Fanfics Brasil - Capítulo 116 C'est' finale (AyD)

Fanfic: C'est' finale (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Dulce & Anahi


Capítulo: Capítulo 116

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Dulce


- Vamos Peter, diga-me como se chama?! - Pablo insistia, erguendo um objeto nas mãos quase em desespero.


- Boa papa, boa...


Ri, observando Pablo se divertir com a dificuldade com as palavras do filho. O pequeno, no entanto, não pareceu se incomodar, suas mãozinhas gorduchas já roubavam inquietas a bola de plástico que o pai trazia. Suspirei, Christian havia construído uma família e tanto.


- Bom dia meus príncipes. - A voz de Christian chegou seguida do estalo do seu beijo em minha testa. - E bom dia princesa.


- Bom dia. - Retruquei, sendo guiada até o centro da sala pela sua mão. - O que esse pequeno anda aprontando?!


Peter levantou fazendo um ruído estranho e se jogou nos braços convidativos do pai. Pablo revirou os olhos, enciumado. A ligação de genes entre eles parecia ser mais forte.


- Talvez chegou sua hora de fazer um. - Brinquei, sussurrando enquanto sentava ao seu lado no chão.


- Quando ganhar na loteria, quem sabe. - Retrucou, sorrindo. - Como foi a noite?!


- Como se não tivesse dormido aqui mais vezes. - Suspirei, apoiando as mãos no chão. - É claro que foi boa.


- Ah, não pequeno, é assim que você me da bom dia? - Christian reclamava, franzindo o nariz.


Pablo e eu gargalhamos, cientes do problema de Chris com as fraldas.


- Acho que seu pai te quer agora. - Zombou, entregando a criança pro marido. - Ele é todo seu, querido.


- Que belo pai você é. - Ri, virando o rosto. - Ele anda escondendo gambás na calça, por acaso?


- Bom, vocês que descubram. Vou fazer o café. - Brincou, sumindo em seguida.


- Acho que o cagão aqui não é você, pequeno. - Pablo murmurou, provocando minha gargalhada. - Não entendo como uma criança consegue fazer tanto estrago.


- Por essas e outras que não tenho uma. - Retruquei, deitando o pequeno nas almofadas sobre o chão.


- Você deveria pensar nisso, Dulce. Sabe, seria divertido.


Sorri, deixando que suas palavras sumissem na minha memória. Eu não queria pensar sobre aquilo, não agora. Pablo levantou, atendendo a campainha que, eu nem havia percebido que tinha tocado.


 


- Visita pra você Dulce. - Exclamou, apontando o rosto confuso de Christopher. - Vem pequeno, vamos pra dentro.


Suspirei, observando os dois sumirem pela casa. Ucker não hesitou em entrar, parecia estar furioso ainda.


- Abandonar sua casa não vai resolver nada, sabia?!


- Acho que já está resolvendo. - Levantei, encarando seus olhos cinza. - Pelo menos aqui eu consigo sorrir, afinal.


- Você sabe que o problema não sou eu. - Exclamou, aproximando-se. - Nunca fui nem isso na sua vida.


- Se veio para me acusar de alguma coisa, está perdendo tempo.


Ele hesitou, parecendo mais calmo.


- Me desculpa. - Sussurrou, passando as mãos inquietas no rosto. - É que... eu não sei mais o que fazer.


Aproximei-me, abraçando seu corpo. Eu não queria magoá-lo, não mais do que já magoei. Aquela história estava sendo difícil para todos, mas pesava quase que insurportavelmente na nossa relação.


- Eu gosto de você. - Sussurrei, deslizando os lábios até os seus. - Entende isso de uma vez, por favor.


- Isso não basta Dul. – Afastou-me, com os olhos cheios de dor. - Não quando o grande amor da sua vida está de volta.


Estremeci, sentindo o nó no peito esfacelar. Aquela verdade doía. Doía mais do que qualquer outra dor.


- Esse é o seu problema. - Gritei de repente, exaltada. - Você não para de jogar isso na minha cara, como quer que eu esqueça?!


- Você poderia esquecer se quisesse. - Acusou, como se falasse de algum compromisso esnobe. - São dez anos...


