei tudo aquilo um lixo mentiroso, mas a adrenalina que pulsava em cada veia do meu corpo, não era nenhum pouco falsa.


-Ei, quem é você?! O que está fazendo?! – dei um passo corajoso em sua direção aproveitando o fato de ela estar de costas, lógico que não houve respostas, nada como “estou querendo morrer, posso?” 


Levei instintivamente as mãos à cabeça me protegendo da chuva que caia grossa e impiedosa sobre mim, já estava completamente encharcada, mas não tinha tempo pra me preocupar com isso, a mulher baixou as mãos, meu Deus, ela ia se jogar e meu trabalho de super herói ia por água a baixo.


-Não faça isso! Não se jogue! –implorei com a mão direita esticada, me sentia terrivelmente assustada e espantosamente corajosa, o que iria afinal acontecer? Por que diabos eu não podia ter seguido em frente e deixado a culpa pros motoqueiros fujões? Porque na certa eu também seria uma.


-Eu...- sua voz saiu tão baixa que chegou aos meus ouvidos como um sussurro, estremeci de medo. Medo de como aquilo terminaria.


 


-Vamos, venha! Saia daí!


-Eu..- outro maldito sussurro, sinceramente, achei que suicidas dissessem algo como “saia daqui” “me deixe morrer” ou “minha vida é mesmo um inferno”. Senti-me desapontada, talvez ela não dissesse porque sabia que eu a respeitaria nessa hora tão crucial.


-Mas que droga, não faça essa besteira! –gritei forte o suficiente pra competir com o barulho da chuva, e dessa vez, ela me escutou.


Primeiro virou devagar, cautelosa, depois me olhou com uma expressão desnorteada, perdida, e eu pude distinguir que havia drogas no meio daquilo. Seu rosto estava pálido, e seus olhos azuis perceptíveis, estavam muito avermelhados, era uma menina como eu, minha piedade agora era em dobro.


Me olhou por alguns segundos, em meio a chuva e o vento que nos separava.


Depois pulou....


Fraca e perdida..


Nos meus braços.


 


 



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Autor(a): foxxy96

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  Abri a porta devagar, emanando um pequeno ruído que estalou silencioso pela sala, suspirei aliviada ao perceber que poncho não estava ali, na verdade, era apenas alguns segundos adiados, ele estaria ali em qualquer parte, mas nem por isso deixava de ser reconfortante não vê-lo de imediato.   Encostei a porta e segui pra cozinha a pas ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • maralopes Postado em 08/01/2015 - 01:27:36

    Own Meu DEUS que lindas elas ficam juntas...Quase infartei achando que a Any iria ficar sozinha sem a Dul depois de tudo que ela passou...Isso naum seria justo...Bjaum Foxxy96

  • isazago Postado em 05/01/2015 - 22:40:43

    N acabou n né?? Aiiiin q fofaaas super cute , tadinha da anny ela sofreu muito agora merece ser feliz!! Bjus continua!!

  • maralopes Postado em 03/01/2015 - 00:55:43

    será que any vai chegar a tempo de reconquistar o coração de dul ? espero que sim a any quase matou um lindo amor pra que dul ficasse viva.agora esta na hora dela tentar salvar esse amor bjaum

  • foxxy96 Postado em 19/12/2014 - 22:31:33

    Que Bom. *-*

  • angelr Postado em 17/12/2014 - 01:58:12

    Ja ansiosa para os proximos capitulos

  • claricenevanna Postado em 05/12/2014 - 01:16:18

    Isso tá me cheirando a confusão... Tô apreensiva com esse reencontro.

  • maralopes Postado em 25/11/2014 - 15:56:16

    Nossa Estou Com Frio Na Barriga...Espero Que agora A Any esteja Preparada Para A Batalha Mais dificil da sua vida...que é reconquistar Dul Bjaum

  • angelr Postado em 24/11/2014 - 01:33:28

    Nossa que tensao por este encontro

  • isazago Postado em 23/11/2014 - 12:13:07

    Q enrolaçao caraaay!!! Esse reencontro nunca chega to acabando com as minhas unhas de ansiedade isso é tortura ta! Vo te denuncia U.U!!brinks posta maaais!!!

  • foxxy96 Postado em 22/11/2014 - 00:22:01

    Haha, que bom estão gostando. Continuem acompanhando, queridas.


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