Fanfic: C'est' finale (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Dulce & Anahi
O elevador fechou. Descendo em seguida no mesmo ritmo lento do meu coração. Dulce fingia se olhar no espelho, as mãos em repouso dentro do bolso, o rosto contrastando entre o queimado do sol e o vermelho.
Os olhos castanhos encobertos por uma mecha teimosa de seu cabelo. Os lábios repuxados, nervosos. Travando uma batalha contra as lembranças, as mesmas que inalavam insuportáveis naquele minúsculo espaço.
Tentei inutilmente desviar os olhos, quando os seus me encontraram no espelho. E de repente, tudo escureceu. Prendi a respiração, uma, duas, três vezes... O elevador havia quebrado.
- Dulce... - Chamei, pela terceira vez. - Fala alguma coisa...
- Psiu. - A voz veio do outro lado, calma. - Não me atrapalha.
Apertei os olhos, tentando enxergar o ponto de luz que havia surgido. Dulce parecia tatear alguma coisa na parede, usando com dificuldade a luz fraca do seu celular. Escorreguei as costas no espelho, encontrando o chão e, abraçando o joelho em seguida. Era como se o destino estivesse nos prendido outra vez.
- Não foi... você. - Arqueei, buscando fôlego.
- Está errada. O carma é meu. - Grunhiu, socando a parede de concreto. - Maldito.
- Vai... se machucar. - Alertei, passando as mãos no pescoço. - Pare.
A luz do celular foi apagada, dando início ao silêncio que se estabeleceu em seguida. Busquei a respiração em mais uma tentativa frustrada. Aquele maldito problema de infância não poderia ter voltado, não agora.
- Que droga de sinal, eu não posso ficar aqui. Tente alguma coisa caramba.
- Estou tentando... respirar...
Dulce pareceu se mover, inquieta. Analisando minhas palavras, assustada. Embora não pudesse ver seu rosto.
- Você não tem problemas com lugares fechados... tem?! – Perguntou, recebendo um arfar como resposta. - Mais que beleza.
Movi o rosto, tentando encontrá-la. E de repente, um par de olhos castanhos se destacou na escuridão. A ruiva voltara a usar a lanterna improvisada, apagando assim que me vira. Meu coração bombeou, pensando por alguns instantes que, ela podia estar preocupada.
-
- Muito bem, respire. - Ordenou, a uma distância desagradável.
- Que... engraçada...
- Argh, incline o rosto. - Tornou a ordenar, utilizando a luz. - Tente se concentrar na respiração. Não sei, só faça alguma coisa pra não morrer aqui comigo.
Obedeci, zombando mentalmente da sua farsa. Senti a luz queimar meu rosto, oscilando entre o contorno dele. Respirei fundo, vendo que ela agora descia a lanterna pelo meu pescoço molhado.
- Dul... - Chamei, encontrando sua mão, apertando-a. - Nós temos que conversar...
- Sobre o que? - Indagou despertando, retirando a mão com grosseria. - Quer escolher a cor do seu caixão?!
- É assim... que trata... seus animais?!
- Nunca fiquei presa no elevador com um deles. - Zombou, apagando a Luz. - Está melhor?!
Balancei a cabeça negativamente, renegando o fato de que ela não poderia me enxergar. Um arfar mais alto e de repente, a crise havia se agravado.
Contorci-me sobre o chão, sentindo meus pulmões inflarem. Aquelas paredes escuras haviam ficado insuportáveis.
- Que droga, pare com isso. - Dulce gritava, me tateando desesperadamente. - Acorde, pare com essa brincadeira.
- So...co...rro... - Gemi, buscando fôlego. - Me...ajuda.
Suas mãos ergueram minha cabeça, puxando-a para o seu colo. Alguns segundos depois e sua boca estava em meu ouvido, enquanto seus braços enlaçavam meus ombros, em desespero.
- Você está em um lugar aberto. Respire lentamente, feche os olhos. - Pedia, com seu hálito doce queimando meu rosto. - Isso Anahi, sente o ar... respira.
Fechei os olhos, deixando que a minha imaginação me levasse a um imenso campo. Rodeado por uma lagoa e animais distintos. O sopro daquela tarde era agradável, tão quanto a companhia. Sim, era Dulce que estava ali, ao meu lado. Revivendo uma lembrança que aos poucos, ia sendo apagada.