- Dez malditos anos. - Retruquei, com a voz embargada. – Christopher, eu preciso que pare de dar importância a isso, não vê que só piora a situação?


Ele assentiu, apertando os olhos antes de me fitar, entristecido.


- Não posso Dulce, é você quem tem que fazer isso. - Grunhiu, aproximando-se da porta. - Se eu não consegui durante todo esse tempo afinal, não vai ser agora.


- Espera Ucker. – Aproximei-me, segurando seu braço. - Quanto aos negócios...


- Eu cuido da fazenda. Acho que ainda sei fazer isso.


- Deixa o resto por minha conta, por favor. - Pedi, sentindo alguma coisa chutar em meu peito. -Tudo vai ficar bem, eu prometo.


 


Ele assentiu, sumindo pela porta em seguida. Observei sua sombra e me perguntei se algum dia, ele foi mais do que isso pra mim. Mais do que uma sombra.


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Mordi os lábios, voltando do corredor pela décima vez. O Espelho sobre a parede da recepção me analisou, impiedoso. A blusa branca de algodão e a calça justa pareciam gritar pelo motivo de estarem ali, porque diabos afinal eu havia me produzido dessa forma?!


- Algum problema senhorita?!


Hesitei, sorrindo para secretaria atrás do balcão. Ela havia percebido meu nervosismo?!


- Não eu... tenho uma reunião. - Exclamei, cruzando os braços.


- Está esperando alguém?


Neguei, esmorecendo lentamente. Na verdade, eu estava esperando sim. Estava esperando por dez anos.


- Eu vou subir, obrigada. - Agradeci, tornando ao corredor, apressada. - Mais que diabos...


Aproximei-me da porta, perdendo a conta das vezes em que estive ali nos segundos anteriores. Tinha que haver uma razão maior de estar assim, com medo de entrar numa sala. Eu preferia acreditar que não, mas no fundo sabia, que seria pelo fato de revê-la, outra vez.


- Você a odeia Dulce, você a odeia..


Girei a maçanete, abrindo lentamente a porta. Repetia o mantra mentalmente, fingindo força. Mas, quando cruzei com aqueles olhos, aqueles olhos cheios de lembranças. Senti o chão faltar. Ela estava sozinha e, eu podia jurar que havia esquecido meu próprio nome.


 


- Dulce... - A voz dela finalmente saiu, em um sussurro fraco. - Bom dia.


 


Suspirei, deixando que o ar penetrasse lentamente nos meus pulmões. Nós estávamos sozinhas e, provavelmente, aquela fora uma ideia dela. Eu não podia cair.


 


- Bom dia. - Retruquei, adentrando na sala. - Desculpe o atraso.


 


Ela me analisou por alguns segundos, me observando sentar cautelosa. O sangue nas minhas veias fervia e ainda assim, eu me obrigava a parecer fria.


 


- Não tem problema. Estevan não pode...


 


 


- Vamos direto ao que interessa. - Sugeri, encarando pela primeira vez seus olhos. - Não quero perder tempo.


 


Anahi assentiu, deixando que seus olhos penetrassem nos meus, sem culpa. Por alguns instantes então, me deixei fraquejar. Sim, eu queria mais do que estar sozinha com ela. Queria respostas, queria um passado de volta. Um passado feliz. Queria o amor que me causava sorrisos, o mesmo amor que agora, latejava dolorido em meu peito.


 


- Algum problema? - Indaguei, sem conseguir esconder o embargo na voz.


 


- Não... desculpe. – Disse sem graça, mexendo em alguns papéis em seguida. - Essas são algumas propostas.


 


Assenti, me concentrando nas letras minúsculas daquelas folhas. Elas poderiam ser importantes em outra hora, mas naquele momento, representavam apenas uma desculpa enigmática para não mexer com uma ferida.


 


Suspirei, virando o rosto para a janela de vidro. As ondas do mar ao longe se moviam inquietas e, eu pensei que aquilo, descrevia perfeitamente o ritmo do meu coração.


 


- Não está prestando atenção... – Observou cautelosa.


 


- É um Belo lugar, mora aqui?! – Perguntei fugindo do assunto.


