Fanfic: C'est' finale (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Dulce & Anahi

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- Café? - Indaguei, analisando a cafeteria discreta onde Dulce havia parado. Ao meu lado, ela tinha parado de sorrir. Estreitando os dedos sobre o volante daquele carro antigo e charmoso como Paris. - Não estragou um grande negócio para tomar café, não é mesmo?

- Não que eu não fosse capaz, uma vez que odeio essas coisas. - Suspirou, encostando a cabeça no banco do carro. - Mas não é o motivo. - Mordeu os lábios, olhando além do vidro embaçado pela neblina. – Pelo menos, não o mais importante...

- Está me deixando com medo. - Exclamei, prendendo a atenção em seu rosto. Ela esboçou um sorriso fraco e por fim, me encarou. - Dulce, o que está havendo?!

- Quero que saiba de uma coisa antes de entrarmos. - Segurou minha mão, entrelaçando com força nossos dedos. Seus olhos ganhando um brilho que me deixou estática. - Não importa como reaja, eu realmente fiquei feliz por compartilhar isso com você. Por estar presente quando... - Hesitou, analisando minha face branca. - Por Deus, não fique tão nervosa.

- Ah, claro que não. Minha namorada resolve sumir uma bela tarde em Paris. Depois simplesmente volta com um carro alugado, dizendo coisas estranhas e me arrastando pra uma cafeteria que eu nem sequer sabia que existia. - Hesitei, regulando a respiração. – É, eu não deveria estar nervosa, não mesmo. Que garota ficaria, afinal?!

- Você não existe. - Riu, descontraída. - Tá legal, vamos fazer isso logo. - Suspirou, retirando o cinto e saindo do carro em seguida. Fiz o mesmo. Esperando por ela de braços cruzados. - Poderia me deixar ser dócil e abrir a porta pra você, sabia?

- Sem brincadeira Dulce, ainda estou nervosa. – Grunhi e ela riu.

- Não fique assim, anda. - Segurou minha mão e, por algum motivo, aquilo me passou segurança. - Não será tão difícil...

Mordi os lábios, deixando que suas palavras martelassem em minha cabeça. Eu não queria questioná-la mais, queria apenas descobrir o que quer que fosse aquilo, de uma vez por todas.

Entramos na cafeteria e, o súbito calor de uma clareira, nos aqueceu de imediato. Em algumas mesas, pessoas conversavam descontraídas, sem parecer notar nossa presença. Apenas uma se esgueirou para olhar, sentada numa mesa distante, acenando para... Dulce?!

- Eu preciso ir...

Dulce anunciou a pessoa levantando. Vindo ao nosso encontro.

- Você precisa ficar, Anahi, eu espero no carro. 

Um homem. Era um homem. Os braços de Dulce me envolvendo.

- Eu amo você, linda.

Dulce indo embora, o homem de capuz se aproximando. O capuz sendo tirado.

O rosto, os olhos..

Estevan...

- O que está acontecendo aqui? - Perguntei, assim que as palavras conseguiram sair da minha boca. Estevan mordeu os lábios, com a feição apreensiva. - Você deveria estar em casa. Onde está Louise? O que faz aqui?

- Hei, eu também senti sua falta. -Brincou, sorrindo antes de tornar a ficar sério. - Olha, eu sei que tem muitas perguntas, mas escute. - Sussurrou, girando os olhos ao redor das mesas antes de pousar nos meus, confusos. - Nós realmente precisamos conversar sozinhos. Preciso que fique calma.

- Olha, eu não sei o que estou sentindo, mas com certeza, não estou calma. - Retruquei. Ele apenas suspirou, abrindo um sorriso em seguida. - Isso está muito estranho, tá legal? Não é nada do qual se possa ficar calma.

- Eu também achei que seria, mas a sua namorada me parece gostar de surpresas. - Ergueu os olhos, avaliando a minha expressão confusa diante de sua citação. - Vem, sente. Tem um belo e quente chocolate quente esperando por você. - Riu, bagunçando os cabelos castanhos enquanto se dirigia a mesa.

Demorou alguns segundos para que eu fizesse o mesmo, analisando agora a xícara colorida em minha frente.

- É um dos melhores da casa. Sabe, as pessoas geralmente não se importam com isso por aqui, preferem o café amargo. Deve ser uma mania francesa, vai saber. - Comentou, dando de ombros. - Louise é diferente, me parece detestar certos costumes.

- Ela detesta tudo que parece normal. - Retruquei, encarando seus olhos escuros. - Mas não atravessou o mundo para falar sobre o café ou dos costumes de Loiuse, não é mesmo? -Indaguei, levantando em seguida. Ele apenas ergueu os olhos, questionando em silêncio, meu destino. - Vou até o carro matar uma ruiva. Já que eu sei que ela tá metida nisso. Seja lá o que isso for.

- Você é mesmo maluca. - Riu, passando uma das mãos pelo rosto. - Pare com isso, sente. Dulce não pode lhe dizer nada. - Garantiu, me observando sentar. Seus olhos ainda pousados nos meus. - Porque não consegue manter a paciência? Vamos, beba o chocolate, relaxe. -Sugeriu, me erguendo a xícara.

Obedeci, sentindo o líquido quente descer lentamente em minha garganta, espantando o frio que assolava por ali, mesmo com a lareira.

- Isso, fique tranquila. Com algum esforço essa vai conseguir ser uma conversa normal.

- Por Deus, vá logo ao ponto. - Grunhi, devolvendo a xícara a mesa. - Do que se trata, afinal? Que assunto tão importante é esse que te fez vir aqui para resolvê-lo?!

- Você não me deu escolhas, nem sequer se despediu. Eu já havia planejado isso... - Mordeu os lábios, girando os olhos pelo estabelecimento. - Eu nasci aqui Any, esse lugar era da minha mãe. - Suspirou, sem parecer perceber minha cara de espanto. - Não faz ideia de como é bom voltar para casa.

- Eu não sabia que você era francês. - Exclamei, erguendo as sobrancelhas. Um estalo em minha cabeça pareceu surgir de repente. - Tem alguma coisa a ver com você... essa conversa...

- Sim, é sobre mim. – Retrucou, entrelaçando os dedos. Sua face de repente nervosa. - Eu vim até aqui para te falar sobre a minha história e, o modo como ela cruza com a sua. - Suspirou, observando meus olhos, estáticos. - Chegou a hora de saber a verdade Any. Eu já estou farto de mentiras...

Huuum, o que será que ainda vai acontecer hein?! kkk os próximos serão os últimos, aguardem...