- Por Deus, fale alguma coisa. - Implorou, com a boca encostada em meu ouvido. - Fale alguma coisa, Anahi.
Suspirei, regulando minha respiração. Não consegui enxergar seu rosto quando abri os olhos, ainda assim, sabia que ele deveria estar em desespero. Eu precisava dizer alguma coisa. Alguma coisa que poupasse meu ar e, resumisse tudo que deveria ser dito a ela, se não fosse aquela maldita crise. Palavras curtas e sinceras.
As mais belas palavras...
- Eu... amo...você.
Tão rápido que eu não sei como, Dulce se afastou. Deixando que minha cabeça batesse desajeitada sobre o chão. Grunhi, tateando os lugares, buscando sua presença.
Ela se afastava, fugia. Iniciando uma espécie de perseguição dentro daquele minúsculo espaço. Quando finalmente a encontrei, driblando o escuro. Suas mãos foram agressivas. Distribuindo socos e empurrões, me acertando algumas vezes, sem culpa.
Aquelas palavras haviam roubado as suas, eu sabia. Mas nós não precisaríamos mais de palavras, não agora. Segurei seus braços, os prendendo com força ante a parede. Ela tentou sair, me acertar com a cabeça, mas foi vencida pelo cansaço.
Eu estava tão próxima que, surpreendentemente, ela não resistiu. Suas mãos se soltaram e encontraram minhas coxas, prendendo-as na sua cintura. Seus dedos deslizaram em minhas costas, agressivos, enquanto nossas bocas se buscavam, seguindo o rastro de nossas respirações, ofegantes.
Quando finalmente se encaixaram, o universo pareceu explodir em minhas costas, num choque térmico que tomou minha espinha dorsal, subindo até a nuca. Deixei que seu ar penetrasse em meus pulmões, reativando os mesmos, enquanto nossas respirações se confudiam, se driblavam. Reconhecendo-se.
Nossas línguas se encontraram, deslizaram, enquanto nossas mãos tateavam ambos os corpos. Seus seios, sua pele, seu rosto. Eu precisava ter certeza de que tudo estava realmente em minhas mãos de novo.
Beijamo-nos brutalmente, enquanto arrancávamos nossas roupas, com pressa. Logo sua pele suada encontrou com a minha, grudando-se. Sua língua desceu provocante pela minha nuca e, meu sexo avançou sobre o dela como resposta, se esfregando sobre o jeans, latejando com a proximidade.
Dulce grunhiu e nos trocou de posição, me jogando sobre o chão frio, fazendo com que minhas costas se contorcessem com o atrito. Tirei a calça com pressa e, percebi que ela havia feito o mesmo quando seu corpo nu se encaixou sobre o meu, sem aviso. Gememos, sentindo nossos sexos desnudos, juntos novamente. Tomei sua boca, abafando com um beijo violento nossos gemidos.
Ela deslizou as mãos pelo meu braço, encontrando as minhas, entrelaçando nossos dedos enquanto arrastava nossos braços sobre minha cabeça. Seu joelho abriu minhas pernas, dobrando-as.
Mordi seus lábios, sugando-os enquanto ela encaixava nossos sexos. Em um rápido movimento então, ela se contorceu. Iniciando um movimento frenético sobre meu corpo.
Arqueei, calando nossos gritos com um beijo. O choque dorsal tornou a explodir, duas vezes mais forte. Prensei sua cintura, reclamando em silêncio quando ela parou. Dulce queria mais, eu sabia. Mas não podia prever seus passos, de alguma forma, o escuro havia aumentado o frio no estômago.
Tudo era surpresa, imprevisível. Um jogo de sentimentos da pele. Sua língua deslizou rapidamente em meu pescoço, ávida, confundindo sua saliva com o meu suor.
Estremeci, cerrando os dedos em seus cabelos, eu podia imaginar onde aquilo iria parar. Não demorou muito e sua língua me tomou. De início, lenta, provocante, saboreando o gosto dos meus gritos desesperados. Em seguida, agia rápido, chupando meu sexo em movimentos delirantes e febris.
Contorcia-me sobre o chão frio, gritando palavras sem nexo e de repente, um líquido quente escorreu entre minhas pernas. Dulce grunhiu, limpando meu sexo com sua língua. Puxei seus ombros, trazendo seu corpo para cima. Colei nossas bocas, saboreando meu próprio gosto.
Ela me beijou lentamente. Um beijo doce e carinhoso. Que pareceu espremer meu peito, com todas aquelas pernas já tão conhecidas. Virei seu corpo, ficando por cima. Dul arqueou alto, sabendo o que pretendia.
Tomei seu pescoço, deslizando a língua até seus seios, chupando-os. Encaixei nossos sexos, distribuindo mordidinhas em sua barriga. Ela se contorceu e puxou, violentamente, meu cabelo. Trazendo meus lábios até seu sexo. Sorri, enfiando sem pressa a língua em sua cavidade. Seu gosto invadiu minha boca, me excitando. Aumentei a pressão, deliciada com seus gemidos.
Seus dedos prensavam meus ombros em movimentos desesperados. Não demorou muito e era eu quem recebia um líquido quente agora. Limpei meus lábios, saboreando. E a beijei em seguida, rolando nossos corpos pelo chão do elevador, se apertando e se espremendo, até que colidimos contra a parede fria.
Ficamos paradas, buscando nossas respirações, agora, eu tinha outro motivo para perder o fôlego. Dulce suspirou, com os lábios colados em meu ouvido. Era quase um súplica muda para que continuássemos. Obedeci, com o corpo fervendo.
Enlacei seus ombros e sentei, encaixando suas pernas em minha cintura. Minha boca buscou a sua em um beijo selvagem, apressado. Seus dedos apertavam meus seios e cada pedaço da minha pele, com fome.
Um grunhido repentino escapou da sua boca, meus dedos haviam encontrado seu sexo. Ela se contorceu sobre meu colo, penetrando a minha cavidade da mesma forma que eu penetrava a sua. Gememos. Gritamos. Inebriadas pelo cheiro do sexo. Um movimento rápido e então, gozamos juntas.
Abracei seu ombro, caindo sobre seu corpo no chão. Ela suspirava ofegante. Sentindo nossos corações baterem desesperados, juntos. Entrelacei nossos dedos apertando-os com toda força que havia me restado. E então, sem que ela visse, chorei...
Abri os olhos lentamente, sentindo o atrito do chão frio em minhas costas. Resmunguei, abrindo os braços. Do outro lado do espelho, Dulce me fitava. Braços cruzados, feição séria. Bico de zanga. Ergui-me num salto, recordando que afinal, aquilo não havia sido um sonho.
- Dul..ce. - Gaguejei, abraçando meu corpo nu. Ela não se moveu, apenas arqueou as sobrancelhas, suspirando forte. A expressão em seu rosto ficando pior. - Eu...
- Vista-se. - Ordenou, jogando as roupas em meu corpo. Obedeci em silêncio, com o coração palpitando desesperadamente em meu peito. Aquela reação me fez lembrar de outras, mas nada se parecia com o ódio em seus olhos.
- Nós precisamos conversar. - Murmurei, abotoando a blusa. Dulce mexeu nos cabelos, avaliando a porta de metal trancada. Meu estômago despontou, reclamando. - Por favor...
- Cale a boca. - Grunhiu entre dentes, socando o espelho. Afastei-me, temendo sua ira. - Tem que poupar seu ar, está em um lugar fechado... esqueceu?!
- Q-que? Eu não menti. - Tornei a gaguejar, nervosa. – Dulce, eu realmente passei mal.
- Desgraçada. - Abriu os braços, me fuzilando com os olhos. Estremeci, sentindo as palavras se trancarem em minha boca. - Volta depois de maldito dez anos por quê? Pra terminar o estrago? Não Bastou o que você fez?!
- Dul... - Arfei, me afastando. Pelo menos agora ela tocava no assunto. - Se acalme, vamos conversar.
- Vai dizer que me ama agora pra depois conseguir transar comigo? - Gritava, descontrolada. - Eu não vou mais cair nessa sua maldita conversa. Vou deixar que morra, está ouvindo?! Morra.
Encolhi-me, abraçando os ombros. Dulce soltou um grunhido e tornou a socar o espelho, enfurecida. Eu precisava explicar, dizer a verdade, que havia um motivo. Mas ainda não havia escolhas, o plano com Lana não havia acabado, tinha sido rápido demais.
- Por favor, não grite. - Supliquei, deixando que uma lágrima escorresse em meu rosto. - Você tem que me ouvir.
Ela hesitou, suspirando durante alguns segundos. Virou em seguida, me encarando ferida.
- Então me explica... me diz porque foi embora. Porque diabos voltou...
- Eu voltei por você... - Confessei, encarando o chão sem coragem de olhá-la. Dulce se aproximou, erguendo meu rosto com uma mão, agressivamente. Seus olhos me fuzilaram e eu me perguntei se eles também estavam assim na noite passada. - Está... me machucando.
- Será que é capaz de me responder com a verdade? – Perguntou ríspida, sem retirar sua mão do meu rosto. - É capaz disso, Anahi Portilla?
- Eu... Eu... - Chorava, tentando me livrar dos seus olhos. Não podia falar. Não podia estragar tudo. - Por favor... pare.
- Não tem explicação, não é mesmo?! - Colou nossos corpos, apertando ainda mais meu rosto. Arqueei, sentindo meu queixo trincar. Eu não sabia o que doía mais. A agressão, ou a ira em seus olhos. - Você é uma vadia, eu te odeio, Anahi.
Por Deus, eu queria morrer.
- Oh minha nossa. - Uma voz fina exclamou ao lado. Dulce, porém, permaneceu na mesma posição. - Você... está machucando ela.
- Dulce... - Tornei a suplicar, sem conseguir controlar minhas lágrimas. A mulher se aproximou, tocando hesitante em seu ombro. Dul grunhiu e me largou, fugindo feito um bicho pela porta, agora aberta.
- Meu Deus, ela estava te machucando. Você está bem? Está machucada? - A secretária indagava nervosa, me observando deslizar pela parede, virando de bruços no chão. -Senhora, vocês ficaram trancada, nós não sabíamos... me perdoe. Oh por Deus, me perdoe.
- Suma daqui. - Grunhi, socando o chão entre soluços. - Suma.
Ela se aproximou, porém desistiu do contato, saiu em seguida, nervosa. Gritando por ajuda. Tornei a socar o chão, caindo em soluços. Eu estava cansada, destruída e... mortalmente ferida por ela.
Autor(a): foxxy96
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 46
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maralopes Postado em 08/01/2015 - 01:27:36
Own Meu DEUS que lindas elas ficam juntas...Quase infartei achando que a Any iria ficar sozinha sem a Dul depois de tudo que ela passou...Isso naum seria justo...Bjaum Foxxy96
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isazago Postado em 05/01/2015 - 22:40:43
N acabou n né?? Aiiiin q fofaaas super cute , tadinha da anny ela sofreu muito agora merece ser feliz!! Bjus continua!!
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maralopes Postado em 03/01/2015 - 00:55:43
será que any vai chegar a tempo de reconquistar o coração de dul ? espero que sim a any quase matou um lindo amor pra que dul ficasse viva.agora esta na hora dela tentar salvar esse amor bjaum
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foxxy96 Postado em 19/12/2014 - 22:31:33
Que Bom. *-*
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angelr Postado em 17/12/2014 - 01:58:12
Ja ansiosa para os proximos capitulos
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claricenevanna Postado em 05/12/2014 - 01:16:18
Isso tá me cheirando a confusão... Tô apreensiva com esse reencontro.
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maralopes Postado em 25/11/2014 - 15:56:16
Nossa Estou Com Frio Na Barriga...Espero Que agora A Any esteja Preparada Para A Batalha Mais dificil da sua vida...que é reconquistar Dul Bjaum
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angelr Postado em 24/11/2014 - 01:33:28
Nossa que tensao por este encontro
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isazago Postado em 23/11/2014 - 12:13:07
Q enrolaçao caraaay!!! Esse reencontro nunca chega to acabando com as minhas unhas de ansiedade isso é tortura ta! Vo te denuncia U.U!!brinks posta maaais!!!
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foxxy96 Postado em 22/11/2014 - 00:22:01
Haha, que bom estão gostando. Continuem acompanhando, queridas.