 


- Não. - Respondeu, surpreendida com o meu tom de desinteresse. - É só um lugar para reuniões de negócio.


 


- Boa escolha. - Assenti, voltando a atenção ao que ela havia dito. - Eu não vou mudar o nome da empresa.


 


- Eu pensei que Saviñon fosse uma melhor opção.


 


- Teve que pesquisar meu nome, Anahi?!


 


Estremeci, sentindo que havia passado da conta. Do outro lado, os olhos de Anahi escureciam, esmorecendo. Pareciam gritar aos meus que não esquecera, que ainda lembrava-se de cada detalhe. Que conhecia meu sobrenome, a forma na qual dormia, o modo como gostava de me vestir ou os meus gestos nervosos.


 


Tudo ainda podia estar claro, se não fosse a mudança brusca do tempo. Eu tinha que testá-la, expor indiretamente os seus limites. Gritar em silêncio que não éramos duas estranhas dentro de uma sala de reuniões, mas que deveríamos agir como tal, era preciso.


 


- Eu não esqueci. – Disse encolhendo os ombros. - Quanto a proposta...


 


- Me recuso. - Retruquei, encarando sem pena seus olhos tristes. - Não até conversar com Estevan.


 


- Ele é apenas meu advogado.


 


- Deve entender das leis melhor do que você. - Exclamei, enquanto levantava. - Chame ele na próxima, será preciso.


 


Ela hesitou, pega de surpresa pelas minhas palavras. Dei as costas e me afastei, desejando sumir dali o quanto antes possível. Mas seus braços foram mais ágeis e, confrontando todas as minhas expectativas, me pararam, nervosos.


 


- Pare com isso. - Ordenou, com a voz embargada. - Eu sei que tem perguntas a fazer, seus olhos dizem isso.


 


Estremeci, sentindo sua mão queimando meu braço. Meu coração ameaçou parar, numa batida lenta. Aquele contato foi esperado todas as malditas noites, durante dez anos.


Virei o rosto, encarando seus olhos aflitos. Eu poderia me condoer, mas as lembranças da dor das suas palavras ainda queimavam em meu peito, eu tinha que pisar nela. Pisar como ela havia feito comigo.


 


- Então para de olhar nos meus olhos. - Retruquei, sumindo em seguida. Eu não sabia que era tão forte.


 


 



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Autor(a): foxxy96

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • maralopes Postado em 08/01/2015 - 01:27:36

    Own Meu DEUS que lindas elas ficam juntas...Quase infartei achando que a Any iria ficar sozinha sem a Dul depois de tudo que ela passou...Isso naum seria justo...Bjaum Foxxy96

  • isazago Postado em 05/01/2015 - 22:40:43

    N acabou n né?? Aiiiin q fofaaas super cute , tadinha da anny ela sofreu muito agora merece ser feliz!! Bjus continua!!

  • maralopes Postado em 03/01/2015 - 00:55:43

    será que any vai chegar a tempo de reconquistar o coração de dul ? espero que sim a any quase matou um lindo amor pra que dul ficasse viva.agora esta na hora dela tentar salvar esse amor bjaum

  • foxxy96 Postado em 19/12/2014 - 22:31:33

    Que Bom. *-*

  • angelr Postado em 17/12/2014 - 01:58:12

    Ja ansiosa para os proximos capitulos

  • claricenevanna Postado em 05/12/2014 - 01:16:18

    Isso tá me cheirando a confusão... Tô apreensiva com esse reencontro.

  • maralopes Postado em 25/11/2014 - 15:56:16

    Nossa Estou Com Frio Na Barriga...Espero Que agora A Any esteja Preparada Para A Batalha Mais dificil da sua vida...que é reconquistar Dul Bjaum

  • angelr Postado em 24/11/2014 - 01:33:28

    Nossa que tensao por este encontro

  • isazago Postado em 23/11/2014 - 12:13:07

    Q enrolaçao caraaay!!! Esse reencontro nunca chega to acabando com as minhas unhas de ansiedade isso é tortura ta! Vo te denuncia U.U!!brinks posta maaais!!!

  • foxxy96 Postado em 22/11/2014 - 00:22:01

    Haha, que bom estão gostando. Continuem acompanhando, queridas.